quinta-feira, 20 de maio de 2021

quarta-feira, 7 de abril de 2021

O Poder do Coração


O PODER DO CORAÇÃO

O coração tem, realmente, alguma coisa a mais do que dizem os livros de biologia e de medicina?

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É, amigos!

O coração não é, como dizem os livros de biologia e medicina, apenas uma máquina para bombear o sangue.

Segundo os filósofos antigos do oriente, ele é o símbolo da inteligência e da intuição.

Já os filósofos ocidentais o colocaram como símbolo dos sentimentos e emoções.

Entre os Egípcios o coração era considerado como o deus de cada ser humano, simbolizando a própria consciência divina.

Mas, enquanto essa conversa sobre o coração estar entre filosofias antigas, alguns de nós dão importância e outros nem querem saber...

Mas quando médicos cardiologistas de renome dedicam-se a buscar mais e mais evidências sobre as relações que encontram entre o coração e o nosso funcionamento integral psíquico e orgânico, a gente começa a perceber que esse pequeno órgão é, talvez, a nossa própria essência, talvez, até, como os Egípcios pensavam!

Entre esses cardiologistas está o Dr. Sandeep Jauhar, autor de “Coração: Uma História”, e diversos outros pesquisadores pelo mundo afora, incluindo aqueles diretamente ligados ao HeartMath Institute, da Califórnia.

Sim! Pelo que tudo indica o coração parece conter a nossa real identidade, as estruturas do nosso temperamento, os alicerces do nosso caráter e a semente da nossa personalidade.

Mas vamos por partes, já que essas pesquisas ainda estão em andamento.

Parte delas já sendo publicadas em alguns livros, como esse que comentei do Dr Sandeep Jauhar.

Nas pesquisas realizadas por ele, tem havido diversas constatações de alterações físicas, na estrutura do órgão, sempre relacionadas diretamente a fortes sentimentos e emoções.

Essas constatações foram feitas por meio de exames de ultrassonografia.

Os estudos não parecem apontar para o coração como origem dos sentimentos, mas mostram uma relação muito forte entre um e outro, apontando, sim, para uma espécie de: “Não sou a origem das emoções, mas sou o responsável por elas”.

Como seria essa “responsabilidade” é um dos elementos a serem desvendados, já que não parece haver rede neural suficiente para conter muita memória.

Isso porque para haver essa “responsabilidade” o coração deveria ter, nas memórias de suas redes neurais, toda a parte emocional de nossas vidas.

Afinal, como eu tenho comentado em todas as minhas aulas e palestras sobre o assunto, são apenas quarenta mil neurônios compondo essa rede neural cardíaca.

Muito pouco neurônio, se compararmos com os quinhentos milhões do cérebro entérico ou os cem bilhões do cérebro craninano.

E se os comandos cerebrais dependem das memórias armazenadas nessas redes, como diz a ciência atual, seria possível o coração manter gravada toda a parte emocional das nossas vidas nesses quarenta mil neurônios?

Bem! Vamos ver mais sobre isso em um minicurso extra, sobre os mistérios do coração, mas ainda não tem data prevista.

Mas já podemos ver muita coisa que nos interessa, como por exemplo, a evidência de processos cardiopatológicos, originados pela alteração física cardíaca, após a pessoa ter passado por fortes emoções ou sentimentos.

Isso nos chama a atenção!

Seriam influências das nossas emoções interferindo na estrutura do coração e podendo trazer algum mal ao seu funcionamento.

Continuando as pesquisas podemos observar que o coração gera um campo magnético de alta intensidade, podendo ser mensurado à alguma distância do corpo e, portanto, é uma onda que se propaga para o ambiente à nossa volta.

Como todas as nossas células (que são os elementos que compõem todo o nosso organismo), são, também, geradoras de energia elétrica, elas podem sofrer influência desse campo magnético, alterando, mesmo que de forma imperceptível, parte de seu próprio funcionamento.

Nesse caso já seria o inverso, ou seja, a influência do coração no nosso funcionamento orgânico e psíquico

Nos estudos do HeartMath Institute tem sido constatado que emoções positivas trazem benefícios fisiológicos para o corpo, intensificando-se o próprio sistema imunológico.

Esses mesmos estudos mostram que emoções negativas causam um verdadeiro CAOS no Sistema Nervoso.

Esse CAOS nós costumamos identificar como o disparo do Sistema Nervoso Simpático, provocado pela amígdala cerebral.

O que não sabíamos é que a amígdala cerebral parece receber essa informação por meio das ondas magnéticas enviadas pelo coração.

Mas, voltando ao que mais nos interessa, quem, afinal, controla quem?

Se formos analisar quem nasceu primeiro, o coração veio antes do cérebro e, portanto, ele é o responsável pela origem do nosso raciocínio.

Isso a literatura atual já diz, ou seja, que o coração do feto se forma e inicia o seu funcionamento, antes da formação do cérebro.

Outra evidência a ser pensada: Há mais informações indo do coração para o cérebro do que do cérebro para o coração (estudos do HeartMath Institute).

E agora?

Somos nós mesmos que comandamos os nossos sentimentos e emoções ou eles estão estabelecidos no coração e podem, apenas, sofrer alterações a partir de nossas atitudes e pensamentos?

Bem! A relação existe e é fortíssima!

Então, por enquanto, o que eu recomendo a todos nós é tomar todo o cuidado possível com nossos pensamentos e atitudes, aprendendo a, não só tolerar, mas compreender as pessoas à nossa volta, para evitar dar origem a qualquer emoção ou sentimento negativo.

Sei que, a princípio, não é fácil, para muita gente, mas vale a pena se esforçar, porque preservar esse órgão pode significar estarmos preservando, não só a nossa própria vida, mas, como eu disse no início, a nossa real identidade, as estruturas do nosso temperamento, os alicerces do nosso caráter e a semente da nossa personalidade, ou seja: a nossa própria essência.


terça-feira, 6 de abril de 2021

Aluno com deficiência pode ser reprovado?

“Em nenhum momento o aluno com NEE pode reprovar?”

XXXX

Para responder a essa pergunta nós temos que avaliar dois aspectos:

Por que um aluno com NEE seria REPROVADO?

Como é realizada a escolha da turma em que o aluno com NEE deverá ser incluído?

Vamos ao item 1):

A legislação deixa claro que o aluno com NEE deve ter suas aulas, suas tarefas de classe e de casa, seus testes e suas provas adaptadas ao seu nível de entendimento e à sua capacidade cognitiva.

Se o professor desse aluno passa para ele um teste ou uma prova na qual existem questões que ele não consegue responder, significa que: quem errou foi o professor, e nunca o aluno!

Então esse aluno, se o professor está agindo corretamente, nunca terá como tirar, em um teste ou prova, nota baixa!

Com isso ele estará sempre se mantendo no nível de aprovação, é claro!

A diferença para os demais alunos da classe é que, no seu histórico escolar ou boletim, além das notas normais, que na realidade não tem qualquer significado classificatório nesse caso, haverá um anexo, com o relatório completo sobre o nível de avanço desse aluno em cada uma das disciplinas.

Esse relatório é a parte mais importante do histórico, para permitir ao próximo professor, ou próxima escola, saber qual o novo ponto de partida do processo de aprendizagem.

É a partir desses pontos, um para cada disciplina, que a anova escola deverá dar continuidade ao desenvolvimento desse aluno.

Para esse aluno com NEE a minha insistência na declaração de que “O ALUNO SÓ´CONSEGUE APRENDER ALGUMA COISA A PARTIR DO PONTO QUE ELE SABE DE CADA MATÉRIA” é mais importante ainda!

Embora isso sirva para todos!

Vamos a gora ao item 2):

Para isso precisamos lembrar de todos os aspectos que vimos no minicurso de legislação inclusiva, principalmente os objetivos dessa legislação.

Tanto a LBI (Lei Brasileira de Inclusão) como todas as regulamentações estaduais, por meio de Resoluções dos Conselhos Estaduais de Educação e Manuais de Educação Inclusiva, deixam claro que a escola deve analisar, com muito cuidado e muito critério, a forma de agrupar os alunos com NEE nas respectivas turmas comuns.

Vamos ver a do Estado do Pará, por exemplo:

A Res.CEE-PA 304/2017 – Art. 87 (...)o agrupamento dos educandos com deficiência (...) nas classes comuns far-se-á pela equipe pedagógica da escola, obedecendo às seguintes recomendações:

I -  Distribuição pelas várias classes, considerando:

O ano escolar em que forem classificados;

O desenvolvimento social e afetivo

A faixa etária

E em todos os estados a determinação é a mesma, ou seja, a equipe pedagógica da escola é quem decide!

Essa decisão de colocar a responsabilidade na EQUIPE PEDAGÓGICA é a única forma de evitar que essa determinação legal de agrupamento pelas turmas acabe prejudicando o aluno mais do que o ajudando.

O MEC, o Conselho Estadual de Educação ou as Secretarias de Educação Estaduais ou Municipais não têm a menor possibilidade de avaliar cada um dos casos em cada unidade escolar! Por isso cada caso deve ser analisado pela equipe de linha de frente de cada escola.

Essa equipe de linha de frente, entretanto, precisa estar preparada para saber como efetuar essa análise, para evitar erros graves no desenvolvimento do aluno com NEE.

Então, para enturmar esse aluno, a EQUIPE PEDAGÓGICA analisa:

 O ano escolar em que forem classificados;

O desenvolvimento social e afetivo

A faixa etária

Vamos ver um  caso prático:

Se o aluno tem 14 anos e está no nível do ano escolar do 2º ano, será facílimo para o professor do 2º ano dará aula para ele junto com os demais alunos, já que todos estarão no mesmo nível de conhecimento.

Em contrapartida, será difícil para o professor do 9º ano dar aula para todos os seus alunos e para esse também, já que os níveis de conhecimento e entendimento são diferentes.

(deixo claro aqui que essa dificuldade será anulada a partir do momento em que esses professores substituírem a metodologia tradicional de sala de aula pela metodologia inclusiva)

Então, enquanto os professores gestores de classe não se adequam às metodologias inclusivas, a primeira ideia seria colocá-lo na turma do 2º ano, mas, logo “de cara” surgem dois problemas:

Ele é um adolescente, pode estar sexualmente avançado e a turma é composta por crianças impúberes. Ou seja: decisão perigosa, irresponsável e inconsequente.

Ele terá a sua autoestima abaixada, por estar com colegas muito mais novos que ele. Ou seja: não terá como se sentir incluído, mas sim discriminado.

Por isso que, na maioria desses casos, a decisão correta é incluí-lo na turma de alunos de sua idade e os professores cumprirem as adaptações de conteúdo e de currículo que sejam necessários ao seu desenvolvimento visando a sua autonomia.

Essa parte da adaptação nós veremos no nosso MINICURSO do dia 26 de maio próximo.

Então, como vimos, a decisão de REPROVAR ou de NÃO REPROVAR um aluno com NEE não tem qualquer sentido, já que, pelos resultados dos testes e avaliações, o REPROVADO seria o PROFESSOR, e nunca o aluno, já que esses testes e demais avaliações devem estar sempre rigorosamente dentro de seu nível de conhecimento, entendimento e capacidade cognitiva. E só quem acompanha isso é o seu professor.

Mais uma vez constatamos que o maior erro de todo o nosso processo educacional é a falha na FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO.

segunda-feira, 5 de abril de 2021

O autismo tem cura?

A verdade sobre a cura do autismo  

A pergunta agora foi “É verdade que o autismo não tem cura?” Vamos ver, então, onde está a verdade?

XXX

Entre as afirmações que mais apavoram os pais de autistas estão:

“Seu filho é autista. Não tem cura! Agora é se preparar para enfrentar uma vida complicada e muita despesa com medicamentos.”

Infelizmente temos, até hoje, profissionais que afirmam essa barbaridade e que, ainda por cima, combatem os colegas que se dedicam a encontrar tratamentos eficazes para a redução dos sintomas e para o encontro da cura!

Antes de mais nada vamos ver se a informação é verdadeira ou falsa.

Então vamos analisar o que nos diz que a pessoa tem TEA:

Diagnóstico realizado pela análise do mapeamento genético para identificar quais genes estão alterados e que estejam ligados ao TEA. (Essa análise ainda é muito cara, inviável para muitas famílias)

Diagnóstico realizado pelas escalas de observação comportamental, como a escala ATEC, por exemplo, ou muitas outras, como veremos no nosso curso.

Agora vamos analisar as mais conhecidas formas de autismo:

Autismo originado por genes alterados, herdados do pai e da mãe. Analisaremos no minicurso como é isso e como podemos, inclusive, prevenir.

Autismo regressivo, quando a criança nasce e permanece como qualquer criança neurotípica até aproximadamente os três anos de idade, quando então surgem os sintomas (No curso veremos os estudos de Karen Parker, da Stanford University, sobre o assunto)

Autismo provocado pela Alergia Alimentar, cuja ocorrência se assemelha ao regressivo (Veremos no curso os estudos correspondentes realizados pela equipe do Dr Aderbal Sabrá).

Mas a pergunta foi: se tem cura.

Todas essas variantes estão em estudo permanente por diversos pesquisadores, alguns deles visando a cura definitiva e outros visando a redução ou eliminação da maioria dos sintomas, para que a criança possa ter o seu desenvolvimento normal alcançando a sua autonomia.

E como estão essas pesquisas?

O caminho da cura definitiva, que poderá vir pela edição genética ou pelo uso de drogas, ainda não deu resultado positivo. Vamos ver esses detalhes com base em Alisson Muotri, Karina Griese-Oliveira e outros.

O caminho da redução dos sintomas, entretanto, tem trazido resultados espetaculares, como também veremos no nosso minicurso do dia 28.

Esse caminho teve um avanço maravilhoso quando os pesquisadores da Universidade de Columbia identificaram linfócitos no cérebro, isso em 2015.

Com isso passamos a ter certeza de que o incômodo na cabeça de grande parte dos autistas, levando-os a dar gritos, correr, bater nas coisas, se irritar etc., era consequência de uma inflamação cerebral que, até então, ninguém sabia que poderia existir!

E então concluímos que todas as inflamações do aparelho digestivo causadas pela disbiose intestinal, tenha ela a origem que tiver, causa também a inflamação cerebral e traz todos os sintomas que conhecemos nessas crianças.

Com isso descobrimos as razões pelas quais o tratamento da disbiose intestinal tem dado tanto resultado em todas as crianças autistas que temos acompanhado nos últimos vinte e um anos.

E o mais interessante é que, mesmo sem termos conhecimento dos estudos realizados pela Fundação Lundbeck para Pesquisa Psiquiátrica Integrativa (Projeto iPSYCH), mostrando que TEA e TDAH compartilham as mesmas mutações em seus genes, nós já estávamos, no IUPE, orientando os pais de crianças com ambos os transtornos, a procurarem os mesmos tratamentos.

E a cura?

Todas as crianças tratadas para eliminar as causas da inflamação cerebral, como eliminação dos parasitas no trato digestivo, dieta sem os nutrientes considerados veneno pelo organismo da criança, complementação vitamínica e, em alguns casos, tratamento com anti-inflamatórios etc., tem apresentado uma redução considerável do seu nível de autismo, confirme a tabela ATEC.

No caso de Adebral Sabrá já estão contabilizadas mais de 1000 crianças que saíram do nível 120 ATEC e hoje estão no nível 10, ou seja: fora do espectro autista.

O mesmo resultado tem sido alcançado por diversos nutricionistas e médicos nutrólogos que seguem a mesma linha.

Se a criança alcança nível 10 na escala ATEC, isso, para nós, é o mesmo que dizer que ela foi curada do autismo.

Então, dizer que não tem cura significa tirar todas as esperanças dessas famílias e fazer com que desistam do tratamento que, certamente, vai reduzir todos os seus sintomas para que possam ter uma vida normal e alcancem a sua autonomia.


domingo, 4 de abril de 2021

Como evitar o desequilíbrio emocional do meu filho autista nesse período

Como evitar o desequilíbrio emocional do meu filho autista nesse período?

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Essa pergunta nos remete a identificação de alguns equívocos infelizmente muito comuns, tanto no relacionamento das escolas com o aluno com qualquer tipo de deficiência (não só com o autista), como também no relacionamento de muitas famílias com seus próprios filhos.

Como são muitos os equívocos, vou procurar me limitar, nessa resposta, ao ponto que considero mais importante de todos. O estudo mais completo nós teremos no próximo minicurso do dia 28 de abril, cujas inscrições já estão abertas pelo nosso portal e pelo WhatsApp de Erich, meu filho: (21) 97194-9922.

Então vamos lá:

Angústias e estados depressivos podem ter como causa orgânica a alimentação incorreta, ou a microbiota intestinal com infestação de parasitas que, por desajustarem o processo digestivo, prejudicam a liberação equilibrada dos hormônios neurotransmissores responsáveis pelo equilíbrio emocional.

Mas também existe uma causa emocional importantíssima, que é a carência afetiva que, sozinha, interfere em todo o processo neurofisiológico tanto no cérebro craniano, como no cérebro entérico, que é o cérebro do intestino, com seus cem milhões de neurônios. (esse cérebro, já chamado por muitos pesquisadores de segundo cérebro, infelizmente ainda é desconhecido por muitos profissionais, não por falta de publicações a respeito, mas por falta de vontade de estudar).

Mas, retornando...

Vamos considerar que o nosso filho com deficiência está com sua alimentação correta, devidamente acompanhado por um profissional de nutrição que estude, ou seja, um que não tenha se transformado em um “dinossauro”, como a Dra Tielle Machado costuma chamar...

Então a nossa preocupação tem que estar voltada totalmente para a carência afetiva, ou seja, temos que identificar todos os elementos que poderiam gerar essa carência e eliminá-los imediatamente.

Todo adolescente, ou criança, com deficiência, sofre uma violência simbólica desde o dia em que começa a se entender como deficiente. Por isso, para que seu cérebro o ajude a reduzir seus sintomas e evitar comorbidades paralelas, ele deve ser mantido com sua autoestima elevada o tempo todo. E a responsabilidade disso é toda nossa, como seus pais, terapeutas ou professores.

Como fazer isso?

O segredo está no estabelecimento do vínculo afetivo com as pessoas que são importantes para o seu desenvolvimento integral.

Em casa são os pais, é claro, ou os que fazem o seu papel.

Na escola é o seu professor, é claro, ou quem faz esse papel junto a ele, mas há também, mais importante ainda, o vínculo com seus colegas de classe.

O vínculo em casa só precisa que os pais deixem de lado os seus celulares e suas redes sociais e criem todo tipo de atividade “sem tela”, com jogos, passatempos, diversões e atividades físicas lúdicas que, na realidade, serve para desestressar a todos.

Na hora da aula remota sim, o celular ou o computador deverá ser usado, para que haja a interação visual entre o aluno, seu professor e seus colegas, para manter o vínculo escolar e ampliar o seu campo de entendimento e participação social.

Mas nessa hora, a atenção do professor e dos colegas com o aluno com deficiência, em modalidade remota, deve ser muito mais lúdico do que intelectual, com os conteúdos sintetizados a conceitos muito simples, rigorosamente dentro da sua capacidade de entendimento.

Como fazer essa adaptação e como realizar esse momento tão importante nós veremos no curso “Adaptação de Conteúdo e Currículo na Inclusão Escolar”, no dia 26 de maio.

E para isso os professores e os pais devem estar cientes de que o que menos importa nesse período é a aprendizagem do conteúdo curricular!

Esse conteúdo será compensado, tranquilamente, se mantivermos esse adolescente, ou criança, estimulado com todas as atividades lúdico-pedagógicas que pudermos ofertar, mas sempre estabelecendo e mantendo o vínculo afetivo com todos aqueles que fazem parte do seu universo familiar e escolar.


sábado, 3 de abril de 2021

Autismo é uma outra forma de ver a vida?

Autismo não é doença?

Essa sua pergunta me preocupa.

Quando eu escuto as pessoas dizerem que o autismo não é doença, mas sim uma outra forma de ver o mundo, percebo que o objetivo é acabar com a discriminação que, realmente, existe, por parte de muitas pessoas, em relação a todo tipo de doença.

Infelizmente é verdade! Muitos preferem manter distância e não querem nem ouvir falar de autismo, ou de qualquer outro transtorno síndrome ou doenças, como se não houvesse qualquer possibilidade de virem a ter um caso em suas famílias.

O autismo é um transtorno da saúde mental, o que significa um estado alterado da saúde, mas nem sempre está ligado a alguma doença.

Doença, segundo a OMS, é a ausência de saúde, um estado anormal do organismo, quando são alteradas algumas das funções físicas e psicológicas.

E síndrome é um conjunto de sintomas comuns em alguns estados clínicos, mas, normalmente, sem que suas causas estejam bem definidas, como por exemplo, a Síndrome de Irlen, que nós vamos ver no nosso minicurso de dislexia, no dia 16 de junho.

Meu medo de dizer que autismo é apenas uma outra forma de ver o mundo, está na acomodação, por parte das instituições fomentadoras de bolsas de pesquisas, já que será difícil aprovar investimento para estudos sobre doenças que não existem.

E nós precisamos de muitas pesquisas para que tudo sobre o autismo nos seja revelado e para que possamos, no mínimo, reduzir todos os seus sintomas e torná-los, todos, perfeitamente normais, autônomos e felizes consigo mesmo.  

As pesquisas em relação ao autismo estão trazendo resultados, é claro, como por exemplo, a que nos mostra a evidência da inflamação cerebral, como causa da maioria dos seus sintomas, a partir da descoberta de linfáticos no cérebro, pelos cientistas da Universidade de Colúmbia, em 2015.

Havendo linfáticos no cérebro significa que uma disbiose intestinal pode provocar sua inflamação e, a depender da localização dessas inflamações, poderá haver prejuízo em qualquer área comandada pelas redes neurais alcançadas.

Isso muda TOTALMENTE toda a forma de entendermos os comportamentos atípicos, assim como muda o foco no seu acompanhamento terapêutico, já que a atenção passa a ser na redução da inflamação, tanto pela eliminação das suas causas (disbiose), como pelo ataque medicamentoso, por meio de anti-inflamatórios.

Nós vamos ver isso, e muitas outras novidades, nesse nosso próximo curso sobre o autismo, no dia 28 de abril próximo.

Vamos ver que esse conhecimento, assim como muitos outros, por serem muito recentes, publicação de 2015, não chegaram ainda na maioria das Faculdades de Medicina nem de Nutrição e, portanto, não são ensinados aos estudantes dessas faculdades.

Essa é uma das principais razões pelas quais eu insisto na FORMAÇÃO CONTINUADA de todos os profissionais de todas as áreas.

Então, amigos, essa frase “(...) autismo é apenas uma outra forma de ver o mundo (...)”, na minha opinião, deve ser vista da seguinte forma:

Na minha relação diária com meu filho ou com meu aluno autista, devo esquecer que ele tem o transtorno e me dedicar a desenvolver suas habilidades e competência sem compará-lo com mais ninguém, mas apenas com ele mesmo ontem.

Na minha relação com a ciência devo estudar tudo o que for publicado sobre o assunto e eu mesmo desenvolver as minhas próprias pesquisas, se tiver condições para isso, visando encontrar meios de reduzir ou eliminar todos os seus sintomas.

Quem quiser se informar um pouco mais sobre tudo isso, inscreva-se em nossos minicursos mensais de Formação Continuada.

Acho que isso responde a sua pergunta, certo?

Forte abraço, amigos!


sexta-feira, 19 de março de 2021

quinta-feira, 18 de março de 2021

quarta-feira, 17 de março de 2021

segunda-feira, 15 de março de 2021

sexta-feira, 12 de março de 2021

quinta-feira, 11 de março de 2021

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Como melhorar o desempenho escolar de meu filho

Como melhorar o desempenho escolar de meu filho

 

Qual é o pai que não quer ter a tranquilidade de saber que seu filho está se preparando bem para, um dia, ter a sua autonomia e alcançar o sucesso pessoal e profissional?

Mas como podemos garantir isso?

 

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Eu sou o professor Roberto Andersen, Escritor-Psicanalista-Educador, Doutor Honoris Causa pela Universidade de Los Pueblos de Europa, Membro da Academia de Ciências de Nova York e Pesquisador em Neurociência Cognitiva pelo IUPE.

XXX

Então vamos lá!

Como garantir que nosso filho vai melhorar seu desempenho e ter todo o sucesso que ele merece?

Bem...

Alguns antigos diriam que o chinelo, em casa, e a palmatória, na escola, eram os grandes incentivadores da melhora de performance nos estudos.

Poderia até ser, mas, para o bem de todos, vamos pular essa parte.

Deixando essas ideias mais antigas de lado, eu poderia resumir tudo o que vou dizer em uma só palavra. Que palavra? EXEMPLO!

O grande segredo, entretanto, está na forma correta de dar esse exemplo, mesmo sabendo que cada família tem uma realidade diferente.

Temos os pais que saem cedo de casa e chegam tarde da noite, com pouco tempo de contato com o filho.

Temos o pai que até pode estar um tempo maior com seu filho, mas que nunca avançou além do Ensino Fundamental.

E temos os pais analfabetos, que não teriam qualquer condição de ajudar seu filho nos estudos

Vamos analisar alguns desses casos, não só para nossa própria orientação, mas para podermos orientar outros amigos, cuja vontade de ajudar o filho é muita, mas que não sabe como fazer.

Em primeiro lugar temos que lembrar que o ser humano sempre evoluiu observando o outro.

Afinal, desde o início da raça humana que a alteridade, que é a identificação das características do outro, foi o elemento fundamental para a criação da sua própria identidade.

O exemplo, então, persegue a gente o tempo todo. É bom, até, lembrar dos meninos lobos, encontrados na Índia, cuja análise de suas personalidades chegaram a suscitar dúvidas se seriam seres humanos ou lobos.

Em segundo lugar é bom saber que, para garantir a aprendizagem, o estudo de cada assunto deve ser feito sozinho, em ambiente adequado, sem perturbação sonora e, de preferência no mesmo dia em que o assunto foi dado em aula.

Já temos aí duas necessidades importantes.

Se um dos pais estiver em casa e puder realizar, na mesma hora do estudo do seu filho, alguma atividade intelectual, tipo leitura ou escrita, isso resolve a parte do exemplo.

Se for colocada uma linda escrivaninha no quarto do filho, com tudo o que ele precisa, ele terá um bom ambiente e, sendo um pouco separado dos barulhos da casa, reduz a perturbação sonora.

Mas, mesmo com tudo isso, ainda não deu certo!

A razão é simples!

Surgiu a sensação de isolamento, abandono, como se ele estivesse sendo punido em cárcere privado, para estudar.

Então vamos esquecer a escrivaninha no quarto e levar o filho para estudar na mesa da sala.

No outro lado da mesa estará ao pai, a mãe ou a pessoa exemplo da família, em alguma atividade semelhante, mesmo que seja lendo uma revista.

Pronto. Agora tudo começa a funcionar.

Mas há necessidade de alguns ajustes.

Um deles é a ansiedade dos pais em ajudar o filho na tarefa. Afinal, se ele está ali do lado, por que não fazer o filho ter uma boa avaliação no trabalho que o professor passou?

Erro grave!

Dar exemplo por estar, também, em atividade, é excelente!

Interferir para ajudar, pode ser, na maioria das vezes, contraproducente.

Essa interferência, uma espécie de superproteção, pode acostumar o filho a “enlatar” as respostas recebidas dos pais, para sempre usá-las quando for necessário.

No momento de resolver suas tarefas, ele terá dificuldades de encontrar respostas suas, já que se acostumou a usar as “enlatadas” recebidas dos pais e demais adultos.

Estimular sem interferir permite que ele desenvolva a sua própria capacidade de raciocínio e, por consequência, a sua inteligência criatividade, inventiva e descobridora. Assim surge a verdadeira autonomia do filho.

A função do pai, durante o estudo do filho, não é, então, a de ensinar, mas a de estimular a busca pelo conhecimento, podendo, ambos, discutirem resultados dessas buscas, mas que sempre devem ser realizadas pelo filho, apenas orientado pelo pai.

Ou seja. A participação do pai é de despertar, no filho, o prazer de buscar conhecimento e de compartilhar o que achou, com ele para, no dia seguinte, levar para a sala de aula.

Mas se os pais não têm tempo, durante a semana, para estarem com seu filho?

Nesse caso é importante reservar uma parte do final de semana para um encontro de todos, à volta da mesa, para conversarem sobre os conhecimentos adquiridos, por todos, durante a semana.

Tenho o exemplo de uma mãe que, além de não ter contato com o filho durante a semana, ainda era obrigada a fazer faxina em toda a casa no final de semana, mas, mesmo assim, durante a faxina, dialogava com o filho perguntando o que ele havia aprendido. Ambos se divertiam, quando o filho via que precisava ensinar tudo a mãe, já que ela não havia avançado tanto como ele.

E temos o caso da mãe que, mesmo analfabeta, sem que seus filhos soubessem disso, exigia que seus filhos lhe mostrassem os cadernos de estudos, assim que chegava da roça, analisava os escritos, mandava passar a limpo se percebia que as letras não estavam boas

Nas vezes em que um deles pedia para tirar alguma dúvida ela brigava “Como você pode vir para casa com dúvidas? Peça desculpa, amanhã a sua professora, e tire todas as suas dúvidas com ela.”

Com isso concluímos que, para que o filho tenha bom desempenho nos estudos, não precisa que seus pais sequer tenham condições de ensiná-lo alguma coisa.

O estímulo pode vir pela simples presença no mesmo ambiente, sentados à mesma mesa, cada um realizando as suas atividades.

Ou, como no caso da mãe analfabeta, por meio do controle das tarefas realizadas, mesmo que ela não soubesse ler uma palavra do que estava ali escrito.

Fiquem atentos em relação aos nossos cursos de formação continuada e também em relação aos nossos minicursos mensais, onde cada assunto desses é analisado com mais profundidade, e com todos os seus detalhes.

As palavras chaves de hoje, para melhorar o desempenho escolar de meu filho são:

Exemplo e companhia – ao realizar alguma atividade na mesma mesa e ao mesmo tempo

Parceria – ao debater com o filho os resultados da sua busca pelo conhecimento

Reconhecimento e controle – ao dar valor aos trabalhos do filho estimulando-o a melhorar ainda mais

 

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E mande suas dúvidas e questionamentos. Respostas rápidas poderemos dar por meio dos vídeos e LIVES, e nos aprofundaremos nesses assuntos em nossos cursos mensais.

É sempre um prazer estar com vocês.

Recebam todos um forte abraço!


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Como adaptar conteúdo na Educação Inclusiva

Como adaptar conteúdo na Educação Inclusiva

 

Quando se fala em adaptação de conteúdo, uma parte dos nossos colegas “treme na base”, principalmente quando imaginam o imenso trabalho que terão para fazer isso!

Como adaptar conteúdo de forma simples e prática

Teria como não precisarmos adaptar conteúdo?

Sim, claro! Bastaria matricularmos o aluno exatamente na série correspondente ao seu nível de conhecimento e capacidade cognitiva.

Mas isso é possível? Possível até é, mas totalmente inconveniente e improdutivo, por vários motivos:

Imagine um menino com deficiência e com 14 anos, já na fase adolescente, na mesma turma de crianças de seis e sete anos, já que ele ainda não está alfabetizado. Vai dar certo? Claro que não.

Primeiro porque os pais das crianças não vão ficar satisfeitos que suas filhas compartilhem uma sala de aula com adolescentes sexualmente ativos e sem maturidade para se conter.

Segundo porque esse adolescente não se sentirá bem em estar com colegas muito mais novos que ele. Obviamente ele se sentirá inferiorizado, o que abaixa a sua autoestima e, com isso, ele não terá um fácil desenvolvimento.

Então isso nos leva a uma necessidade natural, que é:

Esse aluno com deficiência, embora esteja em nível muito abaixo dos colegas da sua idade, só se sentirá bem entre eles. Isso é fato em qualquer faixa etária.

Além disso, afastar a criança ou o adolescente do convívio com colegas da sua faixa etária sempre traz consequências desastrosas, principalmente na sua estrutura psíquico-emocional.

Basta analisarmos os casos, não de deficientes, mas de diversas crianças super dotadas e que foram avançadas exageradamente, deixando de acompanhar seus colegas durante as fases de desenvolvimento, dos dois aos 12 anos, para detectarmos os males causados por essa separação.

Então, para que o aluno com deficiência possa progredir na aprendizagem e adquirir o conhecimento necessário ao desenvolvimento da sua autonomia, ele precisa, não só sentir bem em sala, mas, é claro, se sentir verdadeiramente incluído pela escola, pelo seu professor e por seus colegas.

Ele tem que sentir que todos os seus colegas “são seus colegas de verdade”, que o professor dos seus colegas é também o seu professor, e que aquele tema da aula que está sendo dada, é o mesmo para todos na sala, embora cada um trabalhe o tema de acordo com o seu nível de conhecimento, como em uma sala multisseriada ideal.

Para isso ser verdade:

Primeiro:

A turma toda deve ser preparada para a cultura da inclusão verdadeira, em encontros de “Assembleia de Classe”.

Segundo:

O professor regente de classe precisa ser preparado para aplicar alguma metodologia inclusiva, como a Dinâmica Grupal, por exemplo.

Terceiro:

O professor precisa aprender a fazer a adaptação de conteúdo a partir do resultado da avaliação diagnóstica realizada no início do ano letivo.

Quarto:

Os pais devem ser preparados em “Treinamentos Parentais” para entender como será o desenvolvimento de seu filho, para que evitem baixar a sua autoestima durante a realização das tarefas para casa.

Quinto:

Os profissionais de AEE (Atendimento Educacional Específico) devem estar preparados para realizar o trabalho de desenvolvimento cognitivo do aluno, no turno oposto.

Todas essas cinco etapas fazem parte dos nossos cursos de formação continuada, claro, e são temas elencados, também, para os minicursos mensais.

Mas vamos ao terceiro passo: adaptação de conteúdo!

Para evitar trabalho para o professor, o ideal seria que as editoras lançassem o módulo inclusivo, conforme está descrito nas páginas 166 a 169 do meu livro Estudos sobre educação: inclusão responsável. Mas até hoje nenhuma se dignou a, sequer, estudar a ideia. Com esse desinteresse temporário, a ideia ainda é uma utopia.

Vamos, então, ao trabalho necessário a ser realizado.

Devemos iniciar deixando de lado a HIPOCRISIA de considerar que todos os alunos neurotípicos aprendem todo o conteúdo de todas as disciplinas. Isso não corre em escola nenhuma, muito menos nos cursos tecnológicos e superiores.

Então, deixando essa HIPOCRISIA de lado, o que precisamos é saber qual o ponto de entendimento do aluno a ser incluído, para planejarmos a adaptação rigorosamente dentro do seu nível de entendimento.

E, para planejar a adaptação, vamos analisar cada capítulo do assunto a ser dado e extrair os conceitos básicos, mais fundamentais e que são realmente importantes para que qualquer pessoa entenda um pouco e, a partir dessa identificação, traduzi-los e, uma linguagem que os alunos com deficiência entendam e consigam aprender.

O processo é muito simples.

Vejamos em uma aula de física, por exemplo, quando os alunos estão aprendendo gravidade ou queda livre.

Enquanto os alunos no nível do 1º ano do Ensino Médio aprendem e calculam velocidade, tempo de queda etc., os alunos com deficiências fazem experiências com diferentes objetos largados da mesma altura, como um chumaço de algodão e um apagador, experiência que pode ser, inclusive, socializada por todos, em momento de inclusão total.

Os conceitos básicos serão aprendidos por todos. Os cálculos serão aprendidos pelos que podem aprender os cálculos.

Então, todos aprenderão o mesmo tema, que é, no caso, gravidade ou queda livre, cada um seguindo os seus respectivos roteiros, dentro de seus diferentes níveis.

O importante é que todos se sintam aprendendo alguma coisa, todos os dias, a partir daquilo que já sabem e, todos no mesmo tema e com o mesmo professor.

Mas precisamos identificar, com muito cuidado, o verdadeiro nível de entendimento e capacidade cognitiva dos alunos com dificuldades.

Isso porque temos encontrado, em muitos deles, exteriorização de dificuldades inexistentes.

Sim, são dificuldades que surgiram devido, muitas vezes, a bloqueios emocionais, normalmente provenientes da violência simbólica a que são submetidos desde que se entenderam como deficientes.

Esse mesmo tipo de bloqueio ocorre, também, com alunos neurotípicos, normalmente irmãos, quando um deles apresenta muita facilidade em uma matéria e o outro se sente inferiorizado a tal ponto que bloqueia totalmente o seu entendimento naquilo.

Pois é, amigos, essa é a ideia da adaptação. Todos aprendem todos os dias alguma coisa, a partir do que já sabem e em seu nível de entendimento.

Isso é aprendizagem real para todos os alunos, sem exceção.

É sempre um prazer estar com vocês.

Recebam todos um forte abraço!


terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Polêmica da adaptação de conteúdos em escola inclusiva

Por que somos obrigados adaptar conteúdos, tarefas, roteiros, provas e avaliações nas turmas inclusivas?

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Quais é o maior desafio apresentado pelos professores?

Numa sala comum, mesmo que não haja qualquer aluno com deficiência, sempre teremos alguns alunos com baixo nível de conhecimento na nossa matéria. Havendo alunos com deficiência, essa diferença é bem mais clara de bem mais fácil de identificar.

Como conseguiremos dar aula para essa turma, de forma a garantir a aprendizagem de cada um, desde aqueles que estão no nível de conhecimento previsto para a série, até os que apresentam dificuldades ou os que têm deficiência?

Sabemos que a metodologia tradicional não permite uma aula no estilo multisseriado eficaz, já que os alunos, além de serem passivos, estão sentados em carteiras enfileiradas, uns atrás dos outros.

Para possibilitar essa necessidade primordial de garantir aprendizagem para todos, a metodologia tem que ser mudada, é claro.

Por isso estamos colocando em todas as nossas formações, a Metodologia IUPE de Dinâmica Grupal.

Sem uma metodologia inclusiva responsável, esse trabalho fica praticamente impossível de ser realizado.

Assistam nossos vídeos sobre a implementação da metodologia ou participe de nossos cursos de formação.

Mas hoje o que vamos ver é o cuidado que nós, professores, temos que ter, ao preparar um roteiro de estudo dirigido, um questionário, um teste, uma prova, ou qualquer tipo de tarefa ou avaliação, para aqueles nossos alunos que apresentam algum tipo de dificuldade de entendimento na nossa matéria.

Sabemos que cada aluno com dificuldade, incluindo os que não têm qualquer deficiência, precisam ter a sua autoestima elevada, para quebrar seus bloqueios e, assim, poderem progredir.

Para isso nós, professores, precisamos identificar o seu “ponto de entendimento”, em nossa matéria, para adaptarmos os conteúdos dos roteiros, testes etc., à sua realidade de entendimento.

Caso contrário estaremos apenas intensificando seu bloqueio e excluindo esse aluno, definitivamente, do entendimento da matéria e, possivelmente, provocando o aumento da evasão escolar.

Agora vamos a legalidade ou não dessas adaptações.

Pela Lei Brasileira de Inclusão, essas adaptações não só são permitidas, como são obrigatórias, mas apenas para os alunos considerados deficientes.

Para os alunos cujas deficiências não são evidentes e para aqueles com bloqueios emocionais, comportamentais ou provenientes de deficiências não listadas nas Leis, não existe essa determinação legal.

Importante notar que não existe determinação legal, mas, também não há lei alguma que proíba o atendimento individualizado do aluno em seu nível de conhecimento diferenciado e de acordo com a sua baixa capacidade cognitiva.

Isso é uma obrigação moral de todos nós, inclusive do sistema educacional, com um todo, se é que existe a “vontade política” se termos uma educação responsável em nosso país.

Então, para quem deseja cumprir o seu papel de educador responsável, as adaptações são as únicas formas de conseguirmos a quebra desses bloqueios e o desenvolvimento de cada um desses alunos.

E essas adaptações, embora não determinadas na Lei maior da Inclusão, podem ser integradas nas legislações estaduais, municipais e nos Projetos Políticos Pedagógicos das Instituições Escolares, se assim desejarem, sob a forma de regulamentação específica para atender a demanda estadual, municipal ou daquela comunidade escolar.

Assim contribuiremos decisivamente para reduzir, ou até eliminar, a evasão escolar, permitiremos o desenvolvimento da autonomia dos alunos e evitaremos que muitos sejam atraídos pelo crime organizado, por falta total de oportunidades de emprego ou de capacidade empreendedora.

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Peço aos colegas que não são ainda inscritos, que se inscrevam no canal, deem seu like, compartilhem em todos os seus grupos e ativem o sininho de notificação, para não perder nenhum vídeo, ok?

Mandem suas dúvidas e questionamentos, tanto para adicionar nos temas dos nossos cursos, como para responder alguma coisa nos próximos vídeos ou lives.

É sempre um prazer estar com vocês.

Recebam todos um forte abraço!


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Competências e Habilidades no Novo Normal da Educação

Competências e Habilidades no Novo Normal da Educação

Por que só agora, com a implementação da nova BNCC, as pessoas se tocaram na importância de focar em competências e habilidades durante a Educação Básica?

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Oi colegas!

Acho melhor corrigir a própria indagação que fiz na abertura dessa nossa conversa.

 

Eu sou o professor Roberto Andersen, Escritor-Psicanalista-Educador, Pesquisador em Neurociência Cognitiva, membro da Academia de Ciências de Nova York e diretor da área de projetos educacionais e pesquisas do IUPE.

 

Eu disse; “Por que só agora, com a implementação da nova BNCC, as pessoas se tocaram na importância de focar em competências e habilidades durante a Educação Básica?”

Mas, na realidade, nem todos “se tocaram”, nem na BNCC, nem, muito menos, nas Leis de Inclusão, principalmente os órgãos que determinaram tais implementações, já que continuam apresentando, às escolas, as “provas padrão”, desrespeitando totalmente as diferenças claras, que existem entre os alunos e, sem estimular, como deveriam, as suas diferentes competências e habilidades durante toda a sua formação básica.

Explicar que as “provas padrão” seriam apenas para os alunos considerados no nível de conhecimento correspondente às suas sérias não é verdade, já que não está sendo passada essa informação aos regentes de classe que, por causa disso, ficam “perdidos” durante a realização dessas “provas do governo”.

Está havendo uma falha muito grande, ou falta total de diálogo, entre quem determina e quem precisa colocar em prática todas essas determinações legais.

Como, então, orientar as escolas e seus professores, para que tais conceitos possam ser colocados em prática, sem que os professores tenham até receio de fazer o que acham certo, sempre duvidando se as leis permitem ou não.

Vamos ter que tomar dois caminhos diferentes, um deles por meio das “Atas de Conselhos Docentes”, com base nas “Atas dos Conselhos de Classe”, apontando a necessidades de alterações na legislação educacional, a partir das observações práticas dos profissionais da “linha de frente”, que são os professores regentes de classe.

O outro caminho é o prático, que deve ser exercido no dia a dia escolar, adaptando as determinações legais às especificidades da comunidade escolar e das necessidades individuais de cada um de seus alunos.

Ambos os caminhos devem ser trilhados pelas escolas, sob a orientação da Secretaria de Educação Municipal, visando garantir:

Em primeiro lugar, o desenvolvimento das competências e habilidades inerentes a cada um, para que adquiram a sua autonomia pessoal e profissional, incluindo os que tenham qualquer tipo de dificuldade ou deficiência, de acordo com os objetivos principais de uma educação responsável, que devem ser:

Garantia da aprendizagem real

Garantir que todos os alunos, todos os dias, estejam confiantes que aprenderam alguma coisa, em todas as aulas, a partir daquilo que sabem, incluindo aqueles com qualquer tipo de dificuldade ou deficiência.

Estimular a autonomia

Identificar e desenvolver as competências e habilidades de cada aluno, individualmente, para garantir a sua autonomia pessoal e profissional, incluindo aqueles com qualquer tipo de dificuldade ou deficiência.

Promover a socialização

Criar e implementar práticas didático-metodológicas inclusivas, visando desenvolver a cultura de respeito à diversidade, a união fraternal e a cooperação entre todos, principalmente com aqueles com qualquer tipo de dificuldade ou deficiência.

Em segundo lugar, a revisão, alteração ou atualização das legislações pertinentes, de modo a permitir que esses três objetivos sejam alcançados em todas as comunidades escolares, principalmente eliminando, ou pelo menos reduzindo, as dificuldades burocráticas impostas pelo sistema atual, e que só dificultam o funcionamento das instituições escolares que pretendem realizar todos esses trabalhos.

Nosso foco, por enquanto, será na prática necessária ao cumprimento responsável dos três objetivos da educação.

Todos vocês já sabem como estamos respondendo a tais questionamentos, ou seja:

Os esclarecimentos gerais e menos complicados serão sempre respondidos por meio dos nossos vídeos e “lives”.

Os temas mais importantes, complicados ou polêmicos, serão tema de um dos minicursos mensais.

Cada tema desses terá uma imersão específica, de três horas/aulas (19 às 22h) em uma noite por mês.

Assim que o de março estiver pronto divulgaremos o tema e a data.

Haverá, também, uma noite mensal, sobre “Estudos sobre Psicanálise”, seguindo a série “Uma visão Psicanalítica de Mundo”.

A qualquer momento divulgaremos.

Mandem seus questionamentos, dúvidas ou assuntos de maior interesse, para que possamos incluir em nosso roteiro de vídeos e cursos.

Peço aos colegas que não são ainda inscritos, que se inscrevam no canal, deem seu like, compartilhem em todos os seus grupos e ativem o sininho de notificação, para não perder nenhum vídeo, ok?

No vídeo de amanhã responderemos a mais um dos frequentes desafios apresentado pelos professores.

É sempre um prazer estar com vocês.

Recebam todos um forte abraço!


terça-feira, 26 de janeiro de 2021

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021