sábado, 9 de fevereiro de 2019

Treinamento parental - Filho despesa x Filho investimento



Seu filho pode ser a sua grande despesa ou o seu melhor investimento. Você escolhe.

A educação de um filho nunca foi fácil!

Muitos pais acertam, mesmo se terem aprendido com ninguém!

Muitos pais querem acertar, mas erram feio!

Onde estão os erros? Como evita-los?

Nas séries Treinamento parental, nós estamos tentando ajudar um pouco nessa missão Divina de educar os nossos filhos.

Hoje vamos analisar a aprendizagem. Por que nem sempre dá certo, mesmo nas escolas que dizem ser as melhores, e por que alguns têm sucesso total, mesmo sendo de famílias pobres e frequentando escolas públicas consideradas de má qualidade?

INICIANDO!

Vamos analisar dois “alunos tipo”, com base em observações, não só minha, como também de diversos outros professores-pesquisadores, ao longo dos últimos vinte anos.

Primeiro “aluno tipo”: O que fracassa ou de futuro medíocre

Esses são os que mais dão motivo para reclamações de ambas as partes.

Os pais reclamam de inquietação, desânimo nos estudos, insubordinação, falta de visão de futuro e outras coisas.
Eles reclamam de tudo, estão insatisfeitos para com as suas condições de vida e, em muitos casos, demonstram a sensação de que só os outros têm oportunidades boas na vida e que, para ele, não há chance.

Alguns estão matriculados em escolas públicas e colocam a culpa na situação dessas escolas, na falta de professores ou na falta de interesse desses em prepara-los corretamente para a vida profissional, nas bagunças em sala de aula e tudo o mais.

Outros estão matriculados em escolas particulares, mas o desinteresse para com os estudos continua o mesmo, ficando entusiasmados apenas com festas, namoros, brincadeiras, como se precisassem aproveitar bastante a fase adolescente, sem qualquer perspectiva de futuro.

Alguns, os que são filhos de famílias de alta renda, são matriculados em colégios considerados “de ponta”, com mensalidades bem elevadas, cuja característica é a de reprovar quem não acompanha o ritmo alucinante dos que são obrigados a garimpar médias altíssimas nos vestibulares e ENEMs, para “dar nome” à escola.

Logicamente, como esses não querem acompanhar esse ritmo, por total falta de estímulo, são excluídos e colocam a culpa em problemas psicológicos, incapacidade de aprender, e até síndromes e transtornos inexistentes, só para justificar a falta de vontade de se dedicar à aprendizagem.

Nesse caso ainda há os que acreditam que, por serem de famílias abastadas, não precisarão dos estudos, já que seus pais poderão pagar suas faculdades, mais tarde, garantindo um diploma de curso superior, embora sem conhecimento algum.

Lógico que, um dia, eles acabam percebendo, embora tardiamente, que a sua falta de motivação para com sua preparação acabou fazendo com que outros passassem a sua frente, não só profissionalmente, como em satisfação pessoal.

Percebam, então, que esses fracassados estão em todas as classes sociais, e estudaram em todo tipo de instituição escolar, inclusive nas escolas particulares.

Todos esses significam despesas constantes para seus pais, sem qualquer perspectiva de retorno, ou seja, isso significa gasto financeiro e nunca poderá ser considerado investimento.

Segundo “aluno tipo” O vencedor, ou seja, aquele que é bem resolvido pessoal e profissionalmente

Nessa segunda linha eu também tenho encontrado alunos de escolas públicas municipais e estaduais, alunos de escolas particulares de bairros populares e alunos de escolas particulares de bairros mais nobres.

Para esses a escola pública de qualidade ruim é apenas um desafio a mais, já que seu estudo se concentra nos livros, que pega emprestado na biblioteca pública (caso não tenha acesso a internet), ou nos livros doados pelo governo, se houver, ou em pesquisas pela internet, se tiver acesso.

Uma escola pública de melhor qualidade ou uma escola particular pequena, de bairro popular, facilita ainda mais seu aprendizado, pela facilidade de interagir com seus professores.

Uma escola “de ponta” também é apenas um desafio a mais, já que a simples existência de “professores-estrelas” (aqueles que se preocupam apenas em fazer seus nomes, em vez de ajudar seus alunos no processo de aprendizagem) faz com que ele necessite de seu esforço pessoal.

Análise dos dois “alunos-tipo”

Ao longo desses estudos temos constatado que ambos os “alunos-tipo” existem em todos os tipos de escolas, desde as públicas de baixa qualidade, até as escolas particulares, consideradas “de ponta”, passando por todas as demais.

Isso pode significar que a formação desse aluno-tipo, seja ele qual for, não depende exclusivamente da qualidade da escola.

Constatamos, também, que ambos os “alunos-tipo” existem em todas as classes sociais.

Isso também pode nos mostrar que a formação desses tipos de alunos não depende de situação social nem financeira da família.

E agora? Onde está a fonte da diferença?

Nesse momento eu sou obrigado a dar uma ligeira explicação, não para a maioria de vocês, mas sim para os nossos amigos “sabotadores” (temos muitos colegas sabotadores convivendo conosco).

A explicação é a seguinte: os casos analisados são muitos, mas não serão relatados por mim aqui, para não estender muito a nossa conversa de hoje.

Mas aos sabotadores que, por qualquer motivo, desejarem contestar tudo o que estou relatando, considerando como exceções à regra, peço que façam suas próprias pesquisas e cheguem às suas próprias conclusões.

Mas procurem, também, encontrar soluções viáveis e práticas, que é essa a nossa intenção nesse estudo.

Então, vamos ao nosso procedimento nessas análises.

Procedimento adotado

Observamos, inicialmente, o aluno-tipo, tanto em nossa escola como nas escolas públicas de diversos municípios e estados, onde temos professores ligados ao IUPE, e em escolas particulares de todos os níveis, também por intermédio de professores em atividade.

Identificados os “alunos-tipo” realizamos (da mesma forma) uma anamnese voltada para o histórico desse aluno e seu relacionamento familiar.

Coletando as informações, chegamos ao seguinte resultado:

Resultado alcançado

O aluno tipo é o resultado da formação de sua mente, que se desenvolve segundo três aspectos principais:

- A sua disposição física;
- A sua disposição emocional;
- A sua disposição cognitiva (capacidade de aprender).

São esses três aspectos os que definem a diferença entre o fracassado e o vencedor.

Conclusão do estudo

Querer que seu filho tenha bons resultados nos concursos, vestibulares e ENEMs sem estimular seu interesse pela aprendizagem e sem garantir as condições físicas e emocionais que ele precisa, é jogar dinheiro e tempo fora! E muitos pais ainda estão totalmente perdidos nesse processo, aguardando um milagre!

Devemos, então, recomendar aos pais que:

Se não existe interesse em investir no sucesso de seus filhos, deixem eles em paz e não interfiram na sua rotina.

Se há esse interesse, então transforme seu gasto financeiro com a educação do filho, mesmo que esteja em escola pública, em investimento lucrativo para o futuro de toda a família.

Para isso basta reorganizar tanto a sua rotina de vida, como a de seu filho e melhore o seu relacionamento afetivo com eles, atentando para essas três disposições que foram identificadas como principais:

Disposição física - disposição emocional - disposição cognitiva

Disposição física

Basicamente ela se dá pela liberação equilibrada dos neurotransmissores serotonina e dopamina, cujo principal responsável é o cérebro entérico, ou seja, o cérebro do intestino, chamado, hoje, de segundo cérebro.

Para que isso funcione bem, precisa que haja uma boa alimentação, a mais saudável possível.

E para uma alimentação saudável não precisa ter boa condição financeira, porque até na “xepa da feira” se consegue legumes e verduras de boa qualidade, já que sempre sobram os que estão feios e sujos, o que não significa que não prestem.

O que deve ser evitado é exatamente o que prejudica todo esse equilíbrio, que são os refrigerantes, os salgadinhos, o excesso de açúcares, o excesso de balas, etc.

E quanto à atividade física, essa qualquer um pode realizar, mesmo que seja uma boa caminhada diária.

Disposição emocional

A mais perfeita disposição emocional é a proveniente de exemplo dos pais ou, quando os pais não têm o costume da leitura, estudo, nem pesquisa, o estímulo positivo e reconhecimento dos esforços realizados pelo filho.

Os pais não precisam saber absolutamente nada das matérias que seus filhos estão estudando.

Estimular significa estar junto, observar, mostrar interesse, pedir para que filho explique o que está aprendendo e reconhecer cada trabalho realizado, cada estudo feito, cada redação, resumo, e tudo o mais.

O filho que sente o interesse de seus pais pelo que estuda, consegue sentir prazer em estudar e pesquisar e, mais ainda, tem prazer em compartilhar com seus pais o resultado de seu esforço.

Essa disposição, que é basicamente afetiva, uma composição de amor parental e imposição de limites, está totalmente ligada ao cérebro cardíaco, que pode ser o responsável pela essência psíquica de cada um de nós, conforme estudos realizados atualmente.

Disposição cognitiva (capacidade de aprender)

Essa disposição está totalmente ligada ao funcionamento do cérebro craniano, que é o cérebro considerado como principal, por ser o único conhecido até a descoberta do entérico e do cardíaco.

Para criar essa disposição os caminhos são:

- A elevação da autoestima;
- A imposição de uma rotina saudável;
- A eliminação ou redução dos elementos geradores de estresse.

Ponto 1 – elevar a autoestima

Para elevar a autoestima todos, pais e professores, devem se dedicar a provar que ele consegue aprender qualquer matéria, mesmo que, para isso, tenhamos que voltar a assuntos básicos anteriores ao que ele estaria estudando, procurando o seu “ponto de entendimento” da matéria.

Essa volta ao seu “ponto de entendimento” é a estratégia mais eficaz para quem não se acha capaz de aprender alguma coisa. E esse ponto de entendimento pode ser descoberto por uma simples avaliação diagnóstica.

Ponto 2 – a rotina saudável

A imposição de uma rotina saudável deve incluir um período correto de sono e, logicamente, sem celulares no quarto.

Ponto 3 – redução do estresse

A eliminação ou redução de elementos estressantes passa pela imposição de limite de tempo para utilização de jogos eletrônicos e de acesso a redes sociais.

Fazendo assim estaremos garantindo que todas as nossas despesas escolares com nossos filhos (mensalidades escolares-livros-cadernos-etc.) sejam revertidos investimentos lucrativos num futuro de sucesso profissional e pessoal.

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