sábado, 16 de janeiro de 2016

IUPE Educação: Autismo - caminhos para o seu entendimento


Amigos,

Nossa conversa de hoje é, novamente, sobre o TEA (Transtorno de Espectro Autista).


Autismo – caminhos para o seu entendimento

1-Causas - Vamos ver, primeiro, algumas causas já comprovadas para o surgimento do autismo.

2-Características - Em seguida vamos analisar alguns aspectos que devem ser observados para o entendimento da criança autista e para o seu acompanhamento.

3-Cura - Vamos ver os caminhos que os pesquisadores estão seguindo para encontrar a sua cura e quais as perspectivas para que isso dê certo.

4-Medicamentos inadequados - Vamos ver também a razão pela qual muitos médicos continuam prescrevendo medicamentos recomendados para patologias psicogênicas, baseando-se na semelhança de alguns dos seus sintomas com sintomas psiquiátricos, mesmo sabendo que ainda não existe medicamento para o autista.

5-Tratamento biomédico do autismo - Vamos ver o que existe de seguro para a redução dos sintomas e permitir o desenvolvimento intelectual e emocional do autista visando a sua autossuficiência, enquanto não surge a cura definitiva sem efeitos colaterais graves.

Começamos, então, pelas causas:

1-Causas do autismo

O que as pesquisas mostram hoje é que, além das causas genéticas e metabólicas, diversos fatores contribuem para o seu surgimento ou para o agravamento de seus sintomas, que são:

a-Intoxicação por metais pesados

O Timerosal, um conservante utilizado em algumas vacinas, é considerado o maior vilão, nesse caso.
A indústria farmacêutica investe milhões de dólares em reportagens e artigos contestando tais estudos, além de boicotar as pesquisas nesse sentido.

Quem estiver ligado nos noticiários perceberá que alguns assassinatos estranhos foram cometidos exatamente com cientistas que procuravam mostrar o perigo desses conservantes nas vacinas.

Esse nosso artigo mesmo, se houver aumento considerável no número de acessos, vai gerar comentários “pagos” tentando mostrar ao público que tudo o que eu estou dizendo é mentira ou falta total de conhecimento do assunto. A conclusão fica com vocês.

Solução:

Insistir para que a indústria farmacêutica, mesmo que isso reduza seus lucros atuais, invista da substituição dos atuais conservantes, por produtos mais seguros e que, comprovadamente, não sejam mais uma causa para o surgimento, nem para o agravamento, dos sintomas desse e de outros transtornos cerebrais e psíquicos.

b-Intolerância alimentar (ou alergia alimentar)

Existe uma permeabilidade muito acentuada na mucosa intestinal dos autistas. Essa permeabilidade abre caminho para a passagem de macromoléculas de origem proteicas para a corrente sanguínea que, em seguida, alcançam o cérebro.

Chegando ao cérebro elas podem provocar o aparecimento do transtorno ou aumentar a intensidade dos seus sintomas.

Solução:

Fazer um exame rigoroso de intolerância alimentar para, em seguida, seguir uma dieta rigorosa, retirando os alimentos mais perigosos para a geração dessas proteínas.

Normalmente os alimentos mais prejudiciais são: Leveduras, açucar refinado, refrigerantes, alcool, corantes, conservantes, glúten, caseína, soja e lactose.

c-Antibiótico oral

A flora intestinal é composta de uma infinidade de bactérias de diversas famílias. Todas parecem ser necessárias, embora ainda haja dúvidas em relação a algumas dessas famílias, como por exemplo, a do Clostridium.

Quando a flora está equilibrada, as macromoléculas de origem proteica que surgem durante o processo de digestão alimentar são trituradas por elas e eliminadas, não alcançando a corrente sanguínea e assim não trazendo qualquer prejuízo ao cérebro.

Mas quando há uma eliminação de bactérias da flora, como por exemplo, após o uso de antibiótico oral, como a AMOXICILINA, esse trabalho das bactérias não ocorre e a absorção dessas proteínas acaba ocorrendo, e isso pode causar danos ao cérebro.

Para piorar ainda mais, o antibiótico oral elimina todas as bactérias, menos a pior delas, as da família do Clostridium.

Essa família tem sido apontada em diversas pesquisas como geradora de um elemento semelhante ao ácido propiônico, que também é extremamente prejudicial ao cérebro do autista.

Solução:

Evitar dar qualquer tipo de antibiótico oral para as crianças, a menos que seu organismo seja preparado antes e durante o tratamento, com doses adequadas de probióticos, sempre seguindo a recomendação de um nutricionista.

d-Nutrição inadequada

Há estudos mostrando a possibilidade de que os genes provocadores do autismo possam ter sido “ligados” devido a falta de vitaminas durante a gestação, principalmente a falta do Complexo B.

Solução:

Durante a gestação seguir uma dieta bem elaborada por uma nutricionista.

e-Infecção pela cândida - Candidíase

Esse fungo, conhecido como Cândida, é uma espécie de levedura, e é encontrado no trato digestivo de todos nós.

As demais bactérias existentes na flora intestinal limitam o crescimento da cândida, evitando que seus efeitos sejam prejudiciais ao organismo.

Mas se essas outras bactérias tiverem sido eliminadas pelos antibióticos orais, a cândida cresce e provoca aumento em todos os sintomas dos autistas.

Solução:

Dieta pobre em alimento para o fungo (que são os açúcares, leveduras, gluten e caseína), ingestão de probióticos e tratamento com o antifúngico apropriado, prescrito pelo médico.

É bom saber que esse tratamento com o antifúngico pode apresentar piora comportamental do autista, mas só no início, porque a cândida, ao ser destruída, se espalha pelo organismo, demorando um pouco a ser excretada. Mas ao ser excretada a melhora começa a ser percebida.

2-Características do autista

Pais e professores devem saber que, para acompanhar um autista precisamos, antes de qualquer coisa, gostar dele de verdade, e desejar, sinceramente, que ele se desenvolva e alcance a sua autossuficiência!

Tendo certeza de que essa condição do “gostar de verdade” está satisfeita, vamos entender que, além dos problemas orgânicos provenientes das diversas causas conhecidas, os gritos, os berros, o isolamento e alguns outros comportamentos, podem estar sendo aumentados, devido a dores mentais provenientes de uma hipersensibilidade auditiva, ou devido a dores emocionais, devido a sofrer violência simbólica, ou até real, desde que se percebeu diferente dos outros.

A partir desse entendimento existe a necessidade de “entrar” em seu “universo particular”, para que ele se sinta à vontade e confiante nesse relacionamento afetivo.

Depois de sermos “aceitos” em seu “universo particular” vamos observar, estimular e reconhecer, todas as suas habilidades, por menores e menos importantes que elas possam parecer.

Ao descobrirmos, estimularmos e desenvolvermos cada uma de suas habilidades, as características principais desse autista deixarão de ser as anomalias comportamentais, e passarão a ser as suas habilidades.

Aos poucos veremos que até os sintomas serão reduzidos, já que a elevação da sua autoestima servirá como um dos elementos para sua cura.

3-Cura do autismo

O que temos hoje, em relação à cura do autismo:

Existem, hoje, diversos caminhos sendo trilhados para a cura do autismo, mas nenhum deles apresentou resultados eficazes que possam ser considerados definitivos e sem efeitos colaterais.

a-Eliminação do Clostridium

Uma experiência realizada com um adolescente visava a eliminação das bactérias da família do clostridium, utilizando um antibiótico desenvolvido para essa finalidade.

Os resultados, durante o tratamento, foram excelentes. O adolescente passou a ter uma vida normal, sem qualquer sintoma do transtorno.

Foi verificado, entretanto, que as cepas da bactéria não eram eliminadas, significando que, ao cessar o uso do antibiótico, as bactérias se reproduziriam novamente.

Como o uso do medicamento teria que ser limitado a um período, o transtorno voltou a existir logo após o término desse tratamento.

O adolescente voltou a apresentar os sintomas e foi decidido que o tratamento passaria a ser, a partir dali, apenas o biomédico, por meio de dietas e consumo de probióticos.

Esse processo ainda está em estudo, visando a eliminação das cepas dessas bactérias.

b-Síndrome de Rett

Desde 2010, por exemplo, O Dr Alisson, da Universidade da Califórnia, chegou a um excelente resultado para a cura da Síndrome de Rett, que é uma das formas mais agressivas do transtorno, mas os efeitos colaterais do tratamento ainda são mais severos ainda do que os sintomas do transtorno.

Seus estudos, pelo menos, abriram caminho para a continuidade dessas pesquisas.

c-Substituição da flora intestinal

Outro estudo analisa a possibilidade da substituição integral da flora intestinal como procedimento estabilizador do processo de controle e eliminação das macromoléculas proteicas.

Não temos notícias de como andam essas pesquisas.

d-O projeto EPIGENOMA

Epigenoma é a ciência que estuda o “ligar” e “desligar” dos genes que trazem as características genéticas das doenças, síndromes e transtornos.

Nessa linha de pesquisa há estudos, sendo realizados por um grupo de cientistas da USP, que mostram a existência de uma relação entre uma deficiência no gene TRPC6 e o funcionamento alterado de algumas redes neurais.

Esse mal funcionamento é o existente em alguns tipos de autismo.

Eles perceberam que a substância hiperflorina, presente na conhecida erva-de-são-joão pode recuperar o seu funcionamento normal.

A experiência foi realizada com um camundongo e deu resultado positivo.

O grupo sabe, entretanto, que isso não significa que o mesmo efeito ocorrerá com seres humanos, mas já é um caminho promissor.

A responsável por esse estudo, na USP é a Doutora Karina Griesi-Oliveira, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

4-Medicamentos inadequados

Ainda não existe, então, qualquer medicamento para a cura do autismo, muito embora estejamos percebendo que autistas estão sendo tratados com medicamentos para a redução do sintomas que se assemelham a patologias neuropsíquicas.

Todos esses medicamentos trazem efeitos colaterais e, por isso mesmo, só deveriam estar sendo prescritos para as pessoas com tais patologias.

Para o autista os efeitos positivos podem ser apenas passageiros e os efeitos colaterais poderão prejudicar o seu desenvolvimento cognitivo e emocional.

Mas como tais remédios, mesmo não recomendados para o autismo, reduzem alguns de seus sintomas, principalmente a agressividade e a impulsividade, pais e professores quase que exigem a sua utilização.

Infelizmente as pessoas parecem não ter mais paciência para se dedicar ao entendimento da criança e preferem que medicamentos resolvam o problema instantaneamente.

Mas enquanto a ciência não encontra a solução existe todo um trabalho biomédico, com resultados bastante satisfatórios, sem utilizar qualquer tipo de medicamento.

Mas, exatamente por não utilizar nenhum medicamento e, consequentemente, não dar lucro a nenhum laboratório farmacêutico, tal tratamento é combatido insistentemente, pela mídia em geral.

Vamos a ele?

5-Tratamento biomédico do autismo

Todos nós sabemos que o que comemos e bebemos interfere diretamente em nosso organismo e define a nossa saúde.

Esse tratamento se baseia exatamente nisso.

Analisa quais os tipos de alimentos que trazem consequências negativas ao organismo, que é o exame de intolerância alimentar e, a partir desses resultados, um nutricionista elabora uma dieta apropriada.

Como dissemos anteriormente, a base dessa dieta é a eliminação do glúten, da caseína, das leveduras, do açucar refinado, dos refrigerantes, dos corantes, dos conservantes de alimentos e do alcool.

E nessa dieta é incluído o consumo de probióticos, para equilibrar a flora intestinal.

Todos os autistas que estamos acompanhando, e cujos pais resolveram adotar esse tratamento, tiveram uma acentuada redução em todos os seus sintomas.

Um dos médicos responsáveis por esse tratamento é o Dr William Shaw, e que, por não recomendar qualquer medicamento, tem seus estudos contestados pelas grandes indústrias farmacêuticas.

Infelizmente isso é verdade. Quem tiver algum parente, ou amigo, que trabalhe como representante de medicamentos, sabe perfeitamente do que eu estou falando.

Dúvidas, sugestões, questionamentos?

Escreva para mim:

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(71) 9-9913-5956

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Forte abraço.
Até nosso próximo encontro

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

IUPE Educação: primeiro dia da criança na escola

Como preparar meu filho para o primeiro dia de aula?


Olá amigos,

Nossa conversa de hoje vai ser dedicada aos pais, digamos, “de primeira viagem”, ou seja, aqueles que estão se preparando para levar o filho à escola pela primeira vez e estão ansiosos e preocupados em relação à reação do filho.

Vamos começar analisando a porta de uma escola de Educação Infantil, em seu primeiro dia de aula do ano.

Há crianças que chegam ansiosas pelo novo, um pouco desconfiadas a princípio, mas que se soltam imediatamente, após o contato com as professoras e os colegas.

Essas se despedem das mães sem qualquer medo, sem demonstrar tristeza alguma.

Há outras que não desgrudam da mãe e que insistem em voltar para casa. Choram, berram, esperneiam, tentando convencer a mãe de que a pior coisa do mundo seria deixa-la naquele ambiente hostil!

Nesse segundo caso, algumas mães desistem, e levam seu filho de volta, para tentar, quem sabe, no dia seguinte.

Essas apenas adiaram o seu sofrimento de mãe, que vai ter que enfrentar tudo de novo no dia seguinte.

Algumas mães preferem ficar um pouco com seus filhos na escola, o que deve ser muito bem combinado com os professores, já que isso permite interferências que poderão atrapalhar a rotina normal da escola.

Mas, se a escola permite, não há nada a opor.

O importante é tentar não interferir no processo pedagógico da escola, e mais importante ainda é não transformar isso em rotina!

Importante, também, que os pais conheçam muito bem qual o método que aquela escola utiliza para ambientação da criança novata, para evitar tomar atitudes que só atrapalhem a adaptação de seu filho.

Interferir em uma metodologia sem conhece-la corretamente pode destruir toda a sua eficácia.

Mas entre as crianças que foram deixadas chorando, há dois casos típicos: O daquela que se adapta assim que “esquece” da mãe, e a que não se adapta e mantém seu comportamento de revolta.

A adaptação assim que a mãe “some de vista” é o mais comum. Isso ocorre em diversos momentos da vida, surpreendendo as mães.

Já a insistência reativa, ou seja, a criança que não se adapta, nem com as intervenções pedagógicas específicas realizadas pelos profissionais da escola, essa precisará de intervenção psicopedagógica.

Quem vai apontar essa necessidade é a direção da própria escola.

Mas por que essas diferenças?

Ou seja: como preparar meu filho para que ele esteja na situação de fácil adaptação?

A diferença está no equilíbrio emocional, na segurança afetiva e na habilidade interpessoal que foram construídas nessa criança.

Educar a criança visando o seu equilíbrio emocional, a sua segurança afetiva e a sua habilidade no relacionamento interpessoal é uma tarefa trabalhosa e de muita responsabilidade!

Crianças que foram educadas sem estarem “grudadas” em seus pais conseguem construir uma sensação de segurança pessoal mais sólida do que as que desenvolveram total dependência afetiva.

No livro Afetividade na Educação eu mostro detalhadamente como fazer isso em cada fase de desenvolvimento da criança.

Mas vamos sintetizar aqui cinco dessas dicas, que podem evitar que esse primeiro dia de aula seja um transtorno para você:

1-Colo:

Colo é transporte (assista nosso vídeo sobre isso e veja os detalhes). Faça todos os afagos e carinhos em seu filho, com ele no berço. Nunca deixe que as pessoas fiquem com ele no colo.

Crianças que estão constantemente “no colo” desenvolvem uma insegurança emocional muito forte e criam uma forte dependência aos pais, muito difícil de ser desconstruída.

2-Creche:

Se puder coloque-o em uma creche confiável desde cedo. O relacionamento com outras crianças de sua idade é importantíssimo para o seu desenvolvimento cerebral pleno.

A desvantagem apontada por muitos avós é o afastamento afetivo entre pais e filhos durante o período da creche.

Essa relação afetiva deverá ser reforçada todos os dias entre a hora da saída da creche e a hora de dormir, quando os pais deverão se dedicar integralmente ao relacionamento afetivo.

Minha sugestão:

Enquanto um se dedica ao famoso banho lúdico e afetivo, que é mais brincadeira do que limpeza, o outro assume a massagem relaxante, contando histórias, até a criança dormir.

3-Clubes ou parques:

Se preferir não o colocar em creche, leve-o sempre a algum parque ou clube, para que ele se acostume a conviver com outras crianças. Brincar com colegas da mesma idade cria segurança no relacionamento interpessoal.

4-Habilidades pessoais:

Na fase sensório-motora (fase anal), observe e estimule suas conquistas e suas atividades físicas exploratórias sem limitá-lo, embora com o cuidado para que ele não se machuque.

5-Escuta ativa:

Preste atenção, de verdade, todas as vezes em que ele se dirigir a você. Não corte suas frases pelo meio, porque isso inibe a autoconfiança e cria dependência.

Ou seja: crie seu filho para ele ser autossuficiente e não para ser seu dependente!

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Forte abraço.

Até nosso próximo encontro