terça-feira, 23 de dezembro de 2014
domingo, 21 de dezembro de 2014
Afetividade Adolescente (reedição)
Em dezembro de 2008, ao ler um artigo de Márcio Ferrari na Revista Nova Escola, onde ele lembrava idéias de Winnicott sobre a brincadeira e a criatividade, lembrei-me que essas duas necessidades, brincar e criar, estavam, e ainda estão, desprezados pelos pais e pelos professores.
Pais e professores andam tão ocupados com o seu dia-a-dia que esquecem que são eles os responsáveis pelo ensino dos jogos, dos passatempos e das diversões sadias para seus filhos e alunos.
Já não se ensina praticamente nada à criança, deixando essa função ao encargo da televisão e dos jogos no computador.
Para o adolescente, então, é que esses ensinamentos mais fracassam, pois é o momento em que essa criança, já alcançando a puberdade, passa a ser encarada como um quase adulto! Eles passam a ter nas redes sociais os seus professores e mestres.
Pais e professores andam tão ocupados com o seu dia-a-dia que esquecem que são eles os responsáveis pelo ensino dos jogos, dos passatempos e das diversões sadias para seus filhos e alunos.
Já não se ensina praticamente nada à criança, deixando essa função ao encargo da televisão e dos jogos no computador.
Para o adolescente, então, é que esses ensinamentos mais fracassam, pois é o momento em que essa criança, já alcançando a puberdade, passa a ser encarada como um quase adulto! Eles passam a ter nas redes sociais os seus professores e mestres.
Sempre soubemos que é primordial o afeto, o controle e o respeito durante a educação da criança, mas isso passa a ser mais importante ainda no momento em que essa criança se torna um adolescente, que é o período em que as mudanças naturais trazem conflitos dificílimos e, para piorar as coisas, sua capacidade intelectual cai a níveis baixíssimos.
Exatamente nesse momento os pais começam a abandoná-los, alguns com a desculpa de que eles não admitem mais controle e não gostam de muita afetividade. Mas, na realidade, eles querem e precisam tanto da afetividade como do controle, mas não têm escolha, já que a mãe perde a coragem de ouvir os segredos da filha e o pai acha que o filho, sendo homem, já sabe tudo da vida e não precisa de sua ajuda.
Professores e pais transformam esses adolescentes em adultos antes do tempo, induzindo-os a largar as brincadeiras juvenis e a pensar como eles, em família, em trabalho e em sexualidade, sem que estejam no momento certo para assumir tais responsabilidades.
A mídia enfatiza apenas o namoro e a prevaricação, abandonando qualquer referência a jogos e brincadeiras para essa idade, eliminando totalmente as opções de lazer e atividades lúdicas. Sobram apenas os jogos nos computadores e videogames, elementos que ajudam no desenvolvimento da velocidade de raciocínio, se limitado em uma hora por dia, mas que trazem danos graves e definitivos na capacidade de raciocínio futura, quando excedido esse limite.
Esses adolescentes "precocemente adultecidos" criam um "self" totalmente falso, construindo uma personalidade ansiosa e angustiada, cujas consequências podem ser desastrosas para eles e para seus pais. A falta da criatividade proveniente da falta de brincadeiras, jogos e diversões, somada a ausência de afetividade e controle, provoca o nascimento de distúrbios emocionais graves e a consequente procura por "tribos" que os acolham.
Surgem, então, as drogas, a banalização da sexualidade, a revolta social e a agressividade, que são apenas algumas dessas consequências, fruto da busca por alguém ou algum grupo que o ampare nesse período de necessidade afetiva insatisfeita.
A solução está no oferecimento de opções prazerosas e construtivas: opções de jogos ao ar livre, preferencialmente vôlei, basquete e natação, que alongam, satisfazem a liberação de energia e acalmam; opções de jogos de mesa e tabuleiro, preferencialmente xadrez, que junta o lúdico com o estímulo ao desenvolvimento do raciocínio lógico (hemisfério esquerdo cerebral); opções de passeios por parques, zoológicos e campos, provocando o contato com a natureza e o despertar da mentalidade social e ecológica; opções de idas a teatros, exposições de arte, apresentações de orquestras e espetáculos de dança, estimulando o hemisfério direito cerebral e facilitando a harmonia intelecto-emocional e criativa.
Tudo isso é possível e eu digo mais: é nossa obrigação, como pais e professores. Afinal ninguém, além de nós (nem governo, nem mídia, nem ninguém), está interessado em formar cidadãos verdadeiramente felizes e satisfeitos consigo mesmos e, conseqüentemente, livres de ansiedades e angústias.
Não há esse interesse porque esse tipo sadio de gente não dá lucro consumista, já que estão satisfeitos e felizes em suas brincadeiras, seus jogos ao ar livre e suas diversões em passeios aos parques, sem necessidade de completar suas angústias por meio de excesso de consumo.
Não há esse interesse porque esse tipo sadio de gente não dá lucro consumista, já que estão satisfeitos e felizes em suas brincadeiras, seus jogos ao ar livre e suas diversões em passeios aos parques, sem necessidade de completar suas angústias por meio de excesso de consumo.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
domingo, 14 de dezembro de 2014
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Sexualidade Humana - parte 1
Para adquirir o livro clique nele ou cole, em seu navegador, o endereço abaixo:
http://www.allprinteditora.com.br/index.php?route=product/search&filter_name=Roberto%20Andersendomingo, 7 de setembro de 2014
FREUD X Academicismo retrógrado e monopolista
A cada descoberta de um texto de Freud que não havia sido
amplamente divulgado, mais fica evidente a sua genialidade!
Ainda esse ano, quando tive a oportunidade de proferir um curso de extensão sobre "Interpretaão dos Sonhos" pude mostrar aos alunos que:
O atual avanço da neurociência rumo ap entendimento dos conceitos freudianos, já estava previsto por ele, antes msmo do início de sua maior obra, que foi "Interpretação dos Sonhos".
Mesmo sem ter acesso aos equipamentos neurocientíficos que só hoje encontram-se disponíveis para os estudos das intrincadas relações entre os processos eletroquímicos das nossas redes neurais e as sensações e sentimentos de nossa psique, ele já delineava tudo isso em seu "Projeto para uma Psicologia Científica".
E hoje surge mais uma excelente lembrança sobre essa genialidade, agora na defesa da psicanálise praticada por leigos.
Segundo as palavras de Freud:
“Os doutores querem
tornar a análise ilegal para os não médicos. A História, essa velha plagiadora,
repete-se após cada descoberta. Os doutores combatem cada nova verdade no
começo. Depois procuram monopolizá-la.”
E para explicar melhor a sua afirmativa, Freud completou:
“Os médicos nos
Estados Unidos, e ocasionalmente também na Europa, procuram monopolizar para si
a psicanálise. Mas seria um perigo deixa-la exclusivamente nas mãos dos
médicos, pois uma formação estritamente médica é, com frequência, um empecilho
para o psicanalista. É sempre um empecilho, quando certas concepções científicas
tradicionais ficam arraigadas no cérebro do estudioso.”
Precisamos trazer essa genialidade Freudiana para alertar os
nossos atuais doutores de todas as áreas científicas que:
Em primeiro lugar, é necessário reconhecer a nossa real
incompetência na compreensão verdadeira de todos os detalhes de nossos próprios
estudos e pesquisas.
Sempre haverá algo a mais a aprender, já que sempre surgirá
mais um elemento, antes desconhecido, que mudará o nosso próprio entendimento
de cada um desses assuntos.
Em segundo lugar, é importante ter
sempre a humildade para ouvir e procurar compreender os resultados apontados
pelos pesquisadores das demais áreas científicas, mesmo que sejam áreas
consideradas menos nobres, pela academia tradicional.
No momento em que “(...) certas concepções científicas
tradicionais ficam arraigadas no cérebro do estudioso (...)”, surge uma
espécie de “cegueira para a transdisciplinaridade”.
Essa “cegueira” impede a
observação de fatos e evidências que, se fossem levadas em consideração, poderiam
acelerar bastante a descoberta de soluções para os sérios desafios que a
sociedade enfrenta todos os dias.
Freud reconheceu a incompetência
da neurologia da época, para o encontro de solução para as neuroses. Partiu,
então, para o entendimento psicológico da doença, saindo das garras da medicina
tradicional.
Ele conseguiu se libertar do
raciocínio lógico da medicina tradicional e adentrar o raciocínio típico da
psicologia e das ciências sociais, encontrando o caminho para a criação da
psicanálise.
A psicanálise, então, não se
prende a raciocínio tradicionalmente médicos. Muito pelo contrário, liga-se ao
entendimento global da psique humana, o que envolve todas as ciências.
E hoje não é só a medicina
tradicional quem quer monopolizar a psicanálise, mas sim a psicologia e a
psiquiatria. Mas, para desespero de todos eles, quem está chegando mais perto
do entendimento da psique é a neurologia, formação primeira de Freud, tornando
realidade o seu “Projeto para uma Psicologia Científica”.
Ou seja: Fechar uma área acadêmica
em redor de si mesmo emburrece a academia e dificulta a eficácia de seus
resultados. Abrir-se para a multidisciplinaridade, amplia os horizontes e
permite o verdadeiro avanço da função social das universidades.
Freud explica...
sábado, 19 de julho de 2014
A índole perversa de uma criança com quatro anos de idade
Abrir um "link" de vídeo, no facebook, e assistir a uma criança de quatro anos cometer frequentes atos de pura perversidade com crianças ainda mais novas, é algo que me deixa perplexo e revoltado!
Talvez alguns de vocês já tenham assistido a algum desses vídeos, onde uma menina americana é mostrada como assassina em potencial.
Pior quando recebemos relatos de colegas, comentando casos semelhantes ocorridos nas suas escolas. Isso mostra que, ou tais fatos estão se tornando mais frequentes, ou a instalação de câmeras de segurança passou a permitir a constatação do que já existia, mas que não tomávamos conhecimento.
Num desses relatos mais recentes, um menino de quatro anos mantém algumas características que precisam de análise:
Ele ainda se diverte, no banheiro, brincando com as próprias fezes, espalhando-as por todas as paredes;
Ele mostra comportamento muito agressivo.
Ele tem um irmão mais novo que age da mesma forma.
A mãe está grávida de mais um.
Os comportamentos inadequados existem. A agressividade, infelizmente, está mais comum do que o minimamente aceitável como exceção. que precisamos, então, é o entendimento básico dessas situações, para tentar reduzir a sua incidência nas comunidades onde estamos trabalhando.
Fica muito difícil partir do zero, ou seja, sem recorrer ao conhecimento já analisado e divulgado por alguns dos teóricos, como Freud, Wallon, Erikson, Piaget, Wygotsky, Richard Dawkins e vários outros. Além disso precisamos, é claro, adaptar essas teorias ao nosso público alvo em seu contexto atual.
Nossas conclusões, mesmo assim, poderão estar incorretas, já que cada criança tem suas particularidades, o que torna algumas delas únicas em sua característica comportamental.
Sabemos, como base psíquica, que todas recebem, no momento da fecundação, uma programação original composta de determinantes genéticos (genes) e determinantes meméticos (memes). Essa herança já pode estar trazendo componentes importantes para o desenvolvimento de anomalias psíquicas e comportamentais.
Os genes continum sendo estudados e, a cada dia, surgem mais descobertas, mas quase todas relacionadas ao desenvolvimento orgânico. É a análise do SOMA.
Os memes (que foram apresentados por Dawkins em sua obra: "O gene egoísta") seriam os responsáveis pela herança culrtural, passada de geração em geração, independente da influência do maio. É a análise da PSIQUE.
Soma e psique, em sua formatação original, são alteradas, a partir da fecundação, pelos diversos fatores externos, muitos durante a gravidez e outros a partir do nascimento.
Violências físicas, sexuais ou mesmo violências simbólicas, são importantes elementos na alteração de toda a programação original e, também, da provocação do momento do disparo de alguma anomalia psíquica pré-existente.
Teremos, então, alguns caminhos a seguir, e eu destaco dois:
Um deles é o entendimento das causas e a análise da possibilidade de elas serem eliminadas ou reduzidas, não somente para reduzir o problema da criança em observação, mas para evitar que outras sofram a mesma influência.
Outro é o processo de tentativa de recuperação dessa criança. Em caso de esses comportamentos serem característicos de neuroses, os caminhos mais adequados são as terapias comportamentais, terapias ocupacionais, terapias psicanalíticas e, principalmente, exercícios de vivências de valores humanos.
Alguns desses procedimentos podem, e devem, ser realizados na própria escola, como as terapias ocupacionais e a vivência de valores humanos, preferencialmente por profissionais de psicopedagogia.
Outros devem ser realizados em atendimento específico, preferencialmente por psicólogos (quando for constatado que o problema é comportamental), ou por psicanalistas (quando for constatada uma neurose), ou por psiquiatra infantil (quando estiver caracterizada, na criança, uma realidade distante do real).
Para saber em que caso a criança se enquadra, é bom que os psicopedagogos da escola tomem o devido cuidado para não entender que todas as crianças devem apresentar o mesmo padrão de comportamento. Isso nunca será verdade!
Há crianças que gostam de brincar com as fezes. Se ela estiver na faixa etária da fase anal (aproximadamente entre um ano e meio e três anos), essa paixão pelo cocô é perfeitamente normal, para desespero dos pais... (Veja as explicações nas páginas 81 em diante do meu livro "Afetividade na Educação - Psicopedagogia"). Só precisamos dar a ela a oportunidade de se lambuzar com argila molhada, por exemplo, o que será mais tranquilo para os pais e substituirá a paixão pelo cocô, com a maior naturalidade.
Esse menino, do relato, já tem quatro anos, mas pode estar ainda nessa fase. A experiência da argila ou coisa semelhante poderá eliminar a paixão pelo cocô.
Se não eliminar, nem essa paixão, nem a sua agressividades, o ato de se sujar (e sujar o banheiro) pode estar sendo o extravasar de um sentimento de sadismo. Esse sadismo pode estar relacionado a alguma violência sofrida quando mais novo (ou que ainda está sofrendo).
Nesse caso se torna necessária a descoberta das origens do problema, ao mesmo tempo em que deve-se encaminhá-lo para tratamento psicológico (em caso de não apresentar sintomas de estar fora da realidade) ou para o psiquiatra infantil (caso haja sinais de estar criando a sua própria realidade).
Mas, lembrem-se, que é muito importante que os terapeutas indicados tenham se especializado em crianças, já que há comportamentos infantis perfeitamente normais que se parecem com alucinações de adultos! Um psiquiatra ou um neurologista não está preparado para entender a mente de uma criança. Para isso existe o neuropediatra e o psiquiatra infantil.
Um dos exemplos mais claros dessa realidade é a fase em que a criança cria o "amigo imaginário" que, para um olhar psiquiátrico de adulto, constitui um processo de alucinação, mas que para o psiquiatra infantil, não existe nenhuma anormalidade psíquica. É uma criança perfeitamente normal.
E, para fechar essa conversa de hoje, aproveito para reforçar um dos detalhes que considero dos mais importantes no entendimento e acompanhamento de qualquer criança:
Para acompanhar, tratar, ou educar qualquer criança, desenvolva, antes, um verdadeiro sentimento de amor por ela.
Talvez alguns de vocês já tenham assistido a algum desses vídeos, onde uma menina americana é mostrada como assassina em potencial.
Pior quando recebemos relatos de colegas, comentando casos semelhantes ocorridos nas suas escolas. Isso mostra que, ou tais fatos estão se tornando mais frequentes, ou a instalação de câmeras de segurança passou a permitir a constatação do que já existia, mas que não tomávamos conhecimento.
Num desses relatos mais recentes, um menino de quatro anos mantém algumas características que precisam de análise:
Ele ainda se diverte, no banheiro, brincando com as próprias fezes, espalhando-as por todas as paredes;
Ele mostra comportamento muito agressivo.
Ele tem um irmão mais novo que age da mesma forma.
A mãe está grávida de mais um.
Os comportamentos inadequados existem. A agressividade, infelizmente, está mais comum do que o minimamente aceitável como exceção. que precisamos, então, é o entendimento básico dessas situações, para tentar reduzir a sua incidência nas comunidades onde estamos trabalhando.
Fica muito difícil partir do zero, ou seja, sem recorrer ao conhecimento já analisado e divulgado por alguns dos teóricos, como Freud, Wallon, Erikson, Piaget, Wygotsky, Richard Dawkins e vários outros. Além disso precisamos, é claro, adaptar essas teorias ao nosso público alvo em seu contexto atual.
Nossas conclusões, mesmo assim, poderão estar incorretas, já que cada criança tem suas particularidades, o que torna algumas delas únicas em sua característica comportamental.
Sabemos, como base psíquica, que todas recebem, no momento da fecundação, uma programação original composta de determinantes genéticos (genes) e determinantes meméticos (memes). Essa herança já pode estar trazendo componentes importantes para o desenvolvimento de anomalias psíquicas e comportamentais.
Os genes continum sendo estudados e, a cada dia, surgem mais descobertas, mas quase todas relacionadas ao desenvolvimento orgânico. É a análise do SOMA.
Os memes (que foram apresentados por Dawkins em sua obra: "O gene egoísta") seriam os responsáveis pela herança culrtural, passada de geração em geração, independente da influência do maio. É a análise da PSIQUE.
Soma e psique, em sua formatação original, são alteradas, a partir da fecundação, pelos diversos fatores externos, muitos durante a gravidez e outros a partir do nascimento.
Violências físicas, sexuais ou mesmo violências simbólicas, são importantes elementos na alteração de toda a programação original e, também, da provocação do momento do disparo de alguma anomalia psíquica pré-existente.
Teremos, então, alguns caminhos a seguir, e eu destaco dois:
Um deles é o entendimento das causas e a análise da possibilidade de elas serem eliminadas ou reduzidas, não somente para reduzir o problema da criança em observação, mas para evitar que outras sofram a mesma influência.
Outro é o processo de tentativa de recuperação dessa criança. Em caso de esses comportamentos serem característicos de neuroses, os caminhos mais adequados são as terapias comportamentais, terapias ocupacionais, terapias psicanalíticas e, principalmente, exercícios de vivências de valores humanos.
Alguns desses procedimentos podem, e devem, ser realizados na própria escola, como as terapias ocupacionais e a vivência de valores humanos, preferencialmente por profissionais de psicopedagogia.
Outros devem ser realizados em atendimento específico, preferencialmente por psicólogos (quando for constatado que o problema é comportamental), ou por psicanalistas (quando for constatada uma neurose), ou por psiquiatra infantil (quando estiver caracterizada, na criança, uma realidade distante do real).
Para saber em que caso a criança se enquadra, é bom que os psicopedagogos da escola tomem o devido cuidado para não entender que todas as crianças devem apresentar o mesmo padrão de comportamento. Isso nunca será verdade!
Há crianças que gostam de brincar com as fezes. Se ela estiver na faixa etária da fase anal (aproximadamente entre um ano e meio e três anos), essa paixão pelo cocô é perfeitamente normal, para desespero dos pais... (Veja as explicações nas páginas 81 em diante do meu livro "Afetividade na Educação - Psicopedagogia"). Só precisamos dar a ela a oportunidade de se lambuzar com argila molhada, por exemplo, o que será mais tranquilo para os pais e substituirá a paixão pelo cocô, com a maior naturalidade.
Esse menino, do relato, já tem quatro anos, mas pode estar ainda nessa fase. A experiência da argila ou coisa semelhante poderá eliminar a paixão pelo cocô.
Se não eliminar, nem essa paixão, nem a sua agressividades, o ato de se sujar (e sujar o banheiro) pode estar sendo o extravasar de um sentimento de sadismo. Esse sadismo pode estar relacionado a alguma violência sofrida quando mais novo (ou que ainda está sofrendo).
Nesse caso se torna necessária a descoberta das origens do problema, ao mesmo tempo em que deve-se encaminhá-lo para tratamento psicológico (em caso de não apresentar sintomas de estar fora da realidade) ou para o psiquiatra infantil (caso haja sinais de estar criando a sua própria realidade).
Mas, lembrem-se, que é muito importante que os terapeutas indicados tenham se especializado em crianças, já que há comportamentos infantis perfeitamente normais que se parecem com alucinações de adultos! Um psiquiatra ou um neurologista não está preparado para entender a mente de uma criança. Para isso existe o neuropediatra e o psiquiatra infantil.
Um dos exemplos mais claros dessa realidade é a fase em que a criança cria o "amigo imaginário" que, para um olhar psiquiátrico de adulto, constitui um processo de alucinação, mas que para o psiquiatra infantil, não existe nenhuma anormalidade psíquica. É uma criança perfeitamente normal.
E, para fechar essa conversa de hoje, aproveito para reforçar um dos detalhes que considero dos mais importantes no entendimento e acompanhamento de qualquer criança:
Para acompanhar, tratar, ou educar qualquer criança, desenvolva, antes, um verdadeiro sentimento de amor por ela.
domingo, 15 de junho de 2014
IUPE Educação: Fé e Razão
Oi, amigos!
Entre
as mensagens recebidas ontem, havia um tema recorrente: a relação entre fé e
razão.
Pensei,
então, numa pesquisa que iniciei há algum tempo, visando descobrir o que as
pessoas sentem, de verdade, quando dizem “ter fé”.
O
que, afinal, pode significar tal afirmação?
Analisei
o termo: “Ter Fé”. Analisei, também, diversas pessoas que se dizem “crentes” em
algo superior e transcendente.
Ter
fé é, segundo grande parte delas, acreditar em algo, preferencialmente
sobrenatural, que provoque alguma transformação, que permita uma realização,
que traga soluções, principalmente em relação a objetivos considerados quase
impossíveis e, normalmente, de uma forma transcendente ou metafísica, muito
além do que pode ser considerado como um acontecimento lógico normal.
Acreditar
dessa forma parece ser, sem dúvida alguma, ter fé. Mas isso significa que a
pessoa deixa de ser racional? Ou seja: a crença em algo sobrenatural pode
eliminar a necessidade de raciocinar logicamente sobre o assunto?
A
resposta é não! Não há qualquer necessidade disso!
Mas,
na verdade, Fé e razão estão, e estiveram, em alguns momentos e em alguns
lugares, dissociadas. Há períodos históricos longos em que isso foi uma
característica social marcante, assim como há regiões do planeta em que essa
separação sempre foi, e continua sendo, a tônica!
Acreditar
em algo sobrenatural, para alguns grupos sociais, necessita que seja eliminada
a possibilidade de se vivenciar coisas terrenas. Nesses grupos sociais a “fé
oficial” é uma necessidade, fazendo surgir a crença imposta, de fora para
dentro, sem qualquer sustentabilidade racional.
Essa
“fé por acomodação” não resiste ao debate e fragiliza a mente, provocando a
insegurança em relação aos seus próprios valores. Esse tipo de fé imposta,
impede o raciocínio lógico, dificulta a tolerância e impossibilita a
compreensão verdadeira das crenças alheias.
Dogmas
são impostos à força. Surge aí a lavagem cerebral, a hipnose coletiva e coisas
semelhantes. É a fé cega, podendo alcançar níveis de radicalismo exagerado e
fanatismo criminoso.
Como
consequência surgem guerras, massacres e demais conflitos.
São
crimes que observamos ocorrer em todas as partes do mundo, em nome de uma fé
equivocada ou de um Deus particular, exclusivo daquele grupo ao qual pertence...
Saindo
da parte doentia da fé, vamos a parte mais racional:
A
crença consciente, no entanto, significa a construção de um acreditar, de
dentro para fora. Essa fé é antiga e continua sendo encontrada nos estudos de
todos os povos, incluindo as primeiras civilizações em nosso planeta, quando as
pessoas elegiam, como deuses, as energias responsáveis pela sua sobrevivência.
A
fé, inicialmente, visava algo externo, algo compreensível, ou algo
sobrenatural. Muito tempo depois começou a surgir a fé na energia interior, no
poder da sua própria mente, como é comum observarmos nos dias atuais.
E
o avanço do conhecimento científico não mudou muito a forma de as pessoas
acreditarem em algo superior, ou em alguma energia voluntariosa além da
compreendida fisicamente. Ainda sobrevivem todos os tipos de fé.
Há
os que buscam comprovações totalmente materialistas, sem acreditar em algo fora
do exclusivamente científico. Tenho muitos amigos nesse caminho, cujas ideias e
conclusões são fantásticas e dignas de todo respeito.
Há
os que buscam as mesmas comprovações, sem, entretanto, duvidarem da existência
de uma energia superior voluntariosa e criadora. Eu me incluo nesse grupo.
E
há os que ignoram qualquer pesquisa científica, montando seu conhecimento de
mundo exclusivamente no entendimento religioso, a partir da fé em algo
superior.
Os
primeiros são os materialistas e ateus, que constroem seus argumentos com base no
conhecimento científico, procurando comprovar que o universo e a vida não
necessitam nem necessitaram, em momento algum, de alguma interferência
superior, como fez Richard Dawkins em sua obra: “Deus, um Delírio”; e como
disse Stephen Hawking, certa vez, em uma conferência: “Deus pode até existir,
mas nunca foi necessário”.
Para
essa parcela da população mundial, a fé está dirigida à capacidade inventiva e
produtiva de cada um de nós, mas também da sociedade, como um todo, não havendo
interferência de nada além daquilo o que entendemos como matéria.
O
segundo modelo de pesquisador se utiliza dos mesmos argumentos dos primeiros,
analisando-os criteriosamente, de forma neutra, sem qualquer interferência de
sua fé, na busca de explicações científicas para todos os mistérios da natureza
e da vida.
Eles
procuram encontrar meios de obter tais explicações sem, entretanto, duvidar da
existência de uma energia superior, que pode ser a responsável por toda a
arquitetura e programação dinâmica do universo. Mas suas pesquisas nunca são
interrompidas por conclusões teológicas.
A
diferença está no fato de que, mesmo acreditando que possa existir tal energia,
essa parcela da população busca incessantemente, na ciência, explicações
específicas para cada mistério encontrado. Isso é saudável!
O
terceiro modelo de pesquisador limita-se aos ensinamentos a partir da sua fé,
acreditando nada haver fora dela e se sentindo muito bem assim. Esse também é
digno de todo o respeito, principalmente porque, na realidade, nenhum dos três
pode afirmar, convictamente, que a sua forma de pensar é a única correta.
É
por essa razão que sempre procuro colocar, em uma mesa redonda, para efeito
didático, debatedores dos mais diferentes pontos de vista, visando esclarecer,
aos participantes, as diferentes formas de entendimento de mundo.
Isso
mostra a necessidade de procurar entender os argumentos do outro, principalmente
se esses forem diferentes ou até opostos ao seu. Isso amplia o nosso
conhecimento de mundo e aperfeiçoa a nossa forma de compreendê-lo.
Bem
a propósito, ao reler a obra “Deus único, mito e realidade”, de Luiz Henrique
Almeida, deparei-me com sua afirmativa de que: “(...) Cada célula do nosso
corpo contém todas as informações acerca da história de cada um de nós, neste
planeta (...)”
Isso
me remeteu, imediatamente, aos xamãs aborígenes, com quem tive a oportunidade
de dialogar por diversas vezes, ainda na década de setenta, em pleno deserto
australiano.
Esses
iam um pouco mais além. Afirmavam que nossa mente possui uma antena interna,
capaz de captar as ondas do pensamento de todas as pessoas que viveram em nosso
planeta, desde o início da civilização.
Então,
segundo eles, as células conteriam informações da história de toda a
humanidade!
Com
base na afirmação de Almeida e no conhecimento dos xamãs, percebemos que será
um imenso atraso de vida ou, melhor dizendo, um atraso para o conhecimento
científico, se evitarmos analisar textos provenientes das diversas tradições
religiosas.
A
análise e o questionamento de afirmações dogmáticas podem, sim, abrir novos
caminhos para conhecimentos ainda distantes da nossa atual capacidade de
compreensão. Ignorá-las, por serem do domínio da fé, pode constituir um grande
atraso para o desenvolvimento científico.
Isso
me lembra um trecho de “O Princípio da Totalidade”, de Anna Freifeld Lemkow,
quando ela diz: “(...) limitar o real apenas ao quantificável não é científico,
é cientístico – uma perversão da ciência (...)”
Vamos
dar uma ligeira olhada em alguns momentos científicos de hoje e o que podemos
esperar a mais, desde que não estagnemos na ideia de que só o quantificável e
visualizável é científico...
Em
primeiro lugar, nesse passeio, vamos à memória. Sua capacidade é quase infinita
na tarefa de arquivar todos os conhecimentos que processa. A dinâmica de
funcionamento das redes neurais é algo assustadoramente admirável! Nossa
capacidade para gravar informações ainda não foi superada por nenhum
equipamento cibernético.
Por
que tanta memória? Qual a finalidade real de tanta potencialidade? Haverá
alguma outra função que não estamos exercendo com deveríamos? Nossas trilhões
de conexões neurais estarão à nossa disposição apenas para jogarmos dominó e
levantarmos um copo de cerveja? E toda essa capacidade ou potencialidade “se
acaba” simplesmente com a morte?
Em
segundo lugar vamos analisar a constatação, pelos psicólogos e terapeutas, de
transferência de memórias do doador para o receptor, nos casos de transplante
de coração.
Há, hoje em dia, diversos relatos de transplantados que mudaram totalmente
o seu comportamento e estilo de vida, assumindo os de seu doador, mesmo sem ter
conhecimento disso! Essas memórias só poderiam estar nas células do órgão
transplantado.
Mas,
se já temos constatações de que todas as nossas memórias localizam-se no cérebro,
essas memórias seriam back-ups nas células do coração? Uma célula não
dependeria de uma rede neural para arquivar uma informação? Então, mais uma vez, a declaração de Almeida
faz todo sentido!
E,
em terceiro lugar, a identificação feita por Philip Low, das ondas cerebrais
emitidas pela área de Broca, área que elabora a fala. Ele, em seguida,
desenvolveu os equipamentos para a sua captação e transformação em sinais
digitais. Esses sinais serão enviados a um computador, representando a “fala”
da pessoa.
Seu
desenvolvimento já está sendo testado por Stephen Hawking que, assim que o
equipamento estiver pronto, voltará a comandar seu sintetizador de voz em tempo
real! Os paralíticos cerebrais poderão se comunicar! Haverá a possibilidade de
verdadeira inclusão escolar de uma imensidão de crianças com esclerose lateral
amiotrófica ou com paralisias não progressivas.
Essas
ondas geradas são produto de nosso pensamento. Isso significa que outros
cérebros poderão captá-las e tornar seus sinais conscientes. É a telepatia em
desenvolvimento tecnológico.
Mas,
a telepatia existe? Só existe para quem acredita (tem fé) que se “pensarmos
forte” alguma mensagem dirigida à pessoa que está à nossa frente,
principalmente um paralítico cerebral mudo, nossa mensagem estará chegando a
essa pessoa. Mas precisa haver fé. Precisa haver ciência e fé.
Cada
uma dessas constatações e desenvolvimentos nos impulsiona a estudos muito mais
profundos sobre o funcionamento dos elementos primordiais da nossa formação
orgânica: as nossas células.
Seu
funcionamento é, como podemos perceber, muito mais complexo e muito mais
abrangente do que o conhecimento anterior mostrava e, além disso, sua energia
pode ter efeitos muito mais importantes e objetivos muito mais nobres.
Os
estudos dos idealizadores da neurolinguística apontam para isso desde a década
de setenta. Lembro que eu não acreditei nas suas propostas e, devido a essa
descrença, escrevi um artigo criticando a ideia. Sorte que o artigo “se perdeu”
no tempo...
Hoje
temos referência ilustres, como o físico quântico Amit Goswami, que apresenta
essa realidade em sua obra: “Universo: Como a consciência cria o mundo
material”.
O
estudo quântico da consciência e de sua energia em forma de ondas, realizado
por Goswami, nos leva a um momento intermediário em que as constatações da
energia gerada por nossas células e seus efeitos no mundo material externo ao
nosso corpo, aproximam a ciência da fé, provocando os céticos e empolgando os
pesquisadores mais complacentes.
E
mais que isso: Estamos mesmo em um cosmos com início, meio e fim? Estamos mesmo
em uma realidade com passado, presente e futuro? Em “O Grande Projeto”, Stephen
Hawking e Leonard Mlodinow mostram, entre outras declarações “alucinantes”, que
o cosmos não possui uma realidade única, mas que cada realidade possível do
universo coexiste com as demais, ou seja, existem simultaneamente!
Se
é assim, nem o materialismo é real. Dizer que a matéria existe pode ser uma
forma de crença...
Vamos
conversar mais sobre isso assim que chegarem os seus comentários.
Para
os amigos que desejam mais informações e mais debate sobre o tema, recomendo a
leitura das obras citadas, repetindo:
Amit
Goswami. Universo: Como a consciência
cria o mundo material.
Anna
Freifeld Lemkow. O Princípio da
Totalidade.
Luiz
Henrique Almeida. Deus único, mito e
realidade.
Richard
Dawkins. Deus, um Delírio.
Stephen
Hawking. O Grande Projeto.
Mas
recomendo, também, que mantenham o número telefônico de um bom psiquiatra, em
mãos... Nunca se sabe...
sábado, 7 de junho de 2014
IUPE Educação: Autismo - Comentando pesquisas
Autismo: Comentários sobre as recentes pesquisas
Foi publicado na Scientific American, edição especial nº 58, sob o título "Desespero pela cura do autismo", um artigo de Nancy Shute, tentando mostrar que, pelo fato de que os tratamentos eficazes ainda não tenham sido descobertos, os pais continuam buscando terapias alternativas suspeitas e, frequentemente, perigosas!
Dentre essas terapias suspeitas o artigo lista seis realmente perigosas, pelo menos no estado atual de suas pesquisas, que são:
1. Injeção de imunoglobina, que é a injeção e anticorpos, muito usada para o tratamento da leucemia e aids, mas com sérios efeitos colaterais, entre eles a cefaléia e, mais perigoso ainda, a meningite.
2. Injeção de Lupron, usada para câncer de próstata. e que, entre os efeitos colaterais está o dano aos ossos, o crescimento retardado e a impotência.
3. Injeção de células tronco, desaprovado em diversos países devido ao estado atual incipiente de suas pesquisas.
4. Injeção de secretina, hormônio que virou febre entre os pais de autistas nos Estados Unidos, mas que pode levar a perda de imunidade e diarreia.
5. Quelação, droga injetada para expelir chumbo e mercúrio, mas que pode reduzir o nível de cálcio e trazer problemas renais.
6. Uso da câmara hiperbárica de hidrogênio, cujos efeitos poderão trazer prejuízos aos ouvidos, olhos e sistema nervoso central.
Mas o artigo lista três que não trazem qualquer efeito colateral e, ainda por cima, têm dado resultados muito satisfatórios em diversas partes do mundo, que são:
A) Terapia de Integração Sensorial;
B) Vitaminas e suplementos;
C) Dietas livres de glúten e caseína;
Eu incluo uma quarta, que não foi comentada no artigo, cujos resultados são eficazes, não só para os autistas, mas para todos nós, que é:
D) Consumo diário de probióticos.
O que nos atrasa muito nesse trabalho é a demora das universidades e centros de pesquisa em perceber a importância de se iniciar, imediatamente, estudos interdisciplinares sobre o autismo e o TDAH, analisando os casos existentes nas próprias cidades onde essas instituições estão sediadas.
Mas devemos iniciar esses estudos científicos e, ao mesmo tempo, iniciar a análise criteriosa, e nunca uma análise excludente, das terapias que já estão apresentando algum resultado, para que os autistas possam ter seus sintomas reduzidos, enquanto se aguarda a cura definitiva de seus transtornos.
E os estudos científicos, nesse caso, não podem seguir mais o padrão de necessitar uma amostragem de grande quantidade e, menos ainda, excluir resultados que estejam sendo eficazes para um número insignificante de cobaias.
Para esse tipo de transtorno, que significa o "apagamento" e uma criança que, algumas vezes era normal, a redução de seus sintomas é a "luz" que seus pais precisam para reduzir sua ansiedade e tentar garantir a autossuficiência de seu filho, quando esse se tornar um adulto.
Então o resultado positivo para uma minoria pode ser a solução para muitas crianças, já que essa minoria, quando contabilizada, significa muito, principalmente para seus pais!
Por isso que os caminhos são, ao mesmo tempo, dois:
1. Pesquisas interdisciplinares para encontrar a cura por meios científicos.
2. Análise e regulamentação das terapias alternativas que não tragam riscos, para que os pais possam ter segurança nas suas aplicações.
A) Integração sensorial:
Pressão no corpo feita por cobertores ou máquinas (semelhante à máquina do abraço desenvolvida pela Dra Temple Grandin, autista que se cuidou assim).
A Dra Temple Grandin, autista que hoje é uma cientista de renome mundial, inventou a sua máquina do abraço. Essa terapia segue os mesmos princípios dessa sua máquina, utilizando pressão no corpo com cobertores ou máquinas, e servem para acalmar o autista e trazê-lo de volta a normalidade por uns tempos.
Esse processo estimula o envio dessas sensações táteis para o cérebro, provocando momentos de satisfação corporal, criando um aumento da autoestima do autista, necessário para otimizar o trabalho de seu sistema límbico.
B) Vitaminas e suplementos:
Se bem prescrita e bem administrada não trarão mal algum e ainda podem aumentar a energia orgânica, possibilitando o melhor funcionamento geral do cérebro e permitir, assim, a ação do sistema límbico na tentativa de corrigir naturalmente os defeitos do corpo.
Desde que sejam evitadas as overdoses, ou seja, desde que essas vitaminas estejam sendo dadas sob a orientação de um médico ou nutricionista, só haverá lucro em seu uso.
Obviamente que as vitaminas consumidas naturalmente, por meio da alimentação orgânica diversificada, tem efeito melhor ainda, mas essa serve "como uma luva" para os autistas que ainda resistem exageradamente à variedade alimentar.
C) Dieta livre de glúten e caseína (inclui aí milho e soja):
Seus benefícios, embora o artigo diga que não são os esperados, são muito eficazes, bastando, para isso, verificarmos as dezenas de casos relatados no livro do Dr William Shaw (Tratamento Biomédico do Autismo e do TDAH), e analisar os casos em que essa dieta está sendo levada a sério pelas famílias.
Há diversos livros de receitas ensinando as famílias a prepararem refeições maravilhosas, com alto valor nutricional, sem o uso desses elementos que são rejeitados pelo organismo do autista, trazendo irritabilidade, agressividade e aumento de todos os seus sintomas.
Essa é a mais eficaz até hoje, precisando, entretanto, que seja rigorosa, já que a quebra da dieta faz com que todo o sucesso alcançado seja perdido, tendo que iniciar tudo novamente.
D) Consumo de probióticos (incluída por mim):
Melhora a proporção de bactérias positivas na flora intestinal e reduz os efeitos negativos das bactérias negativas.
Entre as bactérias negativas estão as da família do clostridium, cujo produto se assemelha ao ácido propiônico, podendo causar danos cerebrais irrecuperáveis, característicos do autismo.
Essas quatro terapias estão sendo combatidas por diversos articulistas de jornais e televisão, incluindo aí uma das mais poderosas redes no Brasil, sem que eu tenha entendido as suas intenções, já que todas as quatro dão resultados positivos sim! Basta que as famílias as utilizem sem que permitam a interferência de ninguém no processo.
Vamos, então, estimular os pais de autistas, para que solicitem de seus médicos e nutricionistas, a prescrição de probióticos e a orientação em relação à dieta livre de glúten e caseína.
Além dessas terapias positivas, sempre é necessário o acompanhamento psicopedagógico ou neuropedagógico adequado, principalmente para permitir o processo de inclusão escolar e garantir a autossustentabilidade dessa criança, no futuro.
segunda-feira, 28 de abril de 2014
IUPE Educação: Como evitar que a inteligência adolescente atrapalhe o sistema corrupto de nosso país
Logo depois que publiquei minha última crônica sobre "Como garantir o fracasso pessoal e profissional de seu filho", recebi inúmeras mensagens relatando casos que mais parecem piada, mas que pelo resultado negativo que aparecerá no futuro desses alunos, está mais para tragédia!
As famílias perderam completamente a noção do que significa educação doméstica e, quando uma escola se propõe a complementá-la, elas se voltam contra os professores, superprotegendo seus bebês dessa insanidade (segundo elas), que chamamos de imposição de limites...
Mas a falta de noção desses pais é perfeitamente compreensível. Afinal, há muito tempo nosso sistema de ensino está conseguindo eliminar a capacidade de discernimento dos alunos que passam pela educação pública. Muitos desses ex-alunos são, hoje, pais, completamente despreparados para com o entendimento de que afetividade COM IMPOSIÇÃO DE LIMITES são as bases para a educação de seus filhos.
Hoje, entretanto, não falarei dos pais, mas sim dos "rolezinhos do sexo", o primeiro deles ocorrido em São Paulo e que, certamente, terá seguidores por todo o nosso país.
Tudo começou nas escolas públicas onde percebeu-se que, mesmo sem qualquer vontade política real de prover uma boa formação intelectual, emocional e de caráter, ainda há muitos alunos que estão conseguindo "dar a volta por cima" e surpreender o sistema, com sua excelente formação pessoal, técnica e profissional e, mais importante do que tudo, com excelente formação de caráter!
Tal constatação pode estar preocupando demais as autoridades constituídas, já que filhos de famílias de baixa renda, bem preparadas intelectualmente, e batalhando para crescer na vida, jamais ficarão satisfeitas em ver a forma como nossas autoridades conseguem suas fortunas...
Eles, certamente, ficarão muito insatisfeitos ao perceber que tais fortunas pessoais surgem em detrimento da educação, da saúde, da limpeza urbana, do saneamento básico, e outras tantas necessidades reais.
E pior ainda quando perceberem que qualquer dessas obras só ocorre quando há a garantia de percentuais elevadíssimos de comissão para seus bolsos...
Então o perigo existe! Esses alunos inteligentes e bem preparados, embora estudando em escolas públicas, podem , de repente, analisar com mais cuidado o período da revolução francesa e, quem sabe, podem até ter vontade de influenciar seus colegas para a criação de uma nova juventude pensante, como a que existiu naquela época e fazer justiça com as próprias mãos.
Juventude pensante... Que pena que já não existe! Não existe na escola pública e não existe também nas escolas particulares.
Mas acho que estou enganado, porque alguém está com muito receio de que essa juventude surja de algum lugar.
Enquanto esse perigo surgir nas escolas particulares de bairros nobres não há tanto problema assim, já que os pensantes estarão já envolvidos, desde cedo, com a corrupção de seus pais e apenas usarão a inteligência para dar continuidade ao processo podre de nosso sistema.
Mas se isso surge em escolas públicas ou em particulares de bairros de baixa renda, aí o perigo para o sistema se torna iminente.
Para eliminar, de uma vez por todas, o perigo de uma juventude pensante, prepara-se estratégias cada vez mais eficazes, a maioria delas direcionada à deseducação pública.
A mais recente veio com o nome de "rolezinhos do sexo".
Para os incautos tudo não passa de uma brincadeira de jovens de subúrbio, mas basta observarmos bem, para perceber que eles são apenas adolescentes muito bem manipulados pelos sistema por uma causa conveniente, não a esses jovens, mas convenientes aos detentores do poder vigente, para assim manterem a continuidade de suas trapaças sem qualquer questionamento.
O primeiro rolezinho do gênero foi muito bem divulgado e ocorreu durante o horário das aulas, é claro, para assegurar que ninguém se atrevesse a ficar estudando ou tirando dúvidas com seus professores.
Para garantir que nem os mais "nerds" resistissem, ficou claro que seria num parque público, com toda proteção policial (havia carro de polícia e motos vigiando em volta do parque para os alunos não serem molestados), com distribuição de maconha (claramente distribuída, enrolada e consumida, conforme mostraram as equipes de reportagem no local), com assistência de agentes de saúde oficiais do poder público, distribuindo camisinhas, para que todos perdessem o receio de manter uma relação sexual sem a devida proteção, e tudo isso ocorreu às claras.
Ora! Difícil encontrar um adolescente, por mais estudioso que seja, que consiga resistir a essa tentação do sexo livre, exatamente na fase em que seus hormônios estão em alta.
A maconha virá como um complemento necessário para garantir que sua capacidade de discernimento seja reduzida aos poucos. A mesma maconha que é fartamente distribuída em praticamente todas as universidades públicas do país, com a mesma intenção, mais do que clara!
Esses adolescentes estarão alegres, se divertindo, mantendo relações sexuais promíscuas, drogando-se, e afastando-se completamente de qualquer possibilidade de virem a ser seres pensantes e questionadores!
O sistema estará livre desse perigo iminente!
E ainda por cima, estará preparando adolescentes totalmente liberados para a sexualidade, num momento em que o Brasil precisa apresentar ao turista da Copa, prostitutos e prostitutas suficientes para o seu deleite durante sua estada por aqui...
Fico impressionado com essa estratégia, que de tão eficaz, certamente faria Maquiavel reescrever O Príncipe, em parceria com nossos atuais políticos.
As famílias perderam completamente a noção do que significa educação doméstica e, quando uma escola se propõe a complementá-la, elas se voltam contra os professores, superprotegendo seus bebês dessa insanidade (segundo elas), que chamamos de imposição de limites...
Mas a falta de noção desses pais é perfeitamente compreensível. Afinal, há muito tempo nosso sistema de ensino está conseguindo eliminar a capacidade de discernimento dos alunos que passam pela educação pública. Muitos desses ex-alunos são, hoje, pais, completamente despreparados para com o entendimento de que afetividade COM IMPOSIÇÃO DE LIMITES são as bases para a educação de seus filhos.
Hoje, entretanto, não falarei dos pais, mas sim dos "rolezinhos do sexo", o primeiro deles ocorrido em São Paulo e que, certamente, terá seguidores por todo o nosso país.
Tudo começou nas escolas públicas onde percebeu-se que, mesmo sem qualquer vontade política real de prover uma boa formação intelectual, emocional e de caráter, ainda há muitos alunos que estão conseguindo "dar a volta por cima" e surpreender o sistema, com sua excelente formação pessoal, técnica e profissional e, mais importante do que tudo, com excelente formação de caráter!
Tal constatação pode estar preocupando demais as autoridades constituídas, já que filhos de famílias de baixa renda, bem preparadas intelectualmente, e batalhando para crescer na vida, jamais ficarão satisfeitas em ver a forma como nossas autoridades conseguem suas fortunas...
Eles, certamente, ficarão muito insatisfeitos ao perceber que tais fortunas pessoais surgem em detrimento da educação, da saúde, da limpeza urbana, do saneamento básico, e outras tantas necessidades reais.
E pior ainda quando perceberem que qualquer dessas obras só ocorre quando há a garantia de percentuais elevadíssimos de comissão para seus bolsos...
Então o perigo existe! Esses alunos inteligentes e bem preparados, embora estudando em escolas públicas, podem , de repente, analisar com mais cuidado o período da revolução francesa e, quem sabe, podem até ter vontade de influenciar seus colegas para a criação de uma nova juventude pensante, como a que existiu naquela época e fazer justiça com as próprias mãos.
Juventude pensante... Que pena que já não existe! Não existe na escola pública e não existe também nas escolas particulares.
Mas acho que estou enganado, porque alguém está com muito receio de que essa juventude surja de algum lugar.
Enquanto esse perigo surgir nas escolas particulares de bairros nobres não há tanto problema assim, já que os pensantes estarão já envolvidos, desde cedo, com a corrupção de seus pais e apenas usarão a inteligência para dar continuidade ao processo podre de nosso sistema.
Mas se isso surge em escolas públicas ou em particulares de bairros de baixa renda, aí o perigo para o sistema se torna iminente.
Para eliminar, de uma vez por todas, o perigo de uma juventude pensante, prepara-se estratégias cada vez mais eficazes, a maioria delas direcionada à deseducação pública.
A mais recente veio com o nome de "rolezinhos do sexo".
Para os incautos tudo não passa de uma brincadeira de jovens de subúrbio, mas basta observarmos bem, para perceber que eles são apenas adolescentes muito bem manipulados pelos sistema por uma causa conveniente, não a esses jovens, mas convenientes aos detentores do poder vigente, para assim manterem a continuidade de suas trapaças sem qualquer questionamento.
O primeiro rolezinho do gênero foi muito bem divulgado e ocorreu durante o horário das aulas, é claro, para assegurar que ninguém se atrevesse a ficar estudando ou tirando dúvidas com seus professores.
Para garantir que nem os mais "nerds" resistissem, ficou claro que seria num parque público, com toda proteção policial (havia carro de polícia e motos vigiando em volta do parque para os alunos não serem molestados), com distribuição de maconha (claramente distribuída, enrolada e consumida, conforme mostraram as equipes de reportagem no local), com assistência de agentes de saúde oficiais do poder público, distribuindo camisinhas, para que todos perdessem o receio de manter uma relação sexual sem a devida proteção, e tudo isso ocorreu às claras.
Ora! Difícil encontrar um adolescente, por mais estudioso que seja, que consiga resistir a essa tentação do sexo livre, exatamente na fase em que seus hormônios estão em alta.
A maconha virá como um complemento necessário para garantir que sua capacidade de discernimento seja reduzida aos poucos. A mesma maconha que é fartamente distribuída em praticamente todas as universidades públicas do país, com a mesma intenção, mais do que clara!
Esses adolescentes estarão alegres, se divertindo, mantendo relações sexuais promíscuas, drogando-se, e afastando-se completamente de qualquer possibilidade de virem a ser seres pensantes e questionadores!
O sistema estará livre desse perigo iminente!
E ainda por cima, estará preparando adolescentes totalmente liberados para a sexualidade, num momento em que o Brasil precisa apresentar ao turista da Copa, prostitutos e prostitutas suficientes para o seu deleite durante sua estada por aqui...
Fico impressionado com essa estratégia, que de tão eficaz, certamente faria Maquiavel reescrever O Príncipe, em parceria com nossos atuais políticos.
sábado, 26 de abril de 2014
IUPE EDUCAÇÃO: COMO GARANTIR O FRACASSO PESSOAL E PROFISSIONAL DE SEU FILHO
COMO GARANTIR O FRACASSO PESSOAL E PROFISSIONAL DE SEU FILHO
(Orientação especial preparada pelo professor Roberto Andersen, em 26/04/2014)
Embora muitos pais não precisem desses conselhos por já serem “doutores” no assunto, resolvi selecionar algumas “dicas” importantes para aqueles que ainda não conseguiram destruir totalmente a possibilidade de sucesso de seus filhos, mas que estão tentando muito:
Dica 1: ESCOLA INIMIGA
Considere a escola como a instituição inimiga de seu filho. Proteja-o diariamente das “injustiças” que são cometidas contra ele. Não aceite nem assine advertências e, de preferência, contrate um advogado para exigir que a escola só puna seu filho depois de conseguir todas as comprovações legais dos fatos que a escola “inventa” sobre o pobrezinho do menino.
Apenas pais “quadrados” de filhos “idiotas” acreditam que a escola é parceira na educação de seus filhos.
Dica 2: PROFESSOR PREGUIÇOSO
Esteja atento para exigir que os professores deem muitas aulas em vez de exigir estudo do aluno, principalmente durante o período das aulas. Proteja seu filho dessas exigências absurdas que alguns professores fazem de que seu filho estude a matéria e apresente a ele apenas as dúvidas. Isso é um absurdo. Proteja seu filho desse sacrifício inaceitável de ter que estudar alguma coisa na presença de um professor exigente.
Apenas pais “quadrados” de filhos “idiotas” acreditam que o professor que ensina o aluno a estudar está fazendo algo de útil.
Dica 3: MEU FILHO NÃO MENTE
Ameace processar a escola se, por acaso, disserem que o que seu filho relatou para você não foi o que aconteceu. Seu filho NUNCA MENTE e isso deve estar claro para você e para todos. Acredite sempre em tudo o que seu filho relata para você. Não há a menor necessidade de comprovar nada! Afinal ele é seu filho e deve ser protegido a vida toda de qualquer ameaça externa.
Apenas pais “quadrados” de filhos “idiotas” aceitam e assinam as advertências dadas aos seus filhos e ainda os punem em casa.
Dica 4: DEVER DE CASA
Acredite sempre em seu filho quando ele diz que não tem dever nenhum para fazer em casa, mesmo porque seria um sacrifício muito grande ele ter que estudar em casa, já que já assiste aulas todos os dias pela manhã. Acredite também quando ele diz que já fez todas as tarefas na escola. Afinal, seu filho não mente. Quem mente muito são os professores e diretores da escola.
Apenas pais “quadrados” de filhos “idiotas” conferem com a escola as informações de falta de tarefas para casa.
Dica 5: TRABALHO OU ESTÁGIO À TARDE
Coloque seu filho para fazer algum trabalho ou estágio à tarde, para que ele comece a entender o que é responsabilidade, mesmo que a família não precise do dinheiro desse trabalho. Embora a atividade de estágio ou trabalho à tarde dificulte a realização das tarefas diárias da escola, o aluno já estará se acostumando a trabalhar para ganhar seu salário mínimo e assim ele poderá se livrar do sacrifício de fazer uma faculdade só para ter uma posição melhor na sociedade. Ensine, assim, a seu filho, que devemos nos acomodar a uma situação financeira medíocre, para justificar nossos ataques aos que venceram na vida e exploram os pobres coitados que não venceram.
Apenas pais “quadrados” de filhos “idiotas” acham que seus filhos devem usar todo o tempo da adolescência para estudar em vez de trabalhar.
Dica 6: MÚSICAS PORNORREPETITIVAS
Permita que seu filho cante e dance todo tipo de música pornorrepetitiva, que são aquelas que mantém a mesma batida e sempre com letras de duplo sentido. Embora essa atitude reduza a sua capacidade cognitiva e intelectual, ele poderá ter a sorte de ser incluído em algum grupo de pagode baiano e assim poder se manter como adulto pagodeiro.
Apenas pais “quadrados” de filhos “idiotas” acreditam que essas músicas não contribuem para a socialização de seus filhos.
Dica 7: LIBERDADE SEXUAL
Quanto à sexualidade de seus filhos, basta vacinar sua filha contra HPV e contra todas as demais doenças sexualmente transmissíveis e orientar seus filhos a usarem camisinhas durante as relações sexuais que desejar ter. Não perca tempo fazendo orientações sobre constituição de família ou sobre monogamia. Isso está fora de moda! Embora a falta dessa orientação elimine a possibilidade desses adolescentes serem felizes numa relação conjugal monogâmica futura, eles poderão ter alegrias constantes em relacionamentos afetivos desde cedo, mudando de parceiros no momento que enjoar do anterior. E, se houver filhos, sempre haverá a vantagem financeira do bolsa-família.
Apenas pais “quadrados” de filhos “idiotas” acreditam que casamento e monogamia são um bom caminho para os seus filhos.
E, além de tudo, sempre haverá, no futuro, um desses seus antigos COLEGAS IDIOTAS, filho de algum PAI QUADRADO, para dar ao seus filho algum emprego de faxineiro ou zelador, na empresa em que esse IDIOTA dirige, preside ou é dono.
domingo, 20 de abril de 2014
Devaneios de Andersen em um domingo de páscoa
Domingo de páscoa. Data polêmica,
mas a última coisa que me passa pela cabeça nesse momento é falar de equívocos
religiosos... É domingo, então, e um domingo véspera de feriado, o que traz um
sabor especial à data...
Para o ser humano normal domingo é
entendido como dia de repouso, relaxamento, recuperação das energias que foram
consumidas durante toda a semana...
Não sou, definitivamente, um ser
humano normal! Começo o domingo com a rotina de sempre, ou seja:
Um copo com suco de um limão e
completado com água, ainda em jejum;
Em seguida a primeira parte do
café da manhã: iogurte com granola, gérmen de trigo, aveia e mel;
Começa, então a meia hora de
esteira e a meia hora de musculação; em seguida o alongamento e, logo depois, a
natação por alguns minutos;
Aproveitei para lavar os carros e
colocar barrilha e cloro na piscina, para manter seu tratamento adequado.
Após o banho vem a segunda parte
do café. Dessa vez apenas frutas diversas, de preferência de todas as cores.
Terminada a sessão de frutas, começa a parte final, que é ovos com bacon, raízes
cozidas ou fruta pão, leite com chocolate e café, pães e queijos...
Terminada a alimentação básica do
organismo, começa o trabalho matinal nas pesquisas, estudos diversos, leituras
e elaboração de artigo, ensaios e crônicas.
Nesse domingo, em especial, estamos
apenas eu e Irani em casa. Caio e Sibele foram para a casa da mãe dela, para o
almoço de páscoa. Meu contato com eles foi por mensagens de texto. Ontem Sibele
passou o dia aqui em casa, mas hoje é Caio quem passa o dia na casa dela.
Por telefone, Erich e Ivana, de Niterói,
comentaram sobre as comidas que eles estão fazendo e sobre o programa especial
de hoje, tão especial com qualquer outro domingo...
Mamãe, também em Niterói e também
por telefone, comentou sobre o excesso de sono diurno de tia Iza e a
consequente falta de sono noturno... Hoje não reclamou de nenhuma das
acompanhantes diurnas. As da noite já “sambaram” ... Ela adora ficar sozinha e
isso desespera meu irmão... Ela estava, pela manhã, lendo na varanda e
apreciando a passagem dos vizinhos que, ao vê-la, cumprimentavam-na
alegremente.
Vamos, então, a mais um capítulo
do “Devaneios de Andersen”, dessa vez sobre o Mito da Caverna e os Conflitos do EGO:
Há
momentos em que a realidade pede uma explicação e não a encontra... Há momentos
em que, ao olhar a vida, só são encontradas representações do todo... Há
momentos em que há uma certeza absoluta: O ser humano é um mero espectador
vislumbrando as sombras de uma realidade distante e inalcançável.
São
os personagens do mito da caverna, e que nem imaginam o que isso pode
significar para eles... Apenas montam, cada um deles, uma realidade própria,
com base nas sombras que chegam às suas mentes.
E.
além da limitada capacidade de compreensão tridimensional do ser humano ainda há
o domínio de uma tirania espaço-temporal repleta de ontem, hoje e amanhã, sem
que seja possível que se entenda corretamente o seu papel no mundo. Há meios de
interferir nesse processo ou todos são apenas marionetes de uma peça teatral
cujo roteiro já está previamente definido?
Enquanto
alguns experimentam interferir, outros acomodam-se ao roteiro traçado, mas nem
a interferência e nem a acomodação parecem alcançar a plenitude da realidade
externa à caverna! Plenitude essa que pode, por vezes, trazer um forte
sentimento de insegurança. E a insegurança é um dos grandes medos da
humanidade...
Nesse
momento comparo o ser humano normal com alguns autistas e portadores de
síndrome de Down que, quando elaboram a sua rotina, transformam-na em um
verdadeiro ritual, ritual esse que se transforma na base que dá sentido à sua
vida. Seguir a mesma rotina traz a segurança emocional que eles precisam...
Sair da rotina pode ser o início do caos!
Autistas
e Downs não são diferentes do ser humano normal! Seus sintomas apenas exageram
os mesmos sintomas normais, principalmente as inseguranças para com o
ilimitado, o pleno, o desconhecido, o infinito e o eterno...
Há
momentos em que o ser humano precisa colocar uma cúpula de vidro limitando os seus
horizontes até o ponto em que o enxerga, ou até o ponto em que acha que o
entende. Além daí é mais seguro que nada exista. Essa existência do
desconhecido traz intranquilidade.
Limitado
esse espaço-temporal começa a ser construída uma realidade dentro dele,
procurando decifrar tudo o que está nesse limite. Para conviver com os demais
seres à sua volta traçam-se regras sociais. Mas regras precisam de conceitos e
verdades comuns. E essa é outra das partes difíceis dessa caverna... Realidade
comum!
Constrói-se,
então, uma realidade, mas logo descobre-se que ela não é comum! Mesmo fazendo
parte de um mesmo grupo e em uma mesma caverna, cada um percebe as sombras de
uma forma diferente. E as percepções individuais, que já são, por si só,
diferentes, acabam diferindo de um conceito que surge mais forte que todos, o
conceito da mente coletiva.
A
mente coletiva interpretou as sombras de uma forma bem diferente das interpretações
individuais de cada um, mas o conjunto se faz mais forte e as liberdades
individuais acabam tolhidas e cerceadas.
A
massa acomoda-se à interpretação do grupo e assume uma verdade imposta,
moldando sua mente e modificando seus pensamentos e vontades, para entender
aquilo que passa a ser considerado o certo!
Há
os que se adaptam facilmente à verdade do grupo, uns por incapacidade total de
raciocínio próprio, outros por acomodação passiva e ainda há aqueles que
concordam realmente com a interpretação coletiva.
O conceito
do que é considerado certo e que, por isso, foi imposto, nem sempre é
assimilado ou compreendido pelo indivíduo. O certo nem sempre é compatível com
a verdade interior. Mas o indivíduo que precisa sobreviver no grupo, procura uma
fórmula para conseguir entender essa verdade externa, mas não a encontra. É uma verdade incompatível com a sua.
Para
não ser excluído ele inicia o processo de construção interior de uma realidade
aparente, diferente da que sente, mas compatível com a verdade da massa.
É o
seu EGO, nada mais do que uma máscara montada com peças emprestadas das
máscaras dos outros, fazendo com que se torne mais um entre tantos,
compartilhando da mesma verdade.
E
aos poucos percebe que essa máscara mal construída assemelha-se a outras
tantas, que parecem terem sido montadas da mesma forma, e que estão estampadas
nas faces dos demais componentes desse seu grupo.
Observando
cada uma delas percebe-se que todas são montagens, todas são adaptações, todas
carregam a necessidade de uma inclusão e que, para tal, houve necessidade de
alteração na realidade verdadeira, já que essa parece ser incompatível com a
verdade imposta.
A
sociedade não acha seguro permitir que as verdades individuais superem a
coletiva, cerceando a identidade própria e criando uma identidade padrão,
sugerindo que todos se moldem por ela e excluindo aqueles que diferirem dos
conceitos estabelecidos.
A
sociedade desistiu de questionar a verdade que está fora da caverna e preferiu
construir uma interpretação acomodada, fazendo com que todos “vegetem” de uma
mesma forma, em busca de um “nada” inexistente, sem qualquer “sentido” mais
profundo e até desistindo de encontrar qualquer vestígio que indique um caminho
pelo qual a vida mostre que tem sentido!
Um
EGO padrão foi estabelecido e, com ele, surgem os conflitos nos que divergem,
fazendo surgir as neuroses...
E a manhã de domingo vai sendo consumida aos
poucos, até que chega o momento de um aperitivo, dessa vez vodca com laranja,
acompanhado por um canapé preparado por Irani, seguindo uma receita com berinjela
e pimenta. Delícia! É a forma ideal de aguardar o almoço.
sexta-feira, 7 de março de 2014
IUPE Educação: Memória prospectiva e funcional em crianças com TDAH
IUPE
Educação: Memória prospectiva e funcional no TDAH
A falha nas memórias prospectivas e funcionais das pessoas com
TDAH podem ser reduzidas a partir de algumas dicas.
Vejamos
alguns sintomas característicos da pessoa com TDAH:
1.
Controle de atenção:
Essa
falha provoca aumento na impulsividade descontrolada, ou seja, falta de
autocontrole. Provoca também grande dificuldade para completar tarefas. A
criança inicia várias tarefas, mas não termina nenhuma delas.
2. Processamento de informação:
Essa
falha provoca grande lentidão para compreensão do que é ensinado e, por isso,
há constantes hesitações nas respostas. O seu tempo de reação é lento.
3. Flexibilidade cognitiva:
Essa
falha faz com que ele repita as ações da mesma forma, incluindo aí seus erros.
Ele
sabe que é errado, mas não consegue conter essa atitude.
4. Estabelecimento de objetivos:
Essa
falha provoca desorganização, incapacidade de planejamento e grande dificuldade
em raciocínios abstratos.
5. Memória operacional:
Essa
falha dificulta os processamentos das memórias, principalmente a memória de
trabalho, no hipocampo, dificultando a aprendizagem.
6. Controle inibitório:
Essa
falha impede que ele evite comportamentos que ele sabe que são inadequados para
o momento e que prejudicarão suas próprias atividades normais.
7. Falha na memória prospectiva e funcional
Embora
as pessoas com TDAH tenham uma excelente lembrança para fatos aleatórios, elas
apresentam falhas imensas na memória prospectiva e memória funcional.
Isso
significa que se elas não mantiverem um lembrete eficaz, facilmente esquecerão
seus compromissos, reuniões agendadas, consultas médicas, e outras tarefas e
obrigações.
Como
sua memória funcional também está afetada, a pessoa com TDAH pode até lembrar
de um compromisso, mas essa lembrança frequentemente chega bem antes do evento
e ela só voltará a lembrar novamente após o seu término, quando não der mais
tempo de comparecer.
Adultos
com TDAH frequentemente esquecem de buscar seus filhos na escola, deixam de
comparecer à consulta médica e de pagar contas.
Mas é
bom seguir sempre os conselhos das instituições oficiais que lidam com o TDAH,
como por exemplo, a ABDA, para evitar que essas dificuldades em organização,
foco e memória sejam empecilhos para o desenvolvimento do portador do
transtorno.
Sempre
existe uma forma de evitar as inconveniências dessas características,
criando-se estratégias de memorização, como por exemplo:
1. Lembrete auditivo (gravador)
2. Despertador
3. Agendas escritas
4. Agenda eletrônica
5. Bilhetes, tipo “post-it” afixados em locais estratégicos
As
agendas escritas à mão ou o próprio “post-it” escrito pela pessoa com TDAH e
afixada por ela mesma, terão mais uma finalidade, além de evitar o
esquecimento:
Ao
escrever o assunto de forma manuscrita o cérebro da pessoa com TDAH estará
formatando melhor as suas redes neurais e facilitando a própria redução
gradativa dessa falha na memória prospectiva.
Quanto
mais a pessoa escrever seis compromissos e até escrever sobre eles, mais estará
contribuindo para a redução dessa anomalia.
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