IUPE-Estudos de caso-Aluno de inclusão em aula remota
Olá, amigos,
Vamos conversar um pouco sobre as nossas dificuldades
práticas: tanto na nossa função de pais, responsáveis pela educação doméstica e
formação do caráter e personalidade dos nossos filhos; como na nossa função de terapeutas,
responsáveis pelo entendimento e orientação da família toda, pais e filhos,
para que consigam estabelecer um equilíbrio emocional saudável; como na função de professores, para desenvolver essa
criança ou esse adolescente de forma a que venha a ser autônomo e feliz em sua
vida futura.
Durante todo esse período em que temos conversado por meio
de encontros, palestras, cursos, vídeos e lives, tenho recebido retorno sobre
todas essas dificuldades, de muitos de vocês.
Analisando tudo isso, percebi que o que mais inquieta a muitos
é o estresse e a consequente perda de rumo, para colocar em prática os
ensinamentos que aprendeu, tanto com sua experiência de vida, como com o estudo
teórico.
Muitos dizem que, em alguns casos, perde o controle, não
consegue raciocinar, se atrapalha nas decisões, e tudo o mais, algumas vezes
devido ao medo de não dar conta desses desafios e, por isso, acabar se achando
incompetente.
Por causa disso vamos dar início a um processo prático, um
pouco de cada vez, analisando casos específicos, de preferência os mais
complicados, para que os exemplos nos ajudem a entender os desafios que
enfrentamos todos os dias.
Para que esses estudos de caso surtam efeito de verdade,
precisamos, antes de tudo, exercitar a humildade, para poder tirar o máimo
proveito possível dos relatos.
Vamos eliminar os pensamentos sabotadores, do tipo: “Já
tentei isso e não deu certo”; “Isso, na teoria é lindo, mas na prática não funciona”;
“Isso só dá certo na sua escola. Você não conhece os meus alunos”; e outras
declarações pessimistas e destruidoras como essas, por parte de quem se
acomodou ao sofrimento e que parece estar convencida de que nada mais tem
jeito.
A partir de agora, então, selecionaremos cada um dos casos
que recebemos diariamente, e faremos a análise prática, com base nos casos que
temos acompanhado e, também, com base nos relatos de outros educadores,
terapeutas e pais (a maioria envolvida em grupos de apoio a crianças com
dificuldades de aprendizagem, autistas, deficientes etc.).
Caso de hoje:
Aluno de inclusão escolar em regime de quarentena
Sabemos que a maioria das escolas ainda não se adaptou, corretamente,
às determinações oficiais de Educação Inclusiva, cujas diretrizes gerais estão
na Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015).
Com isso sabemos que o atendimento desse aluno pode, também,
não estar sendo cumprido corretamente, mesmo na modalidade presencial.
Na modalidade remota, então, isso fica mais difícil ainda,
mas nada é impossível.
Nesse caso, o de crianças e adolescentes com algum tipo de deficiência,
nossa obrigação moral aumenta muito, já que a dificuldade de se relacionar com
a aprendizagem pode prejudicar, ainda mais, o seu desenvolvimento intelectual e
desestruturar, tanto o aluno como a sua família, emocionalmente.
Nossa primeira análise é:
Qual o nosso objetivo em relação a esse aluno?
Opção 1) Fazer com que ele alcance o mesmo nível de seus
colegas de classe;
Opção 2) Exigir que ele faça todas as atividades que estão no
conteúdo da disciplina;
Opção 3) Prepará-lo para ter notas suficientes nas provas de
final de unidade para poder “passar de ano”;
Opção 4) Deixar ele livre, em casa, sem fazer nada, para
relaxar durante a pandemia;
Opção 5) Despertar o seu interesse pelo estudo da matéria,
mesmo que, para isso, o conteúdo seja adaptado ao seu verdadeiro nível de
entendimento.
Se a opção foi qualquer uma das quatro primeiras, melhor a
gente procurar outra profissão, já que como professor, prejudicaremos o aluno
em vez de desenvolvê-lo.
Se a opção foi a 5), temos que:
Nos transformar, de professor, para marketeiro;
Procurar saber com os colegas dele e com a família, quais
são os seus maiores interesses;
Procurar fazer uma ligação entre esse interesse e o tema que
seus colegas estão estudando;
Preparar algum tipo de trabalho ou pesquisa ou atividade ou
questionário com essa ligação entre interesse e tema a aprender;
Criar verdadeiras estratégias de marketing para apresentar
essa tarefa ao aluno, para que ele se sinta empolgado em realizá-la.
Todo esse processo deve ser mostrado aos pais, para que
esses possam colaborar com o seu sucesso.
O professor deverá (em Assembleia de Classe virtual) solicitar
aos colegas mais preparados, que conversem com o colega incluído sobre o
assunto da aula, mas sempre no nível de entendimento dele.
O que conseguiremos com isso?
O aluno vai ter alguma noção do mesmo tema que todos os seus
colegas “típicos” estão estudando;
O aluno, com isso, se sentirá incluído, mesmo de forma
virtual, já que poderá conversar sobre o assunto, com seus colegas, pelos
grupos de whatsapp;
Haverá, certamente, elevação da autoestima desse aluno, o
que contribuirá, decisivamente, para a redução de seus sintomas.
Para que nossos relatos e análises atendam ao maior número
possível de pessoas, peço que compartilhem esse vídeo com todos os seus amigos,
e, claro, inscrevam-se no nosso canal, deem o seu LIKE, e ativem o sininho de
notificação.
Todos esses nossos vídeos estarão na nossa PLAYLIST “IUPE-Estudos
de Caso”.
Nosso próximo Curso de Formação será nos dias 17, 18 e 19 de
novembro, terça-quarta-quinta, das 19 às 21:30 horas, com 10 h/a de
certificação.
O tema será:
Metodologia educacional híbrida e inclusiva
Aguardo todos vocês!
Um forte abraço!
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