O neuropsicopedagogo é o profissional que
reúne o conhecimento pedagógico e neuropsíquico necessários para entender a
realidade neuropsíquica cognitiva do sujeito, visando:
Identificar as potencialidades cognitivas
do sujeito, independentemente do tipo de dificuldade de aprendizagem,
distúrbio, transtorno ou qualquer anomalia neuropsíquica que esteja presente.
Estimular o desenvolvimento dessas
potencialidades, com base no conhecimento do funcionamento e programação das
suas redes neurais.
Treinar os professores e orientar os pais
no entendimento neuropsíquico cognitivo de seus alunos e filhos, visando
possibilitar a verdadeira inclusão escolar e social.
Identificar os sintomas que dificultam o
processo ensino-aprendizagem, desde os primeiros anos de vida.
Fazer a análise comparativa dos sintomas
visando identificar os que podem ser provenientes de bloqueios emocionais e os
que podem estar relacionados às anomalias comportamentais, neuróticas,
neurológicas, psíquicas ou outras.
Encaminhar os que apresentem sintomas
semelhantes aos distúrbios de comportamento, neuróticos, neurológicos ou
psicogênicos para tratamento com o psicólogo infantil, psicanalista infantil,
neuropediatra, psiquiatra infantil e outros.
Encaminhar os que apresentam distúrbios
estruturais de fala, audição, visão, para tratamento com fonoaudiólogo ou exame
com otorrinolaringologista, oftalmologista e outros.
A neuropsicopedagogia é, então, uma ciência
transdisciplinar, reunindo conhecimentos das áreas da neurociência cognitiva,
da psicologia cognitiva, da pedagogia e da psicopedagogia.
Os alicerces da prática
neuropsicopedagógica são as teorias de aprendizagem e as estratégias para o
ensino-aprendizagem, acrescidos do conhecimento neuropsíquico cognitivo.
As metodologias utilizadas na sua prática
levam em consideração:
O estímulo perceptivo desde os primeiros
anos de vida e até, pelo menos, os 7 anos de idade, como forma de prevenção de
sintomas que possam ser confundidos com síndromes, transtornos e demais
anomalias neuropsíquicas, auxiliando a formação, formatação e programação
correta das redes neurais.
O estímulo perceptivo e intelecto-emocional
de crianças e de adolescentes com sintomas de dificuldades cognitivas, visando
a redução dos sintomas com base na plasticidade cerebral.
O estímulo perceptivo e intelecto-emocional
de idosos e pessoas com necessidades especiais, com sintomas de dificuldades
cognitivas, visando a reabilitação cognitiva e redução se sintomas, com base na
plasticidade cerebral.
A atuação do neuropsicopedagogo clínico em
consultórios, clínicas, postos de saúde e outros ambientes é, basicamente,
compor equipes multidisciplinares que façam avaliação e intervenção em crianças
e adolescentes com dificuldades cognitivas.
Em 2014 foi fundada a Sociedade Brasileira
de Neuropsicopedagogia (SBNPp), visando implementar a divulgação, apoio e
difusão das áreas compreendidas pela Neuropsicopedagogia e Neuroeducação.
O primeiro curso de neuropsicopedagogia,
entretanto, foi realizado em 2008, em Jaraguá do Sul, no estado de Santa
Catarina.
Em 2009 a Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul criou o curso de Desenvolvimento Neuropsicopedagógico.
Cabem aos neuropsicopedagogos formados a associação
aos órgãos já criados ou até a criação de suas Associações Regionais, com a
finalidade de manter grupos de estudos e pesquisas neuropsicopedagógicos e
transdisciplinares, visando ampliar o conhecimento, facilitar a sua atuação
prática e, assim, divulgar a importância do trabalho neuropsicopedagógico nos
seus diversos contextos.
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