segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Autista TDAH – Disléxico – Discalcúlico e a hipocrisia de uma inclusão...

Nosso processo educativo é classificatório e seletivo, visando apenas aprovações ou reprovações e, portanto, é desumano e excludente!
Mas basta que nós, professores, olhemos todos os nossos alunos como nossos filhos, principalmente aqueles com dificuldades comportamentais e de aprendizagem, para que toda a cultura do respeito ao outro seja resgatada! Sem isso, a inclusão escolar é uma farsa total!

Autista - TDAH – Disléxico – Discalcúlico e a hipocrisia de uma inclusão mentirosa

Existe uma inclusão verdadeira, ou tudo não passa de pura hipocrisia?

É, amigos! A criança nasceu.

Agradeceu por ter nascido, claro! Afinal, quantas são eliminadas antes de terminar o período de gestação?

Mas, aos poucos, ela vai percebendo que existe algo que a separa de todas as outras crianças.

Ela vê que as outras entendem coisas que ela não entende e, aos poucos, a afastam até das brincadeiras em grupo, já que ela demora a compreender as regras, as formas de agir e tudo o mais.

É, então, que ela sente, pela primeira vez, o peso de uma discriminação e começa a pensar que nasceu no mundo errado! Ela se sente diferente. Todas as outras se entendem. Só ela fica de lado!

É o início de uma violência simbólica, que algumas vezes se transforma em violência real, quando a discriminação vem em forma de bullying!

Ela cria, sem sentir, uma crença limitante forte, acreditando que é incapaz até mesmo daquilo que ela até poderia fazer!

Sua crença provoca uma verdadeira autossabotagem, que baixa a sua autoestima a um ponto tal, que o mundo parece não ter mais sentido para ela.

Ela percebe que as pessoas, à sua volta, em vez de ajudá-la a identificar e vencer cada um desses obstáculos, apontam seus erros e dificuldades, como se a culpa fosse dela, por ter aquele rótulo que ela nunca pediu para ter!

Alguém a leva para a escola, dizendo que agora tudo vai mudar. Afinal, é uma escola inclusiva, já que pela legislação atual, todas são obrigadas a ser assim!

E ela penas: “Agora tudo vai mudar. Terei apoio. Aprenderei como as outras! Vou poder ser alguém na vida!”

Entra na sala é percebe que seus colegas aprendem e se desenvolvem. A professora apenas insiste em que ela faça o mesmo que seus colegas, mas ela não entende o que deve ser feito! E fica “voando” na aula!

A professora é avisada que é uma criança de inclusão e que, por isso, não precisa acompanhar o resto da turma. Basta deixara ela ali quietinha e pronto.

E a professora se dedica aos outros, deixando-a com algum brinquedo ou, talvez, com uma ajudante de sala...

Ah sim! Agora ela ganhou uma ajudante. Agora é que ela se sente, definitivamente, diferente, excluída, inferior a todos os seus colegas, uma estranha em uma sala “dos outros”, os que não têm as mesmas dificuldades que ela tem!

E essa agonia a segue por toda a vida escolar, mas resta a esperança de que, no próximo colégio, a ajudem em vez de a desiludirem.

No outro colégio, que disseram ser de inclusão, os professores foram orientados a adaptar os conteúdos dos assuntos. Ela fica toda contente!

Começa a aula de matemática! O professor entra em sala e começa a ensinar raiz quadrada! Ela ainda está com algumas dificuldades em contas de subtrair!

Mas o professor foi alertado de que ela é “de inclusão” e que deve adaptar o conteúdo.

O professor, então, avisa a ela que ela pode levar quanto tempo quiser para fazer a tarefa de classe. Ele até imprimiu os exercícios de extrair raiz quadrada com números grandes, para ela conseguir entender...

Mas ela mal sabe somar!

Nas tarefas para casa, as mesmas contas, com letras maiores que as de seus colegas, e ela nada entendendo daquilo.

No dia seguinte o professor olha sua tarefa e diz: “Vou explicar de novo. Preste atenção!” E explica, novamente, como extrair da raiz quadrada...

Ela precisava saber como subtrair...

Na prova o professor recebe a informação de que, como ela tem “laudo médico”, ela não precisa tirar a mesma nota que seus colegas para “passar de ano”. Basta dar um jeito de ela tirar nota três o quatro, que já está bom.

E assim vai ela, de ano a ano, de escola para escola, “sendo passada” todo final de ano, sem aprender absolutamente nada e, claro, se convencendo de sua inferioridade intelectual, de sua incompetência, de sua incapacidade de qualquer tipo de desenvolvimento.

Nos históricos escolares que recebe estão lá suas notas: a maioria zero, mas, no espaço das observações, está escrito: APROVADA POR SER DE INCLUSÃO...

E essa é a realidade pela qual passam, hoje,  milhares de crianças com qualquer dificuldade de aprendizagem, mesmo havendo algumas dezenas de documentos legais exigindo uma cultura de educação inclusiva que, no papel, é maravilhosa, mas que, na prática, está muito longe de ser respeitada!

Tudo errado!

Será que, como professores, daríamos o mesmo tratamento a um filho nosso?

Tudo começa, exatamente, por aí!

Não faltam as leis! Não falta a capacidade criativa! Não falta a capacidade de entendimento do outro! O que será que falta?

Primeiramente AMAR NOSSOS ALUNOS, como se fossem nossos filhos! Eles dependem de nós.

Essa parte está bem clara na página 30 de nosso livro “Afetividade na Educação”, quando eu disse que “(...) em relação ao aluno, o educador deve, em primeiro lugar, conquistá-lo (...)”.
Essa conquista só ocorre por meio do amor! E esse amor eleva a sua autoestima, quebrando, eliminando, aos poucos, todas aquelas crenças limitantes que foram construídas.

Em seguida o educador deve estudar, com mais afinco, o que significa uma AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA, e aplicá-la a todos eles, mesmo aqueles considerados normais, para descobrirmos onde está o seu ponto de entendimento na nossa matéria!

Outro livro nosso, o “Inclusão Responsável”, tem toda essa parte nas páginas 38 até 48. Não tem mistério nenhum! Basta fazer!

Essa avaliação é importante, porque ninguém aprende a partir do que não sabe, mas sim a partir daquilo que sabe!

Assim evitaremos ser chamados de IDIOTAS por Comenius, em sua “DIDACTA MAGNA”, escrita no século XVII: “Age, idiotamente, aquele que quer ensinar ao aluno, não aquilo que ele pode aprender, mas sim o que ele próprio deseja!”

Sabendo seus pontos de entendimento e percebendo que há grandes diferença entre os alunos, agora basta estudar qual é a mudança que terá que ser feita na sua metodologia de aula.

Se a que você usa já permite dar atenção igual a todos, mesmo em seus diferentes níveis. Ela está ótima!

Caso contrário, estude a nossa, que está nas páginas 138 a 142 do mesmo livro “Inclusão Responsável”.

E, agora, só falta adaptar os conteúdos de verdade!

Nesse mesmo livro tem a fórmula ideal para ser realizada pelas editoras. Ela está nas páginas 166 a 169. Mas enquanto isso não vem, o jeito é cada professor fazer a sua parte.

Amigos!

Essas crianças precisam de todos nós, e é por isso que estamos insistindo em que vocês compartilhem tudo o que falamos e chamem mais amigos para se juntarem a nós em nosso canal e em nossos minicursos de formação continuada.

Quanto mais amigos tivermos nessa luta, maior será o número de crianças salvas dessa exclusão. Uma exclusão que não é só escolar, mas também social.

E o pior é que ela é causada, em grande parte, por falta de interesse, falta de respeito pelo outro e falta de humanidade!

Nosso próximo minicurso será sobre “Formação da criança e do adolescente”, começando antes do filho ser gerado e chegando até os seus 18 anos.

Esse será nos dias 8, 9 e 10 de setembro, terça, quarta e quinta, sempre Das 19 às 21:30 horas, e com 10 horas/aulas de certificação.

Inscreva-se pelo nosso portal IUPE.NET/CURSOS ou mandando WhatsApp para Erich, meu filho, no número (21) 97194-9922.

Peço que também se inscrevam nesse nosso canal, curtam e ativem o sininho de notificação.

Será um imenso prazer poder estar com todos vocês no nosso próximo curso!


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