sexta-feira, 1 de maio de 2009

IUPE Educação: Suspeita de Transtorno Bipolar Infantil

Transtorno bipolar infantil (suspeita) em criança com dois anos: um relato. Preservando o nome da relatora, segue-se a pergunta:

Pergunta:

A menina altera seu humor constantemente. Pode estar brincando que, sem motivo aparente começa a chorar. À noite chora dormindo. Qual o profissional a procurar? Há momentos, entretanto, em que brinca e conversa normalmente
Resposta:

Em primeiro lugar temos que levar em conta que todas as anomalias comportamentais em crianças e adolescentes devem ser analisadas, inicialmente, como se fossem consequência de uma educação equivocada, exemplos negativos em casa, insegurança emocional etc. Identificando uma dessas causas nosso trabalho começa por esse lado, ou seja, a Terapia Parental.

Uma anamnese com os pais e com quem mora na mesma casa, como avós, irmãos, etc., é de fundamental importância para essa análise preliminar. Se na casa, por exemplo, residem também os avós, existe a possibilidade dessa criança vir a desenvolver uma instabilidade na identidade paterna ou materna. Todas essas possibilidades surgem com a anamnese.

Não descartamos a possibilidade dessa criança trazer a predisposição genética para a doença, mas os caminhos iniciais são de descobrir causas emocionais para o distúrbio. Hoje já sabemos que existe toda uma sintomatologia emocional, ou seja, as crianças apresentam sintomas de todas as doenças possíveis, principalmente as comportamentais, apenas como reação inconsciente à alguma insatisfação resultante de equívocos na educação ou na relação parental.

E a relação parental sempre pode ser otimizada! Nossa recomendação é iniciar por esse trabalho. Verificar rigorosamente como está a relação da menina com as pessoas à sua volta e, consequentemente, com o mundo que conhece. 

Esse trabalho é o inicial, mas é sempre necessário. Mais tarde, confirmando que os sintomas persistem, o médico a ser consultado é o psiquiatra infantil.

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