segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

IUPE Educação: Deficiência intelectual e complexo de Esparta

Amigos,

A guerra de informações que estamos observando sobre o ZIKA VIRUS, a MICROCEFALIA e a possibilidade de o novo vírus ter sido criado em laboratórios de engenharia genética, está desviando a atenção do público para um dos maiores crimes que os sistemas governamentais podem estar cometendo.

Não pensem que vou apresentar mais uma Teoria da Conspiração. Não é isso. Elas todas já estão aí à disposição do público.

Vou comentar sobre atitudes e declarações verdadeiras, a partir da perda total do controle dessa epidemia provocada por esse mosquito.

As consequências visíveis dessa epidemia são as anomalias cerebrais e outras doenças neurológicas, principalmente a microcefalia nas crianças recém-nascidas e a síndrome de Guillan Barret, que já matou um dos meus melhores amigos.

Sabemos que, para combater o alastramento dessa epidemia, é necessário um trabalho de pesquisa sério por parte de cientistas de todo o mundo, além de investimento pesado nas ações de combate ao elemento transmissor e, em paralelo, a produção de vacinas adequadas para a proteção da população.

Isso está sendo realizado, embora ainda modestamente, já que a maioria das populações afetadas ainda sejam aquelas consideradas como sub-povos, pelos prepotentes do Norte...

Mas as pesquisas estão sendo realizadas. Algum resultado poderá surgir em breve.

Meu objetivo, entretanto, nesse momento, é para que todos estejamos alertas para o crime que está sendo cometido pelos sistemas governamentais, e que chamo agora de COMPLEXO DE ESPARTA.

O que me levou a falar sobre isso foi a recomendação da O.M.S. para que os governos autorizem o aborto nos casos de detecção da microcefalia no feto.

Ou seja: Enquanto não descobrimos a forma de evitar a microcefalia, vamos eliminar todas as crianças que nascerem com essa deficiência cerebral, exatamente como faziam os gregos espartanos, para que seus jovens fossem perfeitos fisicamente e mentalmente, para se juntarem aos seus exércitos.

Assim teremos um povo forte, saudável, e sem as despesas necessárias para a manutenção de um incapaz.

Esse é o crime que estou apontando agora!

Esse crime, em parte, já está sendo cometido até por nós mesmos, não por matarmos essas crianças, mas por abandoná-las à sua própria sorte, como se não tivessem o direito de participar do mesmo mundo que nós!

As crianças com microcefalia já existem entre nós. O número delas vai aumentar consideravelmente em alguns anos. Mas já temos, entre nós, as crianças com paralisia cerebral parcial ou plena, alguma progressivas e outras não progressivas, e que estão sendo apenas “toleradas” por pais, familiares, professores, cuidadores e até terapeutas.

Tenho dedicado parte de meu tempo ao acompanhamento de diversos desses casos, e vejo que é difícil convencer até seus próprios pais, de que essas crianças pensam normalmente, raciocinam normalmente, e são capazes de ver o mundo como qualquer um de nós.

Seus cérebros são limitados devido a uma série de deficiências que ainda estão sendo estudadas pelos neurocientistas.

E essa limitação faz com que suas redes neurais se dediquem ao que é mais importante, que é o pensamento e o entendimento de mundo.

Não sobram redes neurais suficientes para o comando motor (por isso a paralisia do corpo), nem para o comando da área de BROCA (por isso a impossibilidade ou grande dificuldade para falar).

A sociedade não entende, e não quer aceitar, uma pessoa que não responde, que não interage e que, principalmente, não dá retorno às nossas expectativas, ou seja, pessoas que não nos agradecem!

E nós, elementos sociais ditos normais, só damos importância a quem nos dá importância, a quem tem capacidade para reconhecer nossas ações, mesmo que sejam ações que fingimos que sejam ações filantrópicas e sem exigir retorno algum. Pura utopia. Somos egoístas e egocêntricos!

Se você acha que eu estou exagerando, procure se aproximar de alguém com semiparalisia orofacial e com dificuldade de locomoção, e que esteja em um ambiente público.

Observe o que fazem as pessoas que são abordadas por ela.

A maioria as ignora e a consideram uma pessoa sem capacidade de pensar.

Então vamos perceber que o COMPLEXO DE ESPARTA pode estar nos dominando também, mesmo que não concordemos em assassinar crianças que venham a ser uma dessas paralíticas cerebrais ou microcéfalas.

Qual nosso papel nisso tudo?

Exigir que o poder público tome providências corretas em relação aos investimentos em todas essas pesquisas científicas, sempre visando o combate ao mal e a proteção da população.

Exigir o apoio do poder público a todas essas crianças, principalmente na preparação de seus familiares, seus professores e seus cuidadores na forma correta de acompanha-los e desenvolvê-los intelectualmente.

Exigir de nós mesmos as atitudes da verdadeira inclusão, que começam com o entendimento das suas dificuldades, a identificação de suas habilidades, a compreensão e o reconhecimento de sua inteligência, principalmente nos casos de dificuldade de fala e dificuldade de movimentos.

Entendido o nosso papel de forma ampla, vamos à prática dessa atitude pontual:

Parte 1: AMOR

Não se aproxime de nenhuma criança com essas anomalias sem, antes, ter certeza de que está conseguindo gostar dela de verdade.

Olhe-a uma, duas, três vezes, mas procure olhar a beleza interior da mente dessa criança, até que desapareça, em você, qualquer sinal de rejeição.

Parte 2: INTELIGÊNCIA

Reconhecer que ela pensa, observa, analisa e tenta compreender o mundo à sua volta, da mesma forma que você, mas só não consegue se fazer entender, por não ter como se expressar.

Observando seu olhar com muito amor e com muita paciência e dedicação, você perceberá, aos poucos, as suas reações e dará a ela a satisfação de se sentir viva e se sentir alguém.

Parte 3: COMUNICAÇÃO

Entender que qualquer sinal de irritação ou agressividade é fruto da dificuldade de se fazer entender.

A ansiedade e a angústia dessas crianças aparecem quando elas percebem que ninguém tem paciência para tentar entender o que ela quer dizer.

Novos sinais:

Todos os meus amigos, colegas de pesquisas e alunos sabem que existe uma real possibilidade de que todas essas pessoas venham a poder se comunicar em breve.

Falo dos estudos sendo realizados por Philip Low, nos Estados Unidos, que visam captar as ondas que representam os sinais cerebrais de elaboração da fala, transformando-os em sinais digitais e inserindo-os em um sistema cibernético.

Mas enquanto tais pesquisas ainda estão em andamento, vamos continuar nosso trabalho, procurando entender muito bem as três etapas que acabamos de descrever.

Com essas três etapas bem entendidas poderemos transformar a vida das crianças com as mais diversas formas de paralisias cerebrais, inclusive as com microcefalia, dando a elas a oportunidade de se sentirem parte da sociedade e não mais excluídas do convívio social.


O que precisamos, SIM, EXCLUIR de nossa sociedade é o terrível COMPLEXO DE ESPARTA.

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