SEGUNDA DICA DA FASE ORAL - CHUPETA NOS PRIMEIROS ANOS DE
VIDA
Nas dicas do encontro anterior, fiz questão de frisar que
BEBÊ não pode ser sinônimo de CRIANÇA DE COLO.
Hoje vamos mais além, mas ainda na fase de zero a um ano e
meio, que foi chamada por Freud de FASE ORAL.
A
criança já nasce trazendo toda uma formação de hábitos que vão aparecer no
futuro. Isso
significa temperamento, emotividade, intelectualidade e tendências
comportamentais. Mas
embora toda essa informação já exista em sua memória ela, ao nascer, está
fisicamente impotente.
Ela
precisa sobreviver! E sua sobrevivência depende da alimentação adequada.
Nessa
hora a fabulosa máquina cerebral mostra a sua cara, fazendo surgir a energia do
instinto de satisfação oral. Essa
satisfação é primordial para evitar a geração de futuras neuroses nessa
criança, quando ela vier a se tornar um adolescente ou adulto.
Esse
instinto impulsiona a criança a procurar seu alimento. E como o
impulso para a alimentação é pelo sugar dos seios da mãe, Freud denominou essa
fase de fase oral, ou seja: a libido pela boca.
Há
crianças que se sentem totalmente satisfeitas após o ato de mamar, mas há
aquelas que sentem necessidade de continuar sugando, mordendo, e levando tudo o
que encontra à boca, independentemente de ter fome ou não.
Por
isso, uma das dicas mais importantes nessa fase é estar atento aos sinais de
que a criança precisa de algo além do simples ato de mamar.
Se isso
for constatado, somos obrigados a oferecer-lhe uma chupeta, um mordedor ou
coisas semelhantes.
Óbvio
que seremos condenados imediatamente pelos fonoaudiólogos. Eles
estão certos. Afinal, a preocupação deles é evitar que a arcada dentária seja
prejudicada pela chupeta, mesmo aquelas chamadas de ortodônticas.
Mas nós
não vamos dar chupeta para a criança que está satisfeita. Apenas
para aquela que demonstrar insatisfação, porque insatisfação gera insegurança
futura. Então,
essa que se mostra insatisfeita, precisa da chupeta.
E eu,
pelo menos, prefiro vir a pagar, futuramente, um tratamento ortodôntico para um
filho dentuço, mas feliz, do que ser obrigado a pagar um tratamento
psicanalítico para um filho com arcada dentária perfeita, mas neurótico...
Posso
estar enganado em relação a essa minha recomendação e posso ser muito criticado
por isso, mas é exatamente o que acredito!
E por
que razão isso é tão importante?
Porque a
insatisfação, nessa fase, vai provocar o nascimento de futuras neuroses.
Entre
elas estará a desconfiança das pessoas e do ambiente em que ela vive.
A
criança satisfeita nessa fase terá mais confiança nas pessoas e no ambiente,
além de criar paz interior e ter mais equilíbrio emocional.
A segunda dica da fase oral, então, é a
chupeta.
Essa é a fase da chupeta e do mordedor.
Mas, para atender aos fonoaudiólogos, a
criança logo deixará essa fase, lá pelos seus dezoito meses... E a chupeta será
“jogada fora”!
A dica de hoje, ainda na FASE ORAL, foi sobre a chupeta.
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Um forte abraço e até o nosso próximo encontro.
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