terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Estamos destruindo as competências de nossas crianças


Por que a nossa educação, em vez de preservar a inteligência e as competências da criança, acaba destruindo o que ela traz, dentro dela, e padroniza seu cérebro, para ser mais um papagaio numa sociedade que se chama de ser humano?

Pois é, amigos.

Não é por falta de ideias, já que sempre surge um pensador, um filósofo ou um educador, que percebe, desenvolve e aplica metodologias fantásticas, que mudam totalmente essa infeliz realidade.

Foi assim que, estudando sobre a Grécia antiga podemos entender as formas totalmente opostas nas metodologias educacionais em Athenas e Esparta, assim como os seus resultados.

Em Esparta, onde havia uma educação coletiva, impessoal, realizada pelo Estado, sem participação da família e sem qualquer vínculo afetivo, ela criava guerreiros.

Embora muitas inteligências brilhantes surgissem, a massa era apenas obediente, seguidora fiel de todas as ordens dos seus chefes.

Afinal, essa qualidade é a necessária para que as estratégias e táticas de guerra, elaboradas pelos pensantes, resultem na vitória em campo de batalha.

Já em Athenas, num processo de educação individualizada, cada criança era analisada pelo seu preceptor, para que fossem identificadas as suas potencialidades e competência e, a partir daí, era planejado e executado todo o seu processo de aprendizagem.

Em Athenas, então, se preservava toda a inteligência nascida com a criança, parte dela vinda do mundo inteligível, segundo Platão, ou da cultura dos antepassados, segundo Aristóteles.

Essa preservação da “inteligência nata” permitia que suas competências aflorassem e a criança pudesse, futuramente, vir a ser alguém que, certamente, faria a diferença no mundo.

Em Esparta, entretanto, o processo coletivo impessoal padronizava as mentes em uma espécie de “lavagem cerebral”.

Essa padronização alcançava pensamentos, atitudes e comportamentos, sempre estimulada por meio de estratégias de criação de entusiasmos, muitas vezes contrariando a dimensão consciente de alguns dos indivíduos.

Estava criada a ideia de “consciência coletiva”, estudada mais tarde por Émile Durkheim, em seus estudos sociológicos.

Então, a depender do nosso objetivo em relação à sociedade que desejamos formar, podemos nos basear, ou em Esparta, ou em Athenas.

Se o objetivo é o de criar mentes pensantes, então vamos para Athenas e, assim sendo, por que não analisar, para início de nossas reflexões, o “Olhar Pikler-Loczy”?

Eu nem diria apenas analisar, mas sim, colocá-lo em prática imediatamente, vamos ver por quê?

O vínculo segundo o “Olhar Pikler-Loczy”

A necessidade de se desenvolver crianças, em orfanatos, durante a guerra, fez com que Emmi Pikler desenvolvesse a sua metodologia afetiva, que foi chamada de “Olhar Pikler-Loczy”, cujas características mais importantes têm sido absorvidas por diversos educadores em suas próprias metodologias de desenvolvimento infantil.

A influência desse seu “Olhar” já alcançou, portanto, educadores de todo o mundo, embora, infelizmente, em escolas pontuais, com poucos alunos, quando temos a oportunidade de encontrar profissionais de educação dedicados a incorporar o processo educacional de seus alunos em seu próprio propósito de vida.

Nas demais são mantidas as metodologias tradicionais, impessoais, herdadas das escolas públicas de Esparta, da Grécia Antiga, quando o coletivo supera o individual e o aluno, passivo, segue as ordens determinadas pelo docente, sem possibilidade de qualquer tipo de questionamento ou reflexão individual.

Características mais marcantes

Atividade autônoma da criança

A criança é considerada como, já tendo nascido como sujeito ativo, com suas próprias potencialidades e competências, e com condições de aprender pela observação do outro, do meio ambiente e do mundo, ou seja, pelo processo de “alteridade formando identidade”.

Vínculo afetivo

O professor/cuidador deve estabelecer o vínculo afetivo por meio, inicialmente, de seu olhar ativo, com afetividade, buscando captar as reações da criança, os momentos em que ela demonstra sensações prazerosas, ou sensações de desagrado.

Assim o professor/cuidador deve procurar transformar em sensações agradáveis, todas as suas ações com a criança, como dar a alimentação, dar banho, trocar fraldas ou trocar roupas.

Essa presença afetiva e respeitosa do professor/cuidador é o que dá segurança e encoraja o bebê (ou a criança) a iniciar a exploração do ambiente.

Sem essa segurança emocional o bebê (ou a criança) estará em processo defensivo, desenvolvendo uma sensação de desconfiança em relação ao outro, ao meio e ao mundo.

Consciência de si e do outro

Estabelecido o vínculo, o professor/cuidador deve manter uma postura de “não intervenção”, mas demonstrando participação afetiva (troca de olhares e apoio verbal), compartilhando os momentos de alegria e as atividades lúdicas, como se ambos estivesse no mesmo processo de descoberta.

Essa relação permite o desenvolvimento, na criança, da consciência de si e do outro, reforçando o seu auto entendimento desde a mais tenra idade.

O professor/cuidador deve estar atento os momentos em que a criança demonstra o prazer de estar só, consigo mesma, e manter a postura de observação afetiva, sem interferência.

Mas deve fazer isso com atenção total aos seus gestos, olhares e outras demonstrações de suas potencialidades e competências latentes e em processo de descoberta.

O olhar do professor/cuidador deve ser o mesmo olhar do psicanalista para o seu paciente ou, melhor ainda, o olhar do psicomotricista, já que, nesse caso, além da observação da psiquê, necessita-se da observação, com interferência afetiva, nos movimentos corporais, já que o contato físico também tem importância fundamental no estabelecimento do vínculo.

Equilíbrio orgânico-psíquico e o bem estar

A teoria do vínculo pressupõe que a criança esteja equilibrada orgânico-psiquicamente, o que significa que toda a atenção também deve ser dada ao seu processo de alimentação, eliminação de parasitas, complementação de níveis de vitaminas e todos os demais cuidados do processo digestório, como por exemplo, o tratamento de comorbidades como a disbiose intestinal, por exemplo.

Essa atenção é primordial, principalmente devido a que os principais neurotransmissores responsáveis pelo seu bem estar, sejam liberados pelo cérebro entérico, o cérebro do intestino.

Assim é com 90% de toda a serotonina, 50% de toda a dopamina e outros 30 diferentes hormônios neurotransmissores.

 

Pois é, a amigos!

Esse é mais um tema para a reflexão de todos nós.

 

Mas acredito que, com isso, daremos passos largos rumo a uma nova realidade educacional em nosso país.


segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

O autoconhecimento e a sua dependência ao entendimento do outro

Esse tema, amigos, é um dos mais importantes para que possamos estabelecer rotas de vida bem direcionadas para a nossa real satisfação pessoal, e não para a satisfação das crenças limitantes, impostas a nós, desde o nascimento.

Então vamos à reflexão:

Precisamos, o tempo todo, nos relacionar com as pessoas e com o mundo à nossa volta.

E o que mais ouvimos dos nossos “coachs” é que, para essa relação seja bem desenvolvida, precisamos estar “de bem conosco mesmo”.

Segundo muitos “coachs”, só estando bem conosco mesmo poderemos entender corretamente os outros, compreender suas atitudes para que, no caso de nossos alunos, encontrar meios de conquistá-los e, assim, mais facilmente direcioná-los para as estradas que poderão levá-los ao encontro do sentido e do propósito de suas vidas.

Isso é sabido por todos nós, pais, terapeutas e professores.

Mas, hoje, vamos analisar algo que deve vir antes, e que, por mais que possa parecer contraditório, constitui, na verdade, o alicerce para a construção de todo esse auto entendimento.

Esse algo é a alteridade, um termo não muito conhecido, mas que significa o entendimento das nossas próprias características, qualidades e defeitos, por meio das relações de contraste, distinção e diferença em relação ao outro.

Nos estudos antropológicos somos levados ao entendimento de que a identidade do ser humano é construída pelo processo de alteridade, por meio da observação do outro e pela imitação das suas características.

Esse mesmo estudo foi o que nos levou ao entendimento de que, ao se incluir um aluno com deficiência em uma sala de aula, quando todos os demais não possuem qualquer tipo de deficiência, o processo de alteridade levará seu cérebro a imitar os demais e reduzir todos os sintomas que possam vir a ser reduzidos.

Esse, aliás, será o tema de um próximo ensaio.

Então, voltando ao nosso tema, o auto entendimento, vemos que o processo deve ter início na tarefa de entendimento do outro, na observação cuidadosa das características comportamentais aparentes dos outros, no esforço para compreendermos, da melhor forma possível, as atitudes, ideias, opções, escolhas e opiniões dos outros para que, a partir desse conhecimento, possamos reunir informações suficientes que nos levem ao entendimento de nós mesmos.

Nesse processo há uma parte fundamental, que eu, de alguma forma, já expliquei em meu livro “Afetividade na Educação”, desde a edição de 2009:

O incômodo e a irritação que sentimos com alguma característica do outro, que consideramos como defeito.

Esse incômodo é um alarme, que nos serve para buscar, em nós mesmos, isso que chamamos de defeito do outro, já que, certamente, esse incômodo pode estar indicando que essa é uma característica nossa, mas que, por algum motivo inconsciente, a mantemos latente dentro de nossa psiquê, escondida de nós mesmos.

E se tem algo em nossa psiquê escondido de nós mesmos, esse algo constitui uma fonte de ansiedades, angústias ou até problemas mais sérios de origem psicossomática.

É o momento de fazer essa busca, entender o seu significado, aceitar essa realidade e, a partir daí, analisar a possibilidade de transformação ou até a própria aceitação dessa característica, antes latente e, agora, conhecida, pelo menos por nós mesmos.

O outro, então, passa a ser a base do entendimento de nós mesmos, desde que tenhamos a possibilidade de observar, entender e compreender todos esses muitos “outros”, em todas as suas múltiplas características, já que quanto maior a quantidade e a qualidade do observado, maior será a eficácia de nossa busca pelo nosso próprio eu interior.

É, então, a partir daí, com esse autoconhecimento produzido a partir da alteridade, que estaremos um pouco mais aptos para a nova fase da observação, entendimento e compreensão do outro, do ambiente à nossa volta, e do próprio mundo em que vivemos.

No relacionamento pais-filhos isso significa a possibilidade de um entendimento muito mais profundo da evolução intelectual, comportamental e emocional da criança e do adolescente, já que o nosso olhar passa a ser um olhar quase como que:

Pra nós mesmos, mas no corpo do outro.

Isso também se aplica na clínica, quando o terapeuta, ao atender a uma criança ou a um adolescente com esse novo olhar, consegue estabelecer o processo empático de:

Se sentir como se estivesse no corpo e na mente do próprio paciente.

E nas salas de aula, desde que utilizando metodologias inclusivas, em que o docente consegue atender individualmente todos os seus alunos, essa nova visão estabelece um maravilhoso vínculo afetivo.

Esse vínculo afetivo é o mesmo que tem sido difundido como olhar Pikler-Loczy, aquele que foi criado na Hungria, por Emmi Pikler, e que evidencia a importância fundamental da afetividade no processo de desenvolvimento intelectual, emocional e comportamental de toda a criança.

Vamos colocar em prática?


domingo, 27 de dezembro de 2020

Sinônimos que mudam com a cultura

Todos nós sabemos exatamente o porquê de o termo “político” ter sido associado ao termo “corrupto”, não só no nosso país, mas na maioria dos países do mundo.

Logicamente, nas duas últimas décadas, o nosso país extrapolou todos os limites desse sinônimo e se tornou palco dos maiores desvios de verba a jamais vistos em todo o mundo.

Mas a nossa preocupação não está diretamente ligada aos corruptos de agora, já que as atitudes criminosas desses, dificilmente serão anuladas, já que aqueles que os julgariam estão, também, ou até mais ainda, mergulhados até o pescoço nessa mesma lama.

Isso não sou eu quem estou dizendo! São eles mesmos que mostram isso, todos os dias, com suas atitudes criminosas, sem qualquer preocupação com o anonimato. Soltam criminosos perigosos e mantém presos pequenos ladrões de galinha.

Mas nossa preocupação, como eu disse, é com aos jovens de agora, aqueles que estão sob a nossa responsabilidade e que, mais tarde, assumirão papéis importantes, em nossa sociedade e que, por isso mesmo, devem ser preparados para eliminar esse mal, não pela força, mas pela substituição.

Esses precisam descobrir, por meio das nossas orientações, o prazer de viver em harmonia consigo mesmo e com o outro. O prazer do exercício da honestidade e do caráter. O prazer de compartilhar atitudes positivas e produtivas, visando sempre o bem comum.

E para isso precisamos, todos, investir urgentemente nessa formação, de forma a eliminar a nefasta influência que chega às mentes jovens, pelos péssimos exemplos que eles assistem, todos os dias, pela mídia tendenciosa e, também, criminosa.

Convido vocês a refletirem sobre isso, mas que não fique apenas na reflexão. Vamos conversar sobre o tema e planejar atitudes que sejam eficazes o suficiente para mudarmos essa realidade.

Mandem seus comentários, suas sugestões ou suas críticas, para debatermos em nossas lives pelo nosso canal no yiuitube, e em nossos Encontros de Formação Continuada.

Inscrevam-se em nosso canal, ativem o sininho de notificação, deem o seu “like” e compartilhem com seus amigos.

Vamos, juntos, fazer essa diferença, para garantir uma sociedade melhor a partir dos nossos filhos ou alunos.

Um forte abraço para todos.


sexta-feira, 27 de novembro de 2020

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

domingo, 8 de novembro de 2020

sábado, 7 de novembro de 2020

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Sabotadores destruindo a mente das crianças autistas

Ensaio-2020-10-29-Sabotadores destruindo a mente das crianças autistas

Manchete de hoje em uma revista nacional: Menina autista de 9 anos algemada pela polícia durante crise em escola na Austrália. A menina, segundo a mãe, tem diagnóstico de TEA, TDO, Síndr. de Tourette e TDAH. O que está havendo em nosso mundo?

 

Olá amigos,

Analisem uma situação:

Você acaba de descobrir uma forma super prática e rápida de retirar a rolha de uma garrafa de vinho, usando um isqueiro.

Antes você usava os célebres “saca-rolhas”, alguns deles demandando algum esforço para isso.

Mais tarde, em uma conversa entre amigos, você conta a descoberta, para que todos aprendam essa facilidade.

Pois é!

Muitos entendem, experimentam e passam a usufruir desse novo conhecimento, facilitando essa prática.

Um dos amigos, entretanto, imediatamente reclama:

“Isso, na teoria, é ótimo! Mas na prática não funciona! Onde vou encontrar isqueiro, se não fumo? E se a garrafa que eu comprar, a rolha não sair?”

Pois é, de novo!

Isso se chama “SABOTAGEM”, mas ele não está sabotando a nós, mas também a ele mesmo que, mesmo tendo tomado conhecimento de que existe um método muito simples de realizar a mesma tarefa, mas sem qualquer tipo de esforço, e com muito mais eficácia, prefere se manter acomodado a abrir suas garrafas de vinho com o saca-rolhas antigo, aquele que precisa de muita força, para arrancar a rolha da garrafa.

Vamos, agora, levar essa SABOTAGEM para a criança com TEA.

É a sabotagem no entendimento e acompanhamento da criança como TEA, com TDAH, com TDO, ou qualquer outra síndrome ou transtorno, e que apresenta muitos momentos de agressividade, irritabilidade e inquietação.

Há, hoje, uma infinidade de estudos, à disposição de quem deseja se atualizar, sobre esses sintomas.

Não estamos nos referindo a crianças com patologias psiquiátricas. Estamos nos referindo a crianças com TEA, TDAH, TDO etc.

Essas centenas de estudos, já publicados, mostram que existe uma inflamação cerebral, provocada pela chegada, ao cérebro, pela corrente sanguínea, de proteínas que não deveriam estar ali.

Esses mesmos estudos mostram que essas proteínas passaram para a corrente sanguínea devido a permeabilidade das paredes do intestino, permeabilidade essa provocada por uma coisa chamada DISBIOSE intestinal.

E essa DISBIOSE, então, se tratada corretamente, reduzirá o envio dessas proteínas para o cérebro, reduzirá a inflamação cerebral e, certamente reduzirá os sintomas de agressividade, irritabilidade, inquietação e todos os demais, podendo até eliminá-los completamente, em alguns casos.

Para tratar essa disbiose precisamos, apenas, de um exame clínico completo na criança, para verificar a possibilidade de comorbidades paralelas, como problemas de tireoide, por exemplo, e mais:

Microbiologia de fezes, para eliminar os parasitas que, normalmente, infestam essas crianças;

Exame de ácidos orgânicos urinários, para analisar a necessidade de tratamento;

Exame de intolerância alimentar (IgG Food Map) para que o nutricionista possa preparar a dieta adequada e eliminar o que não é tolerado para essa criança.

Pronto!

Ao falarmos isso, muita gente que tem filho com alguns desses sintomas, ficam super agradecidos e iniciam, imediatamente, a busca pelo acompanhamento correto do seu filho.

Aí vão procurar profissionais que estejam estudando sobre o assunto, como a Nutricionista Anne Karoline Brito, a nutricionista Cláudia Marcelino, o Dr. Aderbal Sabrá, a Dra. Tielle Machado, a Dra. Consolação Oliveira, a Dra. Murielle Urzeda, a Dra. Patrícia Gardenal Epiphani e muitos outros.

Mas sempre tem o SABOTADOR DE SI MESMO que, mesmo tendo um filho autista, diz:

“Vocês não sabem o que é ter um filho agressivo!”. “Falar é fácil! Ficam dizendo para tirar glúten, leite e tudo o mais, mas como, se ele não come nada, quebra tudo, se irrita o tempo todo?” “Só mesmo com muita Risperidona, que, aliás nem faz mais efeito nele, agora o médico já passou para Aripiprazol.” “Hoje ele já está tomando cinco medicamentos controlados” “E nem assim dá jeito!” “Eu mesmo, para dormir, já estou aumentando a dosagem de Rivotril e minha mulher também!”

Bem, amigos, nesse caso, esse pai procurou, e encontrou, o profissional errado, para tratar o filho e para orientá-los.

Enquanto não mudar de médico, nunca saberá que seu filho poderia já estar reduzindo todos esses sintomas e se tronando uma criança igual a todas as demais, ou pelo menos, com muito menos desses sintomas que impede a sua socialização e o seu desenvolvimento.

Mas, a partir do momento em que a informação chega, cada um decide o que fazer com ela.

Uns a experimentam, buscando os profissionais competentes para isso.

Outros se acomodam ao sofrimento diário, se enchem de medicamentos e, breve, estarão todos em desespero existencial irreversível!

Essa é uma das formas de SABOTAGEM, mais negativas, já que interfere diretamente na vida dessas crianças.

Essas mesmas sabotagens nós vamos encontrar na educação, principalmente em nosso país, onde ela chegou ao ponto de podermos mostrar, ao mundo, que nós conseguimos a façanha de sermos, durante os últimos vinte anos, o pior país do mundo em aprendizagem!

Breve falaremos dessa também...

Amigos!

Isso é coisa séria, porque significa resgatar a autonomia e a felicidade de seu próprio filho, em vez de mantê-lo apático, com contenção química permanente, tendo suas possibilidades de desenvolvimento, todas jogadas no lixo. E isso tudo com acompanhamento de profissional que se acha competente...

E as crianças sendo destruídas aos poucos...

Por isso eu peço que compartilhem esse vídeo com seus amigos e conhecidos, mesmo que não tenham autistas na família. Sempre poderemos estar ajudando a mais alguém.

Inscrevam-se em nosso canal, mas eu não peço só para se inscrever, mas para divulgar, para podermos ter o alcance necessário que nos permita salvar mais crianças dessa exclusão social.

E, também, deem o seu LIKE, para que o próprio youtube possa recomendar o canal.

Deixem seus comentários porque lerei todos eles assim que terminarmos. Responderei na próxima LIVE.

Recebam todos um forte abraço.


domingo, 25 de outubro de 2020

IUPE-Estudos de caso-Aluno de inclusão em aula remota

IUPE-Estudos de caso-Aluno de inclusão em aula remota

Olá, amigos,

Vamos conversar um pouco sobre as nossas dificuldades práticas: tanto na nossa função de pais, responsáveis pela educação doméstica e formação do caráter e personalidade dos nossos filhos; como na nossa função de terapeutas, responsáveis pelo entendimento e orientação da família toda, pais e filhos, para que consigam estabelecer um equilíbrio emocional saudável; como na  função de professores, para desenvolver essa criança ou esse adolescente de forma a que venha a ser autônomo e feliz em sua vida futura.

Durante todo esse período em que temos conversado por meio de encontros, palestras, cursos, vídeos e lives, tenho recebido retorno sobre todas essas dificuldades, de muitos de vocês.

Analisando tudo isso, percebi que o que mais inquieta a muitos é o estresse e a consequente perda de rumo, para colocar em prática os ensinamentos que aprendeu, tanto com sua experiência de vida, como com o estudo teórico.

Muitos dizem que, em alguns casos, perde o controle, não consegue raciocinar, se atrapalha nas decisões, e tudo o mais, algumas vezes devido ao medo de não dar conta desses desafios e, por isso, acabar se achando incompetente.

Por causa disso vamos dar início a um processo prático, um pouco de cada vez, analisando casos específicos, de preferência os mais complicados, para que os exemplos nos ajudem a entender os desafios que enfrentamos todos os dias.

Para que esses estudos de caso surtam efeito de verdade, precisamos, antes de tudo, exercitar a humildade, para poder tirar o máimo proveito possível dos relatos.

Vamos eliminar os pensamentos sabotadores, do tipo: “Já tentei isso e não deu certo”; “Isso, na teoria é lindo, mas na prática não funciona”; “Isso só dá certo na sua escola. Você não conhece os meus alunos”; e outras declarações pessimistas e destruidoras como essas, por parte de quem se acomodou ao sofrimento e que parece estar convencida de que nada mais tem jeito.

A partir de agora, então, selecionaremos cada um dos casos que recebemos diariamente, e faremos a análise prática, com base nos casos que temos acompanhado e, também, com base nos relatos de outros educadores, terapeutas e pais (a maioria envolvida em grupos de apoio a crianças com dificuldades de aprendizagem, autistas, deficientes etc.).

Caso de hoje:

 

Aluno de inclusão escolar em regime de quarentena

 

Sabemos que a maioria das escolas ainda não se adaptou, corretamente, às determinações oficiais de Educação Inclusiva, cujas diretrizes gerais estão na Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015).

Com isso sabemos que o atendimento desse aluno pode, também, não estar sendo cumprido corretamente, mesmo na modalidade presencial.

Na modalidade remota, então, isso fica mais difícil ainda, mas nada é impossível.

Nesse caso, o de crianças e adolescentes com algum tipo de deficiência, nossa obrigação moral aumenta muito, já que a dificuldade de se relacionar com a aprendizagem pode prejudicar, ainda mais, o seu desenvolvimento intelectual e desestruturar, tanto o aluno como a sua família, emocionalmente.

Nossa primeira análise é:

Qual o nosso objetivo em relação a esse aluno?

Opção 1) Fazer com que ele alcance o mesmo nível de seus colegas de classe;

Opção 2) Exigir que ele faça todas as atividades que estão no conteúdo da disciplina;

Opção 3) Prepará-lo para ter notas suficientes nas provas de final de unidade para poder “passar de ano”;

Opção 4) Deixar ele livre, em casa, sem fazer nada, para relaxar durante a pandemia;

Opção 5) Despertar o seu interesse pelo estudo da matéria, mesmo que, para isso, o conteúdo seja adaptado ao seu verdadeiro nível de entendimento.

Se a opção foi qualquer uma das quatro primeiras, melhor a gente procurar outra profissão, já que como professor, prejudicaremos o aluno em vez de desenvolvê-lo.

Se a opção foi a 5), temos que:

Nos transformar, de professor, para marketeiro;

Procurar saber com os colegas dele e com a família, quais são os seus maiores interesses;

Procurar fazer uma ligação entre esse interesse e o tema que seus colegas estão estudando;

Preparar algum tipo de trabalho ou pesquisa ou atividade ou questionário com essa ligação entre interesse e tema a aprender;

Criar verdadeiras estratégias de marketing para apresentar essa tarefa ao aluno, para que ele se sinta empolgado em realizá-la.

Todo esse processo deve ser mostrado aos pais, para que esses possam colaborar com o seu sucesso.

O professor deverá (em Assembleia de Classe virtual) solicitar aos colegas mais preparados, que conversem com o colega incluído sobre o assunto da aula, mas sempre no nível de entendimento dele.

O que conseguiremos com isso?

O aluno vai ter alguma noção do mesmo tema que todos os seus colegas “típicos” estão estudando;

O aluno, com isso, se sentirá incluído, mesmo de forma virtual, já que poderá conversar sobre o assunto, com seus colegas, pelos grupos de whatsapp;

Haverá, certamente, elevação da autoestima desse aluno, o que contribuirá, decisivamente, para a redução de seus sintomas.

 

Para que nossos relatos e análises atendam ao maior número possível de pessoas, peço que compartilhem esse vídeo com todos os seus amigos, e, claro, inscrevam-se no nosso canal, deem o seu LIKE, e ativem o sininho de notificação.

Todos esses nossos vídeos estarão na nossa PLAYLIST “IUPE-Estudos de Caso”.

Nosso próximo Curso de Formação será nos dias 17, 18 e 19 de novembro, terça-quarta-quinta, das 19 às 21:30 horas, com 10 h/a de certificação.

O tema será:

Metodologia educacional híbrida e inclusiva

Aguardo todos vocês!

Um forte abraço!

 

 

 


sábado, 24 de outubro de 2020

domingo, 18 de outubro de 2020

O sentido da vida (de Jean-Paul Bournet para sua sobrinha Kátia)

Você me pergunta sobre o sentido da vida, Kátia.

Isso é bom, principalmente nessa sua idade, entrando na adolescência.

Tudo começa na observação dos caminhos para o entendimento de nosso eu interior.

Observação essa que precisa menos dos olhos abertos e mais da imaginação.

Aquela imaginação cuja imensa capacidade todos nós tivemos, embora ainda na mais tenra infância, mas que devemos nos esforçar para manter, por toda a adolescência.

Aos poucos, logo após a adolescência, as duras realidades da vida começam a nos ser apresentadas e, por causa delas, começamos a nos desprender dessa maravilhosa fase da imaginação.

Quando crianças e adolescentes olhamos para a vida, ao nosso redor, e a enfeitamos com uma criatividade que, na vida adulta, muitos procuram por toda a parte, mas poucos conseguem encontrar!

Nossa visão de mundo, desde o nascimento, foi sendo construída com uma mistura do real apresentado, com a fantasia incorporada em nossas memórias.

Mas essa mistura era entendida como verdade, trazendo um entendimento muito claro da vida.

Até os sonhos representavam a própria realidade vivenciada dessa forma.

Na adolescência, essa integração entre o real e o fantasiado, começa a incorporar novos sentidos para tudo e, principalmente para o amor.

As estradas e os desvios começam a ficar mais complexos e mais confusos.

Algumas das suas amigas procurarão buscar a pressa no entendimento e, naturalmente, escolherão caminhos, quase que automáticos e padronizados, para sua adolescência e, claro, acabarão solidificando tal automatismo para toda a vida.

Robotizarão suas satisfações e, assim, passarão a vegetar alegremente, colecionando “alegrias temporárias” e, acreditando que isso se chama felicidade.

Essas “passarão” pela vida, sem perceber que não viveram.

Para outras, como você, por exemplo, a evolução traz a curiosidade no entendimento sobre si mesma, juntamente com a busca de um sentido para a vida.

Nessa fase, ainda adolescente, você consegue fazer evoluir a fantasia infantil e incorporá-la aos seus próprios questionamentos de vida.

Por vezes você procurará fugir das respostas prontas para tudo, oferecidas a você, da mesma forma como eram mostradas as sombras, projetadas na parede da Caverna de Platão.

Essas sombras, que passarão a ser as únicas realidades daquelas que se robotizaram, nada significará para você.

Seus questionamentos frequentes mostram que você busca mais significados para o mesmo fato, o mesmo objeto, o mesmo sentimento e a mesma emoção.

A sua busca está no caminho certo, já que seu foco são os sentidos mais sublimes, as verdades mais escondidas, as emoções ainda não percebidas, que constituem os significados maiores da própria sensação de felicidade.

Mas não os busque fora de você, porque toda essa essência está muito bem guardada no interior de você mesma.

As suas buscas e as suas descobertas devem ser o resultado de uma permanente garimpagem pelo interior de você mesma.

A cada momento surgirá mais um pouco dessa essência, que vai se iluminar e se transformar em você mesma.

Cada célula de seu corpo passará a vibrar, como uma célula de energia trazendo, para você, a sensação de satisfação, prazer e plenitude que muitas pessoas não sabem sequer que existe.

Mas isso é só o começo!

Essa sensação, por maior que seja, não supera a que você sentirá, nos momentos em que se perceber compartilhando essa essência com as pessoas que você ama, conseguindo levar um pouco de felicidade para cada uma delas.

Esse, sim, é o verdadeiro sentido de sua vida, o sentimento de poder compartilhar a estrada da felicidade!

 

 

 

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

sábado, 5 de setembro de 2020

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Como escapar da MATRIX manipuladora de mentes humanas


Como escapar da MATRIX manipuladora de mentes humanas

Pois é amigos!

Tudo começa com a construção de uma base sólida bem no interior de nossas mentes, o que conseguiremos por meio de um processo de educação responsável

E quando nos propomos ao exercício desse tipo de educação responsável, que deveria ser o objetivo comum de todas as escolas, temos que ter em mente a escolha cuidadosa dos caminhos que garantam o tripé dessa mudança social.

Quais são eles:

A garantia da aprendizagem real de todos os alunos, independentemente de suas condições intelectuais, comportamentais e cognitivas, sempre a partir dos seus “pontos de entendimento” - isso vai formar a sua base intelectual;

A identificação e estímulo de suas habilidades e competências, para preparar a sua autonomia, principalmente nos que possuem alguma dificuldade de aprendizagem ou qualquer transtorno do neurodesenvolvimento – isso vai garantir a sua subsistência futura; e

A promoção da socialização, para desenvolver a capacidade de compreensão das diferenças, o exercício do respeito ao outro e a construção da cultura do caráter. – isso vai garantir a convivência harmônica entre diferentes e, inclusive, entre opostos.

Como o sistema dominante, o que tenta implantar a tal MATRIX, não quer pessoas inteligentes, autônomas e nem felizes uns com os outros, esse terceiro objetivo nem sempre é fácil de ser passado para os alunos.

A péssima influência externa tenta, a todo custo, eliminar os valores humanos, destruir as famílias, instigar pessoas umas contra as outras, ridicularizar a honestidade, o caráter e o respeito pelos outros.

Mas se conseguirmos implantara a cultura do caráter, pelo exercício dos valores humanos, criaremos a estrutura familiar fundamental para uma sociedade saudável, produtiva e feliz.

E é nesse ponto que as duas instituições, escola e família, precisam manter um diálogo permanente, para efetivar essa parceria e, tão importante quanto essa parceria, estabelecerem suas responsabilidades, suas competências e, principalmente, seus limites.

À escola cabem os três objetivos que listamos, para garantir a todos os seus alunos: Aprendizagem real; Desenvolvimento das habilidades e competências necessárias à autonomia; e Socialização.

À família cabe a educação doméstica, os cuidados com a saúde, e o ensino dos valores, considerados como básicos e fundamentais, pelos pais ou responsáveis.

Surge agora, naturalmente, um desafio importante!

Cada grupo social elege seus valores de acordo com a sua cultura, a sua vivência e as suas experiências de vida.

A partir desses valores surgem as diferentes linhas de pensamento, de opções de vida, de escolhas, de crenças, de filosofias de vida, de ideologias políticas e sociais, tudo isso, durante a formação da criança e do adolescente, sempre sob a responsabilidade da família.

Essa diferença de ideias, gostos e pensamentos é bastante saudável, desde que haja respeito pelas ideias dos outros e, assim, todos possam compartilhar pensamentos, opções de vida, ideologias, crenças, como ampliação do nosso horizonte de conhecimento.

Isso não quer dizer que cada um deve mudar os conceitos dos outros. Nada disso. Conhecer e compreender a forma de os outros pensarem significa crescimento intelectual e cognitivo, mesmo que nada mude em nossas próprias convicções.

Em alguns países, como não existe a liberdade do pensamento, esses valores são determinados pelo Estado e ficam sob a responsabilidade da escola, onde os professores são os doutrinadores, não sendo permitido, às famílias, qualquer interferência.

São, por exemplo, os países onde a religião é proibida, onde a única ideologia política autorizada é a do Estado e onde não é permitida a divulgação de pensamentos contrários ao regime vigente.

Nesses países, nada do que eu disse antes é válido.

Mas como ainda não nos transformamos em algo desse tipo, temos que aproveitar enquanto ainda podemos ter o prazer de viver, conviver e compartilhar nossa missão, nessa vida, com amigos diferentes de nós, que pensem diferente, que tenham ideias diferentes, que tenham gostos diferentes e, por vezes, até contrários e parecendo, inclusive, contraditórios.

Eu disse prazer de conviver com o diferente, porque só assim podemos crescer em conhecimento, em entendimento de mundo e, mais que tudo isso, em entendimento sobre nós mesmos.

Mas se nós não evitarmos que, pessoas desejosas de assumirem o poder supremo, ou a corrupção suprema, usem essas diferenças, para dividir as pessoas e incitar o ódio e os conflitos, poderemos estar, um dia, vivendo em uma “matrix”, totalmente controlada pelo Estado, como bem nos alertaram Aldous Huxley e George Orwell, em suas obras 1984 e Admirável Mundo Novo.

Aí nunca mais saberemos o que significa o prazer e a felicidade da liberdade nem da diversidade, seja de atitudes, opções de vida, ideologias ou pensamentos.

E essa divisão de pessoas em “nós e eles” é a maneira que esses grupos usam para iniciar a construção dessa matrix dominadora.

É o início da criação de grupos antagônicos, na realidade, criar o antagonismo entre grupos, para que todos se desentendam entre si, mas de uma forma a mais violenta possível, desestabilizando o emocional de todos e, assim, ficando mais fácil manipular as mentes.

Nosso papel, e temos que ser rápidos nisso, é o de eliminar esse mal pela raiz, em um trabalho de construção da cultura do caráter desde a educação básica, para que nossos jovens possam ter uma formação saudável em todos os aspectos, do orgânico ao psíquico, já que o equilíbrio entre corpo e mente, pelo fato de estabilizar todo o aspecto emocional, dificulta muito a manipulação negativa.

Um jovem bem formado de corpo e mente será um jovem bem resolvido consigo mesmo e, portanto, capaz de estar bem resolvido com seus pares, sua família, seus amigos e seu cônjuge.

Aí ficará mais fácil, para nós, mostrarmos quais são os principais valores para coibir a incitação ao ódio e a provocação dos conflitos e, assim, termos uma sociedade melhor:

O primeiro é a humildade para entendermos que nenhum de nós tem inteligência suficiente para ser o dono da verdade!

Todas as vezes que assumirmos uma opinião qualquer, precisamos da humildade para analisar quantas pessoas pensam de forma diferente ou até oposta à nossa.

E aí vamos analisar se todas essas outras pessoas são mesmo burras, ignorantes, idiotas, ou se existe alguma possibilidade de nós estarmos um pouco enganados!

O segundo valor, então, é o respeito pelas diferenças.

Exatamente devido a essa análise, que nós só conseguiremos fazer se tivermos muita humildade, precisamos respeitar e compreender o diferente, até mesmo para entendermos quais são as suas premissas e, com isso, aprendermos mais sobre a vida.

Entrar em conflito, para tentar mudar a opinião do outro, elimina a possibilidade de virmos a aprender algo a mais, e de analisarmos premissas que nem sabíamos de suas existências.

Isso não significa que mudaremos de opinião.

Isso só significa que cresceremos em conhecimento, inteligência e sabedoria, que é um excelente caminho para que cada um se sinta satisfeito consigo mesmo, com o outro e, naturalmente de bem para com aa vida.

Juntem-se a nós, em nossos minicursos mensais, o próximo será 15, 16 e 17 de setembro, das 19 às 21:30, que é a forma que temos de compartilhar, com o máximo possível de pessoas de bem, todo o conhecimento necessário para o enfrentamento desses desafios e, assim, contribuirmos para uma sociedade melhor, não só para nossos filhos, mas também para nós mesmos. Ainda dá tempo!

Forte abraço!

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Adaptação de conteúdo e sua importância para a educação



Adaptar conteúdo? Serve pra quê, afinal? E, se serve, como se faz isso?

[abertura]

Pois é, amigos!

Adaptar conteúdo das aulas tem sido uma grande polêmica por todo o nosso país!

Eu tenho recebido perguntas e questionamentos sobre isso, praticamente todos os dias!

Até em um dos meus livros, o “Estudos sobre educação: inclusão responsável”, eu escrevi um capítulo inteiro mostrando como as editoras de livros didáticos poderão fazer para oferecer um módulo adaptável, para facilitar a vida de todos os professores.

[apresentação]

Eu sou o professor Roberto Andersen
Escritor – educador – psicanalista
Pesquisador em neurociência cognitiva

Para quem ainda não sabe, há 21 anos criamos o Colégio IUPE, em Salvador, onde aplicamos uma metodologia educacional inclusiva, a dinâmica grupal, muito antes da inclusão ser obrigatória, e que permite o atendimento individual do aluno, sem qualquer estresse para o professor.

E, agora, na pandemia, resolvemos transformar nossos cursos de formação continuada, para profissionais de educação, terapeutas, famílias de alunos e também adolescentes e jovens, em minicursos de fácil acesso para todos, exatamente para que possamos ter mais gente, junto a nós, para transformar a si mesmo, seus filhos, seus amigos e seus alunos, construindo uma sociedade melhor.

[fim da apresentação]

Então, vamos ao nosso tema!

Por que a minha insistência em adaptar conteúdo?

Tudo começa pelo fato de que adaptação de conteúdo não é necessária apenas para alunos com deficiência intelectual!

Nada disso!

Se nós quisermos tirar nosso país da triste situação de pior país do mundo em aprendizagem, teremos que ser mais realistas em relação a situação de cada aluno e, parar de fingir que todos os nossos alunos, em uma mesma sala de aula, mesmo sem que qualquer deles tenha deficiência, estão entendendo a nossa aula e aprendendo alguma coisa!

Isso não existe, se nossa aula é dada direcionada a um nível apenas de entendimento! Isso é impossível, na realidade!

Muitos dos nossos alunos não estão entendendo nada, ou quase nada, mas não têm coragem de perguntar, para não passarem “recibo de burrice”, e preferem “dar um jeito” de passar de ano...

E aí começa a construção de uma sociedade mal preparada, sem conhecimento, sem condições de entendimento de mundo, e facilmente manipulável, como é o que estamos vendo atualmente!

Mas como o sistema sempre desejou a burrice do povo, para poder usufruir das mordomias provenientes dos mais elevados níveis de corrupção, apenas fingem se preocupar com a educação, enquanto, na realidade, a colocam em último plano!

O que tudo isso tem a ver com adaptar conteúdo? Tudo a ver!

Mas adaptação para todos os alunos que apresentem algum tipo de dificuldade de aprendizagem, e não apenas para quem tem laudos médicos, o que, aliás, é um absurdo incomensurável!

Vejo professores e dirigentes escolares dizerem que só podem adaptar conteúdo se o aluno tiver laudo médico!

Transformaram o médico em educador! E a própria legislação proíbe que se exija laudo médico para enquadrar um aluno com necessidades educacionais especiais! O laudo é educacional, já que só o educador tem competência para analisar dificuldades de aprendizagem!

Caso contrário passaremos, nós, os professores, a determinar como deve ser realizada uma cirurgia ou quais os medicamentos que devem ser prescritos.

Então, voltando ao educador e as adaptações, vamos lembrar de Comenius, um dos grandes educadores do passado, quando ele escreveu, em sua Didática Magna, que “(...) age, idiotamente, aquele que quer ensinar ao aluno, não o que ele pode aprender, mas sim o que ele próprio deseja(...)”

Essa frase, sozinha, já ensina tudo sobre adaptação de conteúdo!

E, como se não bastasse, Piaget, Wallon, Erik Eriksson e diversos outros educadores deixaram bem claro, em suas obras, que o processo educacional tem que ter por base O ALUNO!

Eles nunca escreveram que a base era o currículo e seu conteúdo programático!

Para qualquer bom entendedor, a frase de Comenius explica exatamente o que tem que ser feito em cada sala de aula, para cada assunto dado, para cada aluno alvo daquele aprendizado! E isso é para todos os alunos, mesmo aqueles considerados “normais”, sem qualquer transtorno, síndrome ou deficiência! E mais evidente ainda para esses, mesmo que não tenham os tais dos LAUDOS!

Então vamos a parte prática, mantendo, em mente, o tempo todo, a frase de Comenius!

Vou utilizar matemática como um simples exemplo. Mas isso vale para todas as matérias e para todos os níveis. Basta ter criatividade.

Você tem 30 alunos na sala. Você está ensinando extração de raiz quadrada.

Vinte deles (chamemos de nível A) estão entendendo a explicação e estão conseguindo fazer os exercícios. Oito deles (chamemos de nível B) estão com dificuldade, porque ainda têm dúvidas em potenciação. Dois deles (chamemos de nível C) estão com dificuldades em subtração. Não sabem, ainda, multiplicar nem dividir.

O professor prepara os roteiros de estudo dirigido para todos os seus alunos, sendo que, para os de “nível A”, ele tira os exercícios do próprio módulo.

Para os de “nível B” ele coloca exercícios de potenciação, para quebrar o bloqueio deles nessa etapa. 

Para os de “nível C”, os exercícios são de subtração, pelo mesmo motivo.

Se colocarmos os mesmos exercícios do nível A para B e C, esses bloquearão definitivamente e nunca mais entenderão nada de matemática!

E essa é a realidade de muita gente grande, que se diz normal, e que já tem até nível superior em profissões que só escolheu somente por não precisa de raciocínio matemático!

E muitos sabem que são infelizes nessas profissões, mas não tem jeito de ser o que gostaria, já que matemática não entra na cabeça...

Não entra porque não teve professor que adaptasse o conteúdo de forma a quebrar esse bloqueio no início de sua educação básica.

Ou seja: a ausência desse procedimento simples de adaptação e respeito ao nível de entendimento do outro, acaba por criar profissionais infelizes em suas profissões e infelizes na própria vida pessoal. Isso é muito mais sério do que se possa pensar!

E aí vem aquele professor sabotador e me diz:

Mas como esse aluno poderá estar sendo preparado para um concurso, um vestibular, um ENEM, se não está aprendendo o mesmo conteúdo que os outros?

E eu devolvo: Como você conseguirá fazer ele entender de raiz quadrada sem saber multiplicar nem dividir? Se ele não quebrar os bloqueios emocionais, jamais avançará de verdade!

Eu não vejo outra forma, senão a de ir fazendo ele ter prazer em aprender o assunto, mesmo que, para isso, tenha que andar mais vagarosamente que seus colegas de classe, mas estará, sim, andando, e progredindo, e sendo feliz com isso.

Essas adaptações, por enquanto, têm que ser feitas pelos professores e, para isso, o professor não pode se manter, em sala, com a metodologia tradicional, aquela em que os alunos ficam em fileiras, totalmente passivos, esperando o conhecimento entrar em suas cabeças, a partir das palavras do 
professor.

A metodologia tem que transformar o aluno em aluno ativo a aula toda, protagonista de sua própria aprendizagem, como já fazia Celestin Freinet, na França, em sua pedagogia do trabalho, como também fez José Pacheco, na Escola da Ponte, em Portugal, como faz Aventino Agostini, na metodologia Saber Fazer, em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul e como fazemos na metodologia IUPE de dinâmica grupal, em diversas escolas no Brasil.

O que não podemos é deixar de adaptar conteúdos ou currículos, porque só assim permitiremos p pleno desenvolvimento de todos, sem discriminar ninguém em momento algum!

[encerramento]

Amigos,

Vamos criar, juntos, uma nova era na educação desse país, a partir de uma preparação continuada efetiva, prática, bem dentro da realidade de cada um.

Participe conosco.

Inscreva-se nos nossos cursos, visite nossa livraria e, quanto a esse canal, inscreva-se, curta, ative o sininho de notificações e, mais importante que tudo isso, compartilhe e avise a todos os seus conhecidos, para que tudo isso se torne real!

E saibam que terei imenso prazer em nos vermos, novamente, nos nossos próximos encontros, sejam por aqui ou nos minicursos.

Sucesso para todos vocês e um forte abraço!

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Autista TDAH – Disléxico – Discalcúlico e a hipocrisia de uma inclusão...

Nosso processo educativo é classificatório e seletivo, visando apenas aprovações ou reprovações e, portanto, é desumano e excludente!
Mas basta que nós, professores, olhemos todos os nossos alunos como nossos filhos, principalmente aqueles com dificuldades comportamentais e de aprendizagem, para que toda a cultura do respeito ao outro seja resgatada! Sem isso, a inclusão escolar é uma farsa total!

Autista - TDAH – Disléxico – Discalcúlico e a hipocrisia de uma inclusão mentirosa

Existe uma inclusão verdadeira, ou tudo não passa de pura hipocrisia?

É, amigos! A criança nasceu.

Agradeceu por ter nascido, claro! Afinal, quantas são eliminadas antes de terminar o período de gestação?

Mas, aos poucos, ela vai percebendo que existe algo que a separa de todas as outras crianças.

Ela vê que as outras entendem coisas que ela não entende e, aos poucos, a afastam até das brincadeiras em grupo, já que ela demora a compreender as regras, as formas de agir e tudo o mais.

É, então, que ela sente, pela primeira vez, o peso de uma discriminação e começa a pensar que nasceu no mundo errado! Ela se sente diferente. Todas as outras se entendem. Só ela fica de lado!

É o início de uma violência simbólica, que algumas vezes se transforma em violência real, quando a discriminação vem em forma de bullying!

Ela cria, sem sentir, uma crença limitante forte, acreditando que é incapaz até mesmo daquilo que ela até poderia fazer!

Sua crença provoca uma verdadeira autossabotagem, que baixa a sua autoestima a um ponto tal, que o mundo parece não ter mais sentido para ela.

Ela percebe que as pessoas, à sua volta, em vez de ajudá-la a identificar e vencer cada um desses obstáculos, apontam seus erros e dificuldades, como se a culpa fosse dela, por ter aquele rótulo que ela nunca pediu para ter!

Alguém a leva para a escola, dizendo que agora tudo vai mudar. Afinal, é uma escola inclusiva, já que pela legislação atual, todas são obrigadas a ser assim!

E ela penas: “Agora tudo vai mudar. Terei apoio. Aprenderei como as outras! Vou poder ser alguém na vida!”

Entra na sala é percebe que seus colegas aprendem e se desenvolvem. A professora apenas insiste em que ela faça o mesmo que seus colegas, mas ela não entende o que deve ser feito! E fica “voando” na aula!

A professora é avisada que é uma criança de inclusão e que, por isso, não precisa acompanhar o resto da turma. Basta deixara ela ali quietinha e pronto.

E a professora se dedica aos outros, deixando-a com algum brinquedo ou, talvez, com uma ajudante de sala...

Ah sim! Agora ela ganhou uma ajudante. Agora é que ela se sente, definitivamente, diferente, excluída, inferior a todos os seus colegas, uma estranha em uma sala “dos outros”, os que não têm as mesmas dificuldades que ela tem!

E essa agonia a segue por toda a vida escolar, mas resta a esperança de que, no próximo colégio, a ajudem em vez de a desiludirem.

No outro colégio, que disseram ser de inclusão, os professores foram orientados a adaptar os conteúdos dos assuntos. Ela fica toda contente!

Começa a aula de matemática! O professor entra em sala e começa a ensinar raiz quadrada! Ela ainda está com algumas dificuldades em contas de subtrair!

Mas o professor foi alertado de que ela é “de inclusão” e que deve adaptar o conteúdo.

O professor, então, avisa a ela que ela pode levar quanto tempo quiser para fazer a tarefa de classe. Ele até imprimiu os exercícios de extrair raiz quadrada com números grandes, para ela conseguir entender...

Mas ela mal sabe somar!

Nas tarefas para casa, as mesmas contas, com letras maiores que as de seus colegas, e ela nada entendendo daquilo.

No dia seguinte o professor olha sua tarefa e diz: “Vou explicar de novo. Preste atenção!” E explica, novamente, como extrair da raiz quadrada...

Ela precisava saber como subtrair...

Na prova o professor recebe a informação de que, como ela tem “laudo médico”, ela não precisa tirar a mesma nota que seus colegas para “passar de ano”. Basta dar um jeito de ela tirar nota três o quatro, que já está bom.

E assim vai ela, de ano a ano, de escola para escola, “sendo passada” todo final de ano, sem aprender absolutamente nada e, claro, se convencendo de sua inferioridade intelectual, de sua incompetência, de sua incapacidade de qualquer tipo de desenvolvimento.

Nos históricos escolares que recebe estão lá suas notas: a maioria zero, mas, no espaço das observações, está escrito: APROVADA POR SER DE INCLUSÃO...

E essa é a realidade pela qual passam, hoje,  milhares de crianças com qualquer dificuldade de aprendizagem, mesmo havendo algumas dezenas de documentos legais exigindo uma cultura de educação inclusiva que, no papel, é maravilhosa, mas que, na prática, está muito longe de ser respeitada!

Tudo errado!

Será que, como professores, daríamos o mesmo tratamento a um filho nosso?

Tudo começa, exatamente, por aí!

Não faltam as leis! Não falta a capacidade criativa! Não falta a capacidade de entendimento do outro! O que será que falta?

Primeiramente AMAR NOSSOS ALUNOS, como se fossem nossos filhos! Eles dependem de nós.

Essa parte está bem clara na página 30 de nosso livro “Afetividade na Educação”, quando eu disse que “(...) em relação ao aluno, o educador deve, em primeiro lugar, conquistá-lo (...)”.
Essa conquista só ocorre por meio do amor! E esse amor eleva a sua autoestima, quebrando, eliminando, aos poucos, todas aquelas crenças limitantes que foram construídas.

Em seguida o educador deve estudar, com mais afinco, o que significa uma AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA, e aplicá-la a todos eles, mesmo aqueles considerados normais, para descobrirmos onde está o seu ponto de entendimento na nossa matéria!

Outro livro nosso, o “Inclusão Responsável”, tem toda essa parte nas páginas 38 até 48. Não tem mistério nenhum! Basta fazer!

Essa avaliação é importante, porque ninguém aprende a partir do que não sabe, mas sim a partir daquilo que sabe!

Assim evitaremos ser chamados de IDIOTAS por Comenius, em sua “DIDACTA MAGNA”, escrita no século XVII: “Age, idiotamente, aquele que quer ensinar ao aluno, não aquilo que ele pode aprender, mas sim o que ele próprio deseja!”

Sabendo seus pontos de entendimento e percebendo que há grandes diferença entre os alunos, agora basta estudar qual é a mudança que terá que ser feita na sua metodologia de aula.

Se a que você usa já permite dar atenção igual a todos, mesmo em seus diferentes níveis. Ela está ótima!

Caso contrário, estude a nossa, que está nas páginas 138 a 142 do mesmo livro “Inclusão Responsável”.

E, agora, só falta adaptar os conteúdos de verdade!

Nesse mesmo livro tem a fórmula ideal para ser realizada pelas editoras. Ela está nas páginas 166 a 169. Mas enquanto isso não vem, o jeito é cada professor fazer a sua parte.

Amigos!

Essas crianças precisam de todos nós, e é por isso que estamos insistindo em que vocês compartilhem tudo o que falamos e chamem mais amigos para se juntarem a nós em nosso canal e em nossos minicursos de formação continuada.

Quanto mais amigos tivermos nessa luta, maior será o número de crianças salvas dessa exclusão. Uma exclusão que não é só escolar, mas também social.

E o pior é que ela é causada, em grande parte, por falta de interesse, falta de respeito pelo outro e falta de humanidade!

Nosso próximo minicurso será sobre “Formação da criança e do adolescente”, começando antes do filho ser gerado e chegando até os seus 18 anos.

Esse será nos dias 8, 9 e 10 de setembro, terça, quarta e quinta, sempre Das 19 às 21:30 horas, e com 10 horas/aulas de certificação.

Inscreva-se pelo nosso portal IUPE.NET/CURSOS ou mandando WhatsApp para Erich, meu filho, no número (21) 97194-9922.

Peço que também se inscrevam nesse nosso canal, curtam e ativem o sininho de notificação.

Será um imenso prazer poder estar com todos vocês no nosso próximo curso!


quinta-feira, 20 de agosto de 2020

É guerra que estão querendo?

Uma necessária reflexão, antes que nos censurem também!

terça-feira, 18 de agosto de 2020

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Alimentação cura autismo e TDAH? Mito ou realidade?



Alimentação cura autismo e TDAH: Mito ou verdade?

Um dos maiores perigos, para quem tem autismo, déficit de atenção, hiperatividade ou qualquer outro transtorno do neurodesenvolvimento, é a desinformação.

E essa desinformação pode ocorrer, ou por falta de condições de acesso ao conhecimento, ou por falta de vontade, mesmo, de estudar.

Eu sou Roberto Andersen, escritor, psicanalista e educador, e realizo pesquisas de campo, na área neuro-psíquica-cognitiva, principalmente voltadas para o desenvolvimento psíquico, social e intelectual das crianças e adolescentes com transtornos do neurodesenvolvimento.

Para facilitar a continuidade dessas pesquisas e, também, para colocar nossos projetos de educação inclusiva em prática, criamos o Colégio IUPE, hoje no seu vigésimo primeiro ano de funcionamento.

E para facilitar a divulgação dos resultados de nossas pesquisas criamos um projeto de Formação Continuada de profissionais de educação, terapeutas, familiares e alunos, realizando um minicurso de três noites, toda segunda semana do mês e que, a partir dessa pandemia, passou a ser online, e assim será daqui para a frente.

Vamos, então, ao nosso tema de hoje: É verdade que a alimentação cura o autismo e o TDAH?

Alguns profissionais dirão que não. Outros dirão que sim. Com quem estará a verdade?

Só saberemos a verdade se adotarmos um desses caminhos:

1º) Ou estudar todos os artigos científicos publicados nas revistas especializadas, tomando o cuidado de analisar possíveis relações com algum tipo de patrocínio, como por exemplo: uma pesquisa para saber se o açúcar refinado é prejudicial à saúde, realizada sob o patrocínio de uma indústria açucareira.

2º) Ou realizar pesquisas de campo, observando cada criança ou adolescente com tais transtornos, registrando, periodicamente, a evolução dos seus sintomas, e relacionando os resultados alcançados, com os tratamentos realizados.

Só assim podemos ter o estudo real de cada caso, analisar as evidências encontradas, experimentar novas terapias, relacionar resultados, e tudo o mais.

E não precisaremos mais escolher em quem acreditar, já que a verdade estará clara em nossa frente.

Mesmo assim ainda existe a possibilidade de chegarmos a conclusões incorretas ou, no mínimo, imprecisas, já que o ser humano tem mudado muito, assim como muda, também, o meio ambiente.

Então qual a realidade de agora?

Os transtornos, em sua maioria, se originam em mutações genéticas, causadas, ou por herança dos genes alterados dos pais, ou por influências externas ligadas ao meio ambiente, recebidas pela respiração, pela alimentação, pelo contato de pele, ou por outras formas diversas

Essas mutações, como causa principal, estão sendo estudadas por cientistas como Alisson Muotri, brasileiro, Karina Griese-Oliveira, brasileira, He Jiankui, chinês e muitos outros.

No momento em que um deles descobrir a cura do gene defeituoso, estará curado o transtorno.

Mas essa realidade ainda está longe, e não podemos ficar esperando isso enquanto nosso filho se desenvolve, com os sintomas atrapalhando a sua felicidade.

Então, o que podemos fazer é:

1º) Ou esperar a cura completa dos transtornos, o que deve vir por meio do trabalho de Alisson Muotri, Karina Griese-Oliveira, He Jiankui e outros cientistas.

2ª) Ou manter os sintomas de seus filhos contidos quimicamente, por meio dos medicamentos controlados, durante toda a sua vida.

3º) Ou buscar meios de reduzir ou mesmo eliminar o maior número de sintomas possíveis, para que ele consiga viver com as mesmas condições que qualquer criança.

E, em todos os casos, seja qual for a opção escolhida:

Realizar terapias e treinamentos comportamentais, educacionais e afetivos, do tipo ABA, TEACCH, DENVER e outros, para que essas crianças consigam ser socializadas e ter algum tipo de desenvolvimento, por meio de uma equipe multidisciplinar.

Para aqueles que optaram pela 3ª opção, que é a redução dos sintomas para que a criança consiga viver com as mesmas condições que qualquer outra criança, as orientações são as nutricionais, ou seja:

- Eliminar os parasitas sob orientação do pediatra.

- Realizar exame clínico completo (para detectar níveis de vitamina e possíveis comorbidades paralelas, como por exemplo problemas de tireoide), sob orientação do pediatra.

- Realizar um exame rigoroso de intolerância alimentar, para detectar quais as proteínas que devem ser substituídas na alimentação, sob orientação de pediatra nutrólogo, ou profissional nutricionista.

- Seguir dieta substituindo os alimentos não tolerados por outros que mantenham o valor nutricional necessário à idade e peso da criança, sob orientação de nutricionista.

Nessa linha de tratamentos estão William Shaw, americano, Aderbal Sabrá, brasileiro, Anne Karoline Brito, brasileira (baiana) e muitos outros.

E quais os fundamentos?

Esses estudos estão fundamentados em algumas das consequências das mutações genéticas, entre elas a má formação das paredes do intestino, que perdem a barreira gastrointestinal, permitindo a passagem de proteínas, protozoários e vermes para a corrente sanguínea, provocando inflamações, tanto no próprio intestino como nos astrócitos dos neurônios, conforme já foi detectado em alguns estudos.

Essas inflamações nos astrócitos, além de incomodar a pessoa, provocando irritabilidade, agressividade, impulsos repetitivos e outros sintomas, também prejudicam o desenvolvimento das áreas adjacentes, dificultando ou atrasando diversas etapas do seu desenvolvimento.

Como não podemos, ainda, eliminar a causa primeira, que é a mutação genética, essa é a razão para realizar a compensação dessa permeabilidade das paredes do intestino, retirando da alimentação todas as proteínas que, se foram para a corrente sanguínea da pessoa, causarão todos esses sintomas.

Esse trabalho está todo apresentado por Aderbal Sabrá, em seus estudos nos doutorados e pós doutorados, aqui e nos Estados Unidos, e reunidos em seu livro: Manual de Alergia Alimentar, para quem desejara se atualizar no assunto.

Para complementar a eficácia desse procedimento e melhorar o trabalho conjunto do intestino e do cérebro, precisa ser corrigida outra falha no organismo das pessoas com esses transtornos, que é a infestação de parasitas no trato digestivo.

O estudo mais recente sobre esse aspecto está sendo realizado pela pesquisadora baiana Anne Karoline Brito, em seu doutorado pela Universidade Federal da Bahia em Vitória da Conquista: “Microbiota intestinal: Sua influência sobre o perfil inflamatório e integridade da barreira gastrointestinal de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista”.

Então, a resposta para a pergunta é:

Não é a alimentação que vai curar o autismo, nem o TDAH, mas, a alimentação inadequada, a falta de vitaminas e a presença de parasitas no trato digestivo, são os principais vilões, responsáveis pelo aumento da intensidade de seus sintomas, e por todo o prejuízo em seu desenvolvimento.

Essa é a nossa resposta a essa indagação.

Inscrevam-se em nossos minicursos de formação continuada.

Assim teremos mais gente conosco, nessa luta para salvar nossas crianças e nossos adolescentes da exclusão social, dando a todos eles, as mesmas condições de sucesso, que todos os seus colegas.

Recebam todos um forte abraço!


terça-feira, 11 de agosto de 2020

Dia do estudante

Hoje é o dia daquele que, com sua dedicação, pode vir a mudar esse mundo para melhor!

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

segunda-feira, 6 de julho de 2020

sexta-feira, 26 de junho de 2020

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Psicologia X Psicanálise - O que todos precisam saber

O que todos precisam saber sobre a diferença entre PSICOLOGIA e PSICANÁLISE:

quinta-feira, 11 de junho de 2020

quarta-feira, 10 de junho de 2020

domingo, 7 de junho de 2020

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Polêmica da Erva de São João na cura do autismo



A hiperflorina, substância da erva de São João, cura o autismo?
Antes de mais nada vamos analisar o seguinte:
Os estudos sobre o autismo estão muito dispersos ainda e com muita gente tentando se aproveitar, em cima disso, para lucrar muito.
Há, entretanto, estudos sérios e tratamentos adequados, recuperando quase completamente as crianças, permitindo que tenham seu desenvolvimento normal e sua autonomia igual às demais crianças neurotípicas.
A dificuldade está em se saber quais são os profissionais, de cada uma das áreas ligadas ao autismo, que se mantém em atualização constante, e que, mais que isso, têm conseguido resultados satisfatórios nos seus acompanhamentos.
O que nós fazemos, além dos estudos da neurocognição e da sua prática em sala de aula, é o registro dos tratamentos adotados pelas famílias de nossos alunos, nos últimos vinte e um anos, analisando os resultados em seu comportamento, em sua capacidade cognitiva e em seu desenvolvimento intelectual.
Para não ficar apenas no universo limitado de nosso colégio, mantemos contato com colegas professores de diversas outras escolas por todo o país, coletando os mesmos dados.
Com isso conseguimos ter uma visão prática dos resultados dos tratamentos e, com base nisso, realizamos as nossas orientações.
Os cursos de formação que damos tem como objetivo mostrar, a todos os profissionais de educação, terapeutas e familiares de autistas, o conhecimento generalista mais atualizado em relação ao TEA e indicar os caminhos necessários para as suas respectivas atualizações dentro das suas especializações.
Aos profissionais de educação, já que essa é a nossa especialidade principal, ensinamos as metodologias mais adequadas ao desenvolvimento integral do autista, as técnicas didático-pedagógicas e todas as estratégias de acompanhamento escolar.
Aos terapeutas mostramos a necessária observação multidisciplinar, não só para o diagnóstico, mas, principalmente, para os respectivos tratamentos, com base nessas observações realizadas ao longo de todos esses anos, além das referências aos mais recentes estudos científicos publicados em cada área.
Em nossos vídeos abordamos uma pequena parte de cada vez, normalmente respondendo a uma indagação de alguns pais, de alguns terapeutas e, também, de professores.
Hoje, nosso tema é sobre o uso da hiperflorina, substância da Erva de São João, no tratamento do autismo.
TIPOS DE MEDICAENTOS E TRATAMENTOS
Em primeiro lugar precisamos saber distinguir os tipos de medicamentos, drogas ou substâncias utilizadas nos tratamentos.
Os medicamentos homeopáticos utilizam, em sua formulação, princípios ativos de origem vegetal, mineral e animal, mas seguem uma técnica de preparo chamada de dinamização, que pretende deixá-lo praticamente semelhante às substâncias naturais do organismo humano, com base no princípio de que semelhante cura semelhante.
Não vamos comentar hoje sobre sua eficácia. Vamos apenas dizer que, normalmente, não trazem qualquer efeito colateral.
Os medicamentos alopáticos buscam, por ação química, eliminar, o mais rápido possível, os sintomas da doença, seguindo o princípio dos contrários, trazendo alívio imediato, mas o que não significa, obrigatoriamente, que a causa foi eliminada.
Não vamos comentar sobre sua eficácia hoje. Vamos apenas dizer que, normalmente, produzem efeitos colaterais, mas sempre registrados em suas respectivas bulas. 
Os medicamentos fitoterápicos utilizam, exclusivamente, os princípios ativos das plantas medicinais, de forma semelhante ao dos medicamentos alopáticos e, naturalmente, também trazem efeitos colaterais.
HIPERFLORINA
O uso da hiperflorina tem sido feito pelos princípios da fitoterapia, e ela tem se mostrado eficaz em tratamento de depressão, sintomas de ansiedade e agitação em crianças, sintomas de esquizofrenia e, atualmente, no tratamento do autismo.
A utilização, entretanto, exatamente por ser semelhante aos medicamentos alopáticos, precisam de acompanhamento de um fitoterapeuta, para evitar os efeitos colaterais.
O tratamento mais eficaz, hoje, com a hiperflorina, é feito a partir do extrato seco, e não por meio de chás.
Se for utilizado o chá, praticamente não há efeitos colaterais, mas os resultados não são tão eficazes.
O tratamento com o extrato seco é mais eficaz, mas pode trazer efeitos colaterais e problemas com interações com outros medicamentos e, por isso, necessitam de um profissional médico ou fitoterapeuta, conhecedor profundo de todo o processo, para realizar tal acompanhamento.

MINHA ORIENTAÇÃO
Deixo claro que minhas orientações continuam as mesmas, que são:
Exame clínico completo
Para eliminar a possibilidade de comorbidades paralelas, como problemas de tireiode, por exemplo)
Eliminar parasitas (o trato intestinal do autista está sempre infestado por vermes e protozoários, principalmente pela Cândida Albicans
Analisar os níveis baixos de vitaminas para compensar depois da eliminação dos parasitas
Exame de intolerância alimentar pelo laboratório Great Plains (EUA), para verificar exatamente o que deve ser alterado na dieta, para acabar com a inflamação cerebral causadora dos sintomas
Dieta rigorosamente dentro dos resultados do exame, sob acompanhamento de nutricionista especialista em autismo
Acompanhamento transdisciplinar
Escolarização em ambiente inclusivo real

Qualquer dúvida, entrem em contato pelo email.
Lembro que já temos atendimento online, pela plataforma zoom, com custo bastante reduzido.
E lembro também de ficarem atentos aos nossos cursos online, também pela plataforma zoom, cujo calendário estará publicado em nosso portal a partir desse domingo.
É sempre um prazer poder me dirigir a todos vocês.
Recebam todos um forte abraço!


domingo, 17 de maio de 2020

segunda-feira, 11 de maio de 2020

domingo, 10 de maio de 2020

Mistério do amor em nossa energia interior

Só para refletir, lembrando um pouco da essência dos poemas de minha mãe, Zenith Andersen:

sexta-feira, 8 de maio de 2020

segunda-feira, 27 de abril de 2020

sábado, 25 de abril de 2020

sexta-feira, 24 de abril de 2020