domingo, 22 de abril de 2012

IUPE Educação: Valores Humanos na Educação



EDUCAÇÃO COM VALORES HUMANOS
Valor do mês: AMOR

Trabalhar valores humanos no processo educacional é a forma mais acertada de construir os alicerces de uma verdadeira paz interior em cada uma das crianças e em cada um dos adolescentes.
A proposta que apresentamos é a mesma sugerida por Diane Tillman, em seu programa "Vivendo Valores na Educação", ou seja: A escolha de um valor humano para cada mês, com aulas, trabalhos, vivências e exercícios todos voltados para a sedimentação dos melhores conceitos referentes aquele valor escolhido.
Para que o resultado seja o mais perfeito possível as famílias precisam ser alcançadas. Para isso nossa sugestão é que sejam propostas tarefas de casa onde os alunos realizarão entrevistas com seus familiares sobre o valor estudado.
Para o ano 2012 escolhemos a seguinte sequência:
Fevereiro - Paz
Março - Respeito
Abril - Amor
Maio - Felicidade
Junho - Responsabilidade
Julho - Cooperação
Agosto - Humildade
Setembro - Honestidade
Outubro - Liberdade
Novembro - União

É importante, entretanto, lembrar sempre que os trabalhos devem enfocar APENAS O VALOR POSITIVO, nunca o antivalor. Esse cuidado deve ser rigoroso, já que todas as experiências realizadas de forma diferente trouxeram resultados ruins. Houve casos em que alguns facilitadores insistiram em mostrar exemplos de antivalores realizando debates para mostrar os erros cometidos. Nesse momento pode-se verificar o que o estudo neurolinguístico mostra, que é: Os cérebros das pessoas não processam o NÃO. Portanto, quando falamos que NÃO DEVEMOS FURTAR, o cérebro registra apenas as duas palavras finais... E essa frase fica no inconsciente dos educandos...
Mais tarde, quando esses educandos estiverem em Brasília...
Mas vamos agora ao valor do mês: AMOR
Mas o que é o AMOR? AMOR é uma energia construída dentro de nós, ou em nossa mente ou em nosso coração (ou em ambos), a partir do treinamento diário do sentimento do "GOSTAR DO OUTRO", seja quem for o outro e sejam quais forem as suas características.
A construção do AMOR tem início na construção de alicerces imprescindíveis como, por exemplo, a construção da AUTOESTIMA, a construção do ENTUSIASMO PELO CONHECIMENTO, a construção da FORÇA DE VONTADE PARA PRODUZIR, a construção do PRAZER DE FAZER O BEM ÀS PESSOAS, a construção da CAPACIDADE DE GOSTAR DO COLEGA MENOS AMIGÁVEL, a construção da CAPACIDADE DE ENTENDER PROVOCAÇÕES, COMO PEDIDOS DE SOCORRO EMOCIONAL, e assim por diante...
O entendimento incorreto do significado de AMOR pelos alunos, ligando-o exclusivamente ao relacionamento sexual, é o resultado do trabalho negativo realizado todos os dias pela mídia em geral, principalmente por novelas e seriados, como "Rebeldes", "Malhação" e mais pornograficamente ainda o "Big Brother"... Todos esses contribuindo decisivamente para a destruição de todos os valores que ensinamos.
Mas lembrem-se que nosso trabalho deve enfocar apenas os pontos positivos relacionados ao AMOR VERDADEIRO e evitar falar de desamor, de falta de amor, etc...
Para facilitar podemos utilizar uma maravilhosa obra escrita por Diane Tillman, composta de diversos volumes, um para cada tipo de situação. Nessas obras há atividades, aulas e vivências sobre o amor, desenvolvida para cada faixa etária.
Os livros podem ser adquiridos pela SUBMARINO, no LINK abaixo:

http://www.submarino.com.br/portal/Artista/24/+diane+tillman

Outro livro que dá dicas sobre o assunto é o meu “Afetividade na Educação”, que também pode ser adquirido na Submarino, mas que, diretamente em nosso instituto (IUPE), sai mais barato.
Mas com os livros ou sem eles, o importante é usar de criatividade para estimular os alunos a pensar positivamente em relação aos valores, nesse caso ao AMOR, e sentirem que vale mais a pena gostar do mundo, da vida e das pessoas do que desprezar essas maravilhosas oportunidades que estão à nossa disposição.
Vamos todos trabalhar incessantemente, em nossas escolas, no sentido de construir uma cultura de caráter digna e edificante em todos os nossos alunos. Entre nossas metas deverá estar a de mostrar que nenhuma característica pessoal (anomalias físicas, dificuldades, distúrbios, síndromes, transtornos) pode limitar o desenvolvimento de cada um. Todos têm direito à felicidade, à participação social, à convivência social e, naturalmente, ao amor!
Há pessoas permanentemente "derrotistas", assim como há aquelas que se acham "eternamente perseguidas e discriminadas". Se elas se acham assim, continuem achando, mas não impeçam nossos alunos de alcançar todo o sucesso que eles merecem, independentes de suas características, sejam elas quais forem.
Barreiras e impedimentos que porventura essas pessoas tentarem colocar no caminho do sucesso de nossos alunos deverão ser destruídos diretamente por nós, com a ajuda do trator chamado trabalho e perseverança.

sábado, 7 de abril de 2012

IUPE Educação: Dinâmica da Sexualidade: Prazer e Ansiedade



Ansiedade e prazer: A Dinâmica da Sexualidade
“Por que você fala tanto em prazer?” É a pergunta que sempre ouço quando falo sobre qualquer assunto.
Posso estar exagerando? Sim! É possível. Mas, na realidade, acredito que tudo, na vida, para ser perfeito, precisa do prazer.
Essa sensação surge como o verdadeiro ópio da humanidade. O prazer relaxa, libera energias, dá vazão a ansiedades...
Olhando biologicamente o prazer faz operar o sistema nervoso parassimpático trazendo, de volta, a sensação de expansão e de alívio.
Mas que prazer é esse ligado a alívio, a expansão e a liberação de energias? É o prazer de estar junto de alguém que se ama (amor, vindo do termo grego “philis”)? Ou é o prazer de possuir alguém que se deseja (amor, vindo do termo grego “eros”)?
Se essa sensação de prazer for sentida pelo simples ato de estar próximo da pessoa que se ama, como no caso de pais e filhos, ele vem de “philis”, e nada tem a ver com a sexualidade.
Esse tipo de prazer, entretanto, é fundamental para a manutenção do “eros” vivo em uma relação conjugal. O amor “eros”, sozinho, não parece resistir ao casamento!
Por que “eros” não resiste ao casamento? Porque ele é alimentado permanentemente pela curiosidade, pelo mistério, pelas diferenças, pelas dúvidas e está intimamente ligado ao sentimento de posse, de exclusividade, de domínio.
E são essas curiosidades, dúvidas e sentimentos de posse que provocam o surgimento do outro componente da sexualidade, tão importante quanto o prazer, que é a ansiedade! Estando ela presente sabemos que o ciclo de funcionamento, ou a dinâmica da sexualidade, está completa.
Não havendo mais dúvidas, não havendo curiosidades e não havendo mistérios, a ansiedade perde força e a dinâmica da sexualidade pode ser eliminada.
Nesse momento entra o amor “philis” que mantém a satisfação da presença e a criatividade para o reinício do processo de conquista. Ele cria novas ansiedades e realimenta a dinâmica da sexualidade. Renasce o amor “eros”.
A ansiedade, então, é o contraponto necessário e imprescindível ao prazer, para formar a dinâmica da sexualidade! Ela, a ansiedade, é quem vai gerar ou alimentar a principal energia do aparelho psíquico das pessoas, cuja essência, é o que Freud denominou de “Princípio do Prazer”.
Biologicamente ela faz operar o sistema nervoso simpático, provocando a sensação de contração. Essa contração pode ser sentida, algumas vezes, de forma desagradável, apresentando uma espécie de dor interna (aperto), como ocorre com alguns adolescentes em recente descoberta do amor (amor = eros).
Contração e expansão são as formas biológicas correspondentes aos sentimentos de ansiedade e de prazer, constituindo a dinâmica da sexualidade.
Wilhelm Reich , no início do século XX, procurou sintetizar tecnicamente essa operação dos sistemas nervosos (simpático e parassimpático), trabalhando em oposição de fases, como a dinâmica primordial para a excitação biológica necessária à sexualidade. Ele denominou essa dinâmica de “pulsação expansão-contração”.
Essa pulsação, expansão-contração, parece estar presente em muitos outros momentos da vida em geral, e não apenas naqueles ligados à sexualidade.
Freud, no entanto, procura mostrar que em todos esses momentos há evidências da sexualidade latente, o que, para ele, é a mola mestra do comportamento humano.
Em sua obra “A Função do Orgasmo”, 1929, Wilhelm Reich mostra que as enfermidades mentais podem ser causadas pela perturbação do desenvolvimento livre e sadio das funções biológicas básicas. A principal delas, segundo ele, é o orgasmo.
No seu estudo, a ausência do orgasmo pode afetar negativamente a pessoa em seu equilíbrio individual ou mesmo social.
Mas para essa ausência ser sentida há necessidade da criação da dinâmica da sexualidade, iniciando com a ansiedade. Essa ansiedade será o elemento criador ou alimentador da energia sexual.
Os gregos também davam muita importância à sexualidade. Eles consideravam o ato sexual totalmente positivo e necessário, tanto para a saúde e bem estar, como também estimulador das faculdades mentais.
Foram os cristãos, na história conhecida, que começaram a relacionar a sexualidade ao mal, criando a ideia do ato imoral e gerando, assim, neuroses frequentes em todo aquele que, segundo o cristianismo: “sucumbiam a tais pecados”.
Algumas religiosidades consideram que a energia criada pela ansiedade quando não é extravasada pelo prazer sexual aumenta a potencialidade espiritual do indivíduo, colocando-o em estado pleno de ligação com as energias superiores, como no caso do clero católico e demais religiões monásticas.
Maravilhosa forma de se comunicar com Deus... Eu, sinceramente, não consegui me animar com essa ideia. Está muito acima de minhas possibilidades...
Há também o caso das pessoas que não se sensibilizam com quase nada! Nesses casos não há geração da ansiedade, nenhuma dinâmica sexual será iniciada e, portanto, não haverá necessidade da obtenção do prazer, já que nada há para extravasar.
Esses são totalmente sadios psiquicamente, pois não criam neuroses e não precisam procurar satisfazer energias libidinosas... Felizes... Ou não?
Prefiro, ainda, ser neurótico...

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Devaneios de Andersen: Agnóstico, ateu ou religioso?



Acredito que minha inquietação pelo conhecimento causou um certo estardalhaço em minha caixa de entrada de mensagens no G-Mail.

Tudo começou com a minha dedicação sincera e honesta a todos os estudos que realizo, principalmente àqueles que divergem um pouco de meus pontos de vista atuais.

É bom explicar que tenho meus pontos de vista, sempre os tive, mas: a vida, o conhecimento adquirido, as experiências vividas, os sofrimentos, as ansiedades, as expectativas, as decepções e mais uma série infindável de influências, acabam dando contornos diferentes, modelando e alterando essas visões e criando outras mais de acordo com a realidade atual.

Acho até que isso aconteça com todos, mas como não gosto de generalizar, tenho apenas certeza de que acontece comigo!

E, por causa disso, eu acho, recebo, vez por outra, críticas vorazes a comentários que faço ou a artigos que escrevo.

Não vou mentir dizendo que não gosto dessas críticas! Meus amigos sabem que gosto delas. Até trabalho em cima delas. Acho que uma crítica sincera nos ajuda a consertar uma opinião mal formada, ou um estudo que caminhou por uma estrada errada. Então analiso todas.

Essa semana o número de críticas, com teor muito semelhante, engordou a caixa de entrada do meu G-Mail! A maioria delas perguntava a razão de eu estar participando de grupos de discussão de ateus e agnósticos, assim como de grupos religiosos de todas as denominações, de cristãos a budistas, incluindo todas as espiritualistas!

Então sou obrigado a dar uma explicação que é, ao mesmo tempo, uma sugestão de procedimento de vida, já que agindo assim me considero uma pessoa muito bem resolvida comigo mesmo e com o mundo à minha volta! E desejo que isso aconteça na vida de todos os meus amigos!

É muito importante que cada as pessoas parem de ser simples marionetes nas mãos das influências sociais. Essas influências, que chegam por todos os meios de comunicação, tentam manipular as mentes, criando novos e diferentes desejos, criando necessidades nunca existiram e criando insatisfações para com tudo o que se é e para com tudo o que se tem, para que, o mais rapidamente possível, as pessoas passem a pensar e sentir da forma que o sistema deseja, sem a menor possibilidade de construírem sua própria personalidade real.

Todos precisam, então, refletir sobre suas próprias convicções. Começa por aí! Elas são reais mesmo? Elas fazem parte de um sentimento interno pessoal ou foram montadas de fora para dentro? Eles são sentidas naturalmente ou há alguma angústia inexplicável ao assumir tais convicções?

Se, a partir dessas reflexões, descobre-se que algumas dessas convicções são diferentes do padrão aceito socialmente, ou do padrão determinado por uma linha de pensamentos do grupo social, não há razão para querer que todos os amigos e conhecidos passem a ser iguais! As convicções são exclusivamente pessoais! E os elementos que cada uma das mentes dos indivíduos está utilizando para chegar a elas podem não existir no universo dos outros indivíduos, ou pelo menos em parte deles. Ou seja, a verdade de cada um pode absolutamente não ser a verdade de muitos outros.

Nesse momento vejo na crença e na sexualidade o mesmo tipo de dilema social, o que me permite fazer uma comparação.

Todos são obrigados a aparentar o que o grupo social aceita! E o mais interessante é que a sociedade cobra, das pessoas, respostas sobre assuntos que são exclusivamente pessoais como, por exemplo, crença e sexualidade!

O sistema quer interferir, por exemplo, num dos sentimentos mais íntimos e pessoais que é o sentimento da sexualidade! Ela só tem a ver com a própria pessoa e em sua total intimidade! Não há o que tornar público nesse sentimento senão o seu resultado e somente com a pessoa que complementa o que pode-se chamar de amor.

Da mesma forma a crença. Se crença significa acreditar (o nome crença diz tudo), como uma pessoa pode ser forçada a acreditar em algo que os outros querem que ela acredite! As pessoas podem ser forçadas a dizer que acreditam, mas entre dizer e realmente estar sentindo aquela convicção, está uma imensa diferença!

Tenho minhas próprias crenças, mas elas só interessam a mim mesmo! Cada pessoa pode ter suas próprias crenças, como eu as tenho, mas isso só interessa a elas mesmas!

Mas não se deve confundir crenças com trabalhos, pesquisas, estudos, análises, relacionamentos, criação de perspectivas, elaboração de projetos, e tudo o mais.

No dia-a-dia trabalho com minhas próprias mãos e meu próprio cérebro. Cada tarefa que realizo é planejada, elaborada e realizada, independente de haver ou não Deus ou qualquer religião na face da Terra! Portanto, nesse momento, reúno todas as características de um agnóstico. Sou um agnóstico feliz!

Quando estou mergulhado em minhas pesquisas e chego aos estudos das causas e consequências de um determinado evento, fato ou objeto, não interrompo meu raciocínio por levar em consideração conceitos sobre criação ou interferência Divina! Portanto, nesse momento, reúno todas as características de um ateu! Sou um ateu feliz!

Na minha intimidade, muitas vezes em pensamentos leves e descontraídos, em minha varanda, observando a beleza da floresta que me cerca, ouvindo os sons dos bichos ao meu redor, como exatamente agora, ao escrever essas palavras, reflito sobre os mistérios que ainda precisam ser entendidos, sobre as maravilhas da natureza, sobre os intrincados mecanismos da mente humana, e sobre as energias acima da minha de meu entendimento, mas que sinto muito próximas a mim, reúno todas as características de um religioso! Sou um religioso feliz!

E é exatamente dessa forma que crio meus filhos, que oriento meus alunos e que sugiro aos meus amigos. Meus amigos me conhecem muito bem e sabem que é exatamente assim que vivo minha vida.

Sejamos agnósticos felizes! Sejamos ateus felizes! Sejamos religiosos felizes! E vamos contribuir para que todos os nossos amigos também o sejam.

Afinal, a felicidade está em você poder ser, na intimidade, tudo o que você realmente é em seu interior. Seu SELF, seu EGO, seu ID, tudo junto... E, de preferência, tapando a boca do SUPEREGO.