A verdade sobre a cura do autismo
A pergunta agora foi “É verdade que o autismo não tem cura?”
Vamos ver, então, onde está a verdade?
XXX
Entre as afirmações que mais apavoram os pais de autistas
estão:
“Seu filho é autista. Não tem cura! Agora é se preparar para
enfrentar uma vida complicada e muita despesa com medicamentos.”
Infelizmente temos, até hoje, profissionais que afirmam essa
barbaridade e que, ainda por cima, combatem os colegas que se dedicam a
encontrar tratamentos eficazes para a redução dos sintomas e para o encontro da
cura!
Antes de mais nada vamos ver se a informação é verdadeira ou
falsa.
Então vamos analisar o que nos diz que a pessoa tem TEA:
Diagnóstico realizado pela análise do mapeamento genético
para identificar quais genes estão alterados e que estejam ligados ao TEA.
(Essa análise ainda é muito cara, inviável para muitas famílias)
Diagnóstico realizado pelas escalas de observação comportamental,
como a escala ATEC, por exemplo, ou muitas outras, como veremos no nosso curso.
Agora vamos analisar as mais conhecidas formas de autismo:
Autismo originado por genes alterados, herdados do pai e da
mãe. Analisaremos no minicurso como é isso e como podemos, inclusive, prevenir.
Autismo regressivo, quando a criança nasce e permanece como qualquer
criança neurotípica até aproximadamente os três anos de idade, quando então surgem
os sintomas (No curso veremos os estudos de Karen Parker, da Stanford University,
sobre o assunto)
Autismo provocado pela Alergia Alimentar, cuja ocorrência se
assemelha ao regressivo (Veremos no curso os estudos correspondentes realizados
pela equipe do Dr Aderbal Sabrá).
Mas a pergunta foi: se tem cura.
Todas essas variantes estão em estudo permanente por
diversos pesquisadores, alguns deles visando a cura definitiva e outros visando
a redução ou eliminação da maioria dos sintomas, para que a criança possa ter o
seu desenvolvimento normal alcançando a sua autonomia.
E como estão essas pesquisas?
O caminho da cura definitiva, que poderá vir pela edição
genética ou pelo uso de drogas, ainda não deu resultado positivo. Vamos ver
esses detalhes com base em Alisson Muotri, Karina Griese-Oliveira e outros.
O caminho da redução dos sintomas, entretanto, tem trazido
resultados espetaculares, como também veremos no nosso minicurso do dia 28.
Esse caminho teve um avanço maravilhoso quando os pesquisadores
da Universidade de Columbia identificaram linfócitos no cérebro, isso em 2015.
Com isso passamos a ter certeza de que o incômodo na cabeça
de grande parte dos autistas, levando-os a dar gritos, correr, bater nas coisas,
se irritar etc., era consequência de uma inflamação cerebral que, até então, ninguém
sabia que poderia existir!
E então concluímos que todas as inflamações do aparelho
digestivo causadas pela disbiose intestinal, tenha ela a origem que tiver,
causa também a inflamação cerebral e traz todos os sintomas que conhecemos nessas
crianças.
Com isso descobrimos as razões pelas quais o tratamento da
disbiose intestinal tem dado tanto resultado em todas as crianças autistas que
temos acompanhado nos últimos vinte e um anos.
E o mais interessante é que, mesmo sem termos conhecimento
dos estudos realizados pela Fundação Lundbeck para Pesquisa Psiquiátrica Integrativa
(Projeto iPSYCH), mostrando que TEA e TDAH compartilham as mesmas mutações em
seus genes, nós já estávamos, no IUPE, orientando os pais de crianças com ambos
os transtornos, a procurarem os mesmos tratamentos.
E a cura?
Todas as crianças tratadas para eliminar as causas da
inflamação cerebral, como eliminação dos parasitas no trato digestivo, dieta
sem os nutrientes considerados veneno pelo organismo da criança, complementação
vitamínica e, em alguns casos, tratamento com anti-inflamatórios etc., tem
apresentado uma redução considerável do seu nível de autismo, confirme a tabela
ATEC.
No caso de Adebral Sabrá já estão contabilizadas mais de
1000 crianças que saíram do nível 120 ATEC e hoje estão no nível 10, ou seja:
fora do espectro autista.
O mesmo resultado tem sido alcançado por diversos
nutricionistas e médicos nutrólogos que seguem a mesma linha.
Se a criança alcança nível 10 na escala ATEC, isso, para
nós, é o mesmo que dizer que ela foi curada do autismo.
Então, dizer que não tem cura significa tirar todas as
esperanças dessas famílias e fazer com que desistam do tratamento que,
certamente, vai reduzir todos os seus sintomas para que possam ter uma vida
normal e alcancem a sua autonomia.
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