quinta-feira, 27 de junho de 2019

sábado, 22 de junho de 2019

quinta-feira, 20 de junho de 2019

quarta-feira, 12 de junho de 2019

quinta-feira, 6 de junho de 2019

terça-feira, 4 de junho de 2019

Atendimento Educacional Especializado


Como identificar se o aluno tem algum tipo de dificuldade de aprendizagem e se ele vai precisar, ou não, de atendimento especializado (AEE)?

Quem pode fazer essa identificação e encaminhar o aluno, ou não, para o AEE?

De quem é, afinal, a responsabilidade pela identificação e encaminhamento de um aluno para o AEE. 

É do profissional de medicina ou do profissional de educação?

Vamos ver a responsabilidade e a competência de cada um?

Medicina:

É da competência dos profissionais de medicina o tratamento clínico e cirúrgico das enfermidades, doenças, transtornos, síndromes, deficiências e tudo o mais ligado ao funcionamento incorreto do organismo e da psique humana.

Para isso eles devem se atualizar, constantemente, para entender como tratar pessoas com qualquer dessas características.

Educação:

É da competência dos profissionais de educação garantir a aprendizagem e estimular a autonomia de seus alunos com ou sem enfermidades, doenças, transtornos, síndromes, deficiências e tudo o mais ligado ao funcionamento incorreto do cérebro.

Para isso os profissionais de educação devem se atualizar, constantemente, para entender como desenvolver a capacidade cognitiva e permitir a aprendizagem das pessoas com qualquer dessas características.

Conclusão:

Visto isso, então, qual dos dois precisa estar preparado para entender de autismo, síndrome de down, dislexia, discalculia, síndrome de Irlen, transtorno de desenvolvimento intelectual, e todas as demais comorbidades?

Se for para tratamento clínico, é o profissional de medicina!

Se for para acompanhamento educacional, é o profissional de educação.  

Dúvidas importantes:

P- Como posso, como educador, fazer essa avaliação, se não conheço essas doenças, síndromes nem transtornos?

R- Como já vimos, é obrigação do educador conhecer, e se manter atualizado, em relação aos sintomas que tragam dificuldade de aprendizagem, da mesma forma que é obrigação do médico manter-se atualizado, constantemente, em relação a todas as características dos alunos que necessitem de algum tratamento clínico ou cirúrgico.

Para isso devem os profissionais, sejam de educação, de medicina ou de qualquer outra profissão, aproveitar todas as oportunidades de se capacitar, para permitir o bom desempenho de sua missão.

P- A equipe pedagógica definiu que um aluno precisa de atendimento pelo AEE, mas não sabe como enquadrá-lo na lista de público alvo do AEE. Como fazer?

R- A equipe lista os sintomas e analisa em qual das deficiências listadas esses sintomas mais se assemelham. Ao descobrir como fazer o enquadramento, a equipe decide, em parceria com a família, e registra no Laudo Pedagógico, e o encaminha ao AEE.

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Reflexões X Angústias - Uma aprendizagem traumática




Reflexões são necessárias a cada momento.

Viver sem refletir pode significar “passar pela vida” sem se encontrar, sem se entender, sem sequer saber qual o seu verdadeiro EGO.

Viver sem refletir pode nos levar a “seguir a manada”, a adotar como seu, o pensamento do grupo, assumir como sua, a vontade dos que o cercam...

E isso vem trazendo, aos poucos, a natural, e angustiante, perda de identidade. É a identificação total com o coletivo.

Não há pessoa. Não há EGO. Há apenas o cumprimento de uma rotina repetitiva, com alguns momentos de lazer e distração.

Mas até esse lazer parece, também, fazer parte de uma grande programação...

São zumbis ou simples marionetes, ingenuamente se achando gente real, mas enganados, como nos foi mostrado em Matrix.

E, aos poucos, o hemisfério direito cerebral vai se deteriorando, para sermos transformados em simples máquinas lógicas, sem qualquer emoção, para alcançar algum objetivo do sistema, mas nunca um objetivo pessoal.

A deterioração já teve seu início, quando o homem, na busca de objetivos coletivos, embarcou numa rotina repetitiva e angustiante.

A repetitividade já havia sido associada, por Freud, à pulsão de morte. Ela é um elemento destruidor do próprio EGO.

A continuidade da deterioração veio com a evidente escravidão do homem à dinâmica das redes sociais, sendo dominado pelo seu celular.

Um processo vicioso provocador dos mesmos sintomas que, antes, estavam relacionados apenas ao consumo excessivo de drogas.

E agora, para eliminar, de vez, com a área emocional da mente humana, vem a proposta da singularidade, feita pelos gurus da tecnologia, pretendendo incorporar, aos poucos, o homem à máquina, para tornar mais eficaz e mais rápido o raciocínio humano.

O primeiro aviso foi em Matrix. O segundo pela escravidão às redes sociais. O derradeiro vem com a singularidade.

Mas não há qualquer outra opção?

Como podemos nos manter imunes a tal transformação?

Lógico que ainda temos essa oportunidade.

A escolha do caminho ainda está nas nossas mãos, ou melhor, em nosso cérebro e, para ser mais preciso, na utilização correta da nossa mente.

Enquanto existir a satisfação emocional que permite a construção permanente da estrada da felicidade, o homem lógico jamais superará o homem emocional.

E se muitos optarem por essa estrada, outros perceberão o que estão perdendo, e poderão seguir os mesmos passos.

O caminho é o planejamento de cada dia como um dia de prazer e de satisfação pessoal.

Para isso existe a reflexão, permitindo a entrada bem dentro de nosso EGO, visando buscar a nossa identidade mais escondida e trazendo ela à tona, para vivenciar o dia e viver a vida.

Essa reflexão deve ser diária, para que cada dia seja o melhor dia de sua vida, e que todos os momentos de satisfação, que possam ser realizados, nunca sejam deixados para depois

Meu aprendizado sobre isso foi muito duro!

Tive essa grande oportunidade há mais de cinquenta anos, não por tê-la procurado, mas por estar quase um ano inteiro imobilizado em cima de uma cama de hospital, aguardando a recuperação de uma perna que, por milagre e com a ajuda de um médico excepcional, não precisou ser amputada, após um acidente, em manobra militar.

Aqueles meus momentos foram todos de muita reflexão para com a vida, na busca de seu sentido, e na observação do que se passava à minha volta.

Ao meu lado, durante aquele período, diversas pessoas se desligaram desse mundo, umas com sofrimentos físicos muito fortes, ao ponto de parecer desejarem a morte, como elemento de escape para a dor.

Outras com sofrimentos psíquicos mais fortes ainda, necessitando desabafar todas as suas angústias interiores, relatando para mim, já que eu era o paciente da cama mais próxima, todos os sentimentos que estavam aflorando em suas mentes.

Eu os ouvia atentamente! Aos meus dezenove anos, era a primeira vez que sentia, bem de perto, a angústia daqueles que sabiam estar em seus últimos momentos.

Na imensa maioria daqueles relatos, o sentimento mais evidente era o de arrependimento.

Arrependimento por: “não ter feito”; “não ter dito”, “não ter colocado em prática minhas próprias ideias”, “não ter dado oportunidade a mim mesmo”; “não ter abraçado na hora certa”; “não ter aproveitado cada momento da vida” ...

Os últimos minutos de vida chegam e o que fica são apenas perguntas: “o que me impediu de ser o que eu desejava ser?”; “o que me impediu de levar adiante meus desejos?”; “por que eu segui os caminhos de acordo com a vontade dos outros?”; “por que eu me afastei exatamente das pessoas que mais me amavam?”; “por que eu impedi, o tempo todo, a realização de cada momento de felicidade?”.

E, em alguns desses relatos, essas pessoas, em choro disfarçado, quase me levavam a cair em depressão.

Eu apenas ouvia.

Um a um, esses relatos foram se acumulando em minha memória, o que foi, certamente, uma excelente oportunidade para a construção de um novo sentido para a minha própria vida.

Cada um deles sabia que seu fim estava próximo. Todos se foram aos poucos, e eu, ali, com meus dezenove anos, testemunhando cada uma dessas partidas.

Hoje, já se passaram cinquenta e três anos daqueles momentos, mas todos os relatos continuam vivos em minha memória.

O sentido real da vida passou a ser a minha busca!

Nunca saberemos quando será esse último dia!

A hora de replanejar cada minuto de nossos dias é agora!

Precisamos analisar aquilo que nos impede de ser como desejamos ser, sem falsos dogmas, sem bloqueios desnecessários, sem medos, e nos livrarmos de tudo isso!

Os arrependimentos relatados foram frutos, exatamente, desses bloqueios, dogmas, medos, e tudo o mais.

Não se culpe se você falou algo, bem de dentro do seu coração, e se isso chocou o outro! Você foi verdadeiro! O choque do outro foi com ele mesmo! Ele ainda não descobriu sua própria identidade.

Não se culpe se você mostrou toda a essência do seu amor, mas não foi compreendido. Você se mostrou por dentro! O outro não está preparado ainda para conviver com a sua essência!

Um mal-entendido pode até trazer um estremecimento na amizade. Pode haver um esfriamento no relacionamento.

Mas a sinceridade é necessária, para que o outro saiba o nível da sua amizade e do seu amor, mesmo que não o aceite da mesma forma.

Se vier algum sintoma de arrependimento, melhor que venha por ter falado e sido sincero, do que por não ter se mostrado em toda a sua essência.

Guardar sentimentos é o mesmo que alimentar um forte peso no interior da mente.

É a geração de uma energia psíquica que poderá ser transformada em enfermidade.

É o que Freud definiu como uma das causas das neuroses e que, muitos anos depois, a medicina passou a estudar nos conceitos de psicossomática.

É hora de transformar tudo em prazer; de aprender a amar a você mesmo, para ter condições de compartilhar esse amor com o outro; de dizer ao outro o que queremos dizer; de curtir cada momento, não como se fosse o último, mas como se fosse o mais importante de nossas vidas.

Mas ao compartilhar com o outro, transforme a expectativa de retorno em perspectivas para a sua felicidade interior, aquela que ninguém pode interferir, porque essa só depende de você.

Expectativas de reciprocidade geram a angústia do não reconhecimento, gerando infelicidade.

Se não há reciprocidade, é porque não é para vir mesmo.

Aprenda a fazer pelo prazer de fazer, sem a necessidade de receber algo em troca.

Reflita muito! Descubra seu EU interior.

Viva a sua realidade e não a que os outros querem de você.

Você construirá, bem dentro de você, a energia do amor verdadeiro.

Afinal, você é a pessoa mais importante para você mesmo.