Como preparar meu filho para o primeiro dia
de aula?
Olá amigos,
Nossa conversa de hoje vai ser dedicada aos
pais, digamos, “de primeira viagem”, ou seja, aqueles que estão se preparando
para levar o filho à escola pela primeira vez e estão ansiosos e preocupados em
relação à reação do filho.
Vamos começar analisando a porta de uma
escola de Educação Infantil, em seu primeiro dia de aula do ano.
Há crianças que chegam ansiosas pelo novo,
um pouco desconfiadas a princípio, mas que se soltam imediatamente, após o
contato com as professoras e os colegas.
Essas se despedem das mães sem qualquer
medo, sem demonstrar tristeza alguma.
Há outras que não desgrudam da mãe e que
insistem em voltar para casa. Choram, berram, esperneiam, tentando convencer a
mãe de que a pior coisa do mundo seria deixa-la naquele ambiente hostil!
Nesse segundo caso, algumas mães desistem,
e levam seu filho de volta, para tentar, quem sabe, no dia seguinte.
Essas apenas adiaram o seu sofrimento de
mãe, que vai ter que enfrentar tudo de novo no dia seguinte.
Algumas mães preferem ficar um pouco com
seus filhos na escola, o que deve ser muito bem combinado com os professores,
já que isso permite interferências que poderão atrapalhar a rotina normal da
escola.
Mas, se a escola permite, não há nada a
opor.
O importante é tentar não interferir no
processo pedagógico da escola, e mais importante ainda é não transformar isso
em rotina!
Importante, também, que os pais conheçam
muito bem qual o método que aquela escola utiliza para ambientação da criança
novata, para evitar tomar atitudes que só atrapalhem a adaptação de seu filho.
Interferir em uma metodologia sem
conhece-la corretamente pode destruir toda a sua eficácia.
Mas entre as crianças que foram deixadas
chorando, há dois casos típicos: O daquela que se adapta assim que “esquece” da
mãe, e a que não se adapta e mantém seu comportamento de revolta.
A adaptação assim que a mãe “some de vista”
é o mais comum. Isso ocorre em diversos momentos da vida, surpreendendo as
mães.
Já a insistência reativa, ou seja, a
criança que não se adapta, nem com as intervenções pedagógicas específicas
realizadas pelos profissionais da escola, essa precisará de intervenção
psicopedagógica.
Quem vai apontar essa necessidade é a direção
da própria escola.
Mas por que essas diferenças?
Ou seja: como preparar meu filho para que
ele esteja na situação de fácil adaptação?
A diferença está no equilíbrio emocional,
na segurança afetiva e na habilidade interpessoal que foram construídas nessa
criança.
Educar a criança visando o seu equilíbrio
emocional, a sua segurança afetiva e a sua habilidade no relacionamento
interpessoal é uma tarefa trabalhosa e de muita responsabilidade!
Crianças que foram educadas sem estarem
“grudadas” em seus pais conseguem construir uma sensação de segurança pessoal
mais sólida do que as que desenvolveram total dependência afetiva.
No livro Afetividade na Educação eu mostro
detalhadamente como fazer isso em cada fase de desenvolvimento da criança.
Mas vamos sintetizar aqui cinco dessas
dicas, que podem evitar que esse primeiro dia de aula seja um transtorno para
você:
1-Colo:
Colo é transporte (assista nosso vídeo
sobre isso e veja os detalhes). Faça todos os afagos e carinhos em seu filho,
com ele no berço. Nunca deixe que as pessoas fiquem com ele no colo.
Crianças que estão constantemente “no colo”
desenvolvem uma insegurança emocional muito forte e criam uma forte dependência
aos pais, muito difícil de ser desconstruída.
2-Creche:
Se puder coloque-o em uma creche confiável
desde cedo. O relacionamento com outras crianças de sua idade é importantíssimo
para o seu desenvolvimento cerebral pleno.
A desvantagem apontada por muitos avós é o
afastamento afetivo entre pais e filhos durante o período da creche.
Essa relação afetiva deverá ser reforçada
todos os dias entre a hora da saída da creche e a hora de dormir, quando os
pais deverão se dedicar integralmente ao relacionamento afetivo.
Minha sugestão:
Enquanto um se dedica ao famoso banho
lúdico e afetivo, que é mais brincadeira do que limpeza, o outro assume a
massagem relaxante, contando histórias, até a criança dormir.
3-Clubes ou parques:
Se preferir não o colocar em creche, leve-o
sempre a algum parque ou clube, para que ele se acostume a conviver com outras
crianças. Brincar com colegas da mesma idade cria segurança no relacionamento
interpessoal.
4-Habilidades pessoais:
Na fase sensório-motora (fase anal),
observe e estimule suas conquistas e suas atividades físicas exploratórias sem
limitá-lo, embora com o cuidado para que ele não se machuque.
5-Escuta ativa:
Preste atenção, de verdade, todas as vezes
em que ele se dirigir a você. Não corte suas frases pelo meio, porque isso
inibe a autoconfiança e cria dependência.
Ou seja: crie seu filho para ele ser
autossuficiente e não para ser seu dependente!
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Forte abraço.
Até nosso próximo encontro
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