Precisamos tomar muito cuidado com o que ouvimos e lemos
sobre o autismo, já que há profissionais trazendo informações que podem
prejudicar, ainda mais, o desenvolvimento de nossos autistas.
Alguns se baseiam até em comprovações científicas já
publicadas, mas também sabemos que, segundo Peter Goetzsche, em seu livro: “Medicamentos
mortais e o crime organizado: Como a indústria farmacêutica corrompeu a
assistência médica”, há comprovações científicas sérias e há comprovações
científicas produzidas com uma determinada finalidade lucrativa.
Mas sou obrigado a dar esse alerta aos pais e aos
terapeutas!
Quando se fala que autismo é genético isso não quer dizer
que é hereditário. Alguns estudos mostram que apenas uma parte muito pequena do
genoma humano é hereditário. Isso significa que os seus genes podem sofrer
alterações por conta de influência do meio ambiente. E essas influências têm
sido detectadas em diversos elementos e em diversas origens.
Quando os “experts” em ciência genética afirmam que as
variações nos genes dos autistas não são mutações genéticas, mas sim
combinações de uma espécie de chaveamento interno, que regulam as ações
programadas em cada gene, eles estão entrando em detalhes técnicos que, mesmo
precisos, não explicam as razões para que tais chaveamentos ocorram de forma
irregular, e tragam as características que tanto os afastam da “normalidade”.
Na realidade o que mais interessa a quem quer salvar os autistas
da exclusão social é, em primeiro lugar o encontro de sua cura. Sim, porque suas
características, quando intensificadas, prejudicam todo o seu desenvolvimento
e, principalmente, a sua autonomia e os pais desejam essa cura!
Falar de cura para profissionais que insistem em dizer que
autismo não é doença, não é síndrome, não é transtorno, nem deficiência, mas
sim uma forma diferente e natural de SER, significa que teremos que convencer
os pais a abandonar todos os processos de redução de seus sintomas a aceitar
que seus filhos são normais como estão, ou seja, terão que ser eternamente
assim, alguns sem falar, outros sem raciocinar corretamente, outros sem socializar,
porque isso é uma comprovação científica publicada as principais revistas
científicas mundiais.
E, se os sintomas se agravarem, que devem ser medicados com
os mesmos medicamentos dos doentes psiquiátricos, para pararem de agredir,
conseguirem dormir, etc.
Para quem, como nós, acompanha há vinte e um anos, diversos
alunos autistas incluídos em nossas turmas regulares, o que nos interessa é
reduzir seus sintomas, para que tenham a mesma capacidade de desenvolvimento
cognitivo e emocional que seus colegas e que consigam construir a sua autonomia
e serem felizes sem dependerem de seus pais.
E para isso a redução dos sintomas não significa camuflá-los
com drogas, mas sim melhorar a eficácia da microbiota intestinal, eliminar os
parasitas do sistema digestório, complementar os níveis de vitaminas e, como
não sabemos ainda como recuperar as paredes de seu intestino, que é permeável,
devido a uma má formação decorrente dessa alteração nos genes, eliminar da sua
dieta todos os alimentos cujas proteínas, se forem para a corrente sanguínea,
provocarão a inflamação cerebral e aumentarão todos os sintomas.
A sorte das famílias dos autistas é que já há médicos bem
preparados para esse entendimento, principalmente os nutrólogos, como Aderbal
Sabrá, na CESGRANRIO, Consolação Oliveira, em Minas Gerais e, é claro, de um
número cada vez maior de nutricionistas, a começar pela referência maior no
Brasil, que é Cláudia Marcelino.
Só para concluir:
A ciência médica, biológica, genética, e todas as demais,
estão ainda muito aquém do conhecimento que precisamos ter para o entendimento do
ser humano.
Considero muito temeroso dizer que conhecemos o autismo.
Precisamos do apoio de todas as ciências e de todos os práticos, em uma
conversa transdisciplinar na qual todos possam contribuir com seus estudos, mas
principalmente com suas experiências.
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