Déficit de Atenção com Hiperatividade real – polêmica do metilfenidato
Lembrando sempre que temos que esgotar totalmente todas as possibilidades da sintomatologia não ser proveniente de bloqueio emocional causado por falta de limites, relacionamento familiar incorreto, sensação de abandono ou outras causas emocionais e comportamentais, vamos a algumas análises relacionando tais sintomas com a polêmica do metilfenidato.
Em outro artigo analisaremos as razões de determinados compostos na alimentação das crianças estarem sendo apontadas como causa da hiperatividade e do déficit de atenção.
Vamos ver então a polêmica do metilfenidato:
A Academia Americana de Pediatria publicou os resultados de uma pesquisa sobre a utilização de medicamentos à base de metilfenidato (Ritalina do laboratório Novartis Biociências e CONCERTA do laboratório Janssen Cilag) para os portadores de TDAH.
O artigo teve por base a suspeita de que um dos efeitos colaterais mais prejudiciais para as crianças e adolescentes que utilizam tais medicamentos à base do metilfenidato seja o perigo de instabilidade cardíaca.
O medicamento é um leve estimulante do sistema nervoso central, servindo tanto para o TDAH como também para a narcolepsia e diversas outras anomalias.
Durante os testes em crianças com TDAH foi verificado que ocorre aumento em sua pressão arterial e, naturalmente, aumento em sua frequência cardíaca, mas que essa alteração não apresenta qualquer tipo de risco cardíaco.
A divulgação desse resultado parece ter a intenção de tranquilizar pais e professores que, na dúvida da existência da doença, e sem paciência para analisar as verdadeiras causas do comportamento inadequado das crianças, preferem insistir com os médicos no diagnóstico do TDAH, para iniciar imediatamente o tratamento medicamentoso.
Mais uma vez observamos a tentativa de banalizar o diagnóstico de TDAH, tentando agora mostrar que, mesmo não se tendo certeza absoluta de que o filho tem a doença, não é inseguro dar o remédio como forma de precaução!
Vamos a alguns pontos muito importantes:
1. Nem todo aluno inquieto ou agressivo tem TDAH.
2. Muitos alunos com capacidade cognitiva muito elevada tem tendência a ser inquieto em sala, com sintomas semelhantes ao do TDAH.
3. Muitos alunos que se consideram abandonados por seus pais tem tendência a quer “aparecer” em sala, principalmente transgredindo. Uma das transgressões é a inquietação em sala de aula, além da agressividade, semelhante aos sintomas do TDAH.
4. Muitos alunos com dificuldade cognitiva tentam compensar sua baixa autoestima exagerando sua inquietação e agressividade, de forma semelhante aos sintomas de TDAH.
5. Muitos alunos portadores reais de TDAH poderão acelerar seu processo de melhora comportamental por meio do exercício dos limites com afetividade por parte dos seus pais e dos seus professores.
Em virtude disso não acreditamos que seja conveniente prescrever tratamento medicamentoso para todas essas crianças apenas como prevenção!
Ora! Analisemos com cuidado esse fato! É remédio. É química! É algo que está sendo ministrado a uma criança ou a um adolescente e que, certamente, estará interferindo no funcionamento normal de seu cérebro. Então, qualquer dúvida sobre a existência da doença deve ser muito bem analisada para evitar consumo desnecessário de uma droga que, no mínimo, provocará o aumento de sua pressão arterial e o aumento de sua frequência cardíaca. Para que correr riscos?
Precisamos entender muito bem cada criança ou adolescente para evitar um diagnóstico precipitado que poderá colocar sua saúde em risco, sem a menor necessidade.
No próximo artigo comentaremos sobre os estudos sobre a influência dos alimentos com corantes artificiais e outras substâncias nas causas do TDAH.