quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Adaptação de conteúdo e sua importância para a educação



Adaptar conteúdo? Serve pra quê, afinal? E, se serve, como se faz isso?

[abertura]

Pois é, amigos!

Adaptar conteúdo das aulas tem sido uma grande polêmica por todo o nosso país!

Eu tenho recebido perguntas e questionamentos sobre isso, praticamente todos os dias!

Até em um dos meus livros, o “Estudos sobre educação: inclusão responsável”, eu escrevi um capítulo inteiro mostrando como as editoras de livros didáticos poderão fazer para oferecer um módulo adaptável, para facilitar a vida de todos os professores.

[apresentação]

Eu sou o professor Roberto Andersen
Escritor – educador – psicanalista
Pesquisador em neurociência cognitiva

Para quem ainda não sabe, há 21 anos criamos o Colégio IUPE, em Salvador, onde aplicamos uma metodologia educacional inclusiva, a dinâmica grupal, muito antes da inclusão ser obrigatória, e que permite o atendimento individual do aluno, sem qualquer estresse para o professor.

E, agora, na pandemia, resolvemos transformar nossos cursos de formação continuada, para profissionais de educação, terapeutas, famílias de alunos e também adolescentes e jovens, em minicursos de fácil acesso para todos, exatamente para que possamos ter mais gente, junto a nós, para transformar a si mesmo, seus filhos, seus amigos e seus alunos, construindo uma sociedade melhor.

[fim da apresentação]

Então, vamos ao nosso tema!

Por que a minha insistência em adaptar conteúdo?

Tudo começa pelo fato de que adaptação de conteúdo não é necessária apenas para alunos com deficiência intelectual!

Nada disso!

Se nós quisermos tirar nosso país da triste situação de pior país do mundo em aprendizagem, teremos que ser mais realistas em relação a situação de cada aluno e, parar de fingir que todos os nossos alunos, em uma mesma sala de aula, mesmo sem que qualquer deles tenha deficiência, estão entendendo a nossa aula e aprendendo alguma coisa!

Isso não existe, se nossa aula é dada direcionada a um nível apenas de entendimento! Isso é impossível, na realidade!

Muitos dos nossos alunos não estão entendendo nada, ou quase nada, mas não têm coragem de perguntar, para não passarem “recibo de burrice”, e preferem “dar um jeito” de passar de ano...

E aí começa a construção de uma sociedade mal preparada, sem conhecimento, sem condições de entendimento de mundo, e facilmente manipulável, como é o que estamos vendo atualmente!

Mas como o sistema sempre desejou a burrice do povo, para poder usufruir das mordomias provenientes dos mais elevados níveis de corrupção, apenas fingem se preocupar com a educação, enquanto, na realidade, a colocam em último plano!

O que tudo isso tem a ver com adaptar conteúdo? Tudo a ver!

Mas adaptação para todos os alunos que apresentem algum tipo de dificuldade de aprendizagem, e não apenas para quem tem laudos médicos, o que, aliás, é um absurdo incomensurável!

Vejo professores e dirigentes escolares dizerem que só podem adaptar conteúdo se o aluno tiver laudo médico!

Transformaram o médico em educador! E a própria legislação proíbe que se exija laudo médico para enquadrar um aluno com necessidades educacionais especiais! O laudo é educacional, já que só o educador tem competência para analisar dificuldades de aprendizagem!

Caso contrário passaremos, nós, os professores, a determinar como deve ser realizada uma cirurgia ou quais os medicamentos que devem ser prescritos.

Então, voltando ao educador e as adaptações, vamos lembrar de Comenius, um dos grandes educadores do passado, quando ele escreveu, em sua Didática Magna, que “(...) age, idiotamente, aquele que quer ensinar ao aluno, não o que ele pode aprender, mas sim o que ele próprio deseja(...)”

Essa frase, sozinha, já ensina tudo sobre adaptação de conteúdo!

E, como se não bastasse, Piaget, Wallon, Erik Eriksson e diversos outros educadores deixaram bem claro, em suas obras, que o processo educacional tem que ter por base O ALUNO!

Eles nunca escreveram que a base era o currículo e seu conteúdo programático!

Para qualquer bom entendedor, a frase de Comenius explica exatamente o que tem que ser feito em cada sala de aula, para cada assunto dado, para cada aluno alvo daquele aprendizado! E isso é para todos os alunos, mesmo aqueles considerados “normais”, sem qualquer transtorno, síndrome ou deficiência! E mais evidente ainda para esses, mesmo que não tenham os tais dos LAUDOS!

Então vamos a parte prática, mantendo, em mente, o tempo todo, a frase de Comenius!

Vou utilizar matemática como um simples exemplo. Mas isso vale para todas as matérias e para todos os níveis. Basta ter criatividade.

Você tem 30 alunos na sala. Você está ensinando extração de raiz quadrada.

Vinte deles (chamemos de nível A) estão entendendo a explicação e estão conseguindo fazer os exercícios. Oito deles (chamemos de nível B) estão com dificuldade, porque ainda têm dúvidas em potenciação. Dois deles (chamemos de nível C) estão com dificuldades em subtração. Não sabem, ainda, multiplicar nem dividir.

O professor prepara os roteiros de estudo dirigido para todos os seus alunos, sendo que, para os de “nível A”, ele tira os exercícios do próprio módulo.

Para os de “nível B” ele coloca exercícios de potenciação, para quebrar o bloqueio deles nessa etapa. 

Para os de “nível C”, os exercícios são de subtração, pelo mesmo motivo.

Se colocarmos os mesmos exercícios do nível A para B e C, esses bloquearão definitivamente e nunca mais entenderão nada de matemática!

E essa é a realidade de muita gente grande, que se diz normal, e que já tem até nível superior em profissões que só escolheu somente por não precisa de raciocínio matemático!

E muitos sabem que são infelizes nessas profissões, mas não tem jeito de ser o que gostaria, já que matemática não entra na cabeça...

Não entra porque não teve professor que adaptasse o conteúdo de forma a quebrar esse bloqueio no início de sua educação básica.

Ou seja: a ausência desse procedimento simples de adaptação e respeito ao nível de entendimento do outro, acaba por criar profissionais infelizes em suas profissões e infelizes na própria vida pessoal. Isso é muito mais sério do que se possa pensar!

E aí vem aquele professor sabotador e me diz:

Mas como esse aluno poderá estar sendo preparado para um concurso, um vestibular, um ENEM, se não está aprendendo o mesmo conteúdo que os outros?

E eu devolvo: Como você conseguirá fazer ele entender de raiz quadrada sem saber multiplicar nem dividir? Se ele não quebrar os bloqueios emocionais, jamais avançará de verdade!

Eu não vejo outra forma, senão a de ir fazendo ele ter prazer em aprender o assunto, mesmo que, para isso, tenha que andar mais vagarosamente que seus colegas de classe, mas estará, sim, andando, e progredindo, e sendo feliz com isso.

Essas adaptações, por enquanto, têm que ser feitas pelos professores e, para isso, o professor não pode se manter, em sala, com a metodologia tradicional, aquela em que os alunos ficam em fileiras, totalmente passivos, esperando o conhecimento entrar em suas cabeças, a partir das palavras do 
professor.

A metodologia tem que transformar o aluno em aluno ativo a aula toda, protagonista de sua própria aprendizagem, como já fazia Celestin Freinet, na França, em sua pedagogia do trabalho, como também fez José Pacheco, na Escola da Ponte, em Portugal, como faz Aventino Agostini, na metodologia Saber Fazer, em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul e como fazemos na metodologia IUPE de dinâmica grupal, em diversas escolas no Brasil.

O que não podemos é deixar de adaptar conteúdos ou currículos, porque só assim permitiremos p pleno desenvolvimento de todos, sem discriminar ninguém em momento algum!

[encerramento]

Amigos,

Vamos criar, juntos, uma nova era na educação desse país, a partir de uma preparação continuada efetiva, prática, bem dentro da realidade de cada um.

Participe conosco.

Inscreva-se nos nossos cursos, visite nossa livraria e, quanto a esse canal, inscreva-se, curta, ative o sininho de notificações e, mais importante que tudo isso, compartilhe e avise a todos os seus conhecidos, para que tudo isso se torne real!

E saibam que terei imenso prazer em nos vermos, novamente, nos nossos próximos encontros, sejam por aqui ou nos minicursos.

Sucesso para todos vocês e um forte abraço!

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Autista TDAH – Disléxico – Discalcúlico e a hipocrisia de uma inclusão...

Nosso processo educativo é classificatório e seletivo, visando apenas aprovações ou reprovações e, portanto, é desumano e excludente!
Mas basta que nós, professores, olhemos todos os nossos alunos como nossos filhos, principalmente aqueles com dificuldades comportamentais e de aprendizagem, para que toda a cultura do respeito ao outro seja resgatada! Sem isso, a inclusão escolar é uma farsa total!

Autista - TDAH – Disléxico – Discalcúlico e a hipocrisia de uma inclusão mentirosa

Existe uma inclusão verdadeira, ou tudo não passa de pura hipocrisia?

É, amigos! A criança nasceu.

Agradeceu por ter nascido, claro! Afinal, quantas são eliminadas antes de terminar o período de gestação?

Mas, aos poucos, ela vai percebendo que existe algo que a separa de todas as outras crianças.

Ela vê que as outras entendem coisas que ela não entende e, aos poucos, a afastam até das brincadeiras em grupo, já que ela demora a compreender as regras, as formas de agir e tudo o mais.

É, então, que ela sente, pela primeira vez, o peso de uma discriminação e começa a pensar que nasceu no mundo errado! Ela se sente diferente. Todas as outras se entendem. Só ela fica de lado!

É o início de uma violência simbólica, que algumas vezes se transforma em violência real, quando a discriminação vem em forma de bullying!

Ela cria, sem sentir, uma crença limitante forte, acreditando que é incapaz até mesmo daquilo que ela até poderia fazer!

Sua crença provoca uma verdadeira autossabotagem, que baixa a sua autoestima a um ponto tal, que o mundo parece não ter mais sentido para ela.

Ela percebe que as pessoas, à sua volta, em vez de ajudá-la a identificar e vencer cada um desses obstáculos, apontam seus erros e dificuldades, como se a culpa fosse dela, por ter aquele rótulo que ela nunca pediu para ter!

Alguém a leva para a escola, dizendo que agora tudo vai mudar. Afinal, é uma escola inclusiva, já que pela legislação atual, todas são obrigadas a ser assim!

E ela penas: “Agora tudo vai mudar. Terei apoio. Aprenderei como as outras! Vou poder ser alguém na vida!”

Entra na sala é percebe que seus colegas aprendem e se desenvolvem. A professora apenas insiste em que ela faça o mesmo que seus colegas, mas ela não entende o que deve ser feito! E fica “voando” na aula!

A professora é avisada que é uma criança de inclusão e que, por isso, não precisa acompanhar o resto da turma. Basta deixara ela ali quietinha e pronto.

E a professora se dedica aos outros, deixando-a com algum brinquedo ou, talvez, com uma ajudante de sala...

Ah sim! Agora ela ganhou uma ajudante. Agora é que ela se sente, definitivamente, diferente, excluída, inferior a todos os seus colegas, uma estranha em uma sala “dos outros”, os que não têm as mesmas dificuldades que ela tem!

E essa agonia a segue por toda a vida escolar, mas resta a esperança de que, no próximo colégio, a ajudem em vez de a desiludirem.

No outro colégio, que disseram ser de inclusão, os professores foram orientados a adaptar os conteúdos dos assuntos. Ela fica toda contente!

Começa a aula de matemática! O professor entra em sala e começa a ensinar raiz quadrada! Ela ainda está com algumas dificuldades em contas de subtrair!

Mas o professor foi alertado de que ela é “de inclusão” e que deve adaptar o conteúdo.

O professor, então, avisa a ela que ela pode levar quanto tempo quiser para fazer a tarefa de classe. Ele até imprimiu os exercícios de extrair raiz quadrada com números grandes, para ela conseguir entender...

Mas ela mal sabe somar!

Nas tarefas para casa, as mesmas contas, com letras maiores que as de seus colegas, e ela nada entendendo daquilo.

No dia seguinte o professor olha sua tarefa e diz: “Vou explicar de novo. Preste atenção!” E explica, novamente, como extrair da raiz quadrada...

Ela precisava saber como subtrair...

Na prova o professor recebe a informação de que, como ela tem “laudo médico”, ela não precisa tirar a mesma nota que seus colegas para “passar de ano”. Basta dar um jeito de ela tirar nota três o quatro, que já está bom.

E assim vai ela, de ano a ano, de escola para escola, “sendo passada” todo final de ano, sem aprender absolutamente nada e, claro, se convencendo de sua inferioridade intelectual, de sua incompetência, de sua incapacidade de qualquer tipo de desenvolvimento.

Nos históricos escolares que recebe estão lá suas notas: a maioria zero, mas, no espaço das observações, está escrito: APROVADA POR SER DE INCLUSÃO...

E essa é a realidade pela qual passam, hoje,  milhares de crianças com qualquer dificuldade de aprendizagem, mesmo havendo algumas dezenas de documentos legais exigindo uma cultura de educação inclusiva que, no papel, é maravilhosa, mas que, na prática, está muito longe de ser respeitada!

Tudo errado!

Será que, como professores, daríamos o mesmo tratamento a um filho nosso?

Tudo começa, exatamente, por aí!

Não faltam as leis! Não falta a capacidade criativa! Não falta a capacidade de entendimento do outro! O que será que falta?

Primeiramente AMAR NOSSOS ALUNOS, como se fossem nossos filhos! Eles dependem de nós.

Essa parte está bem clara na página 30 de nosso livro “Afetividade na Educação”, quando eu disse que “(...) em relação ao aluno, o educador deve, em primeiro lugar, conquistá-lo (...)”.
Essa conquista só ocorre por meio do amor! E esse amor eleva a sua autoestima, quebrando, eliminando, aos poucos, todas aquelas crenças limitantes que foram construídas.

Em seguida o educador deve estudar, com mais afinco, o que significa uma AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA, e aplicá-la a todos eles, mesmo aqueles considerados normais, para descobrirmos onde está o seu ponto de entendimento na nossa matéria!

Outro livro nosso, o “Inclusão Responsável”, tem toda essa parte nas páginas 38 até 48. Não tem mistério nenhum! Basta fazer!

Essa avaliação é importante, porque ninguém aprende a partir do que não sabe, mas sim a partir daquilo que sabe!

Assim evitaremos ser chamados de IDIOTAS por Comenius, em sua “DIDACTA MAGNA”, escrita no século XVII: “Age, idiotamente, aquele que quer ensinar ao aluno, não aquilo que ele pode aprender, mas sim o que ele próprio deseja!”

Sabendo seus pontos de entendimento e percebendo que há grandes diferença entre os alunos, agora basta estudar qual é a mudança que terá que ser feita na sua metodologia de aula.

Se a que você usa já permite dar atenção igual a todos, mesmo em seus diferentes níveis. Ela está ótima!

Caso contrário, estude a nossa, que está nas páginas 138 a 142 do mesmo livro “Inclusão Responsável”.

E, agora, só falta adaptar os conteúdos de verdade!

Nesse mesmo livro tem a fórmula ideal para ser realizada pelas editoras. Ela está nas páginas 166 a 169. Mas enquanto isso não vem, o jeito é cada professor fazer a sua parte.

Amigos!

Essas crianças precisam de todos nós, e é por isso que estamos insistindo em que vocês compartilhem tudo o que falamos e chamem mais amigos para se juntarem a nós em nosso canal e em nossos minicursos de formação continuada.

Quanto mais amigos tivermos nessa luta, maior será o número de crianças salvas dessa exclusão. Uma exclusão que não é só escolar, mas também social.

E o pior é que ela é causada, em grande parte, por falta de interesse, falta de respeito pelo outro e falta de humanidade!

Nosso próximo minicurso será sobre “Formação da criança e do adolescente”, começando antes do filho ser gerado e chegando até os seus 18 anos.

Esse será nos dias 8, 9 e 10 de setembro, terça, quarta e quinta, sempre Das 19 às 21:30 horas, e com 10 horas/aulas de certificação.

Inscreva-se pelo nosso portal IUPE.NET/CURSOS ou mandando WhatsApp para Erich, meu filho, no número (21) 97194-9922.

Peço que também se inscrevam nesse nosso canal, curtam e ativem o sininho de notificação.

Será um imenso prazer poder estar com todos vocês no nosso próximo curso!


quinta-feira, 20 de agosto de 2020

É guerra que estão querendo?

Uma necessária reflexão, antes que nos censurem também!

terça-feira, 18 de agosto de 2020

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Alimentação cura autismo e TDAH? Mito ou realidade?



Alimentação cura autismo e TDAH: Mito ou verdade?

Um dos maiores perigos, para quem tem autismo, déficit de atenção, hiperatividade ou qualquer outro transtorno do neurodesenvolvimento, é a desinformação.

E essa desinformação pode ocorrer, ou por falta de condições de acesso ao conhecimento, ou por falta de vontade, mesmo, de estudar.

Eu sou Roberto Andersen, escritor, psicanalista e educador, e realizo pesquisas de campo, na área neuro-psíquica-cognitiva, principalmente voltadas para o desenvolvimento psíquico, social e intelectual das crianças e adolescentes com transtornos do neurodesenvolvimento.

Para facilitar a continuidade dessas pesquisas e, também, para colocar nossos projetos de educação inclusiva em prática, criamos o Colégio IUPE, hoje no seu vigésimo primeiro ano de funcionamento.

E para facilitar a divulgação dos resultados de nossas pesquisas criamos um projeto de Formação Continuada de profissionais de educação, terapeutas, familiares e alunos, realizando um minicurso de três noites, toda segunda semana do mês e que, a partir dessa pandemia, passou a ser online, e assim será daqui para a frente.

Vamos, então, ao nosso tema de hoje: É verdade que a alimentação cura o autismo e o TDAH?

Alguns profissionais dirão que não. Outros dirão que sim. Com quem estará a verdade?

Só saberemos a verdade se adotarmos um desses caminhos:

1º) Ou estudar todos os artigos científicos publicados nas revistas especializadas, tomando o cuidado de analisar possíveis relações com algum tipo de patrocínio, como por exemplo: uma pesquisa para saber se o açúcar refinado é prejudicial à saúde, realizada sob o patrocínio de uma indústria açucareira.

2º) Ou realizar pesquisas de campo, observando cada criança ou adolescente com tais transtornos, registrando, periodicamente, a evolução dos seus sintomas, e relacionando os resultados alcançados, com os tratamentos realizados.

Só assim podemos ter o estudo real de cada caso, analisar as evidências encontradas, experimentar novas terapias, relacionar resultados, e tudo o mais.

E não precisaremos mais escolher em quem acreditar, já que a verdade estará clara em nossa frente.

Mesmo assim ainda existe a possibilidade de chegarmos a conclusões incorretas ou, no mínimo, imprecisas, já que o ser humano tem mudado muito, assim como muda, também, o meio ambiente.

Então qual a realidade de agora?

Os transtornos, em sua maioria, se originam em mutações genéticas, causadas, ou por herança dos genes alterados dos pais, ou por influências externas ligadas ao meio ambiente, recebidas pela respiração, pela alimentação, pelo contato de pele, ou por outras formas diversas

Essas mutações, como causa principal, estão sendo estudadas por cientistas como Alisson Muotri, brasileiro, Karina Griese-Oliveira, brasileira, He Jiankui, chinês e muitos outros.

No momento em que um deles descobrir a cura do gene defeituoso, estará curado o transtorno.

Mas essa realidade ainda está longe, e não podemos ficar esperando isso enquanto nosso filho se desenvolve, com os sintomas atrapalhando a sua felicidade.

Então, o que podemos fazer é:

1º) Ou esperar a cura completa dos transtornos, o que deve vir por meio do trabalho de Alisson Muotri, Karina Griese-Oliveira, He Jiankui e outros cientistas.

2ª) Ou manter os sintomas de seus filhos contidos quimicamente, por meio dos medicamentos controlados, durante toda a sua vida.

3º) Ou buscar meios de reduzir ou mesmo eliminar o maior número de sintomas possíveis, para que ele consiga viver com as mesmas condições que qualquer criança.

E, em todos os casos, seja qual for a opção escolhida:

Realizar terapias e treinamentos comportamentais, educacionais e afetivos, do tipo ABA, TEACCH, DENVER e outros, para que essas crianças consigam ser socializadas e ter algum tipo de desenvolvimento, por meio de uma equipe multidisciplinar.

Para aqueles que optaram pela 3ª opção, que é a redução dos sintomas para que a criança consiga viver com as mesmas condições que qualquer outra criança, as orientações são as nutricionais, ou seja:

- Eliminar os parasitas sob orientação do pediatra.

- Realizar exame clínico completo (para detectar níveis de vitamina e possíveis comorbidades paralelas, como por exemplo problemas de tireoide), sob orientação do pediatra.

- Realizar um exame rigoroso de intolerância alimentar, para detectar quais as proteínas que devem ser substituídas na alimentação, sob orientação de pediatra nutrólogo, ou profissional nutricionista.

- Seguir dieta substituindo os alimentos não tolerados por outros que mantenham o valor nutricional necessário à idade e peso da criança, sob orientação de nutricionista.

Nessa linha de tratamentos estão William Shaw, americano, Aderbal Sabrá, brasileiro, Anne Karoline Brito, brasileira (baiana) e muitos outros.

E quais os fundamentos?

Esses estudos estão fundamentados em algumas das consequências das mutações genéticas, entre elas a má formação das paredes do intestino, que perdem a barreira gastrointestinal, permitindo a passagem de proteínas, protozoários e vermes para a corrente sanguínea, provocando inflamações, tanto no próprio intestino como nos astrócitos dos neurônios, conforme já foi detectado em alguns estudos.

Essas inflamações nos astrócitos, além de incomodar a pessoa, provocando irritabilidade, agressividade, impulsos repetitivos e outros sintomas, também prejudicam o desenvolvimento das áreas adjacentes, dificultando ou atrasando diversas etapas do seu desenvolvimento.

Como não podemos, ainda, eliminar a causa primeira, que é a mutação genética, essa é a razão para realizar a compensação dessa permeabilidade das paredes do intestino, retirando da alimentação todas as proteínas que, se foram para a corrente sanguínea da pessoa, causarão todos esses sintomas.

Esse trabalho está todo apresentado por Aderbal Sabrá, em seus estudos nos doutorados e pós doutorados, aqui e nos Estados Unidos, e reunidos em seu livro: Manual de Alergia Alimentar, para quem desejara se atualizar no assunto.

Para complementar a eficácia desse procedimento e melhorar o trabalho conjunto do intestino e do cérebro, precisa ser corrigida outra falha no organismo das pessoas com esses transtornos, que é a infestação de parasitas no trato digestivo.

O estudo mais recente sobre esse aspecto está sendo realizado pela pesquisadora baiana Anne Karoline Brito, em seu doutorado pela Universidade Federal da Bahia em Vitória da Conquista: “Microbiota intestinal: Sua influência sobre o perfil inflamatório e integridade da barreira gastrointestinal de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista”.

Então, a resposta para a pergunta é:

Não é a alimentação que vai curar o autismo, nem o TDAH, mas, a alimentação inadequada, a falta de vitaminas e a presença de parasitas no trato digestivo, são os principais vilões, responsáveis pelo aumento da intensidade de seus sintomas, e por todo o prejuízo em seu desenvolvimento.

Essa é a nossa resposta a essa indagação.

Inscrevam-se em nossos minicursos de formação continuada.

Assim teremos mais gente conosco, nessa luta para salvar nossas crianças e nossos adolescentes da exclusão social, dando a todos eles, as mesmas condições de sucesso, que todos os seus colegas.

Recebam todos um forte abraço!


terça-feira, 11 de agosto de 2020

Dia do estudante

Hoje é o dia daquele que, com sua dedicação, pode vir a mudar esse mundo para melhor!

quarta-feira, 5 de agosto de 2020