(...) cada palavra que sai dessa pena vem molhada com a
tinta de uma paixão cada dia mais forte, nunca menos real, sempre mais
verdadeira (...)
É! Há momentos em que, mesmo sem querer, lembro-me das
melhores coisas que tenho e que tive em minha vida, como as fortes amizades que
surgiram, sem qualquer interesse, e que perduram, aumentando de intensidade a
cada novo contato, a cada nova palavra, a cada novo encontro.
Algumas dessas amizades são sempre lembradas... elas são
especiais! Essas começaram envolvidas em uma espécie de amor puro, e surgiram com
força total, se agigantado com o passar dos anos.
Mas assim como o fácil retorno desses momentos de belas recordações,
há momentos de esquecimento...
Mas como posso esquecer, mesmo que por instantes, o prazer
compartilhado em cada uma dessas amizades?
Esquecer pode significar que a vida, por vezes, se consome,
não pelo prazer de curtir cada minuto, mas sim em uma rotina mecânica,
desgastante e castradora.
Por vezes tento analisar, também, se teria havido tanta
experiência afetiva e prazerosa a recordar, se esses sentimentos recíprocos não
tivessem sido corajosamente declarados, quando surgiu a oportunidade.
E é nessa hora que percebo uma realidade angustiante: Será que
essas recordações poderiam estar mais completas? Será que houve momentos de
afeto não declarado, resultando em abandono de emoções?
Emoções que,
certamente, ampliariam o prazer dessas lembranças?
Sim poderiam, com certeza! O medo de não ser compreendido
pode ter eliminado a coragem de uma declaração mais profunda...
A falta de coragem pode ter significado o abandono de boas
emoções. Haveria um amor contido, fechado, camuflado, não declarado!
Por que deixei, por tantas vezes, escapar momentos que
poderiam ter sido sublimes? Surgiram muitas oportunidades. Elas surgiam e eu as
perdia...
Mas hoje, por sorte, surgiu uma nova oportunidade!
Hoje posso aproveitar o momento do seu aniversário para,
enfim, dedicar-lhe a minha amizade, o meu afeto e o imenso desejo de sentir seu
amor e sua energia, sempre que estiver com você ao meu lado.
Mas essa declaração eu faço aqui, na abertura desse livro.
Você o estará lendo, eu sei, e espero que “se toque” ...
E aproveito para falar da paixão que começou já forte, mesmo
que você não tenha percebido isso, e que, misturada com um elevado grau de
amizade, veio aos poucos se intensificar. Houve ansiedade.
Há, ainda,
ansiedade!
E hoje é o seu dia.
Aproveito, então, para me transformar em cada palavra desse
livro e me dedicar, por inteiro, a você.
Me aproveito da data para sentir sua presença e para dizer
que o livro é seu, que o amor está em nós, que a vida é o nosso complemento.
Digo, também, que cada palavra que sai dessa pena vem
molhada com a tinta de uma paixão cada dia mais forte, nunca menos real, sempre
mais verdadeira.
Hoje é seu dia.
Receba essas palavras, receba esse livro, receba a certeza
de um pensamento voltado apenas em uma direção:
A direção sempre certa e imutável do desejo de que esse amor
permaneça real e se torne recíproco...
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