Quando eu vejo um profissional dar uma entrevista relatando
as terapias que dão certo e as que não dão, para o autista, eu imagino que essa
pessoa deve ser um verdadeiro gênio!
Afinal, se as pessoas neurotípicas (ou seja: as pessoas que,
antes do politicamente correto, podiam ser chamadas de normais) reagem aos medicamentos
e tratamentos de forma diferente, entre os autistas isso é mais evidente ainda!
Essas declarações acabam afastando mães, de terapias que
poderiam reduzir os sintomas mais agressivos de seus filhos e, assim, reduzir,
ou até acabar, com o sofrimento da família.
Ontem recebi mais dois pedidos de socorro de mães de
autistas que receberam, do profissional que atende seu filho, o relato de que
ela terá que se conformar que seu filho é autista e assim será por toda a vida.
E que a única coisa que ela terá que fazer é manter seus sintomas
sob controle médico, por meio das drogas psiquiátricas que ele já receitou.
Absurdo, mas isso é muito comum, infelizmente.
Hoje vou apenas relatar dois casos que deram a volta por
cima, mesmo já com certa idade!
É um caso real, aliás, dois semelhantes, tanto que posso
fazer um só relato, que serve para os dois.
Por mais de 25 anos duas mães não conseguiam, sequer, deixar
seus filhos saírem de casa.
Os meninos, autistas severos, não falavam, não reconheciam
seus pais, eram agressivos, sempre irritados, viviam dando berros sem motivação.
Os médicos diziam que era assim mesmo porque, afinal, eram
autistas, e os pais teriam que se conformar com isso, e que a única coisa a
fazer era mantê-los com Risperidona, Aripiprazol, Rivotril, Fluoxetina,
Metilfenidato e outras tantas drogas, revezando uma com outra e modificando a
dosagem a cada relato de mudança comportamental.
Tenho recebido esse mesmo relato de dezenas de mães por todo
esse país.
Algumas, com filhos ainda bem jovens, já conseguiram mudar
toda a realidade deles.
Tenho recebido suas visitas em cada cidade que passo, e fico
cada vez mais feliz com isso!
Esses conseguiram dar uma guinada total no seu
desenvolvimento, mas outros já adultos, ainda lutam por uma recuperação mais
lenta e mais difícil.
Uma delas, inclusive, já com o seu filho ultrapassando os
quarenta anos de idade, chegou a meu dizer: “Professor Roberto: Eu quero
enterrar meu filho!” “Não sei o que será dele se eu morrer antes!”
O que mais me deixa indignado é que nada disso seria
necessário, já que o que está ocorrendo com esses autistas é um grande erro no
acompanhamento!
Alguém tem culpa nesse erro?
Fica difícil e, por vezes, até perigoso, dizer que sim. Ainda
mais que não sou médico. Sou apenas professor.
Mas acompanho todos os alunos autistas dos colégios que damos
apoio, e com esse acompanhamento temos como avaliar cada tratamento e cada
resultado.
Por isso prefiro dizer (e até tentar me convencer) que é por
falta de conhecimento.
Afinal temos alguns caminhos nessa luta pela recuperação e
desenvolvimento do autista e do TDAH.
Um deles é o caminho da cura definitiva! Essa é a ponta
principal da ciência atual em relação ao autismo, trilhado por Alisson Muotri,
Karina Griese Oliveira e diversos outros.
Outro caminho é o terapêutico comportamental, que procura
desenvolver o autista por meio de métodos fantásticos como o ABA e outros.
Mas falta darem crédito ao meio do caminho, que existe e tem
feito maravilhas, para reduzir todos os seus sintomas e fazer com que o autista
consiga ter uma vida totalmente normal, embora não esteja curado, mas sem a
inflamação cerebral, que causa tanta irritabilidade, agressividade, confusão no
processamento de imagens, hipersensibilidade auditiva, e tudo o mais.
Profissionais famosos
e competentes não dão a menor importância a esse caminho, mas é esse que está
salvando muitas dessas crianças, e até adultos, da exclusão social total,
devido ao excesso de agressividade, irritabilidade, etc.
Foi assim que esses dois autistas, já com idade acima dos 25
anos, começaram a se recuperar.
A vida toda seus cérebros foram destruídos pelos
medicamentos, sem que, em momento algum, fossem realizados exames clínicos
completos, para verificar se havia alguma causa extra para seus sintomas e que
pudessem ser eliminadas.
Ambos foram levados a médicos nutrólogos que, imediatamente,
mandaram realizar rodo tipo de exame clínico, exatamente como nós temos
recomendado.
Ambos iniciaram tratamento de parasitas, complementação
vitamínica, um deles precisou tratar tireoide, e começaram uma dieta rigorosa
substituindo glúten caseína soja, açúcares, conservantes e corantes.
Ambos estão em plena recuperação, embora seus cérebros tenham
sido destruídos por tanta droga ao longo de tantos anos!
Hoje mesmo assisti a um vídeo de um deles, enviado pela sua mãe,
quando se percebe que está surgindo, agora, com mais de trinta anos, um filho
que havia sido perdido desde criança, não por ser autista, mas por não ter tido
o devido tratamento.
Precisamos mudar essa realidade!
Precisamos salvar nossas crianças!
Vamos estudar cada um dos passos que podemos dar, tanto na
família, como na escola ou na clínica, enquanto a cura definitiva não chega.
Quem tiver interesse em levar nossos cursos e palestras de formação
e atualização para suas cidades entre em contato pelo meu email (robertoandersen@gmail.com) ou pelo
telefone/whatsapp (71) 9-9624-1011.
Forte abraço!
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