terça-feira, 22 de setembro de 2015

IUPE Educação: TDAH - Como identificar o transtorno


Amigos,

Todos sabemos que existe uma verdadeira febre de TDAH, que é o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade.

E todos sabemos que existe muita gente alimentando a ganância dos grandes laboratórios farmacêuticos, prescrevendo medicamentos sérios, caros e perigosos, na base do metilfenidato, às crianças que podem apenas estar sem limites, ou com sintomas semelhantes ao transtorno, mas sem a gravidade do transtorno real.

Isso acaba prejudicando essas crianças em seu desenvolvimento geral, já que todos esses medicamentos trazem seus efeitos colaterais inconvenientes.

É importante, então, que professores, pais e psicopedagogos saibam que existe uma forma de detectar, em casa e na escola, se a criança está apenas com sintomas semelhantes ou com falta de limites, evitando, assim, que medicamentos sejam prescritos sem a real necessidade, o que traria para essas crianças apenas os malefícios de seus efeitos colaterais.

Como fazer isso?

Um dos caminhos é observar atentamente o que recomendam as sociedades que estudam e acompanham essas crianças, e que reproduzirei agora:

Prestem atenção!

Observe, durante no mínimo, seis meses, e em dois ambientes distintos, se a criança apresenta, com frequência, no mínimo seis, dos nove sintomas de desatenção, que são:

Não presta atenção a detalhes e erra por descuido nas tarefas.

Não presta atenção nas tarefas de sala nem em atividades lúdicas.

Frequentemente ignora ou parece não ouvir quando falam com ela.

Não termina tarefas e não segue instruções (não propositadamente).

É desorganizado em tudo.

Não gosta de se envolver em tarefas em que precise refletir e raciocinar.

Perde com frequência material para realizar tarefas.

Distrai-se facilmente com qualquer coisa à sua volta.

Esquece frequentemente de realizar suas tarefas.

Se estiverem frequentemente presentes seis desses nove itens, em dois ambientes distintos, durante a observação de seis meses, a criança deve ser encaminhada a um neuropediatra ou psiquiatra infantil, para que seja feita a avaliação médica final.

É provável que ela tenha TDAH com predominância de déficit de atenção.

Caso não se configurem o mínimo de seis desses sintomas, a criança precisa de acompanhamento psicopedagógico para estimular a sua atenção, mas ela não tem o transtorno em si.

Da mesma forma observe, durante no mínimo, seis meses, e em dois ambientes distintos, se a criança apresenta, com frequência, no mínimo seis, dos nove sintomas de impulsividade e hiperatividade, que são:

Está sempre agitada, movendo mãos e pés.

Não consegue ficar sentada na cadeira durante a aula.

Está sempre correndo mais do que seus colegas.

Não consegue brincar de jogos de tabuleiro nem demais atividades paradas.

Sempre demonstra energia plena.

Fala muito, mesmo sem assunto.

Responde às perguntas, antes mesmo que o professor pare de falar.

Não consegue aguardar a sua vez na sala nem em jogos.

Interfere nas conversas e interrompe brincadeiras dos outros.

Se estiverem frequentemente presentes seis desses nove itens, em dois ambientes distintos, durante a observação de seis meses, a criança deve ser encaminhada a um neuropediatra ou psiquiatra infantil, para que seja feita a avaliação médica final.

É provável que ela tenha TDAH com predominância de hiperatividade e IMPULSIVIDADE.

Caso não se configurem o mínimo de seis desses sintomas, a criança tem sintomas de impulsividade e pode estar sem limites em sua educação, não tendo, entretanto, o TDAH.

Não estando configurados nem os sintomas de déficit de atenção, nem os de impulsividade e hiperatividade, essa criança pode, por exemplo, estar com mau comportamento fruto de bloqueios emocionais, falta de limites, educação equivocada, ou até ter sido alvo de crenças disfuncionais.

Essas crenças disfuncionais ocorrem frequentemente quando, por exemplo, um professor, um colega ou um parente compara sua dificuldade de aprendizagem com a facilidade de um irmão ou colega.

Essas comparações ou mesmo simples comentários desestimulantes criam, na criança, a ideia de que ela é inferior às demais.

Isso é levado para toda a vida e dificulta todo o seu desenvolvimento intelectual e cognitivo.

Outro motivo para a desatenção é a nutrição inadequada ou o consumo de alimentos que seu organismo não tolera. O exame de intolerância alimentar é importante nesses casos.

Sono insuficiente também é um dos elementos que prejudicam muito, tanto a capacidade de memória, como a capacidade de atenção. A rotina da criança deve ser analisada e reorganizada para que ela tenha oito horas de sono, no mínimo, por noite.

O estresse é outro elemento prejudicial. Atualmente as crianças e os adolescentes estão sendo levados a altos níveis de estresse, principalmente pelo excesso de exposição aos equipamentos eletrônicos, jogos, smartphones e computadores.

O estresse tem sido apontado como mais uma causa da desatenção e também inquietação.

Essa criança, a depender de seu caso específico, precisará, então, de:

- Opções de lazer ao ar livre: jogos de quadra ou de tabuleiro, passatempos, diversões e movimentos de corpo.

- Elevação de sua autoestima, para fugir das crenças disfuncionais.

- Atividades físicas, tipo natação, atletismo e jogos de quadra tipo vôlei, basquete, etc.

- Yoga, principalmente no caso dos inquietos e impulsivos.

- Atividades de artes, tipo trabalho com argila, por exemplo.

- E forte imposição de limites por parte dos pais e dos professores, para criar a sua autocensura.

No caso do futebol, embora seja a preferência nacional, só deve ser permitido acompanhado de orientação de alongamentos, antes e depois, para evitar a geração da irritabilidade e agressividade.

Para concluir lembro que alguns países já não recomendam o uso do metilfenidato nem para as crianças que efetivamente tem TDAH, optando por todo um processo de atividades físicas e mentais que reprogramem suas funções executivas.

O Brasil ainda está longe disso, infelizmente.

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Forte abraço a todos.

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