sábado, 29 de fevereiro de 2020

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Autismo e a construção da inteligência



Autistas e a Construção da Inteligência

Muitas pessoas podem perguntar a razão pela qual um estudo sobre inteligência e aprendizagem faz referência ao autista como ponto principal.

Mas isso será esclarecido aos poucos, quando analisarmos todo o processo dessa construção.

Na nossa conversa de hoje vamos ver a origem ocidental dos estudos sobre a cognição, que é a capacidade de aprender, e como surgem as memórias, que são os elementos básicos para que todo o processo de aprendizagem ocorra e, assim, possamos construir a inteligência e, como utilizar melhor, essas inteligências.

Sabemos que os conceitos dos povos orientais e os dos povos árabes foram os primeiros a serem desenvolvidos, mas os conceitos gregos acabam sendo a nossa referência, principalmente pela facilidade de acesso às suas obras.

Então vamos pular Sócrates e todos os pré-socráticos, indo direto a Platão.

Segundo ele, o ser humano é dotado de duas espécies de memória, a inata, herdada do mundo inteligível, recebida antes de nascer, e a construída, proveniente do mundo sensível, a partir do seu nascimento.

Aristóteles, depois dele, abandonou a ideia de memória inata, considerando, em seus escritos, que só existia a memória construída, com base apenas no mundo sensível.

Nesse ponto fazemos um paralelo com o que, nos dias de hoje, Richard Dawkins chamou de memória dos “memes”, que tem um pouco a ver com a ideia de Platão, mas que, em vez de ser recebida do mundo inteligível, seria herdada dos antepassados, como uma espécie de registro cultural passado de pai para filho, da mesma forma como são passadas as heranças genéticas.

Quem desejar se aprofundar nessa realidade dos memes, leia “O Gene Egoísta”, de Richard Dawkins.

Então, além dos genes, em nosso DNA, onde estão todas as memórias (ou programações) que determinam o desenvolvimento de nosso organismo, há também os memes, só não sabemos, ainda, onde se localizam, trazendo todas as memórias culturais da nossa linhagem antropológica.

Os autistas começam a entrar em nosso estudo aqui.

As diferenças entre os autistas e os neurotípicos estariam em algumas alterações nos genes.

Alguns chamam de mutações e outros insistem em detalhar que são diferentes chaveamentos das muitas programações existentes em cada um deles.

Essas diferenças acabam trazendo aos autistas algumas características que podem prejudicar todo o seu desenvolvimento, mas trazem outras que podem até trazer alguma capacidade de raciocínio muito superior a qualquer neurotípico.

Se ele vai ter sua vida prejudicada ou se vai poder usufruir disso, vai depender da forma como ele será tratado e acompanhado durante o seu desenvolvimento neurofisiológico.

Se for tratado exclusivamente com medicamentos psiquiátricos, ele terá seus sintomas “camuflados”, mas não vai ter condições de desenvolver corretamente suas redes neurais e, então, só sairá prejudicado.

Mas, para nosso estudo de hoje, o que precisamos saber é que, entre essas características diferenciadas dos autistas está a inexistência da fagocitose que, no caso dos neurotípicos, elimina cerca de 900 trilhões de sinapses, dos dois aos doze anos de idade, deixando os não autistas, ou seja, os ditos “normais”, com apenas 100 trilhões delas.

Os autistas continuam com quase todas elas, o que significa que, teoricamente, os ditos “normais” teriam apenas 10% da capacidade de pensamento dos autistas.

Esses detalhes constam das nossas conversas específicas sobre o autismo, em outras postagens. Quem quiser entrar nesses detalhes assistam aos nossos vídeos sobre os autistas.

Mas vamos ver como isso vai ser útil mais tarde.

Voltando aos memes, só sabemos que são memórias herdadas, o que me leva ao conhecimento que adquiri de um Xamã aborígene, na década de setenta, no deserto da Austrália, quando ele afirmava que nossa memória tem acesso a todo conhecimento do mundo, desde que tenha sido “pensado” com alguma intensidade.

No estudo de Dawkins esse conhecimento estaria nos memes.

Mas o que isso interessa a nós?

Interessa saber que todos nós, sejamos autistas ou neurotípicos, TDAHs ou não, deficientes ou não, temos essas memórias dentro de nós.

Isso significa que cada um de nós tem a capacidade, pelo menos em potencial, de juntar as informações percebidas (visão, audição, etc.), que são as do mundo sensível, arquivadas a partir da fecundação, com as do mundo inteligível (segundo Aristóteles) ou memético (segundo Dawkins) e, a partir daí, construir o nosso conhecimento e elaborar as nossas conclusões.

Desenvolver essa capacidade intelectual é uma necessidade evidente devido, principalmente, aos desafios globais que, a cada dia, se tornam mais complicados.

Mas é exatamente aí que entram os autistas.

Neles, essa capacidade de raciocínio pode ser bem superior à dos demais, aliás, dez vezes maior, se ela estiver relacionada ao número de redes neurais.

Isso significa que reduzir os sintomas autistas sem prejudicar seu cérebro, ou sejam sem os efeitos colaterais dos medicamentos, é a única forma de esse excesso de sinapses ser direcionada para o seu desenvolvimento cerebral pleno.

Assim sua potencialidade se transformará em capacidade adquirida e, com isso, sua inteligência dará um verdadeiro salto.

Eles terão maior capacidade que todos os demais, tanto para elaborar suas conclusões a partir das memórias sensíveis, como terão muito mais capacidade de comparar tais memórias com as inatas, venham elas do mundo inteligível ou dos memes.

Então aí está a razão de não podermos falar de desenvolver inteligência sem incluir os autistas, já que estaríamos eliminando exatamente quem mais poderá ajudar à sociedade na compreensão mais detalhada e mais precisa, de todos os grandes desafios que ainda estão por vir.

Precisamos, entretanto, evitar que esses autistas sejam alvo de exibicionismo, como uma atração circense, ou que tenham seus sintomas tratados como se fossem doentes mentais.

Por muito tempo se comentou sobre o aparecimento das crianças índigo e, depois, as crianças cristal. 

Eu acredito que, se tratarmos corretamente os seus sintomas, acharemos a Índigo e a Cristal nas nossas crianças azuis.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

AUTISMO: Um alerta importante para pais e terapeutas



Precisamos tomar muito cuidado com o que ouvimos e lemos sobre o autismo, já que há profissionais trazendo informações que podem prejudicar, ainda mais, o desenvolvimento de nossos autistas.

Alguns se baseiam até em comprovações científicas já publicadas, mas também sabemos que, segundo Peter Goetzsche, em seu livro: “Medicamentos mortais e o crime organizado: Como a indústria farmacêutica corrompeu a assistência médica”, há comprovações científicas sérias e há comprovações científicas produzidas com uma determinada finalidade lucrativa.

Mas sou obrigado a dar esse alerta aos pais e aos terapeutas!

Quando se fala que autismo é genético isso não quer dizer que é hereditário. Alguns estudos mostram que apenas uma parte muito pequena do genoma humano é hereditário. Isso significa que os seus genes podem sofrer alterações por conta de influência do meio ambiente. E essas influências têm sido detectadas em diversos elementos e em diversas origens.

Quando os “experts” em ciência genética afirmam que as variações nos genes dos autistas não são mutações genéticas, mas sim combinações de uma espécie de chaveamento interno, que regulam as ações programadas em cada gene, eles estão entrando em detalhes técnicos que, mesmo precisos, não explicam as razões para que tais chaveamentos ocorram de forma irregular, e tragam as características que tanto os afastam da “normalidade”.

Na realidade o que mais interessa a quem quer salvar os autistas da exclusão social é, em primeiro lugar o encontro de sua cura. Sim, porque suas características, quando intensificadas, prejudicam todo o seu desenvolvimento e, principalmente, a sua autonomia e os pais desejam essa cura!

Falar de cura para profissionais que insistem em dizer que autismo não é doença, não é síndrome, não é transtorno, nem deficiência, mas sim uma forma diferente e natural de SER, significa que teremos que convencer os pais a abandonar todos os processos de redução de seus sintomas a aceitar que seus filhos são normais como estão, ou seja, terão que ser eternamente assim, alguns sem falar, outros sem raciocinar corretamente, outros sem socializar, porque isso é uma comprovação científica publicada as principais revistas científicas mundiais.

E, se os sintomas se agravarem, que devem ser medicados com os mesmos medicamentos dos doentes psiquiátricos, para pararem de agredir, conseguirem dormir, etc.

Para quem, como nós, acompanha há vinte e um anos, diversos alunos autistas incluídos em nossas turmas regulares, o que nos interessa é reduzir seus sintomas, para que tenham a mesma capacidade de desenvolvimento cognitivo e emocional que seus colegas e que consigam construir a sua autonomia e serem felizes sem dependerem de seus pais.

E para isso a redução dos sintomas não significa camuflá-los com drogas, mas sim melhorar a eficácia da microbiota intestinal, eliminar os parasitas do sistema digestório, complementar os níveis de vitaminas e, como não sabemos ainda como recuperar as paredes de seu intestino, que é permeável, devido a uma má formação decorrente dessa alteração nos genes, eliminar da sua dieta todos os alimentos cujas proteínas, se forem para a corrente sanguínea, provocarão a inflamação cerebral e aumentarão todos os sintomas.

A sorte das famílias dos autistas é que já há médicos bem preparados para esse entendimento, principalmente os nutrólogos, como Aderbal Sabrá, na CESGRANRIO, Consolação Oliveira, em Minas Gerais e, é claro, de um número cada vez maior de nutricionistas, a começar pela referência maior no Brasil, que é Cláudia Marcelino.

Só para concluir:

A ciência médica, biológica, genética, e todas as demais, estão ainda muito aquém do conhecimento que precisamos ter para o entendimento do ser humano.

Considero muito temeroso dizer que conhecemos o autismo. Precisamos do apoio de todas as ciências e de todos os práticos, em uma conversa transdisciplinar na qual todos possam contribuir com seus estudos, mas principalmente com suas experiências.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Todo autista pode ter QI elevado?




Todo autista ASPERGER tem QI elevado?
Tenho recebido essa pergunta de muitos amigos seguidores, alguns deles pais de autistas considerados como Asperger, e que querem saber como fazer para aproveitar essa possível capacidade intelectual de seus filhos.
Vamos iniciar por alguns dos mais recentes trabalhos publicados nas revistas técnicas internacionais.
Uma das linhas de pesquisa mais promissoras e mais eficazes, de acordo com a nossa observação dos autistas matriculados em nosso colégio nos últimos vinte e um anos, é a que visa a redução dos sintomas pela eliminação das suas causas intermediárias
Essa linha de pesquisa tem encontrado ligações diretas entre os sintomas com:
Inflamação cerebral, provocada pelo envio ao cérebro de proteínas, pela corrente sanguínea, devido à permeabilidade das paredes do intestino.
Excesso de neurônios em algumas áreas cerebrais, amplificando exageradamente os sinais correspondentes aquele processador, seja o visual, o auditivo, o olfativo, o gustativo, o tátil ou outros que a ciência biológica não conhece ainda.
Essa linha mostra meios de reduzirmos todos os seus sintomas e, assim, o autista passa a ter condições de se desenvolver intelectualmente e alcançar a sua autonomia, da mesma forma que uma criança neurotípica.
Outra linha, infelizmente uma das mais frequentes, ignora as evidências dessa inflamação e desse excesso de neurônios, mesmo com todas as comprovações publicadas, e trata o autista como se seus sintomas não possam ser reduzidos e, portanto, devam ser camuflados pelas atuais drogas psiquiátricas.
Nessa linha estão cientistas famosos e importantíssimos que, em seus trabalhos, visam encontrar a cura definitiva da causa original do autismo que, segundo todos eles, parece estar nas dezenas de mutações em seus genes.
A maioria desses pesquisadores não tem interesse algum pela redução das causas intermediárias, já que quando eles encontrarem a cura da principal, não haverá mais autismo.
Um deles me confessou que o perigo das terapias que reduzem os sintomas e permitem o desenvolvimento integral do autista é o abandono do interesse pela cura definitiva.
Mas, mesmo os estudos dessa linha exclusivamente genética e psiquiátrica, acabam por trazer conclusões importantes, como por exemplo a que foi publicada no dia 20 de janeiro de 2020, pelo Jornal da Academia Americana de Psiquiatria da Criança e do Adolescente.
Nesse estudo os pesquisadores procuram encontrar, nos altos índices de patologias das crianças autistas, uma relação com o sexo biológico e com o volume da amígdala cerebral.
Mesmo sabendo que esse alto índice de patologias pode estar sendo confundido com os mesmos sintomas, mas provenientes da inflamação cerebral, o estudo tem muita validade.
Sexo biológico:
A primeira relação encontrada foi a do sexo biológico, mostrando que há mais meninos desenvolvendo essas patologias que meninas.
Essa evidência já mostramos em um outro vídeo, quando explicamos a razão de haver mais meninos que meninas autistas.
Amígdala cerebral:
A segunda relação encontrada foi o maior volume da amígdala cerebral no autista com maior índice de patologias, tanto em meninos quanto em meninas.
Ausência de fagocitose:
Outros estudos mostram a ausência da fagocitose em ambos os sexos, durante o desenvolvimento neurofisiológico, o que deixa o autista com um número de ligações entre neurônios (sinapses) muito mais elevado do que a criança neurotípica.
Vamos, agora, à observação prática dos nossos autistas, ao longo dos últimos anos, levando em consideração todos esses estudos.
O número muito maior de neurônios no cérebro autista atrapalha o desenvolvimento de algumas áreas cerebrais.
A amplificação dos sinais elétricos e químicos (sinapses) faz com que ele esteja constantemente com excesso de pensamentos, excesso de imagens visuais, auditivas, olfativas ou gustativas, a depender de onde estão essas inúmeras ligações neurais a mais.
E como o volume da amígdala cerebral encontrado foi maior, ela pode estar com mais capacidade de detecção de perigos, já que o número de neurônios nela amplifica bastante o seu trabalho de detecção.
Isso pode significar que ela dispara o sistema nervoso simpático com mais frequência e mesmo sem real necessidade, trazendo muito mais ansiedade e muita tensão emocional.
Isso explicaria, em nosso estudo, a facilidade de irritação, inquietação, impulsividade, agressividade e, naturalmente, a redução acentuada em seu sistema imunológico, ficando mais vulnerável a patologias de oportunidade ou mesmo psicossomáticas.
Mas esse maior volume também pode ser resultado de inflamação cerebral, embora só tenhamos comprovações evidentes, por enquanto, da inflamação direta dos astrócitos dos interneurônios, compondo a maioria das redes neurais do córtex cerebral, mas ainda não temos conhecimento se alguma pesquisa encontrou essas inflamações nas redes neurais das amígdalas.
Então o que concluímos é que, se conseguirmos reduzir a inflamação cerebral do autista, ficaremos apenas com o excesso de neurônios e suas correspondentes amplificações de sinais e sem a irritação, a agressividade e os comportamentos estereotipados.
E, a partir daí, fica mais fácil direcionar seus pensamentos para as habilidades correspondentes à sua área cerebral mais amplificada, o que pode trazer, como resultado, um desenvolvimento muito mais eficaz, até, do que o de qualquer criança neurotípica.
Ao mensurarmos essa inteligência desse autista ele terá um elevadíssimo quociente intelectual, mas que não necessariamente é o lógico matemático, mas sim o que corresponde a área de maior concentração dessas redes neurais a mais.
Exatamente por isso temos, hoje, autistas que, mesmo sem terem sido ensinados, falam diversos idiomas, outros que fazem qualquer conta de cabeça, outros que tem super memória, e assim por diante.
Mas é sempre bom lembrar que, se esses autistas estiverem sendo tratados exclusivamente com medicamentos, toda essa potencialidade estará destruída e nada disso acontecerá.

Espero ter respondido às perguntas sobre esse assunto, mas se houver alguma dúvida a mais entrem em contato por algum dos nossos canais, seja email, whatsapp, ou aqui mesmo pelos comentários no youtube.
Inscrevam-se, ativem o sininho e compartilhem com seus amigos.
Vamos todos, juntos, fazer de tudo para salvar nossos amigos autistas da exclusão social.


sábado, 22 de fevereiro de 2020

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Uma conversa sobre ciência

Os caminhos da ciência médica indicam que a cura das doenças pode vir a ser conseguida por meio da edição dos genes, em vez do uso de medicamentos.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Aluno protagonista de sua própria aprendizagem - Retrospecto da série de...

Construção da inteligência - Parte 5: Sala de aula invertida

Nessa última parte de nossa série dessa semana apresentamos o que será o resultado final desse processo de técnica de aprendizagem, transformando cada aluno em protagonista de sua própria aprendizagem e passando, o professor, a ser o verdadeiro mediador do sucesso de cada um!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Construção da inteligência - Parte 4 - Aulas e tarefas

Bom dia!
Nessa penúltima parte da série dessa semana, mostramos qual a forma mais eficaz de construir sua memória e inteligência, aproveitando o momento das aulas e, posteriormente, no momento da realização das tarefas.


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Construção da inteligência - Parte 3: Alimentação na aprendizagem



Essa 3ª parte de nossos estudos dessa semana serve para todos nós! "Nós somos o que comemos", ou seja: a alimentação é o elemento primordial para estabelecer toda a nossa estrutura orgânica em equilíbrio com a nossa mente.