Primeira análise: o abuso sexual na infância
Nossa preocupação era com o elevado número de adolescentes encontrados em tentativas de suicídio ou se suicidando antes de completar os dezoito anos. Como grande parte deles já havia passado por um programa de psicoterapia sério não se entendia o ato. Afinal esse adolescente deveria estar com seu estado emocional bem estruturado.
Durante os estudos começamos a analisar cada caso que chegasse a nossas mãos e, infelizmente, isso é muito fácil, tal o elevadíssimo número de abusos sexuais em crianças e adolescentes em todos os lugares. Afinal, a própria mídia sutilmente estimula o abuso, criando modelos de criança e adolescente sensual para serem copiados e imitados pelos pais...
Fizemos contato com pesquisadores de todo o planeta tentando encontrar sinais de algum caminho a seguir e, ao mesmo tempo, catalogando os casos mais significativos que podiam ser compartilhados entre os terapeutas.
Nosso espanto ocorreu no momento em que alguns institutos de pesquisa obtiveram os mesmos resultados no mapeamento cerebral de grande parte desses meninos, mostrando em todos eles uma atrofia no hemisfério cerebral esquerdo! O hemisfério direito, que é onde se concentra a área emocional do indivíduo, continua com seu pleno desenvolvimento. O esquerdo, entretanto, que é o lógico, sofre essa redução neuronal perfeitamente observável nesse mapeamento.
Esse resultado nos mostra que o suicídio, ou a sua tentativa, ocorre exatamente no momento em que uma emoção muito forte (e na adolescência todas são muito fortes...) não é compensada por um raciocínio lógico frio, realista e necessário nesse momento, podendo levar o adolescente a atitudes extremas.
A conclusão dessa primeira análise foi a de que precisamos, então, alterar nosso processo de terapia em casos de abuso sexual, criando atividades e exercícios que desenvolvam o hemisfério cerebral esquerdo e reduza gradualmente a sua atrofia para mantê-lo em plena atividade para os momentos mais necessários.
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