sábado, 3 de março de 2012

IUPE Educação: Bullying: Três passos para eliminá-lo das escolas.



Ao me deparar com as notícias mais recentes de dois casos de bullying, resolvi comentar sobre o problema em nosso encontro de hoje.

O primeiro é sobre o caso de uma escola em Ponta Grossa, no Paraná, quando os pais de uma menina e seu irmão, vítimas de bullying, conseguiram processar os pais das duas meninas acusadas do crime. O resultado da ação foi a condenação dos pais das abusadoras a pagar uma indenização por danos morais de R$ 15.000,00. Eles estão recorrendo, já que devem estar certos de que suas filhas têm o direito de serem criminosas e nada pagar por seus atos...

O segundo caso é mais grave. O menino Roliver, de Vitória, no Espírito Santo, cometeu suicídio após sofrer constantemente de bullying na escola. Seus pais procuraram auxílio na escola, quando detetaram o problema, mas a escola nada fez. Eles pediram transferência, mas a Secretaria de Educação só disponibilizou três escolas diferentes, uma para cada filho, o que seria impraticável para a família com três filhos. Ele, então, teve que permanecer na escola e, não aguentando as sessões de bullying, cometeu suicídio.

Quem paga por isso?

Alguns jornais fazem uma enquete para saber o que precisamos para reduzir o bullying nas escolas e colocam as respostas em forma de múltipla escolha.

a) Os pais precisam conversar mais com seus filhos.

b) Os professores precisam ficar mais "ligados" aos alunos.

c) As escolas precisam desenvolver melhor educação de valores.

Tudo isso já é obrigação de todos! Mas o problema não pode ser resolvido apenas dessa forma! Ele é sério e urgente!

Precisamos imediatamente tomar providências reais, enérgicas, verdadeiras e responsáveis!

E isso pode ser feito em três passos simples, porém, importantes:

1º passo: Os professores devem ficar muito atentos a qualquer sinal de bullying, mesmo que seja um simples apelido que um aluno poe em outro colga. Nada disso deve ser tolerado e a punição deve ser sempre rigorosa, exemplar e imediata, para que todos sejam desestimulados a praticar tais atos.

2º passo: Os pais devem ser chamados à responsabilidade, para que aprendam a dar limites aos seus filhos. Muitos pais não sabem de verdade, como fazer isso e, portanto, não têm culpa por estarem errando! Por isso que, para esse segundo passo, é necessário que a escola promova aulas de TREINAMENTO PARENTAL. E só assim estaremos contribuindo para que, nessas famílias, já não sejam criados potenciais criminosos. Sim! Porque bullying é crime! Bullying provoca suicídio e assassinato de crianças, portanto, só não considera crime quem nada tem a ver com humanidade!

Bem! Tudo poderia parar por aqui! Mas, infelizmente, há diversos casos em que não teremos nenhuma atitude positiva dos pais, assim como, não haverá nenhuma atitude de identificação e resolução do problema por algumas instituições escolares.

Se isso ocorrer o passo seguinte deve ser o Conselho Tutelar e o Ministério Público. Denúncia bem estruturada para evitar que sejam construídos verdadeiros monstros, por total falta de responsabilidade de alguém, seja da escola, seja dos professores, seja das famílias, ou seja lá de quem for!

O que não podemos mais tolerar é ler, todos os dias, mais o anúncio de um suicídio ou de um assassinato provocado por alguém que sofreu o processo de bullying e constatar que nada foi feito para diminuir o seu sofrimento.

quinta-feira, 1 de março de 2012

IUPE Educação: Hiperatividade falsa

FALSA HIPERATIVIDADE


Ao chegar a minha casa li uma notícia muito interessante nos noticiários pela internet. Anunciaram um novo remédio que, pelas informações apresentadas, diminui os danos cerebrais causados pelos AVCs.

À primeira vista isso é fantástico! Embora ainda sem comprovação de que faça efeito positivo em seres humanos (testado em cinomolgos, que são macacos asiáticos), acredita-se que será um sucesso.

Mas o sucesso será para quem? Sim, porque embora estejamos dando parabéns à pesquisa científica ligada aos novos medicamentos, continuamos com a “pulga atrás da orelha” em relação à forma ética de se utilizar tais descobertas e invenções.

E por falar em “pulga atrás da orelha” nossa atenção foi imediatamente direcionada a outra notícia, essa dada pelas rádios hoje cedo, sobre a pesquisa realizada no Brasil sobre uso de medicamentos em crianças, e a sua terrível constatação:

Um número muito grande de crianças diagnosticada como portadora de TDAH, ou seja, transtorno de déficit de atenção com hiperatividade, absolutamente não têm a doença! Mas estão fazendo uso regular dos medicamentos controlados recomendados para o transtorno.

Isso significa que essas crianças estão expostas a todos os efeitos colaterais de um remédio controlado, sem a menor necessidade disso, já que o diagnóstico foi realizado de forma precipitada.

Onde está o erro?

O erro está nos adultos que cercam essa criança, que somos nós, pais e professores! Nós estamos ficando, a cada dia, mais incompetentes na educação de nossos filhos e de nossos alunos.

Os pais acham que a nova geração mudou por milagre! Os professores acham que
mudaram por causa dos pais! Mas nenhum deles acha que tem responsabilidade nesse processo!

Amigos! O problema é, na verdade, a nossa atual incompetência para criar elementos novos para diversões, brincadeiras, passatempos, jogos etc., já que temos a imensa facilidade de colocar nossos filhos em frente a uma babá eletrônica, onde ele consegue passar horas a fio sem pensar, sequer em ir para a rua!

Mais de uma hora por dia em frente a uma TV ou a um PC leva a criança a aumentar o seu índice de agressividade em mais de cinquenta e cinco a setenta por cento!

Isso está comprovado por pesquisas sérias realizadas há mais de cinco anos!

Então, nosso primeiro trabalho deve ser o encontro dessas atividades substitutas para a TV. E o computador. Em segundo lugar: parar de rotular as crianças com nomes de doenças, e tentar encontrar as causas para os sintomas que ela apresenta. Reunir pais, familiares, outros professores, mas nunca se antecipar aos médicos e apresentar aos familiares um pré-diagnóstico dando um rótulo inadequado e precipitado à criança.

Observações:

1 Assista o vídeo IUPE EDUCAÇÃO: FALSA HIPERATIVIDADE em: http://www.youtube.com/user/robertoandersen/

2 Converse conosco acessando nosso portal: http://www.iupe.org.br e enviando seus comentários, sugestões e críticas clicando em FALE CONOSCO.

3 Participe de nossos TREINAMENTOS EM NEURODIDÁTICA para todos os professores, coordenadores e dirigentes interessados e de nossos TREINAMENTOS PARENTAIS para os todas as famílias interessadas. Acompanhe a divulgação do próximo encontro pelo site.