quarta-feira, 2 de março de 2011

Sexualidade Humana - parte 1

Sexualidade Humana: um extrato do capítulo sobre definição, orientação, opção e hipocrisia

Para evitar que os amigos tenham que aguardar a publicação do livro para ter contato com algumas conclusões importantes, resolvi publicar, no BLOG, alguns extratos que já podem fazer parte de seus momentos de reflexão interior, atitude essa que poderá contribuir, de forma decisiva, para a redução de elementos fortíssimos na formação de nossas neuroses.
Logo “de cara” coloquei, no título, o termo “hipocrisia” por ser, infelizmente, a forma mais comum do ser humano demonstrar suas ideias, vontades, pontos de vista e, também, sua orientação e opção sexual, perante os amigos, a sociedade e o mundo.
Lembro que esse estudo é científico e as conclusões são decorrentes de uma análise minuciosa, realizada desde 1998, por meio de entrevistas, registros de quadros clínicos psicanalíticos, depoimentos pessoais e relatos de terapeutas, médicos e, também, religiosos, mas com elementos buscados também em experiências pessoais e relatos de amigos em momentos anteriores a 1998, além de colher dados de relatos históricos e da literatura em diferentes épocas.
É necessário convencionar alguns termos, para que todos nós estejamos falando da mesma coisa e evitando, assim, confusões com características puramente semânticas!
Definição sexual será entendida como a forma física característica do homem e da mulher, principalmente seus órgãos sexuais e outros caracteres específicos ligados ao gênero. A definição, portanto, não depende da vontade própria, mas sim da programação celular em sua evolução biológica a partir da fecundação e desenvolvida durante toda a gestação e, mais tarde durante o crescimento, estabilizando após o período de adolescência. A definição é a forma física do corpo do homem e da mulher. A definição é, então, biológica, estrutural, faz parte do hardware humano e determina a formatação sexual característica do corpo masculino ou feminino.
Orientação sexual deve ser entendida como a atração física ou psíquica sentida por uma pessoa em relação a outra, mesmo que essa pessoa não esteja entendendo as razões dessa atração. Ela também não depende de vontade própria, mas sim da forma como os elementos sensoriais disparam, no cérebro, a geração de substâncias neurotransmissoras que servirão para comandar o sentimento de atração pela outra pessoa. Esse sentimento, ou essa sensação, decorre de comandos eletroquímicos e independe totalmente de vontade própria. A orientação é bioquímica, sensorial, decorre da sensibilização de cada elemento responsável pela captação das sensações externas e da forma como é estimulado o sentimento de atração bioquímica pelo outro, dentro do cérebro humano.
Opção sexual deve ser entendida como a interferência inteligente do ser na forma de interpretar seus sentimentos sexuais. A opção está ligada ao raciocínio humano, utilizando todo o conhecimento adquirido e levando em consideração: a sua forma física e a do outro; a análise da força da atração que sente pelo outro; a conveniência pessoal, cultural ou social de exteriorizar essa atração; uma forma simbólica de exteriorizar esse sentimento considerado inconveniente, moralmente incorreto ou impossível; uma forma compensatória de dar vazão a esse sentimento sem caracterizá-lo sexualmente, que pode ser entendido como sublimação etc.
No próximo artigo vamos ver como se dá o processo de DEFINIÇÃO SEXUAL  e de ORIENTAÇÃO SEXUAL, segundo as pesquisas mais recentes. Mas por enquanto vamos ficar por aqui, para não confundir muito e também para não ficar muito chato!
(Esse artigo está registrado pelo autor, Roberto Andersen, e faz parte de seu próximo livro sobre sexualidade humana)

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