sábado, 21 de março de 2020

Crise e necessidade de formação continuada dos profissionais


A CRISE E A NECESSIDADE DA FORMAÇÃO CONTINUADA

Olá amigos!

Nossos assuntos de hoje terão que ser bem claros e bem suscintos:

Primeiro Assunto:

A recomendação imediata e imprescindível:

O isolamento mais rígido possível, por todos os que podem, é a colaboração imprescindível, que todos temos que dar, para reduzir os danos em nossa sociedade.

E quem quiser acompanhar as análises da evolução dessa crise, sugiro assistir ao canal de Átila Lamarino, no youtube, que é um dos mais competentes pesquisadores na área da virologia em nosso país.

Mas, para quem já está com a autoestima baixa ou com problemas de ansiedade ou coisa parecida, recomendo que se dediquem, em suas residências, é claro, a algum tipo de atividade intelectual, criativa, inventiva ou apenas de relaxamento.

Vamos fazer de tudo para escolher, em casa, temas ligados a planejamentos de objetivos futuros, à elaboração de ideias, estimular a criatividade, para não deixar espaço para o pessimismo natural em momentos de crise tão grave como essa.

E, para dar suporte a todo esse período, cuide do corpo e da alma, com alimentação saudável e, para os religiosos, com momentos dedicados às orações.

Segundo Assunto:

A necessidade de melhorarmos o conhecimento de todos os nossos profissionais e, principalmente, dos nossos futuros profissionais.

A cada dia os desafios que o mundo precisa enfrentar se tornam mais difíceis e mais perigosos.

Eu tenho reclamado muito de profissionais que, após a sua formação, ao receberem seus diplomas, certificados e títulos, se “arvoram” do pleno conhecimento dos assuntos de seus cursos, considerando-se com toda a competência ligada aquela área.

E fico triste ao perceber que esses não encontram tempo, em sua rotina diária, para dar continuidade aos estudos dos assuntos ligados à sua área de atuação.

Esquecem que, nas faculdades, receberam apenas as informações básicas para prepará-lo para o entendimento dos estudos realizados pelos pesquisadores.

Eles “sobem” em seus diplomas e títulos e se consideram “formados” e “competentes”, enquanto o mundo dá mais e mais voltas, a realidade muda, pesquisas mostram erros em premissas antigas, descobertas alteram todo a lógica de raciocínio anterior, e tudo o mais.

Em todas as nossas áreas de atuação precisamos assumir que nosso conhecimento nunca será útil o suficiente, se não mantivermos uma rotina de formação continuada.

Decisões incorretas por falta de atualização dos conhecimentos ou omissões por ignorância de estudos e pesquisas já publicadas por outros profissionais, podem trazer consequências terríveis, como a que estamos acompanhando agora, em todo o mundo, com a nova peste consumindo vidas em todos os países do mundo.

Cada um de nós, em sua área, deveria se considerar um explorador do conhecimento, visando melhorar o seu próprio entendimento sobre o assunto, tanto para tornar as decisões mais acertadas, como para identificar sinais de futuros problemas e, assim poder contribuir para evitá-los.

Um exemplo simples é o entendimento do comportamento da criança autista, visando identificar sinais que indicam o início próximo de uma crise, permitindo aos pais ou professores que se adiantem nas atitudes para evitá-la.

Pais ou professores que não estejam ligados a essa observação constante, nunca saberão diferenciar uma crise séria característica do autismo, de uma simples “birra”, comum a todas as crianças daquela idade.

Esse exemplo simples pode ser extrapolado para o entendimento de assuntos muito mais perigosos, como os ataques dos vírus, por exemplo.

O artigo, cujo LINK eu coloquei na descrição do vídeo aí abaixo, é um exemplo disso.

De 2003 a 2006 houve estudos seríssimos alertando para a possibilidade dessa virose, que ataca o processo respiratório, voltar, principalmente pela China, devido ao costume de se consumir carne de morcego e outros.

Os sinais desse aparecimento deveriam estar sendo divulgados, de forma clara, a todos os profissionais de saúde, mas alguma coisa falhou.

E aqui vai o nosso

Terceiro Assunto de hoje:

Segundo vários pesquisadores, um dos maiores desafios, para quem descobre algo que precisa ser divulgado para o mundo científico, é conseguir convencer aos profissionais dessas áreas a estudarem seus artigos.

As normas técnicas para a escrita dos artigos e a linguagem científica adequada a cada um, embora seja facilitadora para quem precisa se aprofundar no estudo, não atrai esse mesmo profissional, para suas leituras frequentes de atualização.

O ideal seria a elaboração desses mesmos trabalhos em linguagem mais leve, de fácil compreensão, sem os detalhes que estariam reservados apenas para o artigo científico.

O resumo poderia até servir para essa finalidade, mas o que precisamos é algo a mais, uma publicação paralela de divulgação científica em linguagem de fácil compreensão e agradável de ler.

Sei que muitos pesquisadores se dedicam a “traduzir” seus artigos para uma linguagem mais accessível a todos, mas isso precisa ser mais incentivado.

Só assim teremos mais profissionais tomando conhecimento dos assuntos mais importantes em sua área, podendo decidir se precisa, ou não, se aprofundar nos detalhes científicos que estarão na referência do artigo oficial.

Resumo  

Hoje, então, começamos com o alerta mais importante do momento, que é tomar todo cuidado para não pegar essa terrível doença.

Depois vimos a necessidade de todos os profissionais estarem em permanente atualização em relação à sua área de atuação.

E, por último, a necessidade de que as divulgações científicas sejam, também, publicadas em linguagem de fácil acesso para todos, para evitar que teses, artigos e dissertações encham as prateleiras das bibliotecas das universidades, mas não se tornem vivas na mente dos que precisam lê-las.

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