IUPE Educação: Avaliação e Certificados de Alunos Especiais
Amigos,
As dúvidas
agora são:
1. Como podemos fazer o acompanhamento
dos alunos especiais durante as aulas nas classes regulares?
2. Como proceder em relação às
avaliações periódicas?
3. Como dar um certificado de conclusão
se ele não consegue alcançar o mínimo exigido para uma ou mais disciplinas?
Para começar
temos que esvaziar o pote! Isso significa que, enquanto estivermos “amarrados”
a certos conceitos simplórios e reducionistas, não daremos um passo sequer em
direção à educação inclusiva.
Primeira dúvida: ACOMPANHAMENTO
A primeira
dúvida foi a do acompanhamento. Esse vai depender das características especiais
de cada aluno. Já estamos publicando artigos e vídeos com procedimentos ligados
a algum tipo de inclusão escolar. Os iniciais foram sobre as dificuldades
cognitivas que existem, tanto nas crianças normais, como nas crianças com
qualquer tipo de anomalia.
Todos os
artigos e vídeos baseiam-se em análise de resultados alcançados pelas
metodologias desenvolvidas e experimentadas por nós mesmos e pelos professores,
e demais profissionais da educação, que fazem parte de nosso grupo de trabalho
e de discussão.
Na
continuidade de nossa análise teremos: TDAH e semelhantes; Dislexia e semelhantes;
Autista e semelhantes; Síndrome de Down e semelhantes; Paralisias cerebrais e
doenças degenerativas e assim por diante.
Segunda dúvida: AVALIAÇÃO
Essa dúvida
é a da forma de avaliação a ser realizada com os alunos especiais. Vamos
começar com o que dizem as normas em vigor.
A
Recomendação nº 001/2013 do Ministério Público do Estado da Bahia deixa claro
que as escolas devem tornar seu currículo flexível e criar metodologias de
ensino, recursos didáticos e processos avaliativos diferenciados para atender
às necessidades educacionais específicas de cada aluno.
O processo
avaliativo, então, nada tem a ver com as avaliações periódicas do restante da
turma.
Essas
avaliações específicas devem ser preparadas com base no conhecimento que o aluno
especial está demonstrando ser capaz de aprender, com a intenção de:
1. Provar, para ele mesmo, o
desenvolvimento da sua capacidade cognitiva:
Quando o
professor prova para o aluno, por meio dessas avaliações, que ele está
aprendendo alguma coisa, esse aluno melhora a sua autoestima, reduzindo e até,
por vezes, anulando, os possíveis bloqueios emocionais existentes.
2. Analisar, por meio dos resultados, se
o processo utilizado está dando resultados positivos ou se precisa haver alguma
modificação na metodologia:
Quando o
resultado das avaliações não corresponde ao esperado, o professor deve analisar
as seguintes possibilidades: Ou as avaliações foram preparadas fora da
realidade cognitiva do aluno; Ou a metodologia precisa ser adequada à
dificuldades apresentadas.
Terceira dúvida: CERTIFICAÇÃO
Essa é a
referente ao certificado de conclusão de curso ou de terminalidade específica.
Caso o
aluno, mesmo com dificuldades, consiga alcançar os níveis mínimos de
conhecimento exigidos pelas diversas áreas do conhecimento, o certificado será
o de conclusão tradicional.
Caso a
anomalia não permita que ele alcance o nível exigido pelos sistema para
conclusão daquela etapa de ensino, ele receberá o Certificado de Terminalidade
Específica, que é a certificação dos estudos correspondentes à conclusão de
ciclo ou determinada série/ano, conforme Lei nº 9.394/1996, art. 59, inciso II.
No caso de
comprometimentos cerebrais mais graves ou múltiplos, caso o currículo da base
nacional não seja viável, deverá ser estabelecido um currículo funcional voltado
para esse aluno, em especial.
Mas todo
esse processo precisa estar sendo registrado, passo a passo, em pasta própria
individual, constando de:
Dados
individuais do aluno;
Ficha de
avaliação;
Relatórios
periódicos e contínuos sobre seu desenvolvimento;
Cópia das
avaliações de habilidades individuais e das competências alcançadas pelo aluno,
especificando todas as áreas do conhecimento em que isso foi constatado;
Histórico
escolar contendo todo o conhecimento adquirido pelo aluno, constando as
habilidades e competências construídas e, no campo de observações, ressalva
quanto à caracterização do aluno como público alvo da Educação Especial;
Cópia do
Termo de Certificado de Terminalidade Escolar Específica;
Registro de
acompanhamento proposto ao aluno visando ampliar as suas possibilidades de
inclusão social e produtiva;
Registro de
regularidade de vida escolar.
Conselhos de Classe:
Todo esse
processo deve estar sendo acompanhado e registrado nas Assembleias Oficiais dos
Conselhos de Classe, para fundamentar as decisões necessárias à continuidade do
processo de desenvolvimento do aluno, assim como para fundamentar a elaboração
dos Certificados de Terminalidade Escolar Específica futura, caso isso seja
necessário.
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