domingo, 30 de outubro de 2016

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Memória - dicas para melhorá-la


Aqui vão algumas dicas para melhorar a memória, com base em alguma perguntas recebidas:

Amiga,

Lembre-se que há uma série de causas para esses tipos de esquecimentos, e que é sempre melhor atacá-los antes de entrar em um tratamento medicamentoso.

O elemento mais importante entre as causas prováveis é o estresse! O estresse, na realidade, é o grande vilão de praticamente todos os males!

Então, embora eu recomende a ida a um neurologista para exames mais específicos, já que ele é o profissional especializado em neurônios e redes neurais, sempre é bom fazer a parte que só nós podemos fazer, que é "dar um jeito na nossa rotina de vida".

Lembre-se sempre que cada minuto da sua vida, a partir do momento em que você acorda, está contando para ser entendido pelo seu sistema límbico como minuto de insatisfação, minuto de desprezo ou minuto de satisfação.

Cumprir a rotina diária sem vivenciar com prazer cada momento, significa “perder tempo de vida”.

Realizar as obrigações rotineiras com preocupações diversas, como por exemplo: “tenho que acabar isso logo para fazer o restante das minhas obrigações”; significa “alimentar a energia do estresse”, o que desestabiliza o sistema nervoso e faz surgir ansiedades, angústias e energias que vão perturbar, inicialmente, o raciocínio e a memória de curto prazo, mas que, após algum tempo, estará afetando as demais memórias, além de possibilitar o disparo de uma série de doenças psicossomáticas.

A solução é vivenciar cada minuto da vida como se fosse uma grande oportunidade de criar prazer e sentir emoções positivas.

Lembre-se do famoso “Carpe Diem” ensinado pelo professor aos seus alunos em “Sociedade dos Poetas Mortos”!

Não se vista apenas porque tem que se vestir. Não se alimente apenas porque tem que se alimentar. Vista-se sempre de uma forma que você se sinta bem e se admire. Não interessa o que os outros acharão.

Até nas compras do dia-a-dia procure investir em qualidade em vez de gastar com quantidade.

Procure se alimentar com alimentos que você sabe que serão excelentes para o seu organismo e que, além disso, estejam com o tempero que você mais admira.

Lembre-se que beber água com frequência alimenta a memória. A falta de água prejudica a memória e provoca cansaço. Água pura é importantíssima para o organismo. Não adianta água em sucos, refrigerantes, cervejas, nem, muito menos, nas pedras de gelo colocadas no copo de whisky.

Ao conversar com as pessoas centralize a sua atenção nos assuntos que ela está trazendo, interessando-se mesmo em ouvir e fazer breves comentários positivos, mesmo que ela esteja emitindo uma opinião oposta à sua.

Ao receber uma reclamação, mesmo que você a ache absurda, ouça com atenção e respeito, peça para que repita detalhes e argumentos que você não concordaria, mas como se fosse para você entender melhor e tente acreditar que o idiota está certo.

Pode até dizer que vai analisar tudo com calma, porque ele pode estar certo mesmo. Assim você estará se preparando para evitar que ele precise reclamar novamente e você acaba com esse motivo de estresse antes mesmo de ele começar a agir em seu organismo.

Procurar entender que as opiniões contrárias às nossas transforma momentos de irritação em momentos de aprendizagem. Sempre aprendemos um pouco quando tentamos compreender como um idiota pensa, age e fala... (rsrsrsrs)

Ouça mais ainda, e muito, todas as pessoas que você gosta, sem interferir nos seus relatos, apenas estimulando-as a falar mais e dando as opiniões e os conselhos que forem solicitados, quando e se forem solicitados!

Mas antes de tudo isso, escreva em um papel toda a sua rotina, para analisar o seguinte:

- o que eu posso eliminar e que não vai fazer falta nenhuma, mesmo que mais tarde eu chegue a conclusão de que devo fazer de novo;

- o que eu posso fazer de forma diferente, ou em outro momento, só para evitar que caia no automático;

- crie um momento para “nada fazer”. Não é meditação, não é reflexão e não é lazer! É nada fazer mesmo... Quinze minutos ou até cinco, por dia, já resolve!

- crie momentos de lazer, como passear num parque, ver um filme, tomar uma cerveja, ler uma revista, ler um livro de contos ou de poesias, etc...

E, tão importante como todos os anteriores, crie um momento de integração energética entre sua mente e seu corpo, ou seja, estabeleça um momento de integração soma (corpo) e psique (mente), de preferência deitada, relaxada, concentrando seu pensamento em todas as células de seu corpo, até sentir que todas elas vibram em resposta à sua concentração.

Essa ligação é fundamental para o estabelecimento de uma harmonia energética e um equilíbrio celular saudável.

Esse momento deve ser estabelecido de acordo com o seu relógio biológico, ou seja, se você está mais ativa ao deitar, que seja feito antes de dormir. Se está mais ativa ao acordar, que seja feito ao acordar, antes de levantar da cama.


Inicie com essas dicas em aos poucos, vá criando mais momentos de satisfação, compreensão, entendimento, análise, satisfação e, principalmente, prazer!

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Educação inclusiva 05 - Tarefas - avaliações - boletins - histórico escolar

Amigos,

Vamos falar novamente de EDUCAÇÃO INCLUSIVA VERDADEIRA, suas maiores dificuldades e as melhores soluções.

Hoje sobre o assunto que traz as dúvidas mais recorrentes nesse processo e mais desentendidas, que são: TAREFAS, AVALIAÇÕES, BOLETINS E HISTÓRICO ESCOLAR.

Eu sou o professor Roberto Andersen, educador, psicanalista e pesquisador na área da aprendizagem, principalmente na elaboração de metodologias que facilitem a educação inclusiva.

Vamos, então, ao tema de hoje:

Para deixar bem claro, existe toda uma legislação, baseada inicialmente da LDB, bem antiga, mas perfeita, e mais recentemente na Lei 13.146/2015, chamada de Lei Brasileira da Inclusão da Pessoa com Deficiência, ou também, Estatuto da Pessoa com Deficiência.

A partir dessas leis surgem as resoluções dos Conselhos Estaduais e Municipais, para regulamentar a matéria e dar detalhes da sua execução.

Mas mesmo lendo tudo isso, ainda surgem muitas dúvidas, e por isso é bastante conveniente tomarmos muito cuidado para não inverter as coisas!

As leis e resoluções estão sendo feitas para evitar que os alunos com dificuldades de aprendizagem continuem invisíveis aos professores, às escolas e à sociedade, e assim não tenham a menor chance de estarem sendo preparados corretamente para a vida profissional, seja em nível técnico ou superior.

Mas a forma como muitos professores, coordenadores e dirigentes escolares vêm interpretando essas leis e resoluções, estão, em vez de desenvolvendo e incluindo socialmente esses alunos, excluindo-os ainda mais e provocando a eliminação total de sua autoestima, fazendo com que acabem desistindo de frequentar as aulas.

Então, vamos deixar bem claro, em primeiro lugar, que quem conhece o aluno, quem sabe lidar com ele, e quem sabe o que é melhor para ele, é o professor dele, a menos que esse professor esteja considerando esse aluno apenas uma peça do mobiliário da sala, como tenho visto muito frequentemente!

Então quem tem que planejar o que fazer e de que forma fazer, é esse professor desde que esteja consciente de qual é o seu verdadeiro papel como professor, que eu acredito que seja:
Garantir a aprendizagem de todos os seus alunos, a partir daquilo que cada um sabe e respeitando as suas habilidades de entendimento, compreensão e elaboração.

Se as suas atitudes didáticas e metodológicas estiverem alcançando esse objetivo, e se as normas oficiais não estiverem de acordo, o erro está nas normas, e não no método.

Lembrem sempre que as normas foram feitas para facilitar a aprendizagem e, logo, se elas dificultam, estão erradas e precisam ser revisadas.

E só poderão ser revisadas se os Conselhos de Classe apresentarem as razões pelas quais, naquela escola, percebeu-se que para garantir os verdadeiros objetivos da educação inclusiva, tais e tais métodos precisaram ser adaptados.

Uma resolução de Conselho de Classe bem fundamentada é o que vai alimentar todo o sistema educacional, para que as legislações e resoluções educacionais sejam aperfeiçoadas.

Então vamos analisar os fatos:

LEMBREMOS SEMPRE DOS OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA:

1-Garantir que todos os dias o aluno especial aprenda mais alguma coisa a partir daquilo que ele já sabe, explorando suas habilidades, visando sua autossuficiência futura.

2-Preparar o aluno especial, assim como seus colegas normais, para que consigam ter uma convivência saudável e respeitosa, independentemente de suas características físicas ou psíquicas.

Vamos ver hoje TAREFAS E AVALIAÇÕES.

Antes de preparar qualquer tarefa, para qualquer aluno, em qualquer turma, ou também, antes de preparar qualquer avaliação, para qualquer aluno, em qualquer turma, o professor deve estar bem atento à finalidade daquela tarefa ou daquela avaliação.

Qual a finalidade da tarefa e qual a finalidade da avaliação?

Finalidades da tarefa:

Possibilitar ao aluno que ele exercite o seu aprendizado e se convença de que está realmente aprendendo alguma coisa daquele assunto e se sinta capaz e produtivo.

Dar oportunidade ao aluno de descobrir a parte do assunto que ele ainda não entendeu corretamente, a partir da dificuldade que ele vai sentir durante a realização dessa tarefa.

PROFESSOR

Ao observar a realização das tarefas, identificar pontos do assunto que devem ser explicados novamente ou de forma diferente.

Facilitar, para o professor, a identificação de alunos com dificuldades de aprendizagem em sua matéria, para fundamentar alterações em seu plano de trabalho, de forma a quebrar possíveis bloqueios emocionais e garantir, para tais alunos, algum tipo de aprendizagem.

Finalidade da avaliação:

Verificar, com registro de pontuação, se houve aprendizagem real dentro daquilo que foi ensinado nas aulas e treinado nas tarefas realizadas anteriormente.

OK?

Se nós entendemos as finalidades, vamos, então, à prática:

Tarefa em classe – reflexão sobre as tarefas:

Se você entregar ao aluno especial a mesma tarefa que entregou aos alunos regulares, na hora que ele olhar a tarefa e verificar que nada entende, você acredita mesmo que ele vai se sentir um aluno normal como os colegas?

Ou será que ele vai se sentir inferiorizado e excluído, ficando cada vez mais triste e sofrendo isso como mais uma violência simbólica em sua vida? 

Então:

A tarefa feita em classe deve ser elaborada dentro do nível de entendimento do aluno de forma que ele consiga resolvê-la, mesmo que, para isso, precise do apoio do professor ou de algum colega.

O mais importante é que, mesmo ajudado, ele perceba que conseguiu realiza-la, para que seja alcançado o ponto principal de toda a sua evolução, que é a elevação de sua autoestima.

O aumento da dificuldade das tarefas deve ser feito com muito cuidado, para evitar que surjam dificuldades além das que o aluno está preparado para enfrentar, evitando assim o seu desânimo ou sentimento de incapacidade, reduzindo sua autoestima.

Os professores deverão elaborar as tarefas com muita criatividade, para que o tema seja o mesmo e a aparência seja semelhante às tarefas dos demais alunos, embora o conteúdo seja específico.

Vamos a um exemplo:

Uma aula de matemática em que esteja sendo ensinado seno e cosseno de ângulos, a figura ilustrativa de um observador, a uma distância conhecida de uma grande árvore, olhando para o seu topo, pode muito bem ser exatamente a mesma figura do aluno em nível de alfabetização, só que esse estará colorindo as figuras, registrando os nomes da árvore e os números correspondentes à distância, etc., enquanto aquele estará calculando a altura da árvore utilizando senos e cossenos.

Observação:

Importante sempre analisar a possibilidade de uma questão da tarefa de classe ser no nível dos alunos especiais, mas para todos resolverem em conjunto. Serve como ludicidade para o aluno normal e como estímulo e elevação da autoestima para os alunos especiais.

Tarefa para casa - reflexão:

Se você mandar, como dever de casa, para o aluno especial, o mesmo dever que mandou para os demais alunos, quando os pais perceberem que seu filho não sabe nem do que trata o dever, você acha mesmo que esses pais vão ficar satisfeitos, felizes e alegres sabendo que seu filho, mesmo nada entendendo, está sendo incluído naquela escola?

Ou será que esses pais vão achar que você, como professor, é um fracasso, e que não consegue ensinar nada ao filho deles?

Então:

Cada dever de casa deve ser elaborado de forma que você, como professor dele, tenha certeza de que esse aluno conseguirá realiza-lo sozinho em casa!

Assim você estará colaborando para elevar a autoestima do aluno e também satisfazendo a expectativa dos pais, que verão o filho avançando pouco a pouco.

Grande parte dos bloqueios emocionais que prejudicam ainda mais a evolução dos alunos especiais está na forma como sua família o trata, principalmente na comparação que naturalmente é feita entre os irmãos, primos, etc.

Por esse motivo que a tarefa para casa desses alunos acaba tendo dupla finalidade, uma para o próprio aluno, que deve se sentir capaz de resolver a tarefa sozinho, e outra para a sua família, que deve perceber que seu filho está evoluindo.

Essa tarefa, então, deve ser preparada com questões que o professor tenha absoluta certeza de que esse aluno consegue entender e resolver sozinho, mesmo que, para isso, ela tenha que ser quase a cópia das tarefas realizadas por ele em classe.

Só assim não haverá interferência negativa da família na autoestima desse aluno e ele se sentirá capaz e com estímulo para evoluir ainda mais.

Avaliações – reflexão:

Se você entregar para o aluno especial a mesma avaliação que entregou aos alunos regulares, você acha mesmo que ele vai ficar satisfeito e animado por ter tirado zero por não ter entendido nada das questões?

Ou será que ele vai desanimar, baixar a sua autoestima e nunca mais querer voltar para a escola por se sentir inferior e excluído?

Então:

A avaliação do aluno especial incluído deve ter a mesma aparência, os mesmos desenhos e o mesmo tema da dos demais alunos, mas as questões devem ser elaboradas dentro daquilo que o professor está certo de que conseguiu durante seu processo de acompanhamento.

O professor prepara uma prova estando seguro de que, se sua expectativa estiver correta, o aluno terá nota 10,0!

Qualquer nota abaixo disso mostrará ao professor que houve erro na sua expectativa e que sua forma de ensinar a esse aluno deverá ser alterada.

Vamos analisar com mais detalhes?

A finalidade da avaliação para esses alunos é sempre garantir, para o professor, que a forma e a metodologia que ele está utilizando para garantir a aprendizagem desse aluno está dando certo.

Assim sendo, as questões dessa avaliação deverão estar todas exatamente dentro do nível de aprendizagem que o professor acredita que o aluno tenha alcançado.

Se a nota do aluno for boa significa que o professor conseguiu o seu objetivo principal, que é fazer o aluno aprender algo a mais do que já sabia e está evoluindo rumo à sua futura autossuficiência.

Se a nota do aluno for baixa significa que o professor deverá analisar seus métodos e rever sua forma de ensino. O mais importante, entretanto, é que ele deve elaborar outra prova, urgentemente, essa já no nível mais baixo, para que o aluno a consiga resolver a contento e assim evite baixar a sua autoestima.

Boletins e históricos – reflexão:

Se as avaliações foram feitas iguais às dos alunos regulares e, naturalmente, os resultados dos alunos especiais foram todos ZERADOS, e você colocar no HISTÓRICO ESCOLAR todas as notas ZERO e na observação:

ALUNO PROMOVIDO À SERIE SEGUINTE POR SER ESPECIAL

Você acha mesmo que o aluno e seus pais vão ficar alegres e felizes com o HISTÓRICO ZERADO e com essa observação?

Ou vão achar que ele está apenas sendo ACOLHIDO por que a escola é boazinha, mas não tem nenhuma possibilidade de se desenvolver na vida?

Então:

No histórico serão lançadas exatamente as notas obtidas de acordo com as avaliações realizadas da forma correta, dentro de seu nível de entendimento, compreensão e elaboração, e, agora sim, nas observações:

Aluno especial incluído: “Aluno em acompanhamento especial: O conteúdo aprendido em cada matéria, assim como as metodologias utilizadas, estão descritas no relatório em anexo a esse documento”

Ou seja:

Dessa forma o aluno especial, quando bem desenvolvido pelo professor, terá sempre notas boas em seu histórico e, ao ler isso, todos, aluno e pais, estarão conscientes de que a criança está em desenvolvimento, independentemente do seu nível de entendimento, compreensão e elaboração.

As próximas escolas que o receberem terão todos os dados necessários para darem continuidade ao processo de desenvolvimento e inclusão.

Conclusão importante:

Para o aluno especial tanto as tarefas, como as avaliações, e até o seu boletim e histórico escolar, devem servir para:

Em primeiro lugar, para mostrar ao próprio aluno de que ele é capaz e que está evoluindo em seu aprendizado.

Em segundo lugar, para mostrar ao professor se seu método de ensino voltado para esse aluno está correto ou se deve ser modificado.

Fazendo tudo dessa forma estaremos realmente cumprindo os objetivos principais da educação inclusiva verdadeira.

É isso, amigos.

Qualquer questionamento, dúvidas ou sugestões, entrem em contato pelo e-mail

Ou pelo whatsapp ou telegram
(71) 9-9913-5956

Pelo facebook
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Ou pelo twitter
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Os livros podem ser adquiridos pelo mercado livre, clicando na capa de um deles em nosso BLOG
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Ou no nosso portal

É sempre um prazer poder conversar com vocês sobre esses assuntos.


Um forte abraço e até nosso próximo encontro

sábado, 15 de outubro de 2016

Educação inclusiva: vamos parar de destruir o aluno especial


PARABÉNS A TODOS OS PROFESSORES QUE NASCERAM PARA ISSO E JÁ SE DEDICAM AO ALUNO ESPECIAL DA FORMA COMO RELATO A SEGUIR:

Sei que o texto é longo, mas não posso deixar de alertar pais, professores e escolas para que PAREM 
DE DESTRUIR O ALUNO ESPECIAL em vez de AJUDÁ-LO A ALCANÇAR A SUA AUTOSSUFICIÊNCIA UM DIA!

REFLITA:

Reflexão 1:

Se você entregar a esse aluno especial a mesma tarefa que entregou aos alunos regulares, ele vai se sentir um aluno normal como os outros ou vai se sentir inferiorizado e excluído?

Então:

Cada tarefa para o aluno especial incluído deve ter o mesmo tema das tarefas dos demais e a mesma aparência, mas as questões devem ser exatamente dentro de seu nível, para garantir que, com a resolução dessa tarefa, ele avance mais um pouco dentro de seu entendimento sobre o assunto, sempre em seu nível.

Reflexão 2:

Se você mandar como dever de casa para o aluno especial a mesma tarefa que mandou para os alunos regulares, quando os pais perceberem que ele não entende nada do que está escrito vão achar que seu filho está se desenvolvendo ou vão achar que você não está fazendo o seu papel de ensinar?

Então:

Cada tarefa para casa, além das observações da de classe, o professor deve ter a certeza de que o aluno conseguirá resolvê-la sozinho, sem a ajuda dos pais.

Isso é para evitar que os pais acabem resolvendo a tarefa do filho, o que só vai servir para baixar a autoestima da criança e prejudicar todo o trabalho de seu desenvolvimento.

Reflexão 3:

Se você entregar para o aluno especial a mesma avaliação que entregou aos alunos regulares, ele vai ficar satisfeito e animado por ter tirado zero por não ter entendido nada das questões ou vai desanimar, baixar a autoestima e nunca mais querer voltar para a escola por se sentir inferior e excluído?

Então:

Avaliação do aluno especial incluído deve ter a mesma aparência, o mesmo tema, mas as questões devem ser elaboradas dentro daquilo que o professor está certo de que conseguiu durante seu processo de acompanhamento.

Reflexão 4:

Se a média da escola é 6 e o aluno especial obteve nota 4 numa avaliação, ele vai ficar alegre e feliz ou vai desanimar e se sentir inferiorizado e sem capacidade para aprender nada?

Então:

Se o aluno não obtiver bom resultado significa que a prova foi mal elaborada e deve ser reelaborada, analisando-se o nível que ele realmente alcançou, até que o aluno tenha bom resultado.

Assim a prova, além de estar produzindo nota quantitativa, está servindo para mostrar ao aluno que ele pode continuar aprendendo e tendo sucesso, com isso aumentando a sua autoestima, que é essencial para a continuidade de seu desenvolvimento

Reflexão 5:

Se as avaliações foram feitas iguais às dos alunos regulares e, naturalmente, os resultados dos alunos especiais foram todos ZERADOS, e você colocar no HISTÓRICO ESCOLAR notas todas ZERO e na observação: ALUNO PROMOVIDO À SERIE SEGUINTE POR SER ESPECIAL o aluno e seus pais vão ficar alegres e felizes com o HISTÓRICO ZERADO e com essa observação. ou vão achar que ele está apenas sendo ACOLHIDO por que a escola é boazinha?

Então:

No histórico serão lançadas as notas obtidas de acordo com o item 4, e nas observações:
Aluno especial incluído: O nível de aprendizado adquirido em cada uma das matérias e as formas como foi realizado o seu desenvolvimento estão registrados no relatório em anexo a esse documento.


quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Educação inclusiva 04 - relato de caso

Relato de caso:

Menino de 11 anos com maturidade de 7 anos, diagnosticado com uma espécie de estenose pulmonar. 
Fez correção cirúrgica e passou a apresentar comportamento agitado. Pelos resultados de exames de ressonância apresenta lesão no lobo temporal esquerdo.

O maior desafio que apresenta hoje é não querer estar na escola por se sentir excluído e ser dependente em quase tudo.

Vamos a análise e às sugestões:

Tenha seu filho o que tiver, a determinação legal da realização da educação inclusiva tem que ser cumprida pela escola.

Esse cumprimento significa, em primeiro lugar, prover o desenvolvimento intelectual da criança a partir do seu nível de entendimento e, em segundo lugar, prover a sua socialização com colegas de mesma faixa etária.

A única preocupação que os pais devem ter antes de exigirem a matrícula e o respectivo atendimento é tratar a inquietação excessiva e, principalmente, a agressividade, se houver.

Isso é para evitar prejuízos físicos e prevenir acidentes graves tanto para ele mesmo como para seus colegas.

Embora a legislação não diga que o aluno especial só deve estar em sala de aula se estiver com a agressividade controlada, sabemos que isso é necessário.

Até mesmo porque, embora a escola não possa recusá-lo, os pais dos demais podem processar os pais do incluído, por todas as lesões causadas pela agressividade descontrolada de seu filho.

Algumas sugestões para isso estão em meu artigo e vídeo sobre agressividade, já publicado anteriormente.

Agora vamos a análise do que fazer em relação ao seu filho:

Alguns procedimentos podem ser realizados em casa e outros devem ser realizados na escola, mas para isso a escola e, principalmente, os professores, precisam ter a boa vontade e dedicação para essa realização.

Se a escola não tem esse tipo de profissional, não haverá progresso para a criança e ela será apenas “depositada” em uma sala de aula e, no máximo, “acolhida” pelos professores e colegas, mas nunca desenvolvida nem incluída.

Tendo 11 anos de idade ela deveria iniciar seu acompanhamento em uma turma do 5º ano, embora essa turma seja de alunos com 10 anos, mas para que facilite o processo inicial de educação inclusiva real.

Isso porque no 6º ano, por já ser uma série de Ensino Fundamental II, aumenta o número de disciplinas e professores, o que significa que é muito mais difícil convencê-los, a todos, a serem educadores inclusivos.

Conseguindo uma escola que o aceite com boa vontade para a educação inclusiva real, é bom conversar com a coordenação e com os professores para relatar as características de seu filho e sinta se eles estão mesmo interessados em ajudar seu desenvolvimento e sua socialização.

Se não sentir essa disposição, mude de escola!

Professores acomodados ao tradicional só atrapalham o desenvolvimento da criança especial e ainda contribuem para baixar ainda mais a sua autoestima, provocando o desejo de não ir mais para a escola, por se sentir excluído e incapaz.

Numa escola que coordenação e professores se mostrem interessados em ajudar o aluno, basta acompanhar o processo e conversar frequentemente com toda a equipe, tanto para analisar o que está sendo feito, como para ver o que você pode fazer em casa para que seu desenvolvimento seja mais eficaz.

O procedimento para os professores tem sido abordado em vários artigos e vídeos meus, já publicados.

Vamos agora ao que pode ser feito em casa:

Você deve sempre analisar quais as habilidades de seu filho, ou até testar quais seriam elas, para estimular esse desenvolvimento.

Todos na família devem estar atentos ao aparecimento de alguma habilidade mais específica, porque isso é importante.

Sempre que a criança fizer qualquer coisa, seja mecânica, seja intelectual, os familiares devem estar preparados para gostarem e ficarem alegres com sua realização.

O reconhecimento é parte importante para o seu desenvolvimento como um todo, porque eleva a sua autoestima e facilita todo o trabalho de sua própria mente.

Nosso cérebro está sempre se esforçando para curar todas as nossas doenças e eliminar todas as nossas dificuldades. Só precisamos dar a ele essa oportunidade. E essa oportunidade surge quando a autoestima está elevada.

Outra necessidade é que sejam feitos, em casa, estímulos de todos os seus elementos sensores, mesmo que só pareça haver lesão no processamento do som, que é o lobo temporal.

Como todos os elementos sensores interagem entre si, estimular um deles significa estar alcançando um pouco do outro também.

Esses estímulos devem ser feitos como brincadeiras com imagens (formas, cores, movimentos), com sons (vendar os olhos para ele identificar e onde vem os sons, etc.), massagens corporais (para trazer calma, afetividade e paz), exercícios de identificação de objetos pelo tato (olhos vendados ou mão dentro de um saco), olfato (aroma de diferentes flores), paladar (provar alimentos com diferentes sabores) e muito mais. Tudo depende da criatividade de quem está com ele.

A depender das características cerebrais da criança, os exercícios podem deixa-lo cansado. Devemos sempre estar atentos a isso para que ele nunca exagere ao ponto de chegar ao estresse.

O mais importante de tudo é que todos, na família, estejam atentos às suas habilidades e reconhecendo cada avanço que ele tiver.

Todos devem ser alertados para NUNCA chamar a atenção para suas dificuldades, já que não é com as dificuldades que conseguiremos ajuda-lo a nada!

Só podemos ajuda-lo a partir daquilo que ele entende, daquilo que ele pode fazer e daquilo que nós conseguimos estimulá-lo a desejar fazer.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Educação inclusiva 03 - dinâmica grupal em sala de aula

Amigos,

Vamos falar de EDUCAÇÃO INCLUSIVA VERDADEIRA, suas maiores dificuldades e as melhores soluções.

LEMBREMOS SEMPRE DOS OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA:

1-Garantir que todos os dias o aluno especial aprenda mais alguma coisa a partir daquilo que ele já sabe, explorando suas habilidades, visando sua autossuficiência futura.

2-Preparar o aluno especial, assim como seus colegas normais, para que consigam ter uma convivência saudável e respeitosa, independentemente de suas características físicas ou psíquicas.

HOJE VEREMOS A DINÂMICA GRUPAL EM SALA:

Toda aula deve ser dada como se fosse uma aula para turmas multisseriadas em forma integrada, nunca em forma dividida, ou seja, nada de cada série virada para uma parede com um quadro, com professor se revezando, ora num quadro, ora em outro...

Multisseriada real, onde o tema é o mesmo para todos, mas a abordagem do tema é que estará dentro do nível de cada um dos alunos.

Os desenhos são os mesmos, assim como as ilustrações, e a importância do tema também deve ser apresentada de forma que seja bem entendido por todos os níveis.

Obviamente já se percebe que o professor não poderá dar essa aula inteira de forma expositiva, já que assim ele só alcançara uma parte da turma.

Por isso, vamos ver por partes:

Parte 1 da aula:

O professor faz o marketing do assunto da aula, para toda a turma, inclusive os especiais, em uma linguagem que todos entendam e de forma que todos se entusiasmem pelo assunto.

Parte 2 da aula:

O professor separa os alunos em grupos operativos, entregando para cada grupo o questionário do estudo dirigido a ser executado a partir daquele momento.

Os grupos iniciam a resolução dos seus questionários.

Parte 3 da aula:

O professor visita cada grupo para estimular o trabalho, observar o desempenho de cada aluno em seu grupo e identificar as dificuldades e dúvidas.

Parte 4 da aula:

A cada dificuldade encontrada por um grupo o professor interrompe o trabalho de todos, vai para o quadro, e explica a dúvida de um grupo para toda a turma.

Se a dificuldade encontrada for no grupo de alunos especiais o professor tanto pode tirar a dúvida no próprio grupo, como pode, a depender da dúvida, também socializá-la para a turma toda.

Observação importante:

O estudo dirigido deve ser preparado de tal forma que ocupe todo o tempo da aula, para que os alunos se sintam produtivos durante todo esse período.

Detalhes:

-Os estudos dirigidos para os alunos especiais deverão ter o mesmo formato e os mesmos desenhos, de forma que pareçam com os dos demais alunos, mas com as questões dentro de seus respectivos níveis de entendimento.

-No grupo dos alunos especiais serão sempre inseridos alunos “normais”, em revezamento, escolhidos entre os melhores daquela matéria, mas que receberão o mesmo questionário dos incluídos, para que todos, no grupo, se sintam realizando a mesma tarefa.

-Esses alunos são os alunos agentes de inclusão do dia, e serão preparados para isso pelo professor ou pelo psicopedagogo da escola.

-Esses alunos “normais” deverão ser escolhidos entre aqueles que já têm o hábito de estudar em casa e de pesquisar e que, portanto, estarem dedicados a acompanhar seus colegas especiais em uma aula, não fará nenhuma diferença para eles.


-Para facilitar a inclusão social dos especiais em relação a todos os seus colegas de sala, uma questão final do estudo dirigido poderá ser uma questão lúdica igual para todos, sejam alunos especiais ou normais, para que haja a possibilidade de que, todos, sem exceção, possam realiza-la divertidamente, em total congraçamento.