segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

IUPE Educação - Educação inclusiva: inclusão ou aprendizagem?


Por que tanta polêmica com a educação inclusiva?

Será que todos estamos entendendo o que queremos?

Ou será que estamos embarcando numa canoa que sequer sabemos para onde ela vai nos levar?

Temos objetivos verdadeiros? Objetivos responsáveis? Sabemos quais os objetivos reais que o sistema está impondo? Já analisamos o problema dos alunos especiais para entender quais seriam os objetivos mais necessários?

Vamos, então, deixar de UTOPIA, e analisar o que realmente é necessário! E a partir do que é necessário, vamos analisar de que forma isso pode ser feito!

Antigamente a sociedade não dava a menor importância às crianças especiais. Basta lembrar do Complexo de Esparta, conforme relatei no nosso último artigo e vídeo.

Quando esse desprezo começou a ser visto como negativo, ou “politicamente incorreto”, surgiram as instituições que mal serviam para o seu acolhimento.

Algumas só os acolhiam mesmo! Na realidade era uma verdadeira segregação!

Outras, mais humanizadas, desenvolveram técnicas e metodologias para possibilitar o seu desenvolvimento intelectual e emocional.

Algumas delas chegaram até a conseguir bons resultados, apresentando progressos no desenvolvimento das habilidades dessas crianças. Muitas dessas crianças, ao se tornarem adultas, eram encaminhadas ao mercado de trabalho sem grandes problemas, exceto a discriminação nesses ambientes, como ainda existe até hoje.

Essa dificuldade no relacionamento social mostrou a necessidade de se trabalhar, também, além do desenvolvimento dessas habilidades, da sua inclusão social, para que todos se acostumassem com essa nova realidade: a da eliminação da discriminação.

Surgiu, então, a febre da Educação Inclusiva, determinando que todas essas crianças devem estar matriculadas em escolas regulares, para que seja realizado o processo de inclusão escolar, visando facilitar a inclusão social futura.

Com isso essas crianças deixam de ser atendidas por essas instituições, onde já havia muita gente preparada para o entendimento de suas características neuropsicocognitivas, e entram em um ambiente em que os professores só conhecem a realidade do aluno regular.

E a partir daí começam os mal-entendidos e quem sai prejudicado é, claro, o aluno especial, além, lógico, serem também prejudicados os seus colegas da turma regular!

Então, vamos analisar o problema que surgiu a partir da obrigação desses alunos especiais estarem em escola regular:

Para desenvolver o intelecto, o emocional e o cognitivo desses alunos com mais facilidade, precisaríamos que ele fosse matriculado numa turma de alunos de mesmo nível intelectual e cognitivo.

Isso é, no mínimo, inconveniente! A diferença de idade pode trazer complicações no relacionamento entre alunos, principalmente devido a diferença de fases de desenvolvimento da libido.

Nenhum pai de aluna de 7 anos vai querer que na sala dela tenha um aluno especial de 14 anos, já com os hormônios em plena explosão!

Mas para matriculá-lo numa turma com idade cronológica compatível com a dele, que seria a outra opção, encontramos um outro desafio:

Precisaremos de professores bem preparados e que:

Se dediquem a gostar desse aluno e procurar identificar a forma como eles entendem o mundo e ao próprio professor;

Tenham o carisma necessário à conquista emocional desse aluno;

Se esforcem para entender a forma de esse aluno se expressar;

Procurem entender as necessidades emocionais desse aluno;

Desenvolvam meios de identificar quaisquer habilidades desse aluno, ou seja, o seu talento;

Criem meios de estimular esse talento, visando o seu desenvolvimento e elevando a sua autoestima;

Se dediquem ao aluno visando entusiasmá-lo rumo à sua autossuficiência.

E para promover a sua inclusão social, iniciando com a inclusão escolar, matriculando-o em uma sala regular, precisamos de professores que:

Estejam preparados para adaptar o assunto de sua aula aos mais diferentes níveis intelectuais e características cognitivas existentes nos alunos de sua classe;

Tenham o carisma necessário para conseguir convencer os alunos regulares a se integrarem e ajudarem com seus colegas especiais;

Estejam preparados para adaptar suas habilidades didáticas e metodológicas necessárias ao acompanhamento da aprendizagem de todos os seus alunos, sejam eles regulares ou especiais;

Tudo isso é possível, desde que tenhamos esse tipo de professor ou que os preparemos adequadamente.

Mas sei muito bem da imensa dificuldade para preparar esse professor.

Afinal, em nosso colégio, tentamos nos aproximar desse modelo ideal de aprendizagem, independentemente do tipo de aluno matriculado, e os desafios são enormes!

Cada professor tem uma visão sobre o assunto e nem todos estão dispostos a se dedicar a essa nova realidade!

Então, enquanto esse tipo de professor ainda não existe na quantidade necessária para vencer esse desafio, o que vemos nas escolas é uma INCLUSÃO ENGANADORA.

Como tem sido essa ENGANAÇÃO chamada de INCLUSÃO?

O aluno é matriculado em uma sala regular.

O professor deixa o aluno ficar na sala, mas se preocupa apenas em passar a matéria para os alunos regulares, em avaliar os alunos regulares e simplesmente despreza o aluno de inclusão.

No momento de “fechar as notas” ele simplesmente “aprova” o aluno de inclusão, com a observação e que foi aprovado por ser de inclusão.

Qual o progresso desse aluno na parte intelectual e cognitiva? Nenhum!

Qual o progresso desse aluno na parte de socialização? Nenhum!

O aluno se sentiu isolado, diferente, inferiorizado e com baixa autoestima.

Quando se coloca um professor assistente o aluno pode até conseguir algum progresso, mas ainda se sente diferente e inferiorizado perante seus colegas regulares.

Quando ele é levado a uma sala de AEE, ele pode até ter algum desenvolvimento, mas continua se sentindo diferente e inferiorizado.

Ou seja, o conceito de inclusão é excelente.

Mas a sua obrigatoriedade sem a devida preparação dos professores é absolutamente uma enganação nacional!

Qual a solução mais viável?

A solução do momento é individual! É de cada professor! É de cada um de nós!

Não adianta esperar que o sistema o prepare!

O jeito é cada um de nós assumirmos essa responsabilidade!

O estado não se interessa por isso, e se depender dele, sabemos que as soluções são as mesmas apresentadas pela OMS, ou seja, eliminar essas crianças pela liberação imediata de abortos!

Vamos, então, estudar o assunto! Procurar entender suas características e a forma de desenvolver suas habilidades e despertar seus talentos!

Analise os casos em sua turma ou em outras turmas de seu colégio!

Treine com cada aluno especial as diferentes etapas para conseguir sua aprendizagem e seu desenvolvimento intelectual, emocional e cognitivo.

Prepare suas aulas de forma a que o aluno especial tenha a mesma atenção que você dá para os alunos regulares.

Adapte seu assunto de forma a garantir que seu aluno especial entenda e se sinta produtivo.

Prepare atividades que integrem os alunos regulares com o especial, para que ele se sinta verdadeiramente incluído no grupo!

Se houver um professor assistente, combine com ele como você vai desenvolver todas essas atividades.

E registre cada pequeno progresso de seu aluno especial!

Mostre isso nas reuniões de Conselho de Classe, para que os outros professores sejam estimulados a fazer o mesmo.

Crie, experimente, saiba que se você não tentar de tudo para conseguir sucesso, ninguém vai fazer!

As pessoas estão de braços cruzados aguardando uma solução que venha de cima! Nunca virá, pode ter certeza disso, porque o único interesse dos de cima é saber de que forma poderão desviar mais verbas para seus bolsos!

Faça a sua parte e, em paralelo, contribua com sua consciência política, para mudar esse sistema que nada quer saber de educação.


Forte abraço e até o próximo encontro.

Neuropsicopedagogia: o que significa?

O neuropsicopedagogo é o profissional que reúne o conhecimento pedagógico e neuropsíquico necessários para entender a realidade neuropsíquica cognitiva do sujeito, visando:

Identificar as potencialidades cognitivas do sujeito, independentemente do tipo de dificuldade de aprendizagem, distúrbio, transtorno ou qualquer anomalia neuropsíquica que esteja presente.

Estimular o desenvolvimento dessas potencialidades, com base no conhecimento do funcionamento e programação das suas redes neurais.

Treinar os professores e orientar os pais no entendimento neuropsíquico cognitivo de seus alunos e filhos, visando possibilitar a verdadeira inclusão escolar e social.

Identificar os sintomas que dificultam o processo ensino-aprendizagem, desde os primeiros anos de vida.

Fazer a análise comparativa dos sintomas visando identificar os que podem ser provenientes de bloqueios emocionais e os que podem estar relacionados às anomalias comportamentais, neuróticas, neurológicas, psíquicas ou outras.

Encaminhar os que apresentem sintomas semelhantes aos distúrbios de comportamento, neuróticos, neurológicos ou psicogênicos para tratamento com o psicólogo infantil, psicanalista infantil, neuropediatra, psiquiatra infantil e outros.

Encaminhar os que apresentam distúrbios estruturais de fala, audição, visão, para tratamento com fonoaudiólogo ou exame com otorrinolaringologista, oftalmologista e outros.

A neuropsicopedagogia é, então, uma ciência transdisciplinar, reunindo conhecimentos das áreas da neurociência cognitiva, da psicologia cognitiva, da pedagogia e da psicopedagogia.

Os alicerces da prática neuropsicopedagógica são as teorias de aprendizagem e as estratégias para o ensino-aprendizagem, acrescidos do conhecimento neuropsíquico cognitivo.

As metodologias utilizadas na sua prática levam em consideração:

O estímulo perceptivo desde os primeiros anos de vida e até, pelo menos, os 7 anos de idade, como forma de prevenção de sintomas que possam ser confundidos com síndromes, transtornos e demais anomalias neuropsíquicas, auxiliando a formação, formatação e programação correta das redes neurais.

O estímulo perceptivo e intelecto-emocional de crianças e de adolescentes com sintomas de dificuldades cognitivas, visando a redução dos sintomas com base na plasticidade cerebral.

O estímulo perceptivo e intelecto-emocional de idosos e pessoas com necessidades especiais, com sintomas de dificuldades cognitivas, visando a reabilitação cognitiva e redução se sintomas, com base na plasticidade cerebral.

A atuação do neuropsicopedagogo clínico em consultórios, clínicas, postos de saúde e outros ambientes é, basicamente, compor equipes multidisciplinares que façam avaliação e intervenção em crianças e adolescentes com dificuldades cognitivas.

Em 2014 foi fundada a Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia (SBNPp), visando implementar a divulgação, apoio e difusão das áreas compreendidas pela Neuropsicopedagogia e Neuroeducação.

O primeiro curso de neuropsicopedagogia, entretanto, foi realizado em 2008, em Jaraguá do Sul, no estado de Santa Catarina.

Em 2009 a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul criou o curso de Desenvolvimento Neuropsicopedagógico.

Cabem aos neuropsicopedagogos formados a associação aos órgãos já criados ou até a criação de suas Associações Regionais, com a finalidade de manter grupos de estudos e pesquisas neuropsicopedagógicos e transdisciplinares, visando ampliar o conhecimento, facilitar a sua atuação prática e, assim, divulgar a importância do trabalho neuropsicopedagógico nos seus diversos contextos.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

IUPE Educação: Deficiência intelectual e complexo de Esparta

Amigos,

A guerra de informações que estamos observando sobre o ZIKA VIRUS, a MICROCEFALIA e a possibilidade de o novo vírus ter sido criado em laboratórios de engenharia genética, está desviando a atenção do público para um dos maiores crimes que os sistemas governamentais podem estar cometendo.

Não pensem que vou apresentar mais uma Teoria da Conspiração. Não é isso. Elas todas já estão aí à disposição do público.

Vou comentar sobre atitudes e declarações verdadeiras, a partir da perda total do controle dessa epidemia provocada por esse mosquito.

As consequências visíveis dessa epidemia são as anomalias cerebrais e outras doenças neurológicas, principalmente a microcefalia nas crianças recém-nascidas e a síndrome de Guillan Barret, que já matou um dos meus melhores amigos.

Sabemos que, para combater o alastramento dessa epidemia, é necessário um trabalho de pesquisa sério por parte de cientistas de todo o mundo, além de investimento pesado nas ações de combate ao elemento transmissor e, em paralelo, a produção de vacinas adequadas para a proteção da população.

Isso está sendo realizado, embora ainda modestamente, já que a maioria das populações afetadas ainda sejam aquelas consideradas como sub-povos, pelos prepotentes do Norte...

Mas as pesquisas estão sendo realizadas. Algum resultado poderá surgir em breve.

Meu objetivo, entretanto, nesse momento, é para que todos estejamos alertas para o crime que está sendo cometido pelos sistemas governamentais, e que chamo agora de COMPLEXO DE ESPARTA.

O que me levou a falar sobre isso foi a recomendação da O.M.S. para que os governos autorizem o aborto nos casos de detecção da microcefalia no feto.

Ou seja: Enquanto não descobrimos a forma de evitar a microcefalia, vamos eliminar todas as crianças que nascerem com essa deficiência cerebral, exatamente como faziam os gregos espartanos, para que seus jovens fossem perfeitos fisicamente e mentalmente, para se juntarem aos seus exércitos.

Assim teremos um povo forte, saudável, e sem as despesas necessárias para a manutenção de um incapaz.

Esse é o crime que estou apontando agora!

Esse crime, em parte, já está sendo cometido até por nós mesmos, não por matarmos essas crianças, mas por abandoná-las à sua própria sorte, como se não tivessem o direito de participar do mesmo mundo que nós!

As crianças com microcefalia já existem entre nós. O número delas vai aumentar consideravelmente em alguns anos. Mas já temos, entre nós, as crianças com paralisia cerebral parcial ou plena, alguma progressivas e outras não progressivas, e que estão sendo apenas “toleradas” por pais, familiares, professores, cuidadores e até terapeutas.

Tenho dedicado parte de meu tempo ao acompanhamento de diversos desses casos, e vejo que é difícil convencer até seus próprios pais, de que essas crianças pensam normalmente, raciocinam normalmente, e são capazes de ver o mundo como qualquer um de nós.

Seus cérebros são limitados devido a uma série de deficiências que ainda estão sendo estudadas pelos neurocientistas.

E essa limitação faz com que suas redes neurais se dediquem ao que é mais importante, que é o pensamento e o entendimento de mundo.

Não sobram redes neurais suficientes para o comando motor (por isso a paralisia do corpo), nem para o comando da área de BROCA (por isso a impossibilidade ou grande dificuldade para falar).

A sociedade não entende, e não quer aceitar, uma pessoa que não responde, que não interage e que, principalmente, não dá retorno às nossas expectativas, ou seja, pessoas que não nos agradecem!

E nós, elementos sociais ditos normais, só damos importância a quem nos dá importância, a quem tem capacidade para reconhecer nossas ações, mesmo que sejam ações que fingimos que sejam ações filantrópicas e sem exigir retorno algum. Pura utopia. Somos egoístas e egocêntricos!

Se você acha que eu estou exagerando, procure se aproximar de alguém com semiparalisia orofacial e com dificuldade de locomoção, e que esteja em um ambiente público.

Observe o que fazem as pessoas que são abordadas por ela.

A maioria as ignora e a consideram uma pessoa sem capacidade de pensar.

Então vamos perceber que o COMPLEXO DE ESPARTA pode estar nos dominando também, mesmo que não concordemos em assassinar crianças que venham a ser uma dessas paralíticas cerebrais ou microcéfalas.

Qual nosso papel nisso tudo?

Exigir que o poder público tome providências corretas em relação aos investimentos em todas essas pesquisas científicas, sempre visando o combate ao mal e a proteção da população.

Exigir o apoio do poder público a todas essas crianças, principalmente na preparação de seus familiares, seus professores e seus cuidadores na forma correta de acompanha-los e desenvolvê-los intelectualmente.

Exigir de nós mesmos as atitudes da verdadeira inclusão, que começam com o entendimento das suas dificuldades, a identificação de suas habilidades, a compreensão e o reconhecimento de sua inteligência, principalmente nos casos de dificuldade de fala e dificuldade de movimentos.

Entendido o nosso papel de forma ampla, vamos à prática dessa atitude pontual:

Parte 1: AMOR

Não se aproxime de nenhuma criança com essas anomalias sem, antes, ter certeza de que está conseguindo gostar dela de verdade.

Olhe-a uma, duas, três vezes, mas procure olhar a beleza interior da mente dessa criança, até que desapareça, em você, qualquer sinal de rejeição.

Parte 2: INTELIGÊNCIA

Reconhecer que ela pensa, observa, analisa e tenta compreender o mundo à sua volta, da mesma forma que você, mas só não consegue se fazer entender, por não ter como se expressar.

Observando seu olhar com muito amor e com muita paciência e dedicação, você perceberá, aos poucos, as suas reações e dará a ela a satisfação de se sentir viva e se sentir alguém.

Parte 3: COMUNICAÇÃO

Entender que qualquer sinal de irritação ou agressividade é fruto da dificuldade de se fazer entender.

A ansiedade e a angústia dessas crianças aparecem quando elas percebem que ninguém tem paciência para tentar entender o que ela quer dizer.

Novos sinais:

Todos os meus amigos, colegas de pesquisas e alunos sabem que existe uma real possibilidade de que todas essas pessoas venham a poder se comunicar em breve.

Falo dos estudos sendo realizados por Philip Low, nos Estados Unidos, que visam captar as ondas que representam os sinais cerebrais de elaboração da fala, transformando-os em sinais digitais e inserindo-os em um sistema cibernético.

Mas enquanto tais pesquisas ainda estão em andamento, vamos continuar nosso trabalho, procurando entender muito bem as três etapas que acabamos de descrever.

Com essas três etapas bem entendidas poderemos transformar a vida das crianças com as mais diversas formas de paralisias cerebrais, inclusive as com microcefalia, dando a elas a oportunidade de se sentirem parte da sociedade e não mais excluídas do convívio social.


O que precisamos, SIM, EXCLUIR de nossa sociedade é o terrível COMPLEXO DE ESPARTA.