segunda-feira, 28 de março de 2016

Estudo de caso: Autista oito (8) anos -acompanhamento

Estudo de caso: autista, 8 anos, grau leve e com sintomas de TDAH.

Ele usou Ritalina 10mg, durante 1 ano, mas não adiantou. Ficou ainda mais agitado, mais inquieto e muito desatento.

Prescrito o Concerta 18mg. Ficou mais concentrado na escola, mas volta toda a inquietação assim que o efeito do remédio passa.

Ele tenta ser obediente e tenta conter a impulsividade, mas não consegue fica muito triste com isso.

Ele faz Terapia comportamental com uma neuropsicóloga e fonoaudióloga. Já fez terapia ocupacional mas teve alta.

Existe algum método alternativo, algum esporte ou alguma terapia para melhorar a situação?

Uma resposta:

Embora muitos médicos sejam céticos e levem muito tempo para acreditar que a alimentação é parte importantíssima do tratamento do autista, ...sugiro que leve seu filho, urgentemente, para fazer um teste de intolerância alimentar para, em seguida, ...iniciar uma dieta com base nos resultados desse exame.

Os grandes laboratórios farmacêuticos tentam fazer uma grande propaganda contra esse tipo de tratamento. A própria Globo, atendendo a interesses de laboratórios farmacêuticos seus anunciantes, ...preparou um combate a essa dieta feito de forma sutil pelo Dr Dráusio Varela, em um especial sobre o autismo.


Os estudos sobre essa dieta são mundiais. No Brasil temos o Dr Aderbal Sabrá, hoje na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, ...pós-doutor em Alergia Alimentar, com trabalhos publicados mundialmente, e que mostram a eficácia do Tratamento Biomédico do Autismo e TDAH.

Aqui no Brasil, assim como nos EUA, o Metilfenidato (Ritalina e Concerta) são prescritos exageradamente, ...significando um dos mais lucrativos mercados para esses laboratórios, já que não se pensa em qualquer outra opção.

Sugiro entrar no grupo do facebook “Tratamento do Autismo”, coordenado pela Doutora Jaqueline Araújo, que tem uma filha autista.

Veja os livros de receita sem glúten e sem caseína, escritos por Cláudia Marcelino, para começar a dar a seu filho uma vida mais normal, e reduzindo bastante todos esses seus sintomas.

Então vamos às providências:

1. INTOLERÂNCIA ALIMENTAR:

Procurar um laboratório que faça o exame de intolerância alimentar.

Aqui em Salvador existe a Clínica Superar, (71) 2132-7619.

Pode pedir informações, também, com o Sr Luiz Dias (71) 3362-5310.

Ele é o representante do Laboratório Great Plains, que é dirigido pelo Dr William Shaw, uma das maiores autoridades nesse tipo de tratamento. Ambos têm filhos ou parentes autistas.

2. DIETA SEM GLÚTEN E CASEÍNA:

Em seguida, procurar um médico gastroenterologista ou um médico nutrólogo ou uma nutricionista, para iniciar o processo de alimentação controlada (dieta sem glúten, caseína, etc.). 

O autista e o TDAH precisam, na maioria dos casos, eliminar de sua alimentação: leveduras, açúcar refinado, refrigerantes, corantes, conservantes, glúten, caseína, lactose e soja.

3. CONSUMO DE PROBIÓTICOS:

Perguntar ao nutricionista qual o melhor tipo de probiótico e em qual quantidade diária Daniel deverá consumir. 

O probiótico vai melhorar a qualidade da sua flora intestinal e servirá como proteção contra proteínas que não devem ser absorvidas pelo organismo.

Todo cuidado deve ser tomado para manter essa proteção porque o autista tem maior permeabilidade na mucosa intestinal, facilitando a passagem de macromoléculas de origem protéica, que são prejudiciais ao seu cérebro. 

4. TRATAMENTO DA CANDIDÍASE

Esse mesmo profissional poderá mandar fazer exames para verificar se seu filho está com infecção pela cândida.

Havendo a candidíase, deve-se planejar o seu tratamento imediatamente.

Esse tratamento é normalmente um pouco demorado e essa infecção é uma das coisas que mais atrapalha o desenvolvimento do autista e a redução de seus sintomas. 

Nos primeiros dias desse tratamento os médicos alertam que os sintomas parecem piorar um pouco, assustando os pais, mas em seguida tem início a melhora.

5. ATIVIDADES FÍSICAS

Sempre seguindo orientação dos terapeutas, é importante que a criança esteja praticando atividades físicas para manter o corpo saudável e, consequentemente, manter o cérebro ativo.

As mais recomendadas para os que apresentam sintomas de hiperatividade são natação, principalmente e atletismo. Jogos em quadra devem ser, preferencialmente, aqueles que alongam, como volei, por exemplo. 

O futebol, que é a preferência das crianças, é um jogo que aumenta a agressividade e irritabilidade do jogador. Se não puder ser evitado, deve haver alongamentos antes e depois das partidas jogadas.

OBSERVAÇÃO:
  
Para sua informação, já está havendo algum progresso no entendimento do autismo e, naturalmente, no caminho para sua cura.

O Dr Alysson Muotri, brasileiro, da Faculdade de Medicina da Universidade da California, já conseguiu identificar meios para a cura da Síndrome de Rett desde 2010, mas como os efeitos colaterais ainda são muito ruins, ele continua suas pesquisas em busca de melhores soluções.

A Dra. Karina Griesi Oliveira, do Hospital Albert Einstein, já encontrou uma forma de alterar o gene TRPC6, que seria causador de algumas formas de autismo, utilizando a hiperflorina, mas seus estudos ainda estão sendo testados por outros pesquisadores.

  


segunda-feira, 21 de março de 2016

quarta-feira, 9 de março de 2016

Reflexões: E a identidade da mulher?

Quando comecei a ler as homenagens feitas à mulher por conta de seu dia, a imagem que me veio à mente foi de muita hipocrisia e pouco reconhecimento dos seus verdadeiros valores.

Grande parte dos textos mostram o seu grande valor como “escrava do homem e dos filhos”, reverenciando a sua capacidade de enfrentar, com alegria, sua dupla ou tripla jornada.

Os textos parecem elaborados visando convencê-la de que a sua importância está exatamente em enfrentar tudo isso e, ao final do dia, estar linda, bem cuidada e maravilhosa, para satisfação de seu homem.

Preferi, então, nada publicar ontem! Eu estaria na contramão da cultura machista, disfarçada por um reconhecimento que me parece, no mínimo, equivocado.

Já nos afastamos, há alguns milhares de anos, do período das cavernas, mas mantemos um relacionamento de superior para inferior, súdito ou subserviente, onde as exceções ainda são tão poucas, que ainda chamam a atenção pela sua estranheza!

Mas a minha observação de hoje está baseada apenas em um pequeno detalhe de tudo isso. Um detalhe que comecei a sentir a partir do momento em que o avançar da idade mais uma vez me surpreendeu com um evento novo: o prazer das boas recordações!

Mas por que razão eu estou ligando o prazer das boas recordações com o desprazer de ver a mulher ainda tratada como um ser inferior?

Porque um dos aspectos mais evidentes dessa terrível inferioridade cultural está na perda da sua identidade, registrada no momento em que ela se junta, oficialmente, a um homem!

Uma perda de identidade consolidada pela perda do sobrenome, assumindo um nome de uma família que não lhe pertence, assumindo uma genealogia estranha à sua, mas que passa a dirigir toda a sua vida desde então.

Anulou-se a mulher que existia até então. Toda uma vida arquivada com um sobrenome que foi desprezado ou, no mínimo, deslocado para uma posição secundária.

Sim! Isso pode parecer uma declaração estranha e, talvez, fora de hora, mas é o que sinto.

A maioria das mulheres aceita isso com naturalidade, e por vezes até com orgulho, como acontecia com minha mãe.

Ela adorava ser apresentada em público como a excelentíssima Sra Ministro do Superior Tribunal Militar Roberto Andersen Cavalcanti, em vez de pelo seu nome de batismo, Zenith Príncipe Bailly, antecedido pela qualidade de poetiza...

Mas isso contribui para reduzir em muito, e por vezes até em destruir totalmente, esse maravilhoso prazer, surgido após o amadurecimento saudável e feliz, das boas recordações!

Por vezes sentimos a necessidade de transformar a recordação em imagem real, em apreciar a trajetória de vida dessas pessoas que muito nos marcaram.

E é nesse momento que recebemos o duro golpe da anulação da identidade!

Onde está L. V., minha eterna paixão, quando ambos tínhamos nove anos de idade, e cursávamos a terceira série primária no Externato Aragón, em Niterói? Um verdadeiro amor platônico, até o dia em que eu tive a coragem de declarar todo o meu amor, não a ela, mas à sua mãe... foram duas mães surpresas com o fato! E eu envergonhado, nem conseguia mais olhar nos olhos dela...

O que aconteceu com D. M., N. D., L. S., D. U., cada uma representando uma fase de descoberta do amor infantil, passando pelo período da adolescência e entrando na juventude?

Cada uma delas tinha um sonho de realização profissional. Mas o casamento certamente modificou seus planos.

A mudança no rumo da vida pode ter significado uma anulação da sua satisfação profissional e pessoal e o impedimento de que uma recordação como essas reacenda a chama de um amor infantil!

Houve a tradicional anulação de identidade causada pela mudança do sobrenome.


E, infelizmente, ainda não temos aplicativos de busca que nos traga, de volta, a imagem de um amor que mudou de endereço, de nome, de cultura individual e de identidade pessoal!