Ao chegar a minha casa li uma notícia muito interessante nos noticiários pela internet. Anunciaram um novo remédio que, pelas informações apresentadas, diminui os danos cerebrais causados pelos AVCs.
À primeira vista isso é fantástico! Embora ainda sem comprovação de que faça efeito positivo em seres humanos (testado em cinomolgos, que são macacos asiáticos), acredita-se que será um sucesso.
Mas o sucesso será para quem? Sim, porque embora estejamos dando parabéns à pesquisa científica ligada aos novos medicamentos, continuamos com a “pulga atrás da orelha” em relação à forma ética de se utilizar tais descobertas e invenções.
E por falar em “pulga atrás da orelha” nossa atenção foi imediatamente direcionada a outra notícia, essa dada pelas rádios hoje cedo, sobre a pesquisa realizada no Brasil sobre uso de medicamentos em crianças, e a sua terrível constatação:
Um número muito grande de crianças diagnosticada como portadora de TDAH, ou seja, transtorno de déficit de atenção com hiperatividade, absolutamente não têm a doença! Mas estão fazendo uso regular dos medicamentos controlados recomendados para o transtorno.
Isso significa que essas crianças estão expostas a todos os efeitos colaterais de um remédio controlado, sem a menor necessidade disso, já que o diagnóstico foi realizado de forma precipitada.
Onde está o erro?
O erro está nos adultos que cercam essa criança, que somos nós, pais e professores! Nós estamos ficando, a cada dia, mais incompetentes na educação de nossos filhos e de nossos alunos.
Os pais acham que a nova geração mudou por milagre! Os professores acham que
mudaram por causa dos pais! Mas nenhum deles acha que tem responsabilidade nesse processo!
Amigos! O problema é, na verdade, a nossa atual incompetência para criar elementos novos para diversões, brincadeiras, passatempos, jogos etc., já que temos a imensa facilidade de colocar nossos filhos em frente a uma babá eletrônica, onde ele consegue passar horas a fio sem pensar, sequer em ir para a rua!
Mais de uma hora por dia em frente a uma TV ou a um PC leva a criança a aumentar o seu índice de agressividade em mais de cinquenta e cinco a setenta por cento!
Isso está comprovado por pesquisas sérias realizadas há mais de cinco anos!
Então, nosso primeiro trabalho deve ser o encontro dessas atividades substitutas para a TV. E o computador. Em segundo lugar: parar de rotular as crianças com nomes de doenças, e tentar encontrar as causas para os sintomas que ela apresenta. Reunir pais, familiares, outros professores, mas nunca se antecipar aos médicos e apresentar aos familiares um pré-diagnóstico dando um rótulo inadequado e precipitado à criança.
Observações:
1 Assista o vídeo IUPE EDUCAÇÃO: FALSA HIPERATIVIDADE em: http://www.youtube.com/user/robertoandersen/
2 Converse conosco acessando nosso portal: http://www.iupe.org.br e enviando seus comentários, sugestões e críticas clicando em FALE CONOSCO.
3 Participe de nossos TREINAMENTOS EM NEURODIDÁTICA para todos os professores, coordenadores e dirigentes interessados e de nossos TREINAMENTOS PARENTAIS para os todas as famílias interessadas. Acompanhe a divulgação do próximo encontro pelo site.
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