1.
Qual o objetivo do processo avaliativo
para esse aluno?
O principal
objetivo é o desenvolvimento de sua estrutura afetiva e cognitiva.
2.
Qual a base para o planejamento do
processo avaliativo?
O planejamento
deve estar baseado nas habilidades individuais de cada um desses alunos.
3.
Quais as preocupações durante a
aplicação do processo avaliativo?
Durante todo o
processo avaliativo os profissionais devem estar atentos ao ritmo individual de
cada um desses alunos, respeitar seus limites físicos e intelectuais e, ao
mesmo tempo, ir experimentando estímulos periódicos de avanços e de aumento de
esforço intelectual, visando quebrar a preguiça mental, mas evitando o
estresse, que seria improdutivo.
Com base nesses
três pontos, vamos iniciar a prática da inclusão:
Algumas escolas
tentam fazer a inclusão social num turno e o acompanhamento pedagógico no
outro.
Isso não tem dado resultado satisfatório, já que o aluno não se sente
partícipe da aula na turma de inclusão.
Então o aluno, por
exemplo, está se desenvolvendo em nível de 3º ano, mas incluído em turma do 6º
ano.
Seu histórico terá os lançamentos referentes ao 3º ano, e, nas observações,
a turma em que está sendo incluído e as razões para essa inclusão.
A turma na qual
ele será incluído deverá ser de alunos com idade média próxima à dele.
Para escolher a
turma em que ele será incluído faz-se a primeira “rodada” de avaliações
prévias, preferencialmente acompanhada pelo Conselho de Classe, onde serão
avaliados:
1.
Nível de inquietação e agressividade
está ainda incompatível com a inclusão em sala regular:
Caso ainda não
esteja o aluno deve ser encaminhado para tratamento médico adequado
(neuropediatra ou psiquiatra infantil) e para acompanhamento por um
neuropedagogo e por um nutricionista.
A dieta adequada, principalmente a que
segue o tratamento biomédico do autismo e TDAH, retirando os elementos que
estimulam os sintomas de agressividade, costumam dar bons resultados e
conseguem fazer com que o aluno rapidamente esteja em condições de participar
do processo de inclusão real.
2.
Nível de inquietação e agressividade já
permite a inclusão em sala regular:
O aluno não
precisa ser incluído, obrigatoriamente, na turma que tenha exatamente a sua
idade cronológica nem na turma que tenha exatamente a sua idade mental.
A escolha da turma
pode ser feita por experimentação, ou seja, observando com quais grupos de
colegas ele se sente melhor.
Entretanto não
deve haver uma diferença muito grande entre a sua idade e a idade média da
turma de inclusão. A diferença de três a quatro anos é a considerada mais
adequada.
3.
Escolhida a turma, a avaliação seguinte
é a de seu nível de escolaridade, para que sejam providenciados os materiais
didáticos específicos ao seu acompanhamento paralelo.
Alguns alunos de
inclusão demonstram poder acompanhar, embora com dificuldade, o material didático
da sua própria turma. Para esses não haverá necessidade de adaptação, mas
apenas de ajuda cognitiva.
Para outros o
material será bem diferente, bem abaixo do nível da turma e será utilizado pelo
professor assistente, para que o seu desenvolvimento cognitivo seja facilitado.
As tarefas em sala
e para casa terão como base esse material, além da adaptação dos temas dados em
sala pelos professores regulares da turma.
Como exemplo
prático, se a aula é de geografia sobre regiões do Brasil, alguns desses alunos
podem estar, de fato, acompanhando o entendimento das características das
regiões, outros podem estar apenas desenhando o mapa e outros podem apenas
estar colorindo um mapa já desenhado.
Todos se sentem
“na mesma aula”, mas com atividades, trabalhos, deveres para casa e avaliações
específicas para o seu nível de entendimento.
As avaliações
devem ser constantes, para que todos, professores e alunos, se sintam
progredindo a cada semana de estudos.
As avaliações do
aluno incluído mostrarão o momento de mudar seu material didático para o da
série seguinte, o que significa que, embora ele esteja incluído em uma turma
regular do 6º ano do Ensino Fundamental, seu acompanhamento é o da série
correspondente ao seu nível intelectual atual.
Como exemplo
prático, foram incluídos na sala regular do 6º ano, por terem 11 anos de idade,
um aluno acompanhando o nível do 3º ano e outro aluno acompanhando o nível de
Educação Infantil.
Seus históricos
escolares serão os correspondentes ao seu nível intelectual atual, e nas
observações constará a inclusão na turma regular do 6º ano.
Ao final do ano
letivo o Conselho de Classe analisará tanto a turma regular onde eles serão
incluídos como a progressão ou não para a série seguinte de acompanhamento
especial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário