segunda-feira, 27 de abril de 2020
sábado, 25 de abril de 2020
sexta-feira, 24 de abril de 2020
quinta-feira, 23 de abril de 2020
quarta-feira, 22 de abril de 2020
A importância dos professores no "Dia do Planeta Terra"
Hoje, 22 de abril, é o Dia do Planeta Terra:
Se observarmos bem a figura veremos que, realmente, ou reciclamos
nosso lixo, transformando-o em algo positivo e útil, ou estaremos todos
submersos em uma imensa lama suja e podre, muito em breve.
Mas eu vou um pouco mais longe:
Imagine, em vez de lixo, o quanto de energia negativa está
sendo gerada, diariamente, oriunda do sentimento de ódio, estampado nas
palavras e frases, postadas nas redes sociais!
Imagine para onde está indo essa energia, já que as camadas
atmosféricas, na maior parte das vezes, a reflete de volta para nós mesmos.
O que vejo hoje é uma necessidade muito grande de as pessoas
mostrarem que não gostam das outras, xingarem as outras, rotularem as outras,
sempre com adjetivos, os mais perversos possíveis, e desejarem o mal das outras,
somente pelo fato de essas outras não concordarem rigorosamente com a sua forma
de pensar e, consequentemente, com as suas opiniões.
Acabou o respeito pelo outro!
“Só respeito quem pensa como eu! Se pensar diferente, quero
que morra!”
Precisamos mudar tudo isso, e começar o mais rápido
possível!
Vamos conseguir realizar essa mudança com os adultos, esses
já totalmente contaminados por essa onda de sentimentos ruins?
Alguns de vocês diriam que a única solução é começar a
transformar as crianças, desde a Educação Infantil, preparando todos os
professores para essa missão. E que não tem como alcançar seus pais.
Mas eu lembro que não adianta só preparar as crianças nas
escolas, já que a família é a maior influenciadora da sua formação de caráter!
Nos nossos últimos três vídeos, incluindo o de hoje, em que
analisamos as novas diretrizes da alfabetização, chegamos a conclusão de que
precisamos criar estratégias para mudar todos ao mesmo tempo: Pais e filhos!
Todos os estudos que fizemos até hoje, de forma pessoal,
principalmente nesses últimos vinte e um anos de existência de nosso colégio, o
Colégio IUPE, em Salvador, coincidem com diversos estudos sérios, já publicados,
sobre o assunto, desde o Parent and Child Education e o Even Start, dos Estados
Unidos, passando pelo Basic Skills Agency, da Grã-Bretanha e chegando no The
talk to a literacy learner, da Austrálila, mostram que ambos, pais e filhos,
precisam ser alcançados pela educação inicial, na primeira infância, para que
todos, juntos, criem uma nova mentalidade de união familiar e que seja
positiva, construtiva, otimista e transformadora.
Temos, então, que criar estratégias para alcançá-los a
todos, sim! Não só as crianças!
A escola tradicional, apesar de todas as suas qualidades,
veio possibilitar a criação de uma mentalidade de separação entre pais e
filhos!
As necessidades das famílias de estarem, pai e mãe,
envolvidos com suas tarefas profissionais, para conseguirem dar o devido
sustento à casa, fez com que fosse terceirizada a educação dos filhos que, na
realidade, deveria ser de sua responsabilidade.
Para a escola só deveria ser passada a responsabilidade pela
preparação intelectual e profissional, mas não a educação de valores, de
virtudes humanas, de educação doméstica, de prática de respeito, de
responsabilidade para consigo mesmo e para com o outro e tudo o mais.
Com essa triste realidade vemos os filhos serem formados de
acordo com valores que, muitas vezes, não são compatíveis com os das suas
famílias e, por causa disso, começarem os atritos dentro do próprio seio
familiar.
Só temos dois caminhos a seguir:
Um desses seria o das famílias voltarem a assumir a
responsabilidade da educação doméstica em todos os seus aspectos.
O segundo seria as escolas criarem estratégias para abraçar
a educação de toda ela, pais e filhos, mesmo que de forma indireta.
Mais uma vez vamos precisar dos professores! Mas não tem
jeito! Afinal, não há profissão mais importante no mundo senão essa! Só mesmo
por meio dessa classe que poderemos ter alguma esperança em qualquer mudança
social para o bem comum!
Mudanças sociais qualquer classe profissional pode se
articular para fazer, mas para o bem comum, só mesmo por meio dos professores, embora
eles precisem estar bem preparados e dispostos.
Como fazer isso?
Tudo começa com a preparação do próprio professor, que é a
peça chave de todo o processo!
Vamos ver as etapas que precisamos seguir?
Primeiro passo o autoconhecimento, para estar de bem consigo
mesmo;
O nosso sistema alucinante de cumprimento de horários e
tarefas pré-estabelecidas, que teve início na época da revolução industrial
(Tempos Modernos – Charles Chaplin), fez o homem se afastar de si mesmo e se transformar
em uma simples peça de uma engrenagem.
Ele não se conhece mais, pois não teve mais tempo, e nem
disposição, para procurar entender os seus sentimentos e as suas emoções, que
constituem a essência da sua identidade pessoal, ou seja, a sua verdade
interior, e da qual depende a sua satisfação para com a vida e , logicamente, a
sua felicidade.
O mais comum é ele procurar esquecer ansiedades e angústias
por meio de tentativa de compensações em prazeres diversos, sem qualquer
ligação real com suas verdadeiras necessidades, ou mergulhando em sublimações,
também tentativas de compensações, sejam religiosas, sejam filantrópicas, ou
qualquer outra que, mesmo muito positivas, não satisfazem a sua verdadeira
verdade interior.
Segundo passo o entendimento e a compreensão do outro, para
estar de bem com aqueles que convivem com ele;
Aqui começa o sentimento do respeito!
Nesse ponto é que vamos perceber que todas as opiniões das
pessoas, por mais que sejam contrárias às nossas, ou até contraditórias, estão
certas, mesmo que só para elas.
E que elas não precisam ser idiotas, nem burras, para terem
essas ideias. Basta serem outras pessoas!
Pois cada um de nós. só tem condições de raciocinar, a
partir da sua própria bagagem de conhecimentos e da capacidade intelectual
desenvolvida.
Terceiro passo a criação de seus objetivos pessoais e
profissionais, mesmo que venham a mudar um dia;
Esse passo serve para evitarmos jogar fora, cada um dos dias
de nossa vida.
Acordar mecanicamente para cumprir as obrigações do dia e
voltar, mecanicamente, para casa, fazendo isso diariamente, sem criar quaisquer
perspectivas, é o mesmo que se transformar em uma máquina, sem pensamento
próprio, sem sentimentos, sem emoções, totalmente controlada pelo sistema.
É parar, como agora muitos estão tendo essa oportunidade,
devido à pandemia, e analisar, a partir de suas habilidades, suas paixões e
seus mais simples desejos, buscando encontrar todas esses pensamentos, mesmo
que bem longe no tempo, para criar novos objetivos bem empolgantes, sem se
importar se eles são considerados possíveis ou não. Tudo é válido! Nada é
impossível! E ninguém precisa saber disso! É uma criação pessoal, só sua!
Quarto passo o estudo das metas que devam ser estabelecidas,
rumo aos objetivos desejados e a organização dos planos diários, visando o
alcance dessas metas;
Essa parte é a que vai dar o verdadeiro sentido à sua vida,
já que existe algo concreto estabelecido, para que os seus objetivos estejam
sendo buscados em cada plano cumprido.
Da mesma forma que na criação básica dos objetivos, lembre
que isso só interessa a você!
Quinto passo organizar sua rotina diária, alterando a sua
maneira de ver o mundo, de forma que possa transformar, em prazer, todos os seus
momentos, sejam os das tarefas obrigatórias, sejam os das refeições, sejam os de encontros com as pessoas, sejam os das
atividades físicas ou todo e qualquer evento ou atividade do dia.
Esse passo é o que fecha toda uma preparação para que a vida
tome outro sentido e que o professor, a partir daí, possa ser a base para
transmitir isso a todos os seus alunos e, inclusive, às suas famílias.
Um professor que passe por esse processo será, certamente,
um professor bem resolvido!
Isso significa que ele será mais um a só gerar energia
positiva, construtiva, otimista e transformadora.
Esse é o professor que nosso
mundo precisa!
A partir dele teremos crianças, adolescentes e famílias
sendo devidamente alcançadas pela onda vibrante da sua positividade, do seu sentimento
construtivo, do seu pensamento otimista e da sua energia transformadora.
Vamos começar?
Desejo a todos vocês uma boa reflexão e muito sucesso em tudo
o que planejarem!
Nosso planeta estará, a partir daí, sem o lixo das energias
negativas, mas sim recheado de ideias positivas, a partir das nossas energias
positivas, construtivas e otimistas, que certamente serão contagiantes!
Forte abraço, amigos!
Diretrizes para alfabetização, que podem salvar a educação do país
Se cada uma das oito diretrizes de alfabetização (Decreto 9765/2019) for bem entendida e bem aplicada, nosso país poderá, em alguns anos, deixar de ser o pior país do mundo em aprendizagem. Vamos analisar como fazer?
terça-feira, 21 de abril de 2020
segunda-feira, 20 de abril de 2020
domingo, 19 de abril de 2020
Desafios da inclusão - entendendo a criança a ser incluída
Nesse período em casa, o desespero dos pais, com seus filhos em início de escolarização, aumenta mais ainda! Quando a criança tem alguma síndrome ou transtorno ou deficiência, esse desespero aumenta mais ainda! Aqui vão algumas dicas que podem ajudar bastante no entendimento dessa fase e, assim, evitar prejuízos no desenvolvimento da criança e no seu equilíbrio emocional:
sábado, 18 de abril de 2020
sexta-feira, 17 de abril de 2020
Adolescente incluído não alfabetizado - como fazer
Como poderemos alfabetizar um adolescente incluído nos anos finais do Ensino Fundamental ou no Ensino Médio?
Sim! Essa é uma pergunta comum, em quase todas as escolas,
depois que as leis educacionais determinaram a inclusão escolar!
Vamos analisar?
Parte da sociedade começou a perceber que deficientes são
gente igual a nós e que têm os mesmos direitos.
Outra parte continua desprezando quem não se enquadra na
normalidade, considerando-se, talvez, imune a qualquer doença, acidente ou
coisa parecida.
Por causa dessa outra parte acaba sendo necessário o
estabelecimento de leis específicas, para que a obrigação moral passe a ser,
também, oficialmente, obrigação legal!
Assim, todas as escolas regulares passaram a ser obrigadas a
aceitar, em suas turmas, alunos deficientes e, de acordo com os próprios documentos
legais, obrigadas a garantir a sua aprendizagem real, visando a sua autonomia
futura.
Para isso as escolas devem adaptar currículos e/ou
conteúdos, adaptar tarefas e avaliações, e criar estratégias de ensino
apropriadas e inclusivas.
Temos observado que algumas escolas já estão se atualizando
para essa nova fase da educação no país, enquanto outras procuram, de todas as
formas possíveis, evitar ter, em suas turmas, qualquer tipo de aluno, que não
se enquadre no padrão desejado, de desenvolvimento intelectual, ou de
capacidade cognitiva.
Quanto a essas que não se enquadram, só mesmo com aplicação
de multas pesadas e enquadramento de seus dirigentes e professores em
desobediência à legislação, poderão mudar o seu perfil de total desrespeito ao
ser humano com algum tipo de dificuldade intelectual, cognitiva, psíquica ou
emocional.
Mas vamos às escolas que decidiram respeitar o outro, e que
estejam se atualizando, dentro de suas possibilidades e limitações.
Essas mudaram a metodologia das aulas, criando metodologias
que permitam a eficácia da inclusão, como a de Dinâmica Grupal que adotamos em
nosso colégio.
Mas, mesmo com essas novas metodologias, ainda há alguma
dificuldade quando o aluno incluído, já adolescente, não está ainda
alfabetizado.
Dois desafios:
Como fazer com que ele aprenda os conteúdos das matérias, se
ele não lê nem escreve?
Como alfabetizá-lo, se os professores dessa etapa da
educação básica não estão preparados para isso?
A resposta à primeira pergunta é simples: ele terá o ensino
de forma oral, fará as atividades oralmente e assim será avaliado. Estando em
grupo, seus próprios colegas o ajudarão no entendimento e na realização das
tarefas.
A resposta à segunda, para ter mais eficácia, necessita de
duas etapas:
Embora não esteja especificado nos documentos legais, o
ideal é alfabetizá-lo no turno oposto, por um profissional especialista em
alfabetização, para que, em breve, sua aprendizagem comece a passar de oral
para leitura e escrita.
Os professores regulares, licenciados, devem ter uma boa
noção do processo de alfabetização, para que possam utilizar em sala,
acelerando a sua evolução na aprendizagem.
Como esse fato não é incomum, precisamos que:
Sempre tenhamos, na escola, profissionais alfabetizadores,
para poderem realizar essa tarefa com os alunos adolescentes, no contra-turno.
Os conceitos básicos e as noções mais importantes do
processo de alfabetização sejam ensinados a todos os profissionais de educação,
não apenas para alfabetizadores, o que facilitará, em muito, o desenvolvimento
da aula inclusiva, independentemente dos incluídos serem neurotípicos,
autistas, TDAHs ou com qualquer tipo de bloqueio ou deficiência.
Esse trabalho poderá ser realizado por profissionais
especializados em alfabetização e letramento, durante os trabalhos de Formação
Continuada de todas as escolas.
Esse conhecimento básico de alfabetização e letramento
ajudará o professor licenciado a entender as razões pelas quais muitos de seus
alunos não conseguem interpretar os textos de sua matéria.
Além disso ele poderá criar estratégias de ensino que
compensem essa falha e, ao mesmo tempo, ou passe exercícios que ajudarão o
aluno a desenvolver seu letramento, ou o encaminhe a um profissional de
letramento no turno oposto às aulas.
Essa é a única forma de pararmos de DEFORMAR alunos, em vez
de FORMÁ-LOS.
Analisem e vamos à luta, porque se formos esperar que essas
decisões venham de cima para baixo, elas chegarão, possivelmente, deformadas...
quarta-feira, 15 de abril de 2020
segunda-feira, 13 de abril de 2020
Aprendizagem e felicidade
A força do prazer de aprender, na construção da felicidade!
Você sabia que a gente consegue transformar a fisionomia
triste e depressiva de alguém em um semblante repleto de alegria e felicidade,
simplesmente ensinando a ela o prazer de aprender?
Eu sou o professor Roberto Andersen e há muitos e muitos
anos que venho analisando as pessoas, suas ansiedades, suas angústias e suas
específicas motivações para estarem tristes, depressivas, infelizes e cheias de
neuroses.
No acompanhamento que fiz, de cada uma delas, percebi que a
grande falta, a maior carência, a mais importante motivação para tudo isso é a
sensação de incapacidade de ser alguém, de produzir algo útil para si ou para a
sociedade, de aprender alguma coisa, de realizar seus sonhos, ou até de ter
sonhos!
Muitas dessas pessoas traziam, também, carências outras,
tipo carência do ambiente familiar, carências afetivas diversas, sentimento de
rejeição, sentimento de discriminação, sofrimentos por abusos e outros.
Mas, mesmo com todos esses motivos, alguns deles até muito
traumáticos, sempre que começavam a sentir prazer de entender coisas novas,
perceber melhor o mundo à sua volta, aprender a analisar fatos, eventos, aprender
a relacionar os acontecimentos com a sua própria história de vida, seu semblante
começava a mudar e dava para perceber, claramente, que estava iniciando, ali,
uma grande nova motivação para com a sua própria vida. Estava sendo construído
ali, uma nova forma de se sentir o verdadeiro sentido da vida! Era o começo de
uma felicidade que ainda não fazia parte da vida daquela pessoa.
É por isso, exatamente por causa dessas observações, que
resolvi me dedicar, também (além do meu trabalho no sentido de salvar as
crianças deficientes da exclusão escolar e social), a essa missão de mostrar a
forma mais simples, mais fácil e até mais econômica (econômica, no sentido de
economizar o trabalho das nossas redes neurais), de se transformar a tristeza em felicidade, a desmotivação em
motivação, o desânimo em ânimo, ensinando as pessoas a construir o imenso
prazer de estar sempre, todos os dias, aprendendo algo a mais, para a construção
de uma imensa bagagem intelectual e cultural, que vai possibilitar o encontro
do verdadeiro sentido da vida.
E eu proponho a vocês que embarquem nessa viagem, a partir
de agora, acompanhando cada um dos vídeos que da nossa PLAYLIST APRENDIZAGEM,
aqui em nosso canal.
Assistam, analisem, pratiquem, e vejam como essa mudança de
hábito e de visão de mundo consegue transformar toda uma vida e garantir que
estejamos sempre trilhando a estrada da satisfação para conosco mesmo e,
portanto, da felicidade.
Não assista todos de uma vez!
Inicie por “Uma conversa preliminar” e depois, a cada dia,
siga a sequência:
Véspera da aula
O sono na aprendizagem
Alimentação na aprendizagem
Aulas e tarefas
Sala de aula invertida
Aos poucos teremos um novo vídeo, a cada semana, com a
sequência que mostrará, passo-a-passo, a forma de construirmos a nossa
inteligência ou a inteligência de nossos filhos ou alunos.
Lembrem de mandara seus comentários sempre, ou no próprio
canal do youtube.
Lembre, também, de se inscrever, dar seu “like” e
compartilhar com todos os seus amigos.
Aqui no final desse vídeo já estão os LINKs dos vídeos
anteriores e dos próximos a serem assistidos.
Aproveite bem!
E receba um forte abraço!
quinta-feira, 9 de abril de 2020
Autossabotagem a as Crenças Limitantes
Autossabotagem a as Crenças Limitantes
(Seu maior inimigo está na sua própria mente)
(Seu maior inimigo está na sua própria mente)
Nossa conversa de hoje tem endereço certo: é exatamente para
todos vocês, incluindo eu também! É importante para todos, e vocês vão ver que,
mesmo sabendo disso, temos que estar atentos, de forma permanente, para não
cairmos, todos os dias, na mesma armadilha.
Uma armadilha preparada, por nós mesmos, dentro da nossa
própria mente!
Vamos começar com uma história real:
Numa dessas minhas frequentes viagens, em uma cidade pequena
no interior do Brasil, onde eu costumo ir todos os anos, eu recebi Dona Helena,
com seu filho Lucas, 11 anos, para orientações relacionadas às dificuldades de
aprendizagem de seu filho.
Os nomes são fictícios, claro!
Cumprimentei D. Helena e, imediatamente, comecei a conversar
com Lucas, como normalmente eu inicio meus atendimentos.
Lucas se espantou, acredito que... ...por estar acostumado aos
adultos, normalmente, antes de conversar com ele, perguntarem à mãe sobre ele.
Mas, esse é o meu costume, para ganhar a confiança da
criança com mais facilidade.
Procurei saber o nome dele, antes de sua chegada, para não
iniciar a conversa, ainda com a criança inibida, perguntando pelo seu nome. Eu
não acho isso bom.
Fui, então, logo me apresentando:
“Oi Lucas, eu sou o professor Roberto!” E daí comecei a
puxar todo tipo de conversa, procurando me interessar por cada resposta.
Ele me disse que não conseguia aprender nada, por ser
microcéfalo, autista e TDAH.
Fiz, então, uma série de testes, tipo avaliação diagnóstica,
para identificar os seus pontos de entendimento, principalmente em cálculo, leitura,
escrita e interpretação de texto.
Registrei os pontos, para efeito do relatório que eu enviei,
depois, para os pais e para a escola.
No final mostrei a ele minhas anotações, e disse: “Viu que
você sabe calcular, ler, escrever e interpretar?”
“Você só precisa estar confiante em você mesmo e seguir em
frente!”
“Dificuldades todo mundo tem em alguma matéria”
“Pode ter certeza de que tem colega seu com mais dificuldade
que você em alguma coisa.”
“Então veja que suas dificuldades são como as de todo mundo!
Nada tem a ver com microcefalia, autismo ou TDAH.”
“Os sintomas dessas coisas que atrapalham você, a gente vai
orientar para reduzir até que, um dia, não tem mais nada.”
Aí mostrei a ele que, se compararmos as cabeças de todo
mundo, vai ter muito macrocéfalo e muito microcéfalo entre nós, e que isso não
faz diferença nenhuma, já que todos somos diferentes mesmo.
Mostrei a ele, também, que todos nós temos alguns dos
sintomas, que são comuns no autismo e no TDAH, e que isso também não faz
diferença nenhuma.
Basta nós nos entendermos e termos força de vontade para
superar qualquer dificuldade que apareça.
Depois disso, me dirigindo aos dois, D. Helena e Lucas, dei
diversas dicas para a mãe, ele ouvindo, sobre quais os profissionais que devem
ser procurados para reduzir todos sintomas do autismo e do TDAH, além dos
estímulos continuados para o desenvolvimento das redes neurais, que podem ter
sido afetadas pela microcefalia.
Mas sempre deixando claro para ele que, os exercícios e
dietas específicas, que serão passados pelos terapeutas, são para melhorar
ainda mais a capacidade intelectual que ele já tem.
E que ele só precisa ter certeza disso, e continuar os
exercícios e as dietas para ser, a cada dia, melhor ainda, do que era no dia
anterior.
E que ele sempre se compare, nunca com seus colegas, mas sempre
com ele mesmo, ontem.
Fiz um relatório para a escola sobre os pontos de
entendimento e a forma de adaptar conteúdos, atividades e avaliações, além da
recomendação sobre bullying, principalmente devido à microcefalia.
Esse ano, dois anos depois, eles vieram me ver novamente,
agora numa cidade vizinha à deles, Lucas já com 13 anos.
Ele me espantou desde a chegada.
Saiu do carro de sua mãe, correndo, para me abraçar, todo
feliz, e me contou que já está no 8º ano, sem qualquer necessidade de adaptação,
se sente igual aos colegas, participa de todas as atividades e começou a me
contar seus planos para o futuro.
Agora vamos a análise:
O que estava atrapalhando o desenvolvimento de Lucas não era
a microcefalia, nem o autismo e nem o TDAH, se é que esses diagnósticos estavam
corretos. Tenho encontrado muito diagnóstico precipitado a todo momento.
O único obstáculo real era a CRENÇA LIMITANTE imposta a ele
por todos esses RÓTULOS, a partir dos diagnósticos.
Quando aparece um rótulo, nossa mente registra como alguma
coisa impeditiva para o nosso desenvolvimento: “Sou inferior!”
A mente, ao saber das deficiências, se acomoda e não
estimula o cérebro a se consertar, já que existe um documento oficial
determinando a inferioridade, a incapacidade e a impossibilidade de seu desenvolvimento.
O cérebro se acomoda, até mesmo por economia de energia das
células neurais. Para que gastar energia naquilo que não funciona?
Esse caso de Lucas, que é real, precisa que todos nós tenhamos
sempre na lembrança.
Isso porque existe uma infinidade de crianças na mesma situação
e que, por não terem essa orientação, acabam sendo excluídas, não só da escola,
mas da sociedade como um todo.
A interferência mais importante para todos esses casos, e que
todos nós podemos fazer (pais, professores, terapeutas ou até colegas) é
quebrar essas CRENÇAS LIMITANTES que foram impostas à criança.
Quebrando isso, seu cérebro, sozinho, passará a trabalhar a
seu favor, consertando tudo o que ele pode consertar, reduzindo todos os
sintomas que porventura existam, e permitindo que ele se desenvolva, como
qualquer outra criança, e que seja autônomo e feliz.
Nesse caso real, havia um rótulo provocador, da crença
limitante. Mas e no nosso caso? E no nosso dia-a-dia?
Sim, gente!
Lembram que eu falei da economia de energia, pelo cérebro?
Que o cérebro não vai querer gastar energia, em algo que não funcione, ou que
não seja importante?
Pois é!
Somos bombardeados, diariamente, por crenças desse tipo, que
chegam de todas as mais diferentes formas.
Algumas vezes, são colegas de trabalho, que olham o que você
está fazendo, e dizem: “Cara! Não adianta! Isso não vai dar certo!”
Ou pensamentos, nossos mesmos, assim:
- Não sei nada disso. Nunca me ensinaram.
- Não sei por onde começar.
- Não sou qualificado para fazer isso
- Muito difícil. Não vou conseguir.
- Tarde demais. Não adianta.
E até uma resposta que damos a uma proposta positiva de
alguém: “OK, vou tentar”
Sobre essa frase eu dou sempre a mesma contra resposta:
“Não precisa tentar! Basta fazer!”
Ou seja: muitas vezes somos nós mesmos, que começamos um
trabalho, e esbarramos em uma dificuldade qualquer.
Aí, a nossa tendência ao comodismo, se aproveita da
dificuldade, e nos convence a desistir.
Outras vezes, é a observação da facilidade, que algum dos
nossos colegas tem, ao realizar uma atividade, seja de cálculo, seja de
interpretação de textos, seja de raciocínio filosófico, e com isso, nos
convencemos, que não nascemos para isso, desistindo no meio do caminho.
Há momentos em que temos certeza de que é impossível para
nós, porque já tentamos dez vezes, e sempre fracassamos.
Mas, se nós analisarmos, a evolução que tivemos, em cada
tentativa, perceberemos que estamos perto do sucesso, mesmo depois de dez
fracassos.
É nessa hora que mudamos o termo FRACASSO para o termo
APRENDIZAGEM.
E o segredo da mudança está exatamente nessa alteração do
nome, e nessa análise!
Esse é o momento em que temos que dar o “passe mágico”!
O mesmo “passe mágico” que dei, ao atender Lucas, e mudar
toda a sua relação com ele mesmo, quando ele começou a gostar dele mesmo, e passou
a enxergar seu sucesso em tudo.
Foi dado início ao seu pleno desenvolvimento no caminho da
autonomia e da felicidade.
Esse é o momento da transformação do ELEMENTO LIMITANTE de
nossa crença em ELEMENTO ESTIMULANTE.
Passamos, agora, a ter certeza de que nosso sucesso sempre vai
chegar, evoluindo aos poucos, por meio desses exercícios de aprendizagem diários,
e que antes chamávamos de: fracassos...
Então, gente, para concluir:
Dê um basta nas crenças limitantes. Transforme-as em crenças
estimulantes.
E mude o termo fracasso, para aprendizagem.
Não há fracassos! Há exercícios de aprendizagem, que o tempo
todo, da nossa vida, vão contribuindo para a nossa evolução mental e, portanto,
construindo a nossa essência vitoriosa e, consequentemente, a nossa felicidade.
segunda-feira, 6 de abril de 2020
Construção do Equilíbrio Emocional e a Sombra psíquica
IRRITAÇÃO E ESTRESSE SÓ ATRASAM A NOSSA VIDA!
O segredo do sucesso pessoal, profissional e na vida amorosa está no equilíbrio emocional, obtido a partir da integração de nossa sombra psíquica com a nossa personalidade.
O segredo do sucesso pessoal, profissional e na vida amorosa está no equilíbrio emocional, obtido a partir da integração de nossa sombra psíquica com a nossa personalidade.
Mistérios da Mente Humana
Construção do equilíbrio emocional a partir do entendimento
da própria sombra
A maioria das ciências que estuda a psiquê humana procura
encontrar técnicas e métodos, para nos trazer de volta ao nosso equilíbrio
psíquico ou, pelo menos, no caso da psiquiatria, meios de manter em contenção os
surtos mais perigosos daqueles cujo desequilíbrio o levou a doenças
psiquiátricos.
Quase todos esses estudos tentam desvendar o segredo das
sombras psíquicas, no conjunto da personalidade humana.
Elas, as sombras, significam o lado escuro da verdade
interior de cada pessoa, a parte que o indivíduo, de forma inconsciente,
rejeita e, portanto, reprime, como se não fizesse parte dele ou, em alguns
casos, o faz até de forma consciente ou semiconsciente, forçando ignorar essa
verdade com sendo sua.
Quando isso se dá de forma consciente, essa sombra é a parte
da nossa personalidade que nós não aceitamos como sendo nossa ou que, mesmo
sabendo que seja nossa, procuramos esconder até de nós mesmos.
Na psicologia analítica, Jung estuda esse processo em sua “Teoria
das Sombras”, já que esses pensamentos constituem o lado obscuro de nossa
mente.
Na psicanálise, Freud identifica como sendo a parte dos
processos mentais que, por serem considerados dolorosos, incorretos ou desagradáveis,
acabam sendo reprimidos, na parte inconsciente de nossa mente.
O problema é que essa repressão não apaga o seu conteúdo.
Pelo contrário, até os intensifica, criando uma verdadeira
bola de energia, que fica ali contida, mas tentando extravasar a todo momento.
Seja a bola de energia de Freud ou a sombra de Jung, cujos
significados trazem alguma semelhança, a verdade é que nunca seremos nós
mesmos, sadios psiquicamente, equilibrados emocionalmente, se não nos
integrarmos à essa nossa essência desconhecida, escondida de nós mesmos.
Enquanto não identificarmos e entendermos o conteúdo de
nossas sombras estaremos alimentando carências as mais diversas, aumentando a
necessidade de compensações emocionais, sentimentais e de prazeres diversos,
como se o mundo não nos satisfizesse, como se a vida não tivesse qualquer
sentido para nós.
Alguns poderiam pensar que bastaria eliminarmos a sombra, ou
seja, esquecê-la de vez, varrer de nossa mente, apagar toda essa parte obscura.
Se livrar da sombra, ou eliminar essa bola de energia, seria
um objetivo muito simplório, para quem desejaria ter, em si, apenas a parte positiva
de toda a sua personalidade e:
-Nunca mais ter acesso ao que ficou para trás e que nos
faria sofrer, se lembrássemos;
-Nunca mais sentir os desejos e as vontades que consideramos
incorretos socialmente, ou inadequados às nossas opções ou ao nosso EGO aparente
e assim não alimentarmos angústias dolorosas;
-Nunca mais sentir raiva de alguém, querer discutir, querer
brigar, e assim estar bem com todo mundo o tempo todo.
Parece interessante!
Mas... Pode não dar certo!
Lembram de Peter Pan?
Sua sombra fugia dele, sempre que podia, o que significava
que ele ficava apenas com a parte pura de sua personalidade.
Nesse período ele não seria capaz de pisar numa formiga!
Isso parece sublime!
Mas tão puro assim, ele jamais conseguiria combater o
Capitão Gancho!
Sem a parte dura, perversa ou maliciosa de sua personalidade,
ele jamais venceria uma batalha!
A sombra desconectada o deixava ingênuo, totalmente
vulnerável.
A sombra, quando integrada aos seus sentimentos e emoções,
complementava a sua personalidade, eliminando a ingenuidade vulnerável.
Com a parte astuta, Peter Pan passava a ser capaz de criar
estratégias de combate contra o Capitão, pregar-lhe peças, enganá-lo.
Por isso ele pediu a Wendy que costurasse sua sombra em seus
pés.
Lógico que Sininho, a fadinha da história, apaixonada pela
ingenuidade de Peter, preferia ele sem a sombra.
Sim, porque outra parte importante da sombra é a disposição
para um amor mais forte do que o amor fraternal.
E isso começou a preocupar Sininho.
Peter integrado com sua sombra poderia vir a desenvolver a
atração sexual que transformaria Wendy em rival de Sininho...
O conteúdo da sombra, então, é tão importante quanto o
conteúdo de toda a nossa psiquê, uma parte complementando a outra, desde que
sendo bem entendido, analisado, ressignificado, para que a integração seja
totalmente construtiva em termos de felicidade e satisfação pessoal.
Afinal, esse lado faz parte de nós! Nós só temos que saber
como identificá-lo, entendê-lo e, assim, alcançarmos o nosso equilíbrio
emocional e psíquico. Sem esse lado não há evolução fácil.
Ignorar os conteúdos de nossas sombras significa ignorar uma
parte de nós mesmos e, muito possivelmente, essa parte é a que pode dar o
impulso que precisamos para nosso sucesso pessoal, profissional e amoroso.
Mas é importante que estejamos muito atentos ao iniciarmos
essa viagem rumo ao interior de nossa mente, para evitar sermos enganados pelas
interpretações intempestivas e precipitadas de cada parte do conteúdo que
encontrarmos.
Vamos analisar, hoje, um dos conteúdos que mais encontrei,
até agora, nesses acompanhamentos e orientações:
Ao identificarmos um desejo contido que parece nos machucar
muito, pela impossibilidade de sua satisfação, precisamos analisar tudo o que está
contido nesse desejo, sua origem, sua evolução, a razão da negação da sua
satisfação, como se fossemos um leitor analisando um relato de alguém.
Essa análise deve ser a mais fria e neutra possível, para
identificar enganos de observação muito comuns quando uma pessoa, por exemplo,
se apaixona por outra e pensa estar sendo correspondida.
Nessa análise criteriosa não é difícil descobrir a
inexistência da reciprocidade que estava sendo criada na nossa mente como uma
fantasia conveniente.
Após a constatação da inexistência da reciprocidade, a energia
desse desejo começa a ser liberada. A parte negativa desse desejo contido começa
a ser esvaziado do conteúdo da sombra.
Mas permanece na sombra o impulso pela paixão, pelo amor, pelo
relacionamento afetivo e amoroso, que são elementos necessários à construção da
felicidade.
Mas, agora, sem a parte negativa, que havia sido construída
por nós mesmos, na nossa cegueira conveniente, manchando a nossa pureza de
sentimentos.
Ficamos livres, agora, à espera da chegada de alguém com
sentimentos recíprocos.
Não descartar esse engano manteria o sofrimento
desnecessário e nos cegaria para a possibilidade de identificarmos paixões
verdadeiras que, com certeza, surgirão em nosso caminho.
Há muitas outras situações diferentes, é claro!
Em dezenas de conversas que tive com adolescentes: uns em desespero
de desmotivação para com a vida, devido ao uso frequente de drogas; outros em processo
de automutilação ou após tentativas de suicídio, sem motivação aparente; outros
com sintomas semelhantes a esquizofrenia, embora conscientes disso; em todos
eles havia uma desconexão total entre eles e os conteúdos de suas sombras psíquicas.
Todos precisam enfrentar esse desafio iniciando da mesma
forma, com o mergulho profundo em seu próprio interior, para identificar,
analisar e ressignificar, todos os sentimentos, as emoções e desejos ali
contidos
Sem conhecer sua sombra, sem identificar e analisar seus
conteúdos e sem ressignificá-los corretamente, não retornaremos ao equilíbrio emocional
necessário à construção da nossa felicidade.
E, para terminar nossa conversa de hoje, lembrem sempre:
Todos nós nascemos com todo potencial para sermos felizes,
para termos sucesso e para termos excelentes relacionamentos.
Mas tudo isso é limitado quando agimos de acordo com a
expectativa dos outros e não com as maravilhosas perspectivas de vida,
proporcionadas pela integração da nossa sombra com a nossa psiquê.
quinta-feira, 2 de abril de 2020
Autismo só necessita de mais humildade na ciência
No dia Mundial de Conscientização do Autismo, uma reflexão sobre a importância da humildade na ciência:
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