terça-feira, 4 de março de 2014

Avaliação de alunos em Educação Inclusiva


1.     Qual o objetivo do processo avaliativo para esse aluno?

O principal objetivo é o desenvolvimento de sua estrutura afetiva e cognitiva.
2.     
      Qual a base para o planejamento do processo avaliativo?

O planejamento deve estar baseado nas habilidades individuais de cada um desses alunos.
3.    
      Quais as preocupações durante a aplicação do processo avaliativo?

Durante todo o processo avaliativo os profissionais devem estar atentos ao ritmo individual de cada um desses alunos, respeitar seus limites físicos e intelectuais e, ao mesmo tempo, ir experimentando estímulos periódicos de avanços e de aumento de esforço intelectual, visando quebrar a preguiça mental, mas evitando o estresse, que seria improdutivo.

Com base nesses três pontos, vamos iniciar a prática da inclusão:

Algumas escolas tentam fazer a inclusão social num turno e o acompanhamento pedagógico no outro. 

Isso não tem dado resultado satisfatório, já que o aluno não se sente partícipe da aula na turma de inclusão.

Então o aluno, por exemplo, está se desenvolvendo em nível de 3º ano, mas incluído em turma do 6º ano. 

Seu histórico terá os lançamentos referentes ao 3º ano, e, nas observações, a turma em que está sendo incluído e as razões para essa inclusão.

A turma na qual ele será incluído deverá ser de alunos com idade média próxima à dele.

Para escolher a turma em que ele será incluído faz-se a primeira “rodada” de avaliações prévias, preferencialmente acompanhada pelo Conselho de Classe, onde serão avaliados:
1.   
      Nível de inquietação e agressividade está ainda incompatível com a inclusão em sala regular:

Caso ainda não esteja o aluno deve ser encaminhado para tratamento médico adequado (neuropediatra ou psiquiatra infantil) e para acompanhamento por um neuropedagogo e por um nutricionista. 

A dieta adequada, principalmente a que segue o tratamento biomédico do autismo e TDAH, retirando os elementos que estimulam os sintomas de agressividade, costumam dar bons resultados e conseguem fazer com que o aluno rapidamente esteja em condições de participar do processo de inclusão real.
2.    
      Nível de inquietação e agressividade já permite a inclusão em sala regular:

O aluno não precisa ser incluído, obrigatoriamente, na turma que tenha exatamente a sua idade cronológica nem na turma que tenha exatamente a sua idade mental.

A escolha da turma pode ser feita por experimentação, ou seja, observando com quais grupos de colegas ele se sente melhor.

Entretanto não deve haver uma diferença muito grande entre a sua idade e a idade média da turma de inclusão. A diferença de três a quatro anos é a considerada mais adequada.
3.    
     Escolhida a turma, a avaliação seguinte é a de seu nível de escolaridade, para que sejam providenciados os materiais didáticos específicos ao seu acompanhamento paralelo.

Alguns alunos de inclusão demonstram poder acompanhar, embora com dificuldade, o material didático da sua própria turma. Para esses não haverá necessidade de adaptação, mas apenas de ajuda cognitiva.

Para outros o material será bem diferente, bem abaixo do nível da turma e será utilizado pelo professor assistente, para que o seu desenvolvimento cognitivo seja facilitado.

As tarefas em sala e para casa terão como base esse material, além da adaptação dos temas dados em sala pelos professores regulares da turma.

Como exemplo prático, se a aula é de geografia sobre regiões do Brasil, alguns desses alunos podem estar, de fato, acompanhando o entendimento das características das regiões, outros podem estar apenas desenhando o mapa e outros podem apenas estar colorindo um mapa já desenhado.

Todos se sentem “na mesma aula”, mas com atividades, trabalhos, deveres para casa e avaliações específicas para o seu nível de entendimento.

As avaliações devem ser constantes, para que todos, professores e alunos, se sintam progredindo a cada semana de estudos.

As avaliações do aluno incluído mostrarão o momento de mudar seu material didático para o da série seguinte, o que significa que, embora ele esteja incluído em uma turma regular do 6º ano do Ensino Fundamental, seu acompanhamento é o da série correspondente ao seu nível intelectual atual.

Como exemplo prático, foram incluídos na sala regular do 6º ano, por terem 11 anos de idade, um aluno acompanhando o nível do 3º ano e outro aluno acompanhando o nível de Educação Infantil.

Seus históricos escolares serão os correspondentes ao seu nível intelectual atual, e nas observações constará a inclusão na turma regular do 6º ano.


Ao final do ano letivo o Conselho de Classe analisará tanto a turma regular onde eles serão incluídos como a progressão ou não para a série seguinte de acompanhamento especial.

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