quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Maconha e seus efeitos no cérebro adolescente - parte 3

Amigos,

Ainda sobre os efeitos da maconha no cérebro adolescente, hoje vamos enfocar dúvidas sobre os “danos irreversíveis” relatados por alguns especialistas.

Para começo de conversa, procurem interpretar corretamente esse termo: Danos Irreversíveis.

Para mim isso é sinônimo de:

“Não temos competência científica, ainda, para saber de que forma a mente humana, seja sozinha, ou com algum estímulo externo, possa reverter esses danos. ”

Então que fique claro que nossa mente, por pior que sejam os danos causados a ela, sempre estará tentando revertê-los, embora para isso ela precise estar com todo o seu sistema nervoso equilibrado, e com a autoestima elevada.

Assim a amígdala cerebral estará estabilizada, o que significa que o hipocampo estará com toda a sua capacidade de raciocínio ativada, e os comandos cerebrais de recuperação biológica estarão todos ativados.

Então sempre poderá haver algum tipo de recuperação, mas precisa da autoestima, do equilíbrio emocional etc...

Obviamente se o dano foi um AVC fatal, já era...

Um AVC com sequelas precisa de muito apoio psicológico para que o processo de recuperação ocorra.

Se o dano for o disparo de uma esquizofrenia genética, ainda não há competência médico-científica para facilitar essa reversão.

Se foram surtos com características esquizofrênicas sem qualquer identificação de predisposição genética, toda a recuperação ficará ao encargo do trabalho da mente humana com o devido apoio emocional.

Se os efeitos forem na capacidade de aprendizagem, a recuperação se dará com estratégias de ensino idênticas aquelas direcionadas aos alunos com dificuldades neuro-psíquicas de aprendizagem, da mesma forma que fazemos com os autistas, os TDAH, os DDA, os downs, os microcéfalos e todas os demais alunos que, mesmo não sendo usuários de qualquer droga ilícita, são levados, as vezes, por prescrições inadequadas ou equivocadas, ao consumo de medicamentos controlados como as Ritalinas, os Rivotris, e todas as demais drogas lícitas com efeitos iguais ou até maiores do que a própria maconha.

Então, para encurtar a história: Não existe dano irreversível!

Mas o mais importante para qualquer adolescente não é isso, mas sim descobrir o que, na sua vida afetiva, está faltando, e que o leva a procurar compensação em um cigarro de maconha ou em outra qualquer atitude prejudicial ao seu organismo, à sua saúde e, mais tarde, à sua felicidade!

Em grande parte dos casos que tenho acompanhado fica muito fácil identificar a existência de carência afetiva familiar.

Em diversos desses casos até havia uma relação afetiva saudável durante a infância e adolescência, mas os pais acabaram considerando desnecessário esse afeto quando o filho se tornou adulto.

Só que a fase inicial do adulto é tão difícil emocionalmente quanto a do adolescente! E pior ainda quando esse jovem recém levado à categoria de adulto vai morar sozinho por estar estudando em uma universidade longe de sua casa.

Ele tem que assumir a responsabilidade por sua vida ao mesmo tempo em que seus colegas querem “esticar” as brincadeiras e festas, para aproveitar que agora podem tudo! São independentes!

E aí vem as bebidas, drogas, sexualidade promíscua e tudo o mais...

Tudo isso vem “a calhar”, porque a carência afetiva que está fazendo surgir uma neurose de abandono, e que começa a construir as bases de uma infelicidade futura, faz dessas festas, bebidas, drogas e sexo promíscuo os alimentos principais de uma espécie de mecanismo de defesa contra a neurose de abandono, enganando a mente desse jovem por meio de “alegrias temporárias”,

A chave é a afetividade real e despretensiosa. Essa afetividade, que é muito fácil de ser estabelecida em um ambiente familiar, no qual todos compartilham suas ideias, suas emoções e seus sentimentos sem críticas e sem cobranças.

Uma família em que exista a prática das reuniões periódicas à volta de uma mesa, do abraço afetivo, do carinho mútuo e do amor natural e espontâneo, não gera neuroses de abandono em seus filhos.

E no caso da inexistência desse tipo de família, sempre recomendo a procura cuidadosa de uma afetividade fraternal verdadeira e desinteressada, que embora seja uma coisa mais difícil de ser encontrada, sempre existe a possibilidade de existir.

Então o jovem pode procurar por si mesmo, mas tomando o máximo cuidado de, primeiramente, aprender a gostar de si mesmo, aprender a amar a si mesmo e aprender a respeitar a si mesmo, principalmente seu organismo, sua psique, seus neurônios, sua inteligência e suas emoções e sentimentos, para evitar achar em qualquer pessoa a sua tábua de salvação! Pode ser uma fria!!!!

Uma amizade fraternal verdadeira pode compensar algumas carências familiares, e deve conter também a energia do abraço e do afeto natural e espontâneo.

O estabelecimento dessa estrutura psíquica harmônica e saudável é o que vai fazer esse jovem se livrar dos impulsos que o levariam a quere fazer compensações afetivas prejudiciais a ele mesmo.

E todo esse esforço terá resultados fantásticos, que é a construção do seu caminho para uma vida feliz, coisa que muita gente diz não existir.

Uma vida feliz faz com que a pessoa transforme todos os seus problemas e dificuldades em estimulantes desafios a serem enfrentados, sempre com a finalidade de dar mais e mais valor à sua própria vida.

Com essa estrutura montada de forma verdadeira, eu duvido que haja necessidade de compensações com maconha, outras drogas, excesso de bebidas, diversões e prazeres perigosos ou promiscuidade sexual.

É isso amigos!

Qualquer comentário, dúvidas, mais esclarecimentos ou questionamentos, entrem em contacto comigo pelo
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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Agressividade no autismo, no TDAH e em outros transtornos

Ainda sobre educação inclusiva, a pergunta que mais recebi nessa última semana foi sobre alunos especiais muito agressivos, que quebram tudo e batem em todos os seus colegas, sem qualquer autocontrole.

Alguns deles têm T.E.A. (Transtorno de espectro Autista), outros tem T.D.A.H (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade), além de TDO (Transtorno Desafiador de Oposição) e TC (Transtorno de Conduta).

É verdade que, pela legislação atual, toda escola é obrigada a receber esses alunos, mesmo que as consequências de sua agressividade em relação aos colegas sejam muito ruins e, por vezes, até muito perigosas.

Agressões podem trazer consequências graves à saúde e à psique dos demais alunos da turma.

Ainda existe o problema de os pais dos colegas deles quererem processar a instituição, pelas agressões que seus filhos certamente sofrerão diariamente!

Então, o que podemos fazer? Rejeitar é ilegal!

O que tenho observado é que os colégios, quando não encontram uma desculpa para rejeitá-los, deixam esse aluno em sala apenas enquanto ele está tranquilo, mas, ao começar sua fase impulsiva e agressiva, o aluno é levado para alguma sala especial, para evitar problemas com colegas e professores.

Mas não tenho encontrado, nesses colégios, orientação adequada aos pais para que seus filhos deixem de ser agressivos. Na maioria das vezes até exigem que o menino esteja tomando alguma medicação para ficar “dopado”...

Ou seja: preocupação ZERO para com o aluno. O foco está apenas em não prejudicar os seus colegas de classe...

Enquanto isso não ocorre, o simples cumprimento da legislação significa que:

- a escola é apenas um depósito temporário, para manter os pais desses alunos, livres de seu filho durante o período das aulas;

- o aluno é um ser indomável que deve ser contido para evitar prejuízo físicos e psicológicos aos colegas e professores;

Temos que mudar essa realidade! Se não mudarmos a inclusão será, simplesmente, uma enganação!

Ponto básico:

Eliminar a agressividade descontrolada, para que ele possa se desenvolver intelectual e emocionalmente e que possa, também, se socializar.

Como fazer isso?

Identificar, primeiro, se a agressividade é inerente a problemas educacionais e influência familiar ou se está ligado a alguma síndrome ou algum transtorno.

Se o histórico familiar mostrar psicopatia nos pais, uso de drogas, maternidade adolescente, pais separados, ou qualquer tipo de educação equivocada, o caminho tem que ser iniciado com um processo de orientação parental.

Vários autores em psiquiatria infantil têm relatado casos de agressividade em alunos, em que é observada uma clara relação com todos esses problemas visto no histórico familiar.

Falta de imposição de limites ou falta de afeto familiar são dois elementos frequentes nos casos de agressividade descontrolada.

Mas, se o problema estiver vinculado a transtornos neuropsíquicos, como autismo, TDAH e outros, então há dois caminhos.

Um, o dos medicamentos controlados, cheio de efeitos colaterais e prejuízos à saúde da criança; e o outro, o tratamento pela nutrição.

Vamos ao dos medicamentos:

Não há, ainda, medicamento algum para reduzir sintomas de agressividade do autismo nem do TDAH. Mas os médicos, sob pressão dos pais, acabam prescrevendo medicamentos para reduzir agressividade em outras patologias, como o Haloperidol, Lítio, Carbamazepina, Clonidina e outros que, embora reduzam a agressividade, trazem efeitos colaterais inconvenientes e perigosos para o correto desenvolvimento da criança.

Esse caminho é um caminho quase sem volta, já que prejudica o desenvolvimento cerebral normal da criança.

Vamos, então, ao nutricional, que embora tenha resultados mais lentos e necessite de um acompanhamento rigoroso e dedicado, é o único que não traz efeitos colaterais.

A grande vantagem de se optar por esse caminho é que assim estaremos deixando o organismo da criança se consertar por si mesmo, gerando suas próprias substâncias e com muito mais assertividade que qualquer tratamento químico!

Antes de mais nada: Somos o que comemos e o que bebemos! Isso é fato!

Procure um médico que indique a realização de testes de ácidos orgânicos, para avaliar erros inatos no metabolismo e teste coprológico funcional com cultura para cândida. Isso ajudará a direcionar o processo nutricional adequado. Um teste de intolerância alimentar ajuda também.

Agora procure um nutricionista ou médico nutrólogo, para verificar o que deve ser eliminado da dieta diária da criança.

É comum termos que eliminar da dieta:

Glicose - Açúcar refinado e farinhas brancas - Glutamato monossódico – Aspartame – Corantes – Glúten – Soja - Caseína

Por que essa eliminação? O que cada elemento desses traz de negativo ao organismo da criança? A medicina psiquiátrica ortossistêmica mostra os efeitos negativos no consumo de todos esses elementos.

Glicose:

Ela ajuda o crescimento da Cândida Albicans. A Cândida é um fungo inimigo que produz várias toxinas. Uma delas, a Arabinose, bloqueia o ATP (Trifosfato de adenosina) que estaria sendo naturalmente gerado pelo organismo. Esse ATP bloqueado não produz mais o GABA (Ácido gama-aminobutírico) que, por sua vez, estaria servindo para melhorar a atenção da criança e reduzir sua impulsividade. Com Cândida, então, não tem ATP. Sem ATP não tem GABA. Sem GABA a criança fica desatenta, impulsiva e agressiva!

Outras toxinas produzidas pela Cândida Albicans podem infectar o pâncreas, que acaba perdendo a sua capacidade enzimática de quebrar as proteínas do glúten, da caseína e da soja.

Essas proteínas, que deveriam estar sendo quebradas pela ação do pâncreas, acabam sendo absorvidas pelo organismo e, além de causar dependência na criança, vão provocar:

Excitação excessiva – distúrbios de aprendizagem – dificuldade de fala – agressividade – estereotipia – birras – e outros problemas.

Açúcar refinado e farinhas brancas:

Esses, quando consumidos em excesso, provocam o estresse oxidativo, que inflama e destrói células cerebrais responsáveis pela fabricação do GABA. Mais uma vez sem GABA a criança fica desatenta e impulsiva!

Glutamato monossódico (Ajinomoto) e Aspartame:

Estimula a impulsividade, inquietação e mal estar. Quanto ao glutamato monossódico, embora a FDA americana tenha divulgado inicialmente que ele não faz mal algum ao organismo, já voltou atrás, depois de constatados diversos casos patológicos ligados a tal consumo.

Corantes:

Além de serem altamente alergênicos, provocam a impulsividade. Um deles, o Tartrazina (corante amarelo), inibe a vitamina B6 (Piridoxina). Essa vitamina inibida é a que iria produzir a serotonina (neurotransmissor do bem-estar e da tranquilidade) e o GABA.

Mais uma vez sem GABA, o que significa mais impulsividade, mais desatenção e mais agressividade!

Então já sabemos que devemos tirar da dieta, mas sempre sob orientação médica ou nutricional, os seguintes elementos:

Glúten – Soja – Caseína – Glicose – Açúcar refinado – Farinhas brancas - Glutamato monossódico – Aspartame – Corantes.

Fazendo isso já estaremos iniciando o trabalho mais importante para o organismo, que é o equilíbrio da flora intestinal, mas ainda precisamos nos acostumar a dar muito probiótico, ou seja, muitos lactobacilos, para essas crianças!

E também evitar, a todo custo, os inimigos da flora intestinal, que são os antobióticos orais e os antiinflamatórios. Infelizmente a pediatria atual exagera nos antiobióticos e antiinflamatórios, deixando a criança com uma flora intestinal totalmente desprotegida.

Os antibióticos eliminam as bactérias benéficas ao organismo e o que sobra são aquelas que fazem muito mal, como o Clostridium Difficile, por exemplo, provocando o aumento dos sintomas autistas, o déficit de atenção, a hiperatividade e a agresssividade!

O tratamento nutricional deve ser todo acompanhado por um nutricionista, que vai analisar a inserção na dieta de alguns outros elementos, como:

Alho – óleo de orégano -óleo de cravo – óleo de melaleuca – echinácea e, em alguns casos, a glutamina.

A glutamina, que é usada como suplemento muscular para atletas, é fonte de energia para o intestino, diminuindo a incidência da Cândida e reduzindo o número e colônias infectadas.

Dá trabalho? Sim! Dá muito mais trabalho do que tomar medicamentos controlados. Mas é um tratamento sem efeitos colaterais e que só faz melhorar a saúde como um todo, incluindo a saúde psíquica, que é fundamental.

Peço a todos os médicos e nutricionistas que estejam realizando esse maravilhoso trabalho de tratamento pela nutrição, que entrem em contato com o IUPE, para que possamos encaminhar os pais dessas crianças, que tanto precisam desse acompanhamento.

Nosso whatsapp ou telegrama: (71) 9-9913-5956
Nosso blog: robertoandersen.blogspot.com
Nosso portal: www.iupe.org.br

Nossos três livros já publicados podem ser adquiridos clicando na foto que está no portal ou no blog.

Forte abraço
Até nosso próximo encontro

Referências importantes:
Dr Aderbal Sabrá da Cesgranrio – Pediatra – Nutrólogo – autor de “Manual da Alergia Alimentar”
Dr Juarez Callegaro – Psiquiatra Ortossistêmico – autor de “Mente Criativa – a aventura do cérebro bem nutrido”
Dr Helion Póvoa – “Nutrição cerebral”

Dra Jaqueline Araújo – nutricionista no Rio de Janeiro