Amigos,
Ainda sobre os efeitos da maconha no cérebro
adolescente, hoje vamos enfocar dúvidas sobre os “danos irreversíveis”
relatados por alguns especialistas.
Para começo de conversa, procurem
interpretar corretamente esse termo: Danos Irreversíveis.
Para mim isso é sinônimo de:
“Não temos competência científica, ainda,
para saber de que forma a mente humana, seja sozinha, ou com algum estímulo
externo, possa reverter esses danos. ”
Então que fique claro que nossa mente, por
pior que sejam os danos causados a ela, sempre estará tentando revertê-los,
embora para isso ela precise estar com todo o seu sistema nervoso equilibrado,
e com a autoestima elevada.
Assim a amígdala cerebral estará
estabilizada, o que significa que o hipocampo estará com toda a sua capacidade
de raciocínio ativada, e os comandos cerebrais de recuperação biológica estarão
todos ativados.
Então sempre poderá haver algum tipo de
recuperação, mas precisa da autoestima, do equilíbrio emocional etc...
Obviamente se o dano foi um AVC fatal, já
era...
Um AVC com sequelas precisa de muito apoio
psicológico para que o processo de recuperação ocorra.
Se o dano for o disparo de uma
esquizofrenia genética, ainda não há competência médico-científica para
facilitar essa reversão.
Se foram surtos com características
esquizofrênicas sem qualquer identificação de predisposição genética, toda a
recuperação ficará ao encargo do trabalho da mente humana com o devido apoio
emocional.
Se os efeitos forem na capacidade de
aprendizagem, a recuperação se dará com estratégias de ensino idênticas aquelas
direcionadas aos alunos com dificuldades neuro-psíquicas de aprendizagem, da
mesma forma que fazemos com os autistas, os TDAH, os DDA, os downs, os
microcéfalos e todas os demais alunos que, mesmo não sendo usuários de qualquer
droga ilícita, são levados, as vezes, por prescrições inadequadas ou
equivocadas, ao consumo de medicamentos controlados como as Ritalinas, os
Rivotris, e todas as demais drogas lícitas com efeitos iguais ou até maiores do
que a própria maconha.
Então, para encurtar a história: Não existe
dano irreversível!
Mas o mais importante para qualquer
adolescente não é isso, mas sim descobrir o que, na sua vida afetiva, está
faltando, e que o leva a procurar compensação em um cigarro de maconha ou em
outra qualquer atitude prejudicial ao seu organismo, à sua saúde e, mais tarde,
à sua felicidade!
Em grande parte dos casos que tenho
acompanhado fica muito fácil identificar a existência de carência afetiva
familiar.
Em diversos desses casos até havia uma
relação afetiva saudável durante a infância e adolescência, mas os pais
acabaram considerando desnecessário esse afeto quando o filho se tornou adulto.
Só que a fase inicial do adulto é tão
difícil emocionalmente quanto a do adolescente! E pior ainda quando esse jovem
recém levado à categoria de adulto vai morar sozinho por estar estudando em uma
universidade longe de sua casa.
Ele tem que assumir a responsabilidade por
sua vida ao mesmo tempo em que seus colegas querem “esticar” as brincadeiras e
festas, para aproveitar que agora podem tudo! São independentes!
E aí vem as bebidas, drogas, sexualidade
promíscua e tudo o mais...
Tudo isso vem “a calhar”, porque a carência
afetiva que está fazendo surgir uma neurose de abandono, e que começa a
construir as bases de uma infelicidade futura, faz dessas festas, bebidas,
drogas e sexo promíscuo os alimentos principais de uma espécie de mecanismo de
defesa contra a neurose de abandono, enganando a mente desse jovem por meio de
“alegrias temporárias”,
A chave é a afetividade real e
despretensiosa. Essa afetividade, que é muito fácil de ser estabelecida em um
ambiente familiar, no qual todos compartilham suas ideias, suas emoções e seus
sentimentos sem críticas e sem cobranças.
Uma família em que exista a prática das
reuniões periódicas à volta de uma mesa, do abraço afetivo, do carinho mútuo e do
amor natural e espontâneo, não gera neuroses de abandono em seus filhos.
E no caso da inexistência desse tipo de
família, sempre recomendo a procura cuidadosa de uma afetividade fraternal
verdadeira e desinteressada, que embora seja uma coisa mais difícil de ser
encontrada, sempre existe a possibilidade de existir.
Então o jovem pode procurar por si mesmo,
mas tomando o máximo cuidado de, primeiramente, aprender a gostar de si mesmo,
aprender a amar a si mesmo e aprender a respeitar a si mesmo, principalmente
seu organismo, sua psique, seus neurônios, sua inteligência e suas emoções e
sentimentos, para evitar achar em qualquer pessoa a sua tábua de salvação! Pode
ser uma fria!!!!
Uma amizade fraternal verdadeira pode
compensar algumas carências familiares, e deve conter também a energia do
abraço e do afeto natural e espontâneo.
O estabelecimento dessa estrutura psíquica
harmônica e saudável é o que vai fazer esse jovem se livrar dos impulsos que o
levariam a quere fazer compensações afetivas prejudiciais a ele mesmo.
E todo esse esforço terá resultados
fantásticos, que é a construção do seu caminho para uma vida feliz, coisa que
muita gente diz não existir.
Uma vida feliz faz com que a pessoa
transforme todos os seus problemas e dificuldades em estimulantes desafios a
serem enfrentados, sempre com a finalidade de dar mais e mais valor à sua
própria vida.
Com essa estrutura montada de forma
verdadeira, eu duvido que haja necessidade de compensações com maconha, outras
drogas, excesso de bebidas, diversões e prazeres perigosos ou promiscuidade
sexual.
É isso amigos!
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esclarecimentos ou questionamentos, entrem em contacto comigo pelo
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