quarta-feira, 15 de abril de 2015

IUPE Educação: Fase oral e a polêmica da chupeta


SEGUNDA DICA DA FASE ORAL - CHUPETA NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA

Nas dicas do encontro anterior, fiz questão de frisar que BEBÊ não pode ser sinônimo de CRIANÇA DE COLO.

Hoje vamos mais além, mas ainda na fase de zero a um ano e meio, que foi chamada por Freud de FASE ORAL.

A criança já nasce trazendo toda uma formação de hábitos que vão aparecer no futuro. Isso significa temperamento, emotividade, intelectualidade e tendências comportamentais. Mas embora toda essa informação já exista em sua memória ela, ao nascer, está fisicamente impotente.

Ela precisa sobreviver! E sua sobrevivência depende da alimentação adequada.

Nessa hora a fabulosa máquina cerebral mostra a sua cara, fazendo surgir a energia do instinto de satisfação oral. Essa satisfação é primordial para evitar a geração de futuras neuroses nessa criança, quando ela vier a se tornar um adolescente ou adulto.

Esse instinto impulsiona a criança a procurar seu alimento. E como o impulso para a alimentação é pelo sugar dos seios da mãe, Freud denominou essa fase de fase oral, ou seja: a libido pela boca.

Há crianças que se sentem totalmente satisfeitas após o ato de mamar, mas há aquelas que sentem necessidade de continuar sugando, mordendo, e levando tudo o que encontra à boca, independentemente de ter fome ou não.

Por isso, uma das dicas mais importantes nessa fase é estar atento aos sinais de que a criança precisa de algo além do simples ato de mamar.

Se isso for constatado, somos obrigados a oferecer-lhe uma chupeta, um mordedor ou coisas semelhantes.

Óbvio que seremos condenados imediatamente pelos fonoaudiólogos. Eles estão certos. Afinal, a preocupação deles é evitar que a arcada dentária seja prejudicada pela chupeta, mesmo aquelas chamadas de ortodônticas.

Mas nós não vamos dar chupeta para a criança que está satisfeita. Apenas para aquela que demonstrar insatisfação, porque insatisfação gera insegurança futura. Então, essa que se mostra insatisfeita, precisa da chupeta.

E eu, pelo menos, prefiro vir a pagar, futuramente, um tratamento ortodôntico para um filho dentuço, mas feliz, do que ser obrigado a pagar um tratamento psicanalítico para um filho com arcada dentária perfeita, mas neurótico...

Posso estar enganado em relação a essa minha recomendação e posso ser muito criticado por isso, mas é exatamente o que acredito!

E por que razão isso é tão importante?

Porque a insatisfação, nessa fase, vai provocar o nascimento de futuras neuroses.

Entre elas estará a desconfiança das pessoas e do ambiente em que ela vive.

A criança satisfeita nessa fase terá mais confiança nas pessoas e no ambiente, além de criar paz interior e ter mais equilíbrio emocional.

A segunda dica da fase oral, então, é a chupeta.

Essa é a fase da chupeta e do mordedor.

Mas, para atender aos fonoaudiólogos, a criança logo deixará essa fase, lá pelos seus dezoito meses... E a chupeta será “jogada fora”!

A dica de hoje, ainda na FASE ORAL, foi sobre a chupeta.

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Um forte abraço e até o nosso próximo encontro.



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