O PODER DO CORAÇÃO
O coração tem, realmente, alguma coisa a mais do que dizem
os livros de biologia e de medicina?
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É, amigos!
O coração não é, como dizem os livros de biologia e medicina,
apenas uma máquina para bombear o sangue.
Segundo os filósofos antigos do oriente, ele é o símbolo da
inteligência e da intuição.
Já os filósofos ocidentais o colocaram como símbolo dos
sentimentos e emoções.
Entre os Egípcios o coração era considerado como o deus de
cada ser humano, simbolizando a própria consciência divina.
Mas, enquanto essa conversa sobre o coração estar entre
filosofias antigas, alguns de nós dão importância e outros nem querem saber...
Mas quando médicos cardiologistas de renome dedicam-se a
buscar mais e mais evidências sobre as relações que encontram entre o coração e
o nosso funcionamento integral psíquico e orgânico, a gente começa a perceber
que esse pequeno órgão é, talvez, a nossa própria essência, talvez, até, como
os Egípcios pensavam!
Entre esses cardiologistas está o Dr. Sandeep Jauhar, autor
de “Coração: Uma História”, e diversos outros pesquisadores pelo mundo afora,
incluindo aqueles diretamente ligados ao HeartMath Institute, da Califórnia.
Sim! Pelo que tudo indica o coração parece conter a nossa
real identidade, as estruturas do nosso temperamento, os alicerces do nosso
caráter e a semente da nossa personalidade.
Mas vamos por partes, já que essas pesquisas ainda estão em
andamento.
Parte delas já sendo publicadas em alguns livros, como esse
que comentei do Dr Sandeep Jauhar.
Nas pesquisas realizadas por ele, tem havido diversas
constatações de alterações físicas, na estrutura do órgão, sempre relacionadas
diretamente a fortes sentimentos e emoções.
Essas constatações foram feitas por meio de exames de
ultrassonografia.
Os estudos não parecem apontar para o coração como origem
dos sentimentos, mas mostram uma relação muito forte entre um e outro,
apontando, sim, para uma espécie de: “Não sou a origem das emoções, mas sou o
responsável por elas”.
Como seria essa “responsabilidade” é um dos elementos a
serem desvendados, já que não parece haver rede neural suficiente para conter
muita memória.
Isso porque para haver essa “responsabilidade” o coração
deveria ter, nas memórias de suas redes neurais, toda a parte emocional de
nossas vidas.
Afinal, como eu tenho comentado em todas as minhas aulas e
palestras sobre o assunto, são apenas quarenta mil neurônios compondo essa rede
neural cardíaca.
Muito pouco neurônio, se compararmos com os quinhentos
milhões do cérebro entérico ou os cem bilhões do cérebro craninano.
E se os comandos cerebrais dependem das memórias armazenadas
nessas redes, como diz a ciência atual, seria possível o coração manter gravada
toda a parte emocional das nossas vidas nesses quarenta mil neurônios?
Bem! Vamos ver mais sobre isso em um minicurso extra, sobre
os mistérios do coração, mas ainda não tem data prevista.
Mas já podemos ver muita coisa que nos interessa, como por
exemplo, a evidência de processos cardiopatológicos, originados pela alteração
física cardíaca, após a pessoa ter passado por fortes emoções ou sentimentos.
Isso nos chama a atenção!
Seriam influências das nossas emoções interferindo na
estrutura do coração e podendo trazer algum mal ao seu funcionamento.
Continuando as pesquisas podemos observar que o coração gera
um campo magnético de alta intensidade, podendo ser mensurado à alguma
distância do corpo e, portanto, é uma onda que se propaga para o ambiente à
nossa volta.
Como todas as nossas células (que são os elementos que
compõem todo o nosso organismo), são, também, geradoras de energia elétrica,
elas podem sofrer influência desse campo magnético, alterando, mesmo que de
forma imperceptível, parte de seu próprio funcionamento.
Nesse caso já seria o inverso, ou seja, a influência do
coração no nosso funcionamento orgânico e psíquico
Nos estudos do HeartMath Institute tem sido constatado que
emoções positivas trazem benefícios fisiológicos para o corpo, intensificando-se
o próprio sistema imunológico.
Esses mesmos estudos mostram que emoções negativas causam um
verdadeiro CAOS no Sistema Nervoso.
Esse CAOS nós costumamos identificar como o disparo do
Sistema Nervoso Simpático, provocado pela amígdala cerebral.
O que não sabíamos é que a amígdala cerebral parece receber
essa informação por meio das ondas magnéticas enviadas pelo coração.
Mas, voltando ao que mais nos interessa, quem, afinal,
controla quem?
Se formos analisar quem nasceu primeiro, o coração veio
antes do cérebro e, portanto, ele é o responsável pela origem do nosso
raciocínio.
Isso a literatura atual já diz, ou seja, que o coração do
feto se forma e inicia o seu funcionamento, antes da formação do cérebro.
Outra evidência a ser pensada: Há mais informações indo do
coração para o cérebro do que do cérebro para o coração (estudos do HeartMath
Institute).
E agora?
Somos nós mesmos que comandamos os nossos sentimentos e
emoções ou eles estão estabelecidos no coração e podem, apenas, sofrer
alterações a partir de nossas atitudes e pensamentos?
Bem! A relação existe e é fortíssima!
Então, por enquanto, o que eu recomendo a todos nós é tomar
todo o cuidado possível com nossos pensamentos e atitudes, aprendendo a, não só
tolerar, mas compreender as pessoas à nossa volta, para evitar dar origem a
qualquer emoção ou sentimento negativo.
Sei que, a princípio, não é fácil, para muita gente, mas
vale a pena se esforçar, porque preservar esse órgão pode significar estarmos preservando,
não só a nossa própria vida, mas, como eu disse no início, a nossa real
identidade, as estruturas do nosso temperamento, os alicerces do nosso caráter
e a semente da nossa personalidade, ou seja: a nossa própria essência.