terça-feira, 5 de janeiro de 2010

TDAH existe sim!

Tenho recebido mensagens reclamando que eu tenho comentado em meus artigos e em entrevistas na TV e em emissoras de Rádio que TDAH NÃO EXISTE! Preciso, então, deixar claro que não é essa a mensagem que tenho passado nem poderia ser, já que essas anomalias são verdadeiras e necessitam de tratamento por profissionais competentes, ou seja: TDAH EXISTE SIM!

Em momento algum nós, do IUPE, dissemos que tais anomalias não existem! O que insisto em alertar a todos é que temos encontrado crianças e adolescentes diagnosticados como portador de TDAH e que, após algumas semanas de acompanhamento pedagógico direcionado começam a apresentar uma redução acentuada dos sintomas e, após alguns meses estão completamente livres de toda sintomatologia.

Ou seja: Essas crianças e adolescentes nunca tiveram tais doenças, mas chegaram a nós com tal diagnóstico, já que estavam apresentando toda a sintomatologia correspondente. Mas essa sintomatologia era proveniente de traumas, abusos ou educação equivocada, confundindo com os mesmos sintomas apresentados por características neurológicas especiais, essa sim, necessitando de tratamento clínico apropriado, com uso de medicamentos adequados, etc.

Então, para ser bem claro:

Caso A) Há pessoas com anomalias neurológicas e psiquiátricas que precisam estar em acompanhamento médico especializado (neurologistas e psiquiatras), inclusive fazendo uso de medicamentos apropriados, para estabilizar seu comportamento pessoal e permitir um melhor relacionamento social.

Caso B) Há pessoas com anomalias na área da neuroses, demonstrando permanente estado de tristeza, ansiedades, angústias e frustrações que precisam estar em acompanhamento psicanalítico, para alcançar a cura dessas doenças e melhorar seu relacionamento para consigo mesmo.

Caso C) Há pessoas com anomalias comportamentais que não se enquadram nem em NEUROSES nem em PATOLOGIAS NEUROLÓGICAS ou PSIQUIÁTRICAS, que precisam de um acompanhamento psicológico ou simples orientação pessoal para compreenderem a si mesmos e melhor se adequarem corretamente à sociedade e aos grupos aos quais pertencem.

O maior desafio que estamos enfrentando em todas as escolas que seguem nossa orientação metodológica está naqueles alunos que, ao se matricularem, são apresentados como enquadrados no caso A (patologia neurológica ou psiquiátrica) e, após um acompanhamento individualizado rigoroso, constatamos que eles estão enquadrados, não no caso A, mas sim no caso C! Para esses casos houve o que chamamos de DIAGNÓSTICO PRECIPITADO.

Ora! Se tratamos um paciente, enquadrado no caso A, com um medicamento controlado específico, mesmo que esse medicamento apresente efeitos colaterais indesejáveis o médico saberá prescrever a dosagem adequada para minimizar tais efeitos desde que o objetivo final do tratamento seja alcançado.

Mas se o mesmo tratamento estiver sendo prescrito para um paciente que não tem a patologia, os efeitos colaterais poderiam estar sendo evitados, já que essas CRIANÇAS e ADOLESCENTES observados NUNCA TIVERAM TDAH, mas sim apresentaram uma SINTOMATOLOGIA semelhante à das pessoas que verdadeiramente estão acometidas dessa anomalia.

Isso não quer dizer que a doença não existe, Ela existe, mas muitas crianças e adolescentes estão sendo PRECIPITADAMENTE DIAGNOSTICADAS COMO PORTADOR DE TDAH ou de outra qualquer anomalia comportamental, seja ela patológica ou não.

Então, todas essa anomalias, algumas delas incluídas nas listagens de patologias neurológicas ou psiquiátricas, existem sim e podem assumir proporções de muita gravidade, principalmente se não forem tratadas convenientemente e pelos profissionais médicos corretos, como os neurologistas e psiquiatras.

Nosso instituto trabalha com pesquisas nas áreas neuro-psico-cognitivas com estudos e pesquisas de profissionais e cientistas que labutam exatamente nas áreas neurológicas, psiquiátricas, biológicas, psicológicas, psicanaliticas, sociológicas, pedagógicas e outras, tendo o cuidado de analisar, não só as teorias resultantes desses estudos, mas também analisar as observações os resultados das aplicações práticas, em sala de aula e em grupos operativos, das metodologias e técnicas desenvolvidas a partir de todos esses estudos e pesquisas.

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