Logo depois que publiquei minha última crônica sobre "Como garantir o fracasso pessoal e profissional de seu filho", recebi inúmeras mensagens relatando casos que mais parecem piada, mas que pelo resultado negativo que aparecerá no futuro desses alunos, está mais para tragédia!
As famílias perderam completamente a noção do que significa educação doméstica e, quando uma escola se propõe a complementá-la, elas se voltam contra os professores, superprotegendo seus bebês dessa insanidade (segundo elas), que chamamos de imposição de limites...
Mas a falta de noção desses pais é perfeitamente compreensível. Afinal, há muito tempo nosso sistema de ensino está conseguindo eliminar a capacidade de discernimento dos alunos que passam pela educação pública. Muitos desses ex-alunos são, hoje, pais, completamente despreparados para com o entendimento de que afetividade COM IMPOSIÇÃO DE LIMITES são as bases para a educação de seus filhos.
Hoje, entretanto, não falarei dos pais, mas sim dos "rolezinhos do sexo", o primeiro deles ocorrido em São Paulo e que, certamente, terá seguidores por todo o nosso país.
Tudo começou nas escolas públicas onde percebeu-se que, mesmo sem qualquer vontade política real de prover uma boa formação intelectual, emocional e de caráter, ainda há muitos alunos que estão conseguindo "dar a volta por cima" e surpreender o sistema, com sua excelente formação pessoal, técnica e profissional e, mais importante do que tudo, com excelente formação de caráter!
Tal constatação pode estar preocupando demais as autoridades constituídas, já que filhos de famílias de baixa renda, bem preparadas intelectualmente, e batalhando para crescer na vida, jamais ficarão satisfeitas em ver a forma como nossas autoridades conseguem suas fortunas...
Eles, certamente, ficarão muito insatisfeitos ao perceber que tais fortunas pessoais surgem em detrimento da educação, da saúde, da limpeza urbana, do saneamento básico, e outras tantas necessidades reais.
E pior ainda quando perceberem que qualquer dessas obras só ocorre quando há a garantia de percentuais elevadíssimos de comissão para seus bolsos...
Então o perigo existe! Esses alunos inteligentes e bem preparados, embora estudando em escolas públicas, podem , de repente, analisar com mais cuidado o período da revolução francesa e, quem sabe, podem até ter vontade de influenciar seus colegas para a criação de uma nova juventude pensante, como a que existiu naquela época e fazer justiça com as próprias mãos.
Juventude pensante... Que pena que já não existe! Não existe na escola pública e não existe também nas escolas particulares.
Mas acho que estou enganado, porque alguém está com muito receio de que essa juventude surja de algum lugar.
Enquanto esse perigo surgir nas escolas particulares de bairros nobres não há tanto problema assim, já que os pensantes estarão já envolvidos, desde cedo, com a corrupção de seus pais e apenas usarão a inteligência para dar continuidade ao processo podre de nosso sistema.
Mas se isso surge em escolas públicas ou em particulares de bairros de baixa renda, aí o perigo para o sistema se torna iminente.
Para eliminar, de uma vez por todas, o perigo de uma juventude pensante, prepara-se estratégias cada vez mais eficazes, a maioria delas direcionada à deseducação pública.
A mais recente veio com o nome de "rolezinhos do sexo".
Para os incautos tudo não passa de uma brincadeira de jovens de subúrbio, mas basta observarmos bem, para perceber que eles são apenas adolescentes muito bem manipulados pelos sistema por uma causa conveniente, não a esses jovens, mas convenientes aos detentores do poder vigente, para assim manterem a continuidade de suas trapaças sem qualquer questionamento.
O primeiro rolezinho do gênero foi muito bem divulgado e ocorreu durante o horário das aulas, é claro, para assegurar que ninguém se atrevesse a ficar estudando ou tirando dúvidas com seus professores.
Para garantir que nem os mais "nerds" resistissem, ficou claro que seria num parque público, com toda proteção policial (havia carro de polícia e motos vigiando em volta do parque para os alunos não serem molestados), com distribuição de maconha (claramente distribuída, enrolada e consumida, conforme mostraram as equipes de reportagem no local), com assistência de agentes de saúde oficiais do poder público, distribuindo camisinhas, para que todos perdessem o receio de manter uma relação sexual sem a devida proteção, e tudo isso ocorreu às claras.
Ora! Difícil encontrar um adolescente, por mais estudioso que seja, que consiga resistir a essa tentação do sexo livre, exatamente na fase em que seus hormônios estão em alta.
A maconha virá como um complemento necessário para garantir que sua capacidade de discernimento seja reduzida aos poucos. A mesma maconha que é fartamente distribuída em praticamente todas as universidades públicas do país, com a mesma intenção, mais do que clara!
Esses adolescentes estarão alegres, se divertindo, mantendo relações sexuais promíscuas, drogando-se, e afastando-se completamente de qualquer possibilidade de virem a ser seres pensantes e questionadores!
O sistema estará livre desse perigo iminente!
E ainda por cima, estará preparando adolescentes totalmente liberados para a sexualidade, num momento em que o Brasil precisa apresentar ao turista da Copa, prostitutos e prostitutas suficientes para o seu deleite durante sua estada por aqui...
Fico impressionado com essa estratégia, que de tão eficaz, certamente faria Maquiavel reescrever O Príncipe, em parceria com nossos atuais políticos.
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