sábado, 5 de março de 2011

Sexualidade Humana - parte 2

Definição Sexual - O Hardware Humano

Continuamos aqui a publicação de estudos que estão no próximo livro sobre sexualidade, ainda na área da DEFINIÇÃO SEXUAL.


A principal razão para a divulgação desses estudos é a necessidade de se orientar as famílias para um maior entendimento da sexualidade de seus filhos e assim evitar problemas psíquicos graves que estão se tornando muito frequentes em nossa sociedade.


A discriminação e a intolerância podem ser as piores armas de destruição de mentes brilhantes que, por algum motivo, não são, sexualmente, da forma que seus pais, sua família e seus amigos desejam.


Vamos, então, ao artigo de hoje:


Ler esse artigo pode parecer desnecessário, já que dificilmente alguém tem alguma dúvida sobre a sua definição sexual. Mas é sempre bom lembrar que estamos falando agora de DEFINIÇÃO SEXUAL, ou seja: a forma externa do corpo, com seus órgãos sexuais característicos do gênero ao qual cada um acredita pertencer.


Fiquem tranquilos todos aqueles que não estão muito satisfeitos com o gênero ao qual pertencem porque o simples fato de ter os órgãos não obriga ninguém a utilizá-los da maneira tradicional... Essa parte vem mais tarde no capítulo dedicado à ORIENTAÇÃO SEXUAL e, mais tarde: OPÇÃO SEXUAL.


Todos, hoje em dia, entendem um pouco de informática. Falar, então, de hardware (a estrutura física do computador) e de software (os seus programas para que ele funcione de acordo com o que queremos) não é mais mistério.


Por esse motivo fica fácil explicar DEFINIÇÃO SEXUAL como HARDWARE da sexualidade humana. Mais tarde vamos comparar a ORIENTAÇÃO SEXUAL ao SOFTWARE da sexualidade e, finalmente, OPÇÃO SEXUAL ao comando motor realizado pelo operador do computador, para fazer com que o hardware e o software funcionem como ele deseja. Mas como funciona isso? Em que momento o feto começa a definir seu gênero? Em que momento o cérebro cria as suas ideias a respeito e como o ser humano pode lidar com tudo isso?


A ciência biológica mostra que o gênero masculino possui um cromossomo X e outro Y. O gênero feminino possui dois cromossomos iguais: XX. As crianças aprendem isso aos treze anos de idade, no oitavo ano do Ensino Fundamental. Infelizmente esquecem tudo quando passam para o nono ano e são obrigados a aprender tudo novamente, no Ensino Médio, para conseguir ser aprovado no vestibular... Mas é a vida...


No início é tudo igual, mesmo com cromossomos diferentes, feto masculino ou feminino possuem as mesmas características. Até o cérebro, ainda em sua formação inicial, é igual nos dois gêneros. Esse é o momento histórico mais estranho da humanidade, pois é o único momento em que homens e mulheres pensam da mesma forma! Depois... Nunca mais! Quem é casado sabe disso muito bem!

Menino biológico

Naquele cromossomo que só existe no feto masculino, o Y, há uma região conhecida pela sigla SRY (Sex-determining Region Y). Nessa região existe um gene que vai produzir um Fator Determinante Testicular. Esse fator, ao ser produzido (e isso ocorre antes dos dois meses de gestação), provoca a transformação da gônada em um testítulo. Estará iniciado, a partir daí, a construção biológica do homem, com todas as suas características, embora muitas delas só apareçam durante o processo da puberdade.

Menina biológica

Aquele ser indefinido, ainda em seu primeiro mês após a fecundação, só pelo fato de não possuir o cromossomo Y, (responsável pela geração daquele Fator Determinante Testicular), permite a natural transformação da sua gônada em ovário. Ou seja: a simples ausência desse fator determina a sua transformação biológica em menina. A partir daí, da mesma forma que ocorre nos meninos, tem início a definição de todas as características do gênero feminino, muitas delas também aguardando o período da puberdade para seu pleno desenvolvimento.

Caso especial

Há casos em que esse gene, que normalmente fica na região chamada de SRY do cromossomo Y, instala-se no cromossomo X. Nesses casos ocorre o inverso, ou seja: o embrião XX, que deveria ser menina, terá sua gônada transformada em testículo. Já o embrião XY, que deveria ser menino, mas que perdeu a região SRY, terá a sua gônada transformada em ovário, e será uma garota (Ginecologia – Luiz Carlos Viana, Madalena Martins e Selmo Geber – Cap 3 Embriologia dos Órgãos Genitais – Bibliomed: ).

Anomalias ligadas à Definição Sexual

Nesse estudo não estaremos entrando em detalhes na análise das anomalias estruturais, mas não podemos deixar de comentar sobre o caso do hermafroditismo, quando a criança transforma suas gônadas tanto em testículos como em ovários, a partir do segundo mês após a fecundação, possuindo, ao nascer, os dois órgãos sexuais bem formados, internos e externos, de ambos os sexos, incluindo o pênis e a vagina.


Essas crianças deveriam ser, em sua maioria, do sexo feminino, devido a possuírem os cromossomos XX. As causas da formação dos órgãos sexuais masculinos nessas meninas ainda é um mistério científico (Hermafroditismo – Há diversos estudos em andamento sobre as causas dessa anomalia e o leitor pode acompanhar o andamento dessas análises por meio das reportagens e entrevistas feitas pelos meios de comunicação com os pesquisadores responsáveis).

 (Esse artigo está registrado pelo autor, Roberto Andersen, e faz parte de seu próximo livro sobre sexualidade humana)

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