Atração é sinal de amor? – Série Amor
adolescente – parte 1
Começamos aqui uma série de conversas sobre
o AMOR ADOLESCENTE, por sugestão de meu amigo e aluno João Victor Magalhães.
E, para ajudar a escolher o primeiro tema,
nada melhor do que responder às perguntas que chegaram hoje, com dúvidas muito
parecidas, e que posso sintetizar em:
“Roberto! Como posso entender o sentimento
de atração que sinto por uma pessoa? Isso significa que eu e ela temos
afinidade? Se eu sinto isso tão forte será que ela sente também? Tenho medo de
me aproximar e ela me recusar e eu entrar em depressão. Isso é amor? ”
Calma, cara! Devagar! Vamos por partes.
Você diz que sente atração por ela e quer saber
se é amor. Ao mesmo tempo tem medo de que ela não sinta o mesmo. Vamos deixar
essa parte da depressão para depois!
Vamos ver primeiro a parte da atração.
Todo animal é programado mentalmente para
sentir atração pelos semelhantes e estar atento e reagir contra os diferentes.
Isso é biológico, proposital. Essa atração
serve para criar um grupo de semelhantes para que, juntos, possam proteger sua
comunidade contra o diferente, que é considerado como o inimigo.
Os outros animais se sentem atraídos pelo
outro devido a uma característica fundamental, como por exemplo, para o cão, o
cheiro; para o pavão, as cores; para o vagalume, a luz; para os pássaros, o
canto; e assim por diante.
No caso de nós, seres humanos, essa
empatia, afinidade, afetividade ou atração se dá de forma muito mais complexa,
levando em consideração frequências, intensidades e modulações dos sinais que
captamos dessa pessoa, por meio de nossa visão, audição, olfato e também pela
capacidade empática, como uma espécie de energia que se recebe dela.
Podemos incluir aí outros detalhes, como a
posse de uma moto, um bom saldo na conta bancária, a marca do carro, etc.
A atração começa, então, quando encontramos
uma pessoa que, por coincidência, possui características, muito semelhantes
aquelas para as quais nossos elementos sensores estão programados.
Havendo essa coincidência, sentimos uma
sensação agradável.
Se não houver essa coincidência, a presença
dessa pessoa nada significará para nós, ou seja, ela passará despercebida emocionalmente.
E no caso dessas frequências serem
incompatíveis, sentiremos uma espécie de repulsa.
O nível e a qualidade dessa sensação
positiva, vai fazer esse afeto variar de intensidade, sendo a forma mais
branda, a simples admiração, que pode ser chamada de afetividade fraternal,
afinidade de semelhantes, ou coisa parecida.
É a mesma coisa que a maioria de nós sente
pelos seus “melhores amigos”.
Mas essa atração pode aumentar de
intensidade e mudar o objetivo, o que também é biológico, porque vai servir
para preservar a espécie por meio da sua reprodução.
Ela agora assume as características de paixão,
amor, ou simples atração sexual.
E, saindo um pouco da normalidade, pode até
alcançar níveis patológicos de ciúme doentio, sentimento de posse e obsessão.
Embora esse aumento da intensidade da
atração e mudança de objetivo ocorra com pessoas de gêneros opostos, exatamente
para permitir a procriação, há também a mesma atração entre pessoas do mesmo
gênero.
Nesse caso, embora seja também paixão, amor
ou simples atração sexual, o objetivo já não é a reprodução, mas
compartilhamento de afeto, sexualidade, prazer, etc.
Ou seja, nosso papo não é exclusivo para um
tipo de relacionamento. As análises e as soluções são as mesmas,
independentemente, tanto dos gêneros dos envolvidos, como de suas orientações
sexuais.
A atração, então, é parte de nossa
programação biológica. Em outro momento vamos ver exatamente como é feita essa
programação, entre o primeiro e segundo mês da gestação, ou seja, ainda no
útero materno.
O que fazer com a atração, então, se ela
não é correspondida? O mais comum, para o adolescente, é não aceitar a recusa e
ficar ansioso, angustiado, depressivo, como se essa pessoa fosse a única a
despertar esse seu sentimento.
Primeiro passo: Gostar de você mesmo!
Os níveis de ansiedade são muito maiores em
pessoas que estão carentes do amor familiar e naquelas que se esqueceram de
amar a si mesmas.
Cure-se disso urgente, ou seja, procure se
dedicar com mais afeto aos seus familiares mais próximos, para sentir a
segurança afetiva necessária ao estabelecimento do equilíbrio emocional.
Assim você não estará na busca incessante
de um substituto do amor familiar inexistente. Esse substituto não existe!
E passe a perceber suas próprias
qualidades.
Assim você estará desenvolvendo amor
próprio, o amor por você mesmo!
A partir daí vamos às demais estratégias:
Procure mostrar a si mesmo que seu
sentimento não é direcionado exclusivamente para essa pessoa.
Como?
Observe, mais atentamente, as pessoas à sua
volta.
Vá a um local movimentado e procure
perceber as diferentes emoções que você sente analisando, disfarçadamente, cada
uma que passe por você.
Aproveite para tentar encontrar
características mais comuns naquelas que mais lhe chamam à atenção de forma
positiva.
Você verá que sua programação mental
alcança muito mais gente do que você imaginava e que, o seu atual alvo, aquele
que lhe parece ser o maior e único amor de sua vida, é apenas um entre muitos.
Isso reduz a ansiedade e lhe traz de volta
à realidade, permitindo que sua busca seja menos precipitada e mais consciente.
Outra estratégia, no caso de você ter
levado um fora de seu alvo, é transformar essa paixão em admiração.
Agora que você percebeu que sente algo
positivo por mais pessoas, você já tem condições de olhar para o motivo de sua
angústia e colocá-lo entre todas as outras pessoas que você nem tinha percebido
que também estariam em seu horizonte de atração afetiva.
Treine ver essa pessoa como uma simples
pessoa amiga que você admira muito.
E deixe essa amizade florescer e se tornar
forte.
Você pode até se surpreender, um dia, quem
sabe, e ver essa amizade se transformar em algo mais intenso.
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Forte abraço.
Vejo vocês no próximo encontro!
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