domingo, 20 de abril de 2008

Índios brasileiros ou das ONGs internacionais?

Estamos, no IUPE, azendo um trabalho de resgate da cultura indígena maravilhoso, com a ajuda da índia Arissana (etnia Pataxó). Já fizemos um trabalho semelhante com o Cacique Wakai (etnia Kariri Xocó).
Mas agora é bom que também analisemos o que os es[ertalhões das ONGs internacionais estão querendo fazer "em nome" de nossos índios, que são tão brasileiros como qualquer um de nós.
Para isso apresento a vocês, para reflexão, o artigo de Sandra Cavalcanti, bem a propósito:

Ela é a atual Secretária Municipal de Projetos Especiais do Rio de Janeiro.
Seu artigo foi publicado, originalmente no Jornal do Brasil em 21/abr/00.

O Brasil nunca pertenceu aos índios
Por Sandra Cavalcanti

Quem quiser se escandalizar, que se escandalize. Quero proclamar, do fundo da alma, que sinto muito orgulho de ser brasileira. Não posso aceitar a tese de que nada tenho a comemorar nestes quinhentos anos. Não agüento mais a impostura dessas suspeitíssimas ONGs estrangeiras, dessa ala atrasada da CNBB e dessas derrotadas lideranças nacional-socialistas que estão fazendo surgir no Brasil um inédito sentimento de preconceito racial.

Para começo de conversa, o mundo, naquela manhã de 22 de abril de 1500, era completamente outro. Quando a poderosa esquadra do almirante português ancorou naquele imenso território, encontrou silvícolas em plena idade da pedra lascada. Nenhum deles tinha noção de nação ou país. Não existia o Brasil.

Os atuais compêndios de história do Brasil informam, sem muita base, que a população indígena andava por volta de cinco milhões. No correr dos anos seguintes, segundo os documentos que foram conservados, foram identificadas mais de duzentos e cinqüenta tribos diferentes. Falando mais de 190 línguas diferentes. Não eram dialetos de uma mesma língua. Eram idiomas pró-prios, que impediam as tribos de se entenderem entre si. Portanto, Cabral não conquistou um país. Cabral não invadiu uma nação. Cabral apenas descobriu um pedaço novo do planeta Terra e, em nome do rei, dele tomou posse.

O vocabulário dos atuais compêndios não usa a palavra tribo. Eles adotam a denominação implantada por dezenas de ONGs que se espalham pela Ama-zônia, sustentadas misteriosamente por países europeus. Só se fala em nações indígenas.

Existe uma intenção solerte e venenosas por trás disso. Segundo alguns integrantes dessas ONGs, ligados à ONU, essas nações deveriam ter assento nas assembléias mundiais, de forma independente. Dá para entender, não? É o olho na nossa Amazônia. Se o Brasil aceitar a idéia de que, dentro dele, existem outras nações, lá se foi a nossa unidade.

Nos debates da Constituinte de 88, eles bem que tentaram, de forma ardilosa, fazer a troca das palavras. Mas ninguém estava dormindo de touca e a Carta Magna ficou com a palavra tribo. Nação, só a brasileira.

De repente, os festejos dos 500 anos do Descobrimento viraram um pedido de desculpas aos índios. Viraram um ato de guerra. Viraram a invasão de um país. Viraram a conquista de uma nação. Viraram a perda de uma grande civilização.

De repente, somos todos levados a ficar constrangidos. Coitadinhos dos índios! Que maldade! Que absurdo, esse negócio de sair pelos mares, descobrindo novas terras e novas gentes. Pela visão da CNBB, da CUT, do MST, dos nacional-socialistas e das ONGs européias, naquela tarde radiosa de abril teve início uma verdadeira catástrofe.

Um grupo de brancos teve a audácia de atravessar os mares e se instalar por aqui. Teve e audácia de acreditar que irradiava a fé cristã. Teve a audácia de querer ensinar a plantar e a colher. Teve a audácia de ensinar que não se deve fazer churrasco dos seus semelhantes. Teve a audácia de garantir a vida de aleijados e idosos. Teve a audácia de ensinar a cantar e a escrever.

Teve a audácia de pregar a paz e a bondade. Teve a audácia de evangelizar.

Mais tarde, vieram os negros. Depois, levas e levas de europeus e orien-tais. Graças a eles somos hoje uma nação grande, livre, alegre, aberta para o mundo, paraíso da mestiçagem. Ninguém, em nosso país pode sofrer discri-minação por motivo de raça ou credo.

Portanto, vamos parar com essa paranóia de discriminar em favor dos ín-dios. Para o Brasil, o índio é tão brasileiro quanto o negro, o mulato, o branco e o amarelo. Nas nossas veias correm todos esses sangues. Não somos uma nação indígena. Somo a nação brasileira.

Não sinto qualquer obrigação de pedir desculpas aos índios, nas festas do Descobrimento. Muitos índios hoje andam de avião, usam óculos, são donos de sesmarias, possuem estações de rádio e TV e até cobram pedágio para es-tradas que passam em suas magníficas reservas. De bigode e celular na mão, eles negociam madeira no exterior. Esses índios são cidadãos brasileiros, nem melhores nem piores. Uns são pobres. Outros são ricos. Todos têm, como nós, os mesmos direitos e deveres. Se começarem a querer ter mais direitos do que deveres, isso tem que acabar.

O Brasil é nosso. Não é dos índios. Nunca foi.



Vamos comentar a respeito?

sábado, 19 de abril de 2008

Melhorando a educação

Dois pontos básicos encontrados nas reportagens sobre os melhores desempenhos escolares no ENEM apontam para duas coisas que mostramos em todas as nossas palestras:

Primeira: a sala de aula só de meninos ou só de meninas elimina grande parte da distração em sala e provoca uma maior dedicação aos estudos (vide Colégio São Bento no Rio de Janeiro);

Segundo: avaliações semanais fazem com que o alunos seja obrigado a estudar diariamente, trazendo como consequência imediata a sua melhor performance no crescimento intelectual.

O primeiro tipo não consigo implantar por causa das milhares de opiniões contrárias, como se os alunos só tivessem essa oportunidade de conhecer o sexo oposto, ou como se essa fosse a idade de se lançar em conquistas amorosas... deixamos todos em colégios mistos e ainda reclamamos que estão namorando no colégio... Pura hipocrisia!

O segundo só depende de nós, profissionais do ensino, porque avaliar constantemente é a nossa única arma para fazer os alunos estudarem frequentemente, é claro!

Mas qual é a dificuldade em fazer isso? A grande incompetência que está em todos nós no que diz respeito a entender alunos (meninos e meninas) e a entender as formas de avaliá-los! Isso porque uma avaliaçào pura e simplesmente mecânica poderá trazer crescimento para uns e desânimo para outros. O resultado médio do colégio cresce e aparece, mas e os que desanimaram? Esses fazem parte do grupo que "não deveria estar aqui", e são eliminados "naTORAlmente".

Nossos cursos de pedagogia e licenciatura preparam pessoas teóricas em educação, mas não preparam para qualquer prática menos formal de sala de aula.

Precisamos, então, exigir de nós mesmos, professores, uma dedicação muito mais profunda em nossa forma de aprender a ensinar e de aprender a entender todas as diferentes características de nossos alunos, para avaliá-los toda semana da forma que ele se sinta estimulado a aprender mais e com uma auto-estima sempre presente fazendo-o entusiasmado com o professor e com a escola.

Conclusão: as avaliações frequentes são valiosíssimas, mas devem dar oportunidade de crescimento a todos os alunos, inclusive os que apresentam dificuldades de aprendizagem, para que não desistam no meio do caminho, sentindo-se incapazes de acompanhar o ritmo de seus colegas, como tem sido frequente nesses colégios das reportagens..