segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Memória

Há muita gente que "bebe para esquecer". Alguns desses ainda chamam os colegas para acompanhar... E algumas vezes até para pagar a conta do bar... Há também os que esquecem por conveniência. Esses "esquecem" de pagar uma dívida, de retribuir um favor, de pedir desculpas, de visitar um amigo doente, de dar "bom dia" a uma pessoa que esteja abaixo de seu nível social e outras situações semelhantes. Quando a mídia começou a divulgar o propanolol como um medicamento para apagar memórias inconvenientes, imaginei o início de uma disputa entre laboratórios farmacêuticos e fabricantes de bebidas! Quem será o mais eficaz na luta para apagar lembranças ruins? E há, também, os que fazem questão de não lembrar, por puro raciocínio lógico. Esses costumam manter sua vida pautada na lógica dos resultados e dos rendimentos, ou seja: "Para que preciso prestar atenção à fisionomia e ao nome das pessoas que nada representam para meus interesses atuais?" "Para que perder tempo conversando com pessoas que não interessam aos meus objetivos de vida?" Todas essas pessoas têm algo em comum. Elas estão "programando" seus cérebros para "esquecer", mesmo sem se dar conta disso! E a maioria delas não faz a menor idéia de como essa programação negativa é eficaz! Nosso cérebro atende, com muita eficiência, as determinações que, mesmo de forma inconsciente, passamos para ele. Isso significa "programá-lo". A partir dessas programações o cérebro vai se acomodando a essas vontades. Se o evento, a atividade ou as pessoas não são de nosso interesse, participamos, mas não prestamos a menor atenção. O cérebro, então, se ajusta aos poucos. O aumento ou a redução da capacidade de fixação de imagens, sons e todas as demais sensações provenientes dos órgãos dos sentidos é ajustada à sua utilização diária. Se não achamos importante memorizar, o cérebro se ajusta a isso e reduz essa capacidade a mínima necessária. Surgem, então, esquecimentos inconvenientes provocados pela ociosidade programada das memórias cerebrais. Aí elas começam a se esquecer de coisas que atrapalharão muito sua vida. Esquecem fórmulas durante a realização de provas, esquecem a hora que deveriam estar em um compromisso de seu interesse, esquecem o nome, o endereço e o telefone do único amigo que poderia lhe tirar de uma "enrascada", etc. Quando a pessoa começa a perceber o que está ocorrendo acredita que seja uma deficiência sua. Não compreende que a deficiência não é de seu cérebro, mas sim da forma como o programou para funcionar. No filme Click o personagem principal "esquece", por meio de um controle remoto mágico, todos os momentos que ele considera não importantes ou desagradáveis de sua vida, pulando essas fases e vivenciando apenas as partes que ele considera convenientes e importantes. Ele só se dá conta do imenso erro que está cometendo quando nada mais pode fazer... Recomendo que assistam ao filme e analisem a mensagem. Essa perda de memória não está associada a alguma doença, como por exemplo, o Mal de Alzheimer, que ocorre quando as pessoas juntam ociosidade cerebral, excesso de estresse e predisposição genética. Esse problema está ligado exatamente à "Má Programação Cerebral", ou seja, as pessoas estão sendo mal programadas por elas mesmas, o que as leva a não lembrar nem daquilo que considera muito importante! Como solucionar esse problema, então? Você tem alguma idéia? Envie suas sugestões clicando em comentários abaixo. Analisarei cada resposta para depois publicar a mais completa. O vencedor receberá um exemplar autografado de qualquer um de meus livros: "Afetividade na Educação" ou "Viravolta", à sua escolha. Boa sorte!

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