Olá amigos,
Hoje vamos enfocar:
- A rebeldia, irritação e agressividade do
aluno sem qualquer síndrome, transtorno nem qualquer tipo de doença
comportamental;
- O treinamento parental visando corrigir
essa tendência de comportamento;
- Uma outra vantagem do Treinamento
Parental: A redução das dificuldades de aprendizagem.
Vamos começar pela rebeldia, irritação e
agressividade do adolescente:
O que mais ouço de diversos pais é: “eles
não nos ouvem mais”, ou “eles não nos respeitam como nós respeitávamos os
nossos”
E vem a culpa: Isso é culpa da TV, da
mídia, das novelas ou da influência dos colegas da escola.
Não, meu caro pai! Não é bem assim!
A sociedade, a TV, as novelas e os amigos
são influências sim, mas para que essa influência transforme o adolescente em
um aborrecente irritado, revoltado e agressivo, precisa que a relação familiar
esteja incorreta e com algumas falhas.
Vamos analisar o fato?
O adolescente precisa ser ouvido. Se ele
não é ouvido com atenção e com respeito, ele aprende a não ouvir mais ninguém.
O adolescente precisa sentir confiança em
alguém para relatar seus problemas. Se ele não sente confiança em relatar seus
problemas aos pais, ele vai relatar a colegas, e nem sempre as respostas serão as
melhores.
O adolescente precisa se sentir seguro,
amado e protegido. Se ele faz o que quer sem restrição, se sente abandonado ou
rejeitado.
Se ele é proibido de tudo, nada pode fazer,
sem receber explicações convincentes, ele se sente perseguido e violentado.
Então se o adolescente percebe que:
Dificilmente será ouvido quando quiser
relatar alguma coisa; ou
Não sente confiança em se abrir para os
pais; ou
Se sente abandonado ou violentado;
Ele estará, naturalmente, criando uma
personalidade apática e depressiva ou, pior ainda: rebelde, irritada e
agressiva.
Se sua fuga for para a TV, computador,
celular e jogos eletrônicos, esses equipamentos, sozinhos, já ajudam a aumentar
bastante o seu índice de irritabilidade.
Como acabar com esses e outros erros na
educação doméstica?
Há pais que até sabem educar, mas que dizem
não ter tempo para isso.
Largam os filhos aos cuidados de alguém, ou
de alguma escola, desde muito cedo.
Poderiam até fazer isso, como eu mesmo fiz
com ao meus, desde que dedicassem alguma parte de seu tempo para passar a
afetividade e a segurança emocional que eles precisam.
Há pais que nunca aprenderam! E que não
fazem a menor ideia do que fazer.
Até tentam mas podem estar agindo de forma
totalmente errada.
Muitas vezes apoiam erros dos filhos quando
deveriam impor limites e, outras vezes, são rígidos demais, sem qualquer sinal
de afetividade, ou seja, não passam o sentimento de amor para o filho.
Então alguém tem que assumir esse
treinamento, e não vejo, no momento, quem poderia fazer isso, senão a própria
escola, por meio do treinamento parental.
Então vamos passar para o segundo item:
O treinamento parental visando corrigir
essa tendência de comportamento
Como realizar esse treinamento de modo a
conseguir os resultados esperados!
Não adianta inventar um novo momento na
escola chamado de escola de pais, treinamento parental, orientação familiar, ou
coisa parecida.
Precisamos utilizar o momento já existente
das reuniões de pais, normalmente uma a cada unidade letiva.
Aos poucos, conseguindo que essas reuniões
fiquem populares, podemos aumentar sua frequência.
Então vamos esbarrar numa dificuldade que
todos já perceberam:
Os pais que mais precisam estar nas
reuniões são os que mais faltam!
Feita uma enquete com diversos pais que não
comparecem, muitos disseram mais ou menos a mesma coisa, ou seja, que não iriam
passar o vexame de estar numa reunião onde a diretora iria reclamar, novamente,
do mau comportamento do filho ou falar que ele está mal nas notas.
Então, para que essas reuniões ocorram com
o público que precisa estar, nossa prática tem que ter início eliminando essa
fala, ou seja, vamos cortar de nossas reuniões os comentários sobre
comportamentos inadequados e notas baixas dos alunos.
Façamos essas outras comunicações (de
comportamento e notas) durante os dias normais de aula, em comunicados via
telefone ou por meio de sistemas de informação, hoje bastante comum nas
instituições
Vamos então mudar o foco dessas reuniões e
já transformá-las em reuniões de pura orientação de pais, escolhendo como temas
exatamente as necessidades que são facilmente detectadas em sala de aula.
Os temas, então, devem ser passados de
maneira a empolgar os pais, mostrando que vale a pena todo esforço para
estimular o filho e para impor os limites que ele precisa.
Tudo isso é muito simples e não demandam
muito tempo nem muito conhecimento.
A análise dos temas necessários deve ser
realizada em conjunto com todos os professores e funcionários, para que sejam
priorizados os mais urgentes.
Em dois de meus livros, tanto o “Afetividade
na Educação” como o “Sexo: a escolha é sua”, eu listo alguns temas que podem
ajudar muito esses encontros.
A preparação da exposição deve ser de forma
que empolgue a plateia e eleve a autoestima de todas as famílias presentes.
Assim elas divulgarão para as que não
compareceram, o que vai, certamente, trazer mais gente para a próxima.
Vamos, agora a dois outros pontos, também
necessários, para fechar essa orientação sobre Treinamento Parental.
Ambientação agradável.
Os pais devem ser recebidos com afeto e
atenção pelos professores e dirigentes, e o ambiente deve ser aconchegante,
agradável, com música ambiente leve antes do início da conversa.
Lanche.
Um simples lanche, ao final, com os professores
ou funcionários servindo ou levando os pais à mesa para se servirem, ajuda a
integração entre pais e professores e vai estimulá-los a voltar para o próximo
encontro.
Vamos agora a pergunta final para hoje:
O Treinamento Parental pode reduzir as dificuldades
de aprendizagem?
Sim! Com certeza!
Vamos dar alguns exemplos:
Tenho encontrado crianças com dificuldades
de leitura e escrita, já no 6º ano, com 10 ou 11 anos, resultado da
desinformação em relação às atividades necessárias durante o período da Educação
Infantil.
O que houve?
Essa criança, quando estava na fase da
Educação Infantil, antes dos seis anos de idade, deve ter sido forçada a
aprender a ler e escrever seu nome.
Nessa fase a criança deve estar apenas
desenvolvendo as atividades sensório motoras, sem qualquer preocupação com
alfabetização.
Por isso a escola deve proporcionar muita
ludicidade, muito exercício de coordenação motora, e demais atividades físicas,
explorando todos os seus elementos sensores, como visão, audição, tato, paladar
e olfato, além de vivências que explorem as sensações e os sentimentos.
Mas os pais, mal informados, tiram seus
filhos da escola que faz isso, para matriculá-lo nas que oferecem alfabetização
precoce, tudo isso para poderem dizer que seu filho já escreve seu nome ou até
que já resolve equações do quinto grau com trezentas incógnitas e recita
Camões, mesmo ainda com quatro ou cinco anos de idade!
Esse erro é o mais comum e o que mais traz
dificuldades futuras de aprendizagem, com sintomas muito semelhantes aos da
dislexia e discalculia.
Outro erro grave, causado por desinformação
dos pais, é a comparação de seu filho com o irmão mais habilidoso, ou com um
outro parente ou vizinho.
Isso bloqueia emocionalmente a criança e
provoca o aparecimento de sintomas semelhantes aos mais diversos transtornos de
aprendizagem.
Ou seja:
Pais bem preparados evitam bloqueios
emocionais em seus filhos e, por consequência, evitam o surgimento de síndromes
e transtornos cuja causa pode estar nesses bloqueios.
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