DISTIMIA (ou Distemia)
Que doença é essa? Pelas características podem-se definir nomes e apelidos, mas é um transtorno neurocomportamental sério, principalmente devido às suas conseqüências psíquicas e psicossomáticas.
O primeiro sintoma do distímico é o mau humor constante. Segue-se a fácil irritabilidade, o emburramento, a intolerância e a mania de só ver o lado ruim de todas as coisas. E isso de forma permanente. O distímico consegue transformar tudo o que faz em obrigação e sacrifício.
Exatamente devido a estar “de mal com a vida”, ele pode entrar em processo depressivo com facilidade, sendo essa, aliás, uma das possíveis evoluções da doença. Outras conseqüências desse transtorno neurocomportamental são as cefaléias, baixa imunidade, dores pelo corpo, gastrites e pressão arterial elevada. Outras possíveis evoluções psicossomáticas estão sendo analisadas pelos pesquisadores.
Na criança e no adolescente a distimia causa uma grande queda no rendimento escolar, principalmente devido a sua dificuldade de aceitação social. Eles têm dificuldade de se divertir e problemas de relacionamento, causando também a baixa de sua auto-estima.
Embora o distímico possa vir a ser um depressivo na evolução de seu transtorno, parte dos depressivos veio de outra realidade neuro-psico-comportamental. Existe, inclusive, uma diferença grande entre o distímico e o depressivo. Enquanto o comportamento do depressivo é mais apático e acomodado, o distímico é mais ativo e quase agressivo, devido ao seu estado de mau humor.
A família do distímico deve tomar precauções em relação a uma possível tendência ao abuso de álcool e drogas, principalmente tranqüilizantes, assim como ao exagero no tratamento medicamentoso com antidepressivos.
Para que as atitudes, os sentimentos e as emoções dos distímicos ocorram precisa que haja uma redução no nível de produção dos neurotransmissores serotonina e noradrenalina em seu cérebro, pois são exatamente esses dois neurotransmissores os responsáveis pela excitação física e mental, energia, disposição e bom humor (noradrenalina) e pelo bem estar e calma (serotonina).
As razões do déficit de produção desses neurotransmissores são interpretadas diferentemente por diversos pesquisadores e o maior perigo é quando isso nos leva ao uso desnecessário de medicamentos.
No caso da serotonina, existe um processo natural para manter seus níveis corretos: é a atuação física nos músculos zigomáticos, risórios e orbicular dos olhos. Isso significa mexer com todos os músculos da face por meio de caretas, ajudando com os dedos, puxando as orelhas, bochechas, nariz, queixo testa etc.
Fazendo isso todos os dias pela manhã a pessoa mantém seus corretos níveis de serotonina, mantendo o bom humor e o bem estar durante bastante tempo. Essa é a recomendação adequada para todos diariamente, tenham ou não ataques de tristeza.
Alimentos como bananas, tomates e chocolates são ricos em triptofano, que é um precursor da serotonina. Tomar banho de sol e fazer sexo também são atividades liberadoras de serotonina.
O perigo é que existe também um processo químico para ter o mesmo efeito. É a administração do Cloridato de Fluoxetina (PROZAC). Embora sua utilização seja recomendada apenas para casos graves de depressão, transtorno obsessivo compulsivo e graves alterações de humor, o medicamento está sendo largamente utilizado para simples casos de tristeza, como a droga da felicidade. Temos observado um verdadeiro trabalho de merchandising sobre a droga... (como a droga da felicidade...) .
O caminho para o tratamento das pessoas acometidas desse transtorno deve ser, então:
1) Massagem facial todas as manhãs, ao acordar;
2) Incentivar hábitos saudáveis, como exercícios físicos regulares;
3) Inserir banana e tomates na alimentação. O chocolate, embora seja também rico em triptofano pode trazer efeitos colaterais indesejáveis;
4) Tomar banho de sol e, para os casados, manter uma vida sexual regular e saudável.
A recomendação para os familiares dessas pessoas é: não dar a menor importância aos momentos de reclamação da vida! Ouvir apenas aguardando a oportunidade de uma “vírgula” em seu texto para, imediatamente “mudar de assunto” para um tema agradável e interessante.
Essas pessoas precisam de platéia para exercitar a sua irritação para com a vida e, se essa platéia inexiste, o mal começa a ser minimizado aos poucos.
Ou seja, mais um mal que pode ser tratado sem o uso indiscriminado de produtos farmacêuticos...
sábado, 4 de abril de 2009
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