domingo, 25 de outubro de 2020

IUPE-Estudos de caso-Aluno de inclusão em aula remota

IUPE-Estudos de caso-Aluno de inclusão em aula remota

Olá, amigos,

Vamos conversar um pouco sobre as nossas dificuldades práticas: tanto na nossa função de pais, responsáveis pela educação doméstica e formação do caráter e personalidade dos nossos filhos; como na nossa função de terapeutas, responsáveis pelo entendimento e orientação da família toda, pais e filhos, para que consigam estabelecer um equilíbrio emocional saudável; como na  função de professores, para desenvolver essa criança ou esse adolescente de forma a que venha a ser autônomo e feliz em sua vida futura.

Durante todo esse período em que temos conversado por meio de encontros, palestras, cursos, vídeos e lives, tenho recebido retorno sobre todas essas dificuldades, de muitos de vocês.

Analisando tudo isso, percebi que o que mais inquieta a muitos é o estresse e a consequente perda de rumo, para colocar em prática os ensinamentos que aprendeu, tanto com sua experiência de vida, como com o estudo teórico.

Muitos dizem que, em alguns casos, perde o controle, não consegue raciocinar, se atrapalha nas decisões, e tudo o mais, algumas vezes devido ao medo de não dar conta desses desafios e, por isso, acabar se achando incompetente.

Por causa disso vamos dar início a um processo prático, um pouco de cada vez, analisando casos específicos, de preferência os mais complicados, para que os exemplos nos ajudem a entender os desafios que enfrentamos todos os dias.

Para que esses estudos de caso surtam efeito de verdade, precisamos, antes de tudo, exercitar a humildade, para poder tirar o máimo proveito possível dos relatos.

Vamos eliminar os pensamentos sabotadores, do tipo: “Já tentei isso e não deu certo”; “Isso, na teoria é lindo, mas na prática não funciona”; “Isso só dá certo na sua escola. Você não conhece os meus alunos”; e outras declarações pessimistas e destruidoras como essas, por parte de quem se acomodou ao sofrimento e que parece estar convencida de que nada mais tem jeito.

A partir de agora, então, selecionaremos cada um dos casos que recebemos diariamente, e faremos a análise prática, com base nos casos que temos acompanhado e, também, com base nos relatos de outros educadores, terapeutas e pais (a maioria envolvida em grupos de apoio a crianças com dificuldades de aprendizagem, autistas, deficientes etc.).

Caso de hoje:

 

Aluno de inclusão escolar em regime de quarentena

 

Sabemos que a maioria das escolas ainda não se adaptou, corretamente, às determinações oficiais de Educação Inclusiva, cujas diretrizes gerais estão na Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015).

Com isso sabemos que o atendimento desse aluno pode, também, não estar sendo cumprido corretamente, mesmo na modalidade presencial.

Na modalidade remota, então, isso fica mais difícil ainda, mas nada é impossível.

Nesse caso, o de crianças e adolescentes com algum tipo de deficiência, nossa obrigação moral aumenta muito, já que a dificuldade de se relacionar com a aprendizagem pode prejudicar, ainda mais, o seu desenvolvimento intelectual e desestruturar, tanto o aluno como a sua família, emocionalmente.

Nossa primeira análise é:

Qual o nosso objetivo em relação a esse aluno?

Opção 1) Fazer com que ele alcance o mesmo nível de seus colegas de classe;

Opção 2) Exigir que ele faça todas as atividades que estão no conteúdo da disciplina;

Opção 3) Prepará-lo para ter notas suficientes nas provas de final de unidade para poder “passar de ano”;

Opção 4) Deixar ele livre, em casa, sem fazer nada, para relaxar durante a pandemia;

Opção 5) Despertar o seu interesse pelo estudo da matéria, mesmo que, para isso, o conteúdo seja adaptado ao seu verdadeiro nível de entendimento.

Se a opção foi qualquer uma das quatro primeiras, melhor a gente procurar outra profissão, já que como professor, prejudicaremos o aluno em vez de desenvolvê-lo.

Se a opção foi a 5), temos que:

Nos transformar, de professor, para marketeiro;

Procurar saber com os colegas dele e com a família, quais são os seus maiores interesses;

Procurar fazer uma ligação entre esse interesse e o tema que seus colegas estão estudando;

Preparar algum tipo de trabalho ou pesquisa ou atividade ou questionário com essa ligação entre interesse e tema a aprender;

Criar verdadeiras estratégias de marketing para apresentar essa tarefa ao aluno, para que ele se sinta empolgado em realizá-la.

Todo esse processo deve ser mostrado aos pais, para que esses possam colaborar com o seu sucesso.

O professor deverá (em Assembleia de Classe virtual) solicitar aos colegas mais preparados, que conversem com o colega incluído sobre o assunto da aula, mas sempre no nível de entendimento dele.

O que conseguiremos com isso?

O aluno vai ter alguma noção do mesmo tema que todos os seus colegas “típicos” estão estudando;

O aluno, com isso, se sentirá incluído, mesmo de forma virtual, já que poderá conversar sobre o assunto, com seus colegas, pelos grupos de whatsapp;

Haverá, certamente, elevação da autoestima desse aluno, o que contribuirá, decisivamente, para a redução de seus sintomas.

 

Para que nossos relatos e análises atendam ao maior número possível de pessoas, peço que compartilhem esse vídeo com todos os seus amigos, e, claro, inscrevam-se no nosso canal, deem o seu LIKE, e ativem o sininho de notificação.

Todos esses nossos vídeos estarão na nossa PLAYLIST “IUPE-Estudos de Caso”.

Nosso próximo Curso de Formação será nos dias 17, 18 e 19 de novembro, terça-quarta-quinta, das 19 às 21:30 horas, com 10 h/a de certificação.

O tema será:

Metodologia educacional híbrida e inclusiva

Aguardo todos vocês!

Um forte abraço!

 

 

 


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