A CRISE E A NECESSIDADE DA FORMAÇÃO CONTINUADA
Olá amigos!
Nossos assuntos de hoje terão que ser bem claros e bem
suscintos:
Primeiro Assunto:
A recomendação imediata e imprescindível:
O isolamento mais rígido possível, por todos os que podem, é
a colaboração imprescindível, que todos temos que dar, para reduzir os danos em
nossa sociedade.
E quem quiser acompanhar as análises da evolução dessa
crise, sugiro assistir ao canal de Átila Lamarino, no youtube, que é um dos
mais competentes pesquisadores na área da virologia em nosso país.
Mas, para quem já está com a autoestima baixa ou com
problemas de ansiedade ou coisa parecida, recomendo que se dediquem, em suas
residências, é claro, a algum tipo de atividade intelectual, criativa,
inventiva ou apenas de relaxamento.
Vamos fazer de tudo para escolher, em casa, temas ligados a planejamentos
de objetivos futuros, à elaboração de ideias, estimular a criatividade, para
não deixar espaço para o pessimismo natural em momentos de crise tão grave como
essa.
E, para dar suporte a todo esse período, cuide do corpo e da
alma, com alimentação saudável e, para os religiosos, com momentos dedicados às
orações.
Segundo Assunto:
A necessidade de melhorarmos o conhecimento de todos os
nossos profissionais e, principalmente, dos nossos futuros profissionais.
A cada dia os desafios que o mundo precisa enfrentar se
tornam mais difíceis e mais perigosos.
Eu tenho reclamado muito de profissionais que, após a sua
formação, ao receberem seus diplomas, certificados e títulos, se “arvoram” do
pleno conhecimento dos assuntos de seus cursos, considerando-se com toda a
competência ligada aquela área.
E fico triste ao perceber que esses não encontram tempo, em
sua rotina diária, para dar continuidade aos estudos dos assuntos ligados à sua
área de atuação.
Esquecem que, nas faculdades, receberam apenas as
informações básicas para prepará-lo para o entendimento dos estudos realizados
pelos pesquisadores.
Eles “sobem” em seus diplomas e títulos e se consideram “formados”
e “competentes”, enquanto o mundo dá mais e mais voltas, a realidade muda, pesquisas
mostram erros em premissas antigas, descobertas alteram todo a lógica de raciocínio
anterior, e tudo o mais.
Em todas as nossas áreas de atuação precisamos assumir que
nosso conhecimento nunca será útil o suficiente, se não mantivermos uma rotina
de formação continuada.
Decisões incorretas por falta de atualização dos
conhecimentos ou omissões por ignorância de estudos e pesquisas já publicadas
por outros profissionais, podem trazer consequências terríveis, como a que
estamos acompanhando agora, em todo o mundo, com a nova peste consumindo vidas
em todos os países do mundo.
Cada um de nós, em sua área, deveria se considerar um
explorador do conhecimento, visando melhorar o seu próprio entendimento sobre o
assunto, tanto para tornar as decisões mais acertadas, como para identificar
sinais de futuros problemas e, assim poder contribuir para evitá-los.
Um exemplo simples é o entendimento do comportamento da
criança autista, visando identificar sinais que indicam o início próximo de uma
crise, permitindo aos pais ou professores que se adiantem nas atitudes para evitá-la.
Pais ou professores que não estejam ligados a essa
observação constante, nunca saberão diferenciar uma crise séria característica
do autismo, de uma simples “birra”, comum a todas as crianças daquela idade.
Esse exemplo simples pode ser extrapolado para o
entendimento de assuntos muito mais perigosos, como os ataques dos vírus, por
exemplo.
O artigo, cujo LINK eu coloquei na descrição do vídeo aí
abaixo, é um exemplo disso.
De 2003 a 2006 houve estudos seríssimos alertando para a
possibilidade dessa virose, que ataca o processo respiratório, voltar, principalmente
pela China, devido ao costume de se consumir carne de morcego e outros.
Os sinais desse aparecimento deveriam estar sendo divulgados,
de forma clara, a todos os profissionais de saúde, mas alguma coisa falhou.
E aqui vai o nosso
Terceiro Assunto de hoje:
Segundo vários pesquisadores, um dos maiores desafios, para
quem descobre algo que precisa ser divulgado para o mundo científico, é conseguir
convencer aos profissionais dessas áreas a estudarem seus artigos.
As normas técnicas para a escrita dos artigos e a linguagem
científica adequada a cada um, embora seja facilitadora para quem precisa se
aprofundar no estudo, não atrai esse mesmo profissional, para suas leituras
frequentes de atualização.
O ideal seria a elaboração desses mesmos trabalhos em
linguagem mais leve, de fácil compreensão, sem os detalhes que estariam
reservados apenas para o artigo científico.
O resumo poderia até servir para essa finalidade, mas o que
precisamos é algo a mais, uma publicação paralela de divulgação científica em
linguagem de fácil compreensão e agradável de ler.
Sei que muitos pesquisadores se dedicam a “traduzir” seus
artigos para uma linguagem mais accessível a todos, mas isso precisa ser mais
incentivado.
Só assim teremos mais profissionais tomando conhecimento dos
assuntos mais importantes em sua área, podendo decidir se precisa, ou não, se
aprofundar nos detalhes científicos que estarão na referência do artigo
oficial.
Resumo
Hoje, então, começamos com o alerta mais importante do
momento, que é tomar todo cuidado para não pegar essa terrível doença.
Depois vimos a necessidade de todos os profissionais estarem
em permanente atualização em relação à sua área de atuação.
E, por último, a necessidade de que as divulgações científicas sejam, também, publicadas em linguagem de fácil acesso para todos, para evitar que teses, artigos e dissertações encham as prateleiras das bibliotecas das universidades, mas não se tornem vivas na mente dos que precisam lê-las.
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