quarta-feira, 16 de março de 2011

Ser Professor


Há cursos de pedagogia excelentes, assim como há disciplinas de licenciatura sendo ministradas de forma espetacular em uma série de faculdades. A maioria desses cursos orienta e acompanha estágios de seus alunos, para que a teoria ensinada seja colocada em prática e, a partir daí, eles possam estar iniciar o seu trajeto na docência.
Mas na prática mesmo, na hora que ele se vê diante de uma turma totalmente de sua responsabilidade, é que o professor-teórico começa a ter as suas grandes oportunidades para se tornar um verdadeiro educador-prático. Entre essas oportunidades estão:
1.       Aprender que cada turma tem uma personalidade própria e, por isso, sempre existe a possibilidade de se encontrar um foco de interesse comum. A primeira etapa da docência é a conquista da turma. Essa conquista só será realizada quando o professor encontrar esse interesse comum e se basear nele para preparar suas estratégias de conquista.
2.       Aprender que após a conquista da turma o professor deve partir para a conquista de cada aluno, na sua individualidade. Essa conquista do indivíduo é fundamental nos dias de hoje, quando o professor acaba tendo como missão secundária, compensar a ausência afetiva e limitadora dos pais.
3.       Aprender que cada aluno tem um interesse diferente e que se você não descobrir esse “foco de interesse” de cada aluno eles nunca terão o menor interesse pela sua matéria.
4.       Aprender que cada aluno está num estágio cognitivo diferente e, portanto, aquilo que você fala não será, de forma alguma, entendido da mesma maneira por toda a turma.
5.       Aprender que nenhum professor aprende a ensinar com seu professor de faculdade, mas sim com os seus alunos mais problemáticos!
6.       Aprender que, mesmo trafegando bem em cada uma dessas etapas, cada aula merece uma preparação responsável e dedicada, para que o momento de seu encontro seja um verdadeiro show de conhecimento e entusiasmo pelo assunto, como se você fosse um apresentador de TV entusiasmado com uma notícia que vai mudar a forma de todos verem a sua própria vida e assim estarem mais estimulados para o estudo e a pesquisa.
7.        Aprender que quando o aluno está desinteressado, o problema não é dele, mas seu, ou seja, você ainda não conseguiu descobrir o seu foco de interesse para que ele “se ligue” no assunto.
8.       Aprender que quanto mais difícil for a sua turma, ou seja, quanto maiores os desafios a serem enfrentados, maiores são as chances de você realmente aprender a ser professor e a amar aquilo que faz. Ser professor de turmas educadas, comportadas, dedicadas e estudiosas não é ser professor. Turmas assim não precisam de professor. Um computador é mais barato e muito mais eficaz.
9.        Aprender que “não gostar de um aluno” significa que você está confundindo o aluno, que você precisa aprender a amar, com o seu comportamento exteriorizado, que não é culpa dele, mas sim reflexo da sua educação doméstica.
10.   Aprender que “não gostar da turma X” significa que você “caiu” na profissão errada! E se esse erro de escolha fosse prejudicar apenas o seu sucesso pessoal, menos mal, mas é justamente esse erro que está contribuindo para a péssima formação de nosso povo, com os resultados catastróficos em termos de falta de caráter, irresponsabilidade, desonestidade e tudo o mais que assistimos na TV todos os dias...

domingo, 13 de março de 2011

Sintomas Hiperativos e de Déficit de Atenção

CRIANÇA COM SINTOMAS DE HIPERATIVIDADE E DÉFICIT DE ATENÇÃO

RESPOSTA A DÚVIDA DE UMA PROFESSORA PARA FAZER O ACOMPANHAMENTO CORRETO


Inicialmente veja que cada criança tem a sua particularidade, o que significa que o que é bom para uma nem sempre é para a outra.

Mas se essa criança toma remédio controlado e continua assim, já dá para perceber que o remédio pode estar incorreto e o médico deve ser alertado para isso.

1ª parte: LAUDO MÉDICO

O acompanhamento correto e completo deveria iniciar com a leitura do laudo médico, primeiro para saber se o médico é o profissional correto, ou seja, um neuropediatra ou um psiquiatra infantil ou, pelo menos um pediatra. Se for um neurologista ou um psiquiatra, sugiro levar ao profissional correto imediatamente.

Mesmo sendo um profissional correto, é importante conversar com quem levou a criança, para saber quais foram as informações e exames que o médico fez para chegar a conclusão da necessidade daqueles remédios. 

A consulta a um outro profissional da mesma especialidade é recomendável e nenhum profissional sério ficaria incomodado com isso, mas até gostaria de ver a opinião de um outro colega. Isso porque o que está em risco é a felicidade e o desenvolvimento de uma criança.

2ª parte: FOCO DE INTERESSE DA CRIANÇA

Independente das providências recomendadas na 1ª parte, vamos agora ao procedimento em sala, a ser realizado pela professora, assim como pelos pais, em casa.

O importante é encontrar o "foco de interesse" da criança. Assista a esse vídeo meu, que está publicado no Youtube:


A descoberta do foco de interesse é o caminho que vai fazer com que a professora possa preparar estratégias de aprendizagem totalmente voltadas para esse foco. Isso tem sido super eficaz até com crianças autistas!

Agora é com a professora, ou seja: todos os dias entusiasmar a criança com atividades ligadas ao seu foco de interesse, para que a sua atenção seja despertada e o cérebro dela, por si só, começa a "se consertar" aos poucos.

3ª parte: AMBIENTE

Em paralelo com tudo isso é bom analisar também a forma como a criança reage ao ambiente em que está estudando. A mudança de ambiente para outras áreas, ou mesmo até uma alteração na decoração ou ambientação da própria sala, pode ajudar sobremaneira no desenvolvimento de sua capacidade de concentração.

4ª parte: DISCUTIR RESULTADOS

Não é conveniente criar expectativas de obtenção de resultados imediatos! Cada  pequeno resultado alcançado deve ser comemorado, junto com a criança, como se fosse uma tremenda vitória. A criança pode não ter qualquer tipo de doença, ou seja, os sintomas podem ser todos fruto de bloqueio emocional, mas pode ser que tenha doença verdadeira, o que obrigará a continuidade dos remédios. Mas isso será avaliado pelo médico no decorrer do acompanhamento, que deve ser feito em conjunto pelos professores, familiares e médico.

Mas na escola é importante que seja criada imediatamente a ficha de acompanhamento dessa criança, relatando todos os pormenores observados agora e, a cada alteração, deve ser feito novo registro, incluindo aí cópias dos laudos e dos relatos de quem está no processo de acompanhamento.

Isso vai ajudar bastante, não só essa criança, mas todas as demais que apareçam com problemas semelhantes, a partir do momento em que os professores possam ter acesso a essas fichas para estudo.

5ª parte: CONTATO COM NOSSO INSTITUTO (IUPE)

Peço que me mandem os relatos desse acompanhamento, se for possível, com todos os dados possiveis, incluindo copias de laudos, para que nosso instituto possa inclui-lo nos dados de casos semelhantes, e assim possamos estar contribuindo para ajudar a outros professores de outras escolas em qualquer lugar do mundo.

sábado, 5 de março de 2011

Sexualidade Humana - parte 2

Definição Sexual - O Hardware Humano

Continuamos aqui a publicação de estudos que estão no próximo livro sobre sexualidade, ainda na área da DEFINIÇÃO SEXUAL.


A principal razão para a divulgação desses estudos é a necessidade de se orientar as famílias para um maior entendimento da sexualidade de seus filhos e assim evitar problemas psíquicos graves que estão se tornando muito frequentes em nossa sociedade.


A discriminação e a intolerância podem ser as piores armas de destruição de mentes brilhantes que, por algum motivo, não são, sexualmente, da forma que seus pais, sua família e seus amigos desejam.


Vamos, então, ao artigo de hoje:


Ler esse artigo pode parecer desnecessário, já que dificilmente alguém tem alguma dúvida sobre a sua definição sexual. Mas é sempre bom lembrar que estamos falando agora de DEFINIÇÃO SEXUAL, ou seja: a forma externa do corpo, com seus órgãos sexuais característicos do gênero ao qual cada um acredita pertencer.


Fiquem tranquilos todos aqueles que não estão muito satisfeitos com o gênero ao qual pertencem porque o simples fato de ter os órgãos não obriga ninguém a utilizá-los da maneira tradicional... Essa parte vem mais tarde no capítulo dedicado à ORIENTAÇÃO SEXUAL e, mais tarde: OPÇÃO SEXUAL.


Todos, hoje em dia, entendem um pouco de informática. Falar, então, de hardware (a estrutura física do computador) e de software (os seus programas para que ele funcione de acordo com o que queremos) não é mais mistério.


Por esse motivo fica fácil explicar DEFINIÇÃO SEXUAL como HARDWARE da sexualidade humana. Mais tarde vamos comparar a ORIENTAÇÃO SEXUAL ao SOFTWARE da sexualidade e, finalmente, OPÇÃO SEXUAL ao comando motor realizado pelo operador do computador, para fazer com que o hardware e o software funcionem como ele deseja. Mas como funciona isso? Em que momento o feto começa a definir seu gênero? Em que momento o cérebro cria as suas ideias a respeito e como o ser humano pode lidar com tudo isso?


A ciência biológica mostra que o gênero masculino possui um cromossomo X e outro Y. O gênero feminino possui dois cromossomos iguais: XX. As crianças aprendem isso aos treze anos de idade, no oitavo ano do Ensino Fundamental. Infelizmente esquecem tudo quando passam para o nono ano e são obrigados a aprender tudo novamente, no Ensino Médio, para conseguir ser aprovado no vestibular... Mas é a vida...


No início é tudo igual, mesmo com cromossomos diferentes, feto masculino ou feminino possuem as mesmas características. Até o cérebro, ainda em sua formação inicial, é igual nos dois gêneros. Esse é o momento histórico mais estranho da humanidade, pois é o único momento em que homens e mulheres pensam da mesma forma! Depois... Nunca mais! Quem é casado sabe disso muito bem!

Menino biológico

Naquele cromossomo que só existe no feto masculino, o Y, há uma região conhecida pela sigla SRY (Sex-determining Region Y). Nessa região existe um gene que vai produzir um Fator Determinante Testicular. Esse fator, ao ser produzido (e isso ocorre antes dos dois meses de gestação), provoca a transformação da gônada em um testítulo. Estará iniciado, a partir daí, a construção biológica do homem, com todas as suas características, embora muitas delas só apareçam durante o processo da puberdade.

Menina biológica

Aquele ser indefinido, ainda em seu primeiro mês após a fecundação, só pelo fato de não possuir o cromossomo Y, (responsável pela geração daquele Fator Determinante Testicular), permite a natural transformação da sua gônada em ovário. Ou seja: a simples ausência desse fator determina a sua transformação biológica em menina. A partir daí, da mesma forma que ocorre nos meninos, tem início a definição de todas as características do gênero feminino, muitas delas também aguardando o período da puberdade para seu pleno desenvolvimento.

Caso especial

Há casos em que esse gene, que normalmente fica na região chamada de SRY do cromossomo Y, instala-se no cromossomo X. Nesses casos ocorre o inverso, ou seja: o embrião XX, que deveria ser menina, terá sua gônada transformada em testículo. Já o embrião XY, que deveria ser menino, mas que perdeu a região SRY, terá a sua gônada transformada em ovário, e será uma garota (Ginecologia – Luiz Carlos Viana, Madalena Martins e Selmo Geber – Cap 3 Embriologia dos Órgãos Genitais – Bibliomed: ).

Anomalias ligadas à Definição Sexual

Nesse estudo não estaremos entrando em detalhes na análise das anomalias estruturais, mas não podemos deixar de comentar sobre o caso do hermafroditismo, quando a criança transforma suas gônadas tanto em testículos como em ovários, a partir do segundo mês após a fecundação, possuindo, ao nascer, os dois órgãos sexuais bem formados, internos e externos, de ambos os sexos, incluindo o pênis e a vagina.


Essas crianças deveriam ser, em sua maioria, do sexo feminino, devido a possuírem os cromossomos XX. As causas da formação dos órgãos sexuais masculinos nessas meninas ainda é um mistério científico (Hermafroditismo – Há diversos estudos em andamento sobre as causas dessa anomalia e o leitor pode acompanhar o andamento dessas análises por meio das reportagens e entrevistas feitas pelos meios de comunicação com os pesquisadores responsáveis).

 (Esse artigo está registrado pelo autor, Roberto Andersen, e faz parte de seu próximo livro sobre sexualidade humana)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Sexualidade Humana - parte 1

Sexualidade Humana: um extrato do capítulo sobre definição, orientação, opção e hipocrisia

Para evitar que os amigos tenham que aguardar a publicação do livro para ter contato com algumas conclusões importantes, resolvi publicar, no BLOG, alguns extratos que já podem fazer parte de seus momentos de reflexão interior, atitude essa que poderá contribuir, de forma decisiva, para a redução de elementos fortíssimos na formação de nossas neuroses.
Logo “de cara” coloquei, no título, o termo “hipocrisia” por ser, infelizmente, a forma mais comum do ser humano demonstrar suas ideias, vontades, pontos de vista e, também, sua orientação e opção sexual, perante os amigos, a sociedade e o mundo.
Lembro que esse estudo é científico e as conclusões são decorrentes de uma análise minuciosa, realizada desde 1998, por meio de entrevistas, registros de quadros clínicos psicanalíticos, depoimentos pessoais e relatos de terapeutas, médicos e, também, religiosos, mas com elementos buscados também em experiências pessoais e relatos de amigos em momentos anteriores a 1998, além de colher dados de relatos históricos e da literatura em diferentes épocas.
É necessário convencionar alguns termos, para que todos nós estejamos falando da mesma coisa e evitando, assim, confusões com características puramente semânticas!
Definição sexual será entendida como a forma física característica do homem e da mulher, principalmente seus órgãos sexuais e outros caracteres específicos ligados ao gênero. A definição, portanto, não depende da vontade própria, mas sim da programação celular em sua evolução biológica a partir da fecundação e desenvolvida durante toda a gestação e, mais tarde durante o crescimento, estabilizando após o período de adolescência. A definição é a forma física do corpo do homem e da mulher. A definição é, então, biológica, estrutural, faz parte do hardware humano e determina a formatação sexual característica do corpo masculino ou feminino.
Orientação sexual deve ser entendida como a atração física ou psíquica sentida por uma pessoa em relação a outra, mesmo que essa pessoa não esteja entendendo as razões dessa atração. Ela também não depende de vontade própria, mas sim da forma como os elementos sensoriais disparam, no cérebro, a geração de substâncias neurotransmissoras que servirão para comandar o sentimento de atração pela outra pessoa. Esse sentimento, ou essa sensação, decorre de comandos eletroquímicos e independe totalmente de vontade própria. A orientação é bioquímica, sensorial, decorre da sensibilização de cada elemento responsável pela captação das sensações externas e da forma como é estimulado o sentimento de atração bioquímica pelo outro, dentro do cérebro humano.
Opção sexual deve ser entendida como a interferência inteligente do ser na forma de interpretar seus sentimentos sexuais. A opção está ligada ao raciocínio humano, utilizando todo o conhecimento adquirido e levando em consideração: a sua forma física e a do outro; a análise da força da atração que sente pelo outro; a conveniência pessoal, cultural ou social de exteriorizar essa atração; uma forma simbólica de exteriorizar esse sentimento considerado inconveniente, moralmente incorreto ou impossível; uma forma compensatória de dar vazão a esse sentimento sem caracterizá-lo sexualmente, que pode ser entendido como sublimação etc.
No próximo artigo vamos ver como se dá o processo de DEFINIÇÃO SEXUAL  e de ORIENTAÇÃO SEXUAL, segundo as pesquisas mais recentes. Mas por enquanto vamos ficar por aqui, para não confundir muito e também para não ficar muito chato!
(Esse artigo está registrado pelo autor, Roberto Andersen, e faz parte de seu próximo livro sobre sexualidade humana)

terça-feira, 1 de março de 2011

Programação cerebral - uma dica

Programe seu cérebro... Mas procure entender melhor quem você realmente é! A programação tem que ser compatível com a máquina...