sábado, 17 de abril de 2010

MUDANÇA DE ENDEREÇO

MUDEI DE ENDEREÇO:

robertoandersen.wordpress.com

quinta-feira, 15 de abril de 2010

CURSO TRANSFERIDO

TRANSFERIDO PARA O SÁBADO DIA 24/04 O CURSO DE ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO E TREINAMENTO PARENTAL DEVIDO A PREVISÃO DE FORTES CHUVAS

domingo, 11 de abril de 2010

Idade do amor, da experiência e da felicidade

"Teve um dia aí" que completei sessenta anos... Nem me lembro direito quando, mas isso é o que menos me interessa... Afinal nunca consegui me sentir inserido num rótulo restrito, seja ele faixa etária, círculo social, nacionalidade, regionalismo, meio cultural ou qualquer outro.
Quando viajo para a Inglaterra, Coréia do Sul, Estados Unidos ou qualquer outro país me sinto como se estivesse em Niterói ou em Salvador, ou seja: em casa!
Quando converso com meus empregados sinto-me como se vivesse em seu próprio meio cultural, compartilho das suas idéias, vivencio suas histórias.
Quando faço um debate com meus alunos sinto-me como se fosse da sua idade, sentindo as mesmas emoções e compartilhando os mesmos sentimentos.
Mas há momentos em que surgem as reflexões, principalmente aquelas referentes ao "passar do tempo".
É nesses momentos que minha auto-estima se eleva tanto que nem tenho como evitar e exagero da felicidade!
Há pessoas que comentam: "Eu era feliz e não sabia". Eu já digo o inverso: "Nunca fui tão feliz como agora".

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Felicidade existe?

Para quem costuma se deliciar com as palavras de Nietzsche fica fácil ligar as angústias do homem à interminável busca pelo exercício do poder.
A natureza dessa busca, segundo Nietzsche, já está inserida em cada uma das células humanas, todas sempre ávidas pelo exercício desse poder dentro de cada parte do organismo ao qual pertencem.
Da individualidade de cada uma dessas células essa ânsia é transmitida para a totalidade do corpo, sob o orquestrado domínio da mente.
E o homem busca obter a sua satisfação através do exercício do poder.
Mas o homem nem sempre percebe que o poder, sozinho, não é suficiente para trazer sua verdadeira felicidade. Essa exige a satisfação completa ou, pelo menos, o encontro do caminho da sua verdadeira satisfação.
Sem essa percepção o homem busca e alcança o poder, encontrando, com ele, satisfações pontuais que lhe trazem uma falsa sensação de felicidade.
Surge o sucesso material e financeiro; surgem amigos e amantes por conveniência; surgem paixões arrebatadoras, cujo prazer consiste apenas em estar junto do poderoso ou usufruindo de seus recursos materiais e financeiros; mas surge mais forte do que tudo isso, um vazio angustiante, maior que o vazio da falta de poder, já que agora não são encontrados, com facilidade, os seus motivos.
É esse vazio que dá ao homem a sensação de incompletude e que ele vai procurar saciar com a busca de mais poder, mais dinheiro, mais ações exibicionistas, um novo carro, uma nova amante, drogas e mais tentativas frustradas de demonstrar uma felicidade enganosa e inexistente.
Esses poderosos acreditam que o que sentem é felicidade, embora não passe de alegria temporária. Essa falsa felicidade está tão frequente em nossos dias que é comum encontrarmos pessoas que desacreditam a existência da verdadeira.
Um grande escritor, de sucesso mundial, respondeu a um repórter que "(...) felicidade não existe. Existem momentos de alegria (...)". Um doutor em filosofia conversando sobre felicidade me disse que "(...) ser feliz é acomodar-se ao sofrimento (...)". Por que tanta gente desacredita na felicidade? A razão é simples: nunca a encontraram.
Se o homem não se torna feliz pelo exercício do poder isso significa um erro de Nietzsche?
Nada disso. Nietzsche estava certo. O poder é uma necessidade desde a formação da primeira célula no embrião que se tornará um ser humano. Mas esse poder tem que estar lado a lado com outra necessidade básica do homem, que é o amor.
O poder sem o amor pode levar a neuroses, patologias psicossomáticas e até anomalias psicogênicas.
O amor sem o poder pode levar a tristezas, acomodações, decepções e estados depressivos.
O homem precisa, então, montar seu alicerce intelecto-emocional em bases sustentadas pelo poder e pelo amor, que são os elementos imprescindíveis ao exercício da verdadeira liderança.
Só com o exercício dessa verdadeira liderança o homem pode se sentir satisfeito, porque é quando estão envolvidos amor e limites no relacionamento entre pessoas.
Mas esse amor deve ser criado, primeiro, dentro de si mesmo. O processo é simples, pois, afinal, o amor está em cada um dos valores humanos como se fosse uma de suas principais células. Desenvolver cada um deles significará alimentar e fazer crescer o amor interior.

Primeira etapa - Momentos de Reflexão

Para quem ainda não pratica a meditação ou a reflexão, basta escolher um momento de seu dia para "mergulhar" dentro de si, desligando-se do mundo exterior, preferencialmente num ambiente agradável, com uma música lenta apropriada.

Segunda etapa - Resgate do Valor Humano do dia

Nesse momento procure visualizar frases ou imagens que representem o valor que você está resgatando. Procure sentir, virtualmente, o prazer de praticar esse valor e o bem que ele faz a seu estado emocional. Você pode escolher o valor observando, por exemplo, a sequência sugerida pelo IUPE, já que nesse caso até nossos alunos podem sugerir temas, frases e imagens.

Terceira etapa - Pratica do valor escolhido

Planeje pensamentos e atitudes vivenciando o valor resgatado. Coloque em prática essas ações. Cada vez que esse processo for realizado a pessoa estará aumentando a intensidade de seu amor interior e começa a estar pronto para compartilhá-lo com as pessoas e com o mundo. Lembre de vivenciar sentindo, de verdade, o prazer do exercício daquele valor.

As pessoas, ao exercitarem essa vivência, começam a irradiar a energia da felicidade. Essa energia nada mais é do que sentir o prazer de cada emoção positiva que estiver transmitindo. E esse prazer, uma vez experimentado, passa a fazer parte da vida de cada um de nós.

Felicidade, então, não é um objetivo final, mas uma forma de caminhar pela vida. Ela existe e está disponível para cada um de nós. Basta querermos!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Pulseiras do sexo

Iniciado o ano escolar verifiquei que uma grande parte das meninas estava utilizando as pulseirinhas coloridas do sexo. Todas diziam a mesma coisa: "eu sei o significado, mas uso porque acho bonitinhas..."

A bijuteria polêmica, hoje utilizada por grande parte das meninas, está servindo apenas para mostrar o caminho que as famílias estão apontando para suas filhas seguirem. Mais tarde, quando constatarem o erro cometido, esses pais vão culpar a todos: mídia, sociedade, televisão... mas nunca assumirão que a maior parte da culpa é deles mesmos, por terem se descuidado totalmente da educação correta, dos limites e da afetividade que evitaria toda e qualquer atitude de revolta ou de preenchimento de carências...

A bijuteria é composta de pulseiras coloridas, cada cor significando uma atitude que a menina se compromete a realizar com o rapaz que a arrebentar. Ou seja: ela nem precisa mais se preocupar em "paquerar" ninguém. Ela apenas anda com as pulseiras para que qualquer rapaz interessado arrebente aquela que significa o ato que ele deseja realizar com ela.

Como a maioria das escolas já está proibindo o uso dessas pulseiras, as meninas estão mudando as formas delas, mas sempre com os mesmos significados, ligados às suas cores.

Para os pais desavisados aqui vai o significado das "ingênuas pulseiras":

Amarelo: dar um abraço no rapaz
Laranja: dentadinha do amor
Roxa: beijo de língua
Cor-de-rosa: mostrar os seios
Vermelha: fazer lap-dance
Azul: fazer sexo oral no rapaz
Verde: chupão no pescoço
Preta: fazer sexo
Dourada: todas as opções

No "A Tarde" de quinta feira passada é apresentada a reportagem sobre uma menina de 13 anos, em Londrina, no Paraná, que, segundo o jornalista, foi estuprada por quatro rapazes, três menores e um com 18 anos.

Ela estava no ponto de ônibus usando as pulseiras quando quatro rapazes apareceram, romperam sua pulseira de cor preta ou dourada e cobraram: "Vai ter que pagar, vai ter que pagar" e, ainda segundo o jornalista, foi "constrangida" a ir a casa de um deles.

Esse é exatamente o acordo tácito que está sendo feito entre as meninas que utilizam tais pulseiras e todos os rapazes que tenham algum desejo sexual para com elas. Esses rapazes apenas cumpriram o que ela estava desejando de forma clara, a menos que ela não soubesse o significado do que estava fazendo. Mas ela mesma relatou que sempre soube o seu significado.

Segundo o delegado que acompanhou o caso, a menina foi para casa de um deles e, durante o ato sexual com dois, tentou resistir, sofrendo escoriações pelo corpo, mas isso depois de estar lá. Os meninos estão na Vara da Infância e Juventude e o que completou 18 anos está indiciado por estupro.

O termo "estuprada" está juridicamente correto, já que a lei não considera a possibilidade de uma menina com menos de quatorze anos ser a responsável pelo ato sexual, mesmo o tendo provocado. Ela é considerada legalmente ingênua... Mas o caso merece uma atenção especial, não jurídica, porque a lei é clara, mas moral. Será que os meninos são realmente culpados de algum tipo de crime (juridicamente não há dúvida) ou será que eles estão sendo levados a isso por provocações cada vez mais claras, a todo momento e em todo lugar?

Na maioria dos colégios os meninos estão sendo insistentemente provocados pelas meninas, não só com o artifício das pulseiras, mas também com outras atitudes, algumas bem claras e outras mais disfarçadas.

A necessidade dessas provocações deve-se ao fato de que a maioria dos meninos gosta e se dedica muito aos jogos, esportes, leituras, estudos e, de vez em quando, também às meninas.

No caso da maioria das meninas, temos observado que a dedicação está sendo quase que exclusivamente aos meninos...

Então, para provocar mais ainda, os meninos que resistem estão sofrendo uma espécie de bullying, sendo "tachados" de gays. Aqueles que não querem ser vistos dessa forma preferem fazer o jogo delas e levar adiante a provocação.

Nas dependências das escolas elas se sentem seguras em relação às consequências mais graves, como o ocorrido com a menina do Paraná, mas mesmo assim não deixam de usar o mesmo artifício no caminho de casa, abrindo espaço para o ocorrido em Londrina.

A Justiça de Londrina proibiu a venda e o uso de tais pulseiras e, caso haja reincidência no uso, os pais poderão ser punidos por crime, com pena de quinze dias a seis meses de detenção. Ou seja: os pais estão tão desligados de suas funções orientadoras e limitadoras que a justiça terá que puni-los para que aprendam a educar suas filhas. Que maravilha...

Eu puniria, sim, os meninos, mas para que eles aprendessem a evitar relacionamentos inseguros com meninas sem que saibam a procedência, seus costumes e seus relacionamentos anteriores, por menos idade que possa ter.

Mas puniria com muito mais dureza os pais da menina, por estarem contribuindo para a criação de mais uma futura mulher infeliz e eternamente insatisfeita. Essa futura mulher infeliz será a consequência natural desse descaso dos pais com a sua educação ou, quem sabe, a tradicional "falta de tempo" para cuidar de seus filhos... Afinal o dinheiro, o trabalho e o lazer são muito mais importantes do que "educar filhos"... Deixa essa coisa para as escolas... Afinal estamos pagando para isso... As escolas que "se virem"...