quarta-feira, 29 de julho de 2015
segunda-feira, 27 de julho de 2015
terça-feira, 21 de julho de 2015
IUPE Educação: Criando a inteligência
Amigos,
Todos queremos que nossos filhos e alunos sejam
inteligentes, tenham boa memória para arquivar conhecimento e saibam utilizar
tudo isso com sabedoria.
E a melhor notícia é que todas as pessoas nascem com
aproximadamente a mesma potencialidade intelectual e, portanto, todas podem
alcançar tudo isso com facilidade!
Entretanto, durante todo o processo de formação do ser
humano, cada um vai desenvolver mais ou menos capacidade de raciocínio,
memória, atenção, entendimento, compreensão, elaboração e criatividade.
Por que essas diferenças acontecem?
As diferenças são fruto das diferentes formas como essa
pessoa se relaciona com o mundo à sua volta e se interessa por ele, incluindo
aí a observação do outro, a capacidade de ouvir o outro e, principalmente, a
capacidade de compreender as ideias do outro e de analisar essas ideias em
relação à sua própria forma de ver o mundo.
Aquilo que vemos, ouvimos e sentimos e, mais ainda, aquilo
que o outro diz, faz e até mesmo o que o outro pensa, tudo isso é de
fundamental importância para o desenvolvimento de nossa capacidade de percepção
dos assuntos e dos fatos ao nosso redor.
Assim ocorre em uma aula, uma palestra, uma conferência,
assim como na leitura de um livro ou ao assistirmos a um filme.
Mas perceber é apenas parte do processo. O processo inteiro
inclui perceber, entender, compreender e aprender.
Percebemos ao ver, ouvir e sentir. Entendemos ao processar o
que é percebido. Compreendemos quando conseguimos fazer comparações com o que já
conhecemos. E aprendemos quando a compreensão se transforma em memória
definitiva, ou consolidada.
E para todo esse processo funcionar perfeitamente, basta
seguir algumas dicas bem simples:
Primeira dica: O SONO
O período do sono é o mais importante para o desenvolvimento
da inteligência e, portanto, para o aprendizado e a memória.
É só durante o sono que o ser humano consegue construir a
sua memória consolidada, com as informações que ele captou e processou durante
o dia.
Esse período do sono, para ser completo, deve ter oito horas
de duração, para adolescentes e no mínimo seis horas para adultos.
Mas não é só dormir...
Alguns procedimentos são necessários para que o sono
transcorra normalmente. Entre eles:
Desligar TV, computador e smartphone, pelo menos meia hora
antes de dormir.
Assegurar-se de que a última refeição foi leve e que já se
passou mais de uma hora de seu término.
Olhar a hora que está indo dormir e planejar a hora que você
precisa acordar.
Durante o sono a máquina cerebral se encarregará de
construir toda a memória consolidada, memorizando todas as informações, que
foram consideradas importantes, nas áreas correspondentes do córtex cerebral.
(Os detalhes desse processo, para quem gosta de
neurociência, estão à disposição em nossos cursos)
Segunda dica: REGISTRAR O QUE É IMPORTANTE
Conforme você viu, o cérebro arquiva na memória consolidada
tudo o que foi considerado importante.
Mas como podemos definir, para nosso cérebro, o que é
importante, dentro de tudo o que foi captado durante o dia?
É simples demais!
Basta escrever o que você entendeu sobre os assuntos
importantes. Vale também fazer um resumo ou um fichamento.
O importante é que você use as mãos escrevendo alguma coisa
relacionada ao que é importante.
Esse comando motor ativa todo o córtex cerebral e define que
aquele assunto é importante para ser gravado na memória consolidada.
Terceira dica: LER ANTES O ASSUNTO QUE SERÁ ENSINADO
A leitura, na véspera, dos assuntos que serão tratados em
aulas, palestras ou conferências, facilita a percepção, o entendimento e a
compreensão, além de possibilitar o aparecimento de dúvidas conscientes.
Não ter lido nada sobre o assunto pode trazer dúvidas sobre
a totalidade, do tipo: “Não entendi nada! ” São dúvidas difíceis de serem
respondidas pelo professor ou palestrante!
Pronto!
Agora estamos prontos para desenvolver a inteligência!
Leu o assunto antes.
Assistiu à aula ou palestra já com a capacidade de ter
dúvidas ou até de interagir.
Escreveu sobre o assunto ou fez um resumo ou fichamento.
Agora o processo não é mais com você, mas sim com o seu
cérebro que, durante o sono, automaticamente, vai transferir tudo o que foi
considerado importante, para a memória consolidada no córtex cerebral.
Está completo o ciclo da formação da memória, do
conhecimento, da inteligência e da sabedoria!
Qualquer dúvida escreva para mim:
Os livros sobre esses assuntos estão à venda em nosso
colégio, o COLÉGIO IUPE, na Avenida Monteiro, 19, entre a Liberdade e o Largo
do Tanque, em Salvador.
Pode também pedir pelo correio. Basta entrar no nosso BLOG e
clique na capa de um deles:
robertoandersen.blogspot.com
Dúvidas urgentes?
Mande pelo whatsapp:
(71) 9913-5956
Forte abraço e até o próximo encontro.
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domingo, 19 de julho de 2015
Conhecimento científico ou cientístico?
Fico perplexo quando me deparo com o desprezo, por parte de
alguns cientistas, fechados em sua redoma acadêmica, em relação ao conhecimento
“out-lab”, ou seja, ao conhecimento adquirido fora das experimentações
controladas pelo rigor acadêmico.
Relendo “O Princípio da Totalidade”, de Anna Freifeld
Lemkow, esbarrei mais uma vez na sua afirmação de que “(...) limitar o real
apenas ao quantificável não é científico, é cientístico – uma perversão da
ciência (...)”.
Não que o rigor acadêmico seja desnecessário. Não é isso. O
que não devemos é fechar os olhos para o conhecimento extra academia. Esse
conhecimento pode mostrar novos caminhos para velhos problemas e até abordagens
luminares para desafios atuais!
Lembrei de meus encontros periódicos com um dos xamãs
aborígenes, em pleno deserto australiano, na década de setenta, ainda no século
passado.
Esses afirmavam que nossa mente possui uma antena interna,
capaz de captar as ondas do pensamento de todas as pessoas que viveram em nosso
planeta, desde o início da civilização.
Segundo eles, nossas células
arquivariam essa memória. Elas conteriam informações da história de toda a
humanidade!
Hoje, passados mais de quarenta anos, a ciência descobre que
cada grama de nosso DNA possui a capacidade de arquivar cerca de 700 tera de
memória!
E não faz ainda dez anos já se tem conhecimento das
atividades do sistema límbico, no centro do cérebro, captando e arquivando
informações que nos chegam por todos os elementos censores e, inclusive, pelas
ondas cerebrais que alcançam nosso cérebro...
Lembrei também que, ao ler “Deus único, mito e realidade”,
de Luiz Henrique Almeida, deparei-me com sua afirmativa de que: “(...) Cada
célula do nosso corpo contém todas as informações acerca da história de cada um
de nós, neste planeta (...)”. Isso já lá se vão mais de dez anos! Não havia
nenhum estudo acadêmico sobre isso. De onde Luiz Henrique tirou essa
afirmativa?
Com base na afirmação de Almeida e no conhecimento dos
xamãs, percebemos que será um imenso atraso de vida ou, melhor dizendo, um
atraso para o conhecimento científico, se evitarmos analisar textos
provenientes das diversas tradições religiosas.
Considerar escritos religiosos como verdadeiros é um erro
científico grave! Ignorá-los, por serem do domínio da fé, pode constituir um
grande atraso para o desenvolvimento científico. Analisá-los, é o correto!
Podemos não conseguir resultados satisfatórios nem para sua contestação, nem
para sua comprovação, mas podemos abrir caminho para mais um desafio científico
importante.
Vamos dar uma ligeira olhada em alguns momentos científicos
de hoje e o que podemos esperar a mais, desde que não estagnemos na ideia de
que só o quantificável e visualizável é científico...
Em primeiro lugar, nesse passeio, vamos à memória. Sua
capacidade é quase infinita na tarefa de arquivar todos os conhecimentos que
processa. A dinâmica de funcionamento das redes neurais é algo assustadoramente
admirável! Nossa capacidade para gravar informações ainda não foi superada por
nenhum equipamento cibernético.
Por que tanta memória? Qual a finalidade real de tanta
potencialidade? Haverá alguma outra função que não estamos exercendo como
deveríamos? Nossas trilhões de conexões neurais estarão à nossa disposição
apenas para jogarmos dominó e levantarmos um copo de cerveja? E toda essa
capacidade ou potencialidade “se acaba” simplesmente com a morte?
Em segundo lugar vamos analisar a constatação, pelos
psicólogos e terapeutas, de transferência de memórias do doador para o
receptor, nos casos de transplante de coração. Há, hoje em dia, diversos
relatos de transplantados que mudaram totalmente o seu comportamento e estilo
de vida, assumindo os de seu doador, mesmo sem ter conhecimento disso! Essas
memórias só poderiam estar nas células do órgão transplantado.
Mas, se já temos constatações de que todas as nossas
memórias se localizam no cérebro, essas memórias seriam back-ups nas células do
coração? Uma célula não dependeria de uma rede neural para arquivar uma
informação? Então, mais uma vez, a
declaração de Almeida faz todo sentido!
E, em terceiro lugar, a identificação feita por Philip Low,
das ondas cerebrais emitidas pela área de Broca, área que elabora a fala. Ele,
em seguida, desenvolveu os equipamentos para a sua captação e transformação em
sinais digitais. Esses sinais serão enviados a um computador, representando a
“fala” da pessoa.
Seu desenvolvimento já está sendo testado por Stephen
Hawking que, assim que o equipamento estiver pronto, voltará a comandar seu
sintetizador de voz em tempo real! Os paralíticos cerebrais poderão se
comunicar! Haverá a possibilidade de verdadeira inclusão escolar de uma
imensidão de crianças com esclerose lateral amiotrófica ou com paralisias não
progressivas.
Essas ondas geradas são produto de nosso pensamento. Isso
significa que outros cérebros poderão captá-las e tornar seus sinais
conscientes. É a telepatia em desenvolvimento tecnológico.
Mas, a telepatia existe? Só existe para quem acredita que ao
“pensarmos forte” o que queremos transmitir à pessoa que está à nossa frente,
principalmente se for um paralítico cerebral mudo, nossa mensagem estará
chegando a essa pessoa. Mas precisa haver fé. Precisa haver ciência e fé.
Cada uma dessas constatações e desenvolvimentos nos
impulsiona a estudos muito mais profundos sobre o funcionamento dos elementos
primordiais da nossa formação orgânica: as nossas células.
Seu funcionamento é, como podemos perceber, muito mais
complexo e muito mais abrangente do que o conhecimento anterior mostrava e,
além disso, sua energia pode ter efeitos muito mais importantes e objetivos
muito mais nobres.
Os estudos dos idealizadores da neurolinguística apontam
para isso desde a década de setenta.
Lembro que eu, na época, não acreditei nas
suas propostas e, devido a essa descrença, escrevi uma crítica para um dos
jornais da época. Sorte minha que o artigo “se perdeu” no tempo...
Hoje temos referência ilustres, como o físico quântico Amit
Goswami, que apresenta essa realidade em sua obra: “Universo: Como a consciência
cria o mundo material”.
O estudo quântico da consciência e de sua energia em forma
de ondas, realizado por Goswami, nos leva a um momento intermediário em que as
constatações da energia gerada por nossas células e seus efeitos no mundo
material externo ao nosso corpo, aproximam a ciência da fé, provocando os
céticos e empolgando os pesquisadores mais complacentes.
E mais que isso: Estamos mesmo em um cosmos com início, meio
e fim? Estamos mesmo em uma realidade com passado, presente e futuro? Em “O Grande
Projeto”, Stephen Hawking e Leonard Mlodinow mostram, entre outras declarações
“alucinantes”, que o cosmos não possui uma realidade única, mas que cada
realidade possível do universo coexiste com as demais, ou seja, existem todas simultaneamente!
Se isso é verdade, nem o materialismo é real. Dizer que a
matéria existe pode ser, também, uma forma de crença...
Para os amigos que desejam mais informações e mais debate
sobre o tema, relaciono, ao final, algumas obras importantíssimas para essa
reflexão.
Mas recomendo, também, que mantenham o número telefônico do
seu psiquiatra, nas mãos de alguém de sua confiança...
Nunca se sabe...
Forte abraço!
Para saber mais:
Amit Goswami. Universo: Como a consciência cria o mundo
material.
Anna Freifeld Lemkow. O Princípio da Totalidade.
Luiz Henrique Almeida. Deus único, mito e realidade.
Richard Dawkins. Deus, um Delírio.
Stephen Hawking. O Grande Projeto.
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segunda-feira, 13 de julho de 2015
IUPE Educação: Ideias e opiniões
Vamos conversar, hoje, sobre ideias e opiniões.
Vamos tentar refletir um pouco, não sobre um assunto
polêmico qualquer, mas sim sobre a necessidade de respeitar, analisar e
procurar compreender as opiniões e ideias que não coincidem com as nossas e,
principalmente, aquelas que divergem totalmente da nossa forma de pensar!
O momento é propício, porque as pessoas estão se irritando,
de forma quase agressiva, ao discutirem assuntos que estão na mídia, quando
encontram alguém que não concorde plenamente com a sua forma de pensar!
Isso ocorre todos os dias em relação a futebol, política e
religião, que são os três “carros chefes” das intolerâncias e conflitos e, mais
especificamente em ideias sobre desarmamento, maioridade penal, eliminação de manicômios,
trabalho infantil e outros assuntos também em pauta.
Para refletir sobre isso, temos que começar por uma virtude
muito importante, chamada de humildade!
Humildade é uma palavra fácil de pronunciar, mas difícil de
praticar!
E essa prática começa pelo entendimento de que:
- Nós não somos melhores do que ninguém.
- Nosso raciocínio pode não ser o mais correto do mundo.
- Nossos argumentos podem estar equivocados.
- E também que, mesmo se o interlocutor estiver errado, suas
ideias sempre têm algum sentido e podem trazer algum ensinamento para nós.
Desde que saibamos ouvi-lo atentamente, analisemos a sua fala e compreendamos
os seus motivos.
É importante ter em mente que, por vezes, o interlocutor
está vendo o fato por um ângulo que não havíamos percebido antes.
Como começa esse processo?
Tudo, então, começa pela educação.
Vejo, na maioria das escolas, crianças e adolescentes sendo
preparados para responder perguntas e resolver questões, exatamente de acordo
com o livro texto, ou conforme a orientação do professor.
Vejo que o estímulo ao questionamento e a criação de ideias
próprias é quase inexistente no período escolar.
Esses alunos se formam com ideias “enlatadas” e prontos para
seguir outras ideias, mais enlatadas ainda, que lhes serão apresentadas pela
sociedade, pela mídia, ou pelo seu grupo social.
A partir do momento em que aprendem (ou decoram) uma opinião
dessas, perdem toda a capacidade de questioná-la, assumindo seu aprendizado
escolar ou até acadêmico, não como estimulador para a busca do conhecimento,
mas como verdades absolutas estanques e definitivas.
Ao se formarem, já se consideram os perfeitos donos do
conhecimento!
Mas a realidade é que o mundo muda e a ciência avança.
Isso significa que muitos dos argumentos que eram válidos
ontem, já não servem para mais nada hoje.
O aprendizado não pode ficar engessado no ontem!
Vamos, então, ver a parte prática disso que estamos
conversando, para evitar que nossos filhos e alunos engrossem a fileira dos
incapazes intelectuais: Aqueles que se fecham em suas opiniões preconcebidas e
enlatadas; aqueles que se acham os donos da verdade; aqueles que, agindo assim,
deixam de contribuir, de forma prática e produtiva, para o bem social!
Ponto um: NÃO REPONDA PERGUNTA DE FILHO OU DE ALUNO
Como é isso? Primeiro devolva a pergunta ou o questionamento.
Mande que ele encontre a sua resposta, com seus argumentos, mesmo que ele não
se ache capaz disso.
Quando ele responder, reconheça o valor da resposta dada.
Analise, com ele, como ele chegou a essa conclusão. E vá mostrando outras
formas de ele encontrar argumentos para suas próximas produções intelectuais.
Essa já foi uma!
Ponto dois: ENSINE-O A QUESTIONAR
Estimule seus filhos e alunos a questionar as opiniões e
ideias, incluindo a de seus pais e professores. Mesmo que ele ache que elas
estão certas!
Ensine-os a analisar os argumentos, para tentar encontrar
alguma incorreção neles ou na sua interpretação.
Se seus filhos e alunos começarem a concordar muito com tudo
o que você diz, crie momentos de exercício de raciocínio por absurdo, que nada
mais é do que contestar, de forma absurda, uma opinião que nos parece verdade
absoluta.
Estimule-os a criar outras formas de entender o mesmo fato,
outras formas de realizar as mesmas tarefas, ou seja, estimule-os a ter criatividade.
Ponto três:
Estimule-os a se interessar em ler livros, artigos e textos
que tragam ideias completamente opostas as deles, para que aprendam a entender
as razões que levaram aqueles autores a pensar e escrever coisas com ideias
completamente opostas aquelas que eles entendem como verdadeira.
Estimule-os a conversar abertamente com colegas de ideias
opostas, para que aprendam a entender o contrário e aqu8lo que lhes pareça
contraditório, para que compreendam as diferentes formas de raciocínio e as diferentes
visões que as pessoas têm de um mesmo fato.
Alerte-los para evitar dar a sua opinião em ambientes de
intolerância e incompreensão, já que onde as mentes se encontram, o contrário
(ou o diferente) pode provocar conflitos indesejáveis.
Esses três pontos são suficientes para a preparação de
mentes abertas ao novo, tolerantes para com o contrário e para com o que nos
parece contraditório e, assim, preparar mentes em franco crescimento
intelectual, contribuindo para a construção da verdadeira sabedoria.
Essas mentes são as que queremos para nossos filhos e para
nossos alunos.
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