quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

IUPE Educação - Formação da Personalidade Sexual

Formação da Personalidade Sexual


Amigos,

Antes de começar eu preciso deixar bem claro que nossa conversa é sobre a parte científica, dentro da área biológica do ser humano, nada tendo a ver com as polêmicas que estão surgindo sobre identidade de gênero.

Mas vamos rever o que dizem essas polêmicas:
-
 Por um lado, os religiosos radicais, insistindo que menino nasce menino e menina nasce menina e que opção sexual diferente disso é fruto do pecado, etc., etc.

- Por outro lado os simpatizantes dos movimentos LGBT, que insistem que todos nascem neutros e só mais tarde definirão sua identidade de gênero.

Na realidade, nossa análise mostra que nenhum dos dois lados defendidos por esses extremistas está correto.

Ambos estão errados!

Nossos objetivos nesse estudo são:

1º) Deixar claro como ocorre a definição sexual, o orientação sexual e a opção sexual, que são três coisas muito distintas.

2º) Alertar aos pais e professores sobre a necessidade de todos terem esse entendimento, para evitar que seus filhos ou alunos sejam levados a uma realidade de vida infeliz ou com sérios problemas neuróticos.

Então, vamos a esse entendimento:

Quando ocorre a fecundação já surge, no feto, parte da programação da sua personalidade.

Essas características da personalidade são trazidas, tanto por características de seus genes, como de seus memes.

Esses memes, que são responsáveis pela parte da nossa herança cultural, são bem explicados pelos estudos do biólogo Richard Dawkins, em sua obra: O Gene Egoísta.

Essa parte talvez venha a ser identificada, mais tarde, como o seu caráter, ou até, conforme nos mostra o estudo da psicanálise, o “SELF”.

Essa programação inicial é fruto do par de cromossomos recebidos durante a fecundação, o par XX ou o par XY.

Os estudos biológicos mostram que, se os cromossomos forem XX, nascerá uma menina, e se forem XY nascerá um menino.

Mas como é isso?

Sendo par XX, será gerado um menino, com cérebro 100% masculino e opção heterossexual?

Sendo par XY, será gerada uma menina, com cérebro 100% feminino e opção heterossexual?

Nada disso. Essa é apenas uma das possibilidades científicas, a mais comum, decorrente dessa união desses cromossomos.

Vamos analisar por partes, com base em uma série de pesquisas realizadas por diferentes universidades, sendo a mais completa a da Universidade de Oxford, dirigida pela neuropsicóloga Dra. Anne Moir.

1ª fase: DEFINIÇÃO SEXUAL

Vamos entender definição sexual como a parte da estrutura física masculina ou feminina.

Voltando ao par de cromossomos da fecundação, havendo o cromossomo Y, há nele o gene que produz o que a ciência chama de “Fator Determinante Testicular”.

Esse fator é detectado pela Hipófise, também chamada de glândula Pituitária, no cérebro da mãe.

Essa glândula, então, estimulada pela detecção desse fator, secreta um hormônio chamado de Hormônio Luteinizante.

Esse hormônio, por sua vez, vai estimular a produção de testosterona no ovário.

A presença da testosterona, junto com outros fatores, vai fazer com que as gônadas, cuja evolução natural seria para a forma de ovários, evolua, não para ovários, mas sim para testículos.

É bom lembrar agora, nesse ponto, para possibilitar uma série de discussões futuras, que, se nada ocorresse de diferente, a evolução natural do feto seria sempre para nascer uma menina.

Como houve a presença desse fator, foi iniciada, assim, a construção biológica do menino, a estrutura física masculina, embora a maioria das suas características de gênero só venham a surgir no período da puberdade.

Se, por outro lado, o par de cromossomos for XX, não deverá haver o gene que produz o Fator Determinante Testicular, logo, não haverá testosterona no útero materno, e assim haverá a evolução natural de suas gônadas para a formação dos ovários.

Dessa forma fica determinada a construção da estrutura física feminina, que já é a evolução natural do feto, conforme dissemos antes.

Essa fase da formação vamos chamar de DEFINIÇÃO SEXUAL.

Está definida a estrutura física do menino ou da menina.

2ª fase: ORIENTAÇÃO SEXUAL

Vamos entender essa fase como sendo a do desenvolvimento das características femininas do cérebro ou, no caso da alteração provocada pela testosterona no útero materno, o desenvolvimento das características masculinas desse cérebro.

Essa fase ocorre entre o final do primeiro mês, até o final do segundo após a fecundação.

O desenvolvimento dessas características ocorrerá em todas as redes neurais que processarão as informações recebidas pelos elementos sensores.

Isso significa que cérebros masculinos processam e entendem os sinais externos de forma diferente da que é feita pelos cérebros femininos.

Essas diferenças são notadas, por exemplo, no raciocínio associativo da menina e no raciocínio lógico do menino.

Os professores mais experientes detectam isso rapidamente.

Em outro momento comentaremos sobre essas diferenças.

A diferença que nos interessa hoje é a da atração e da repulsa, tanto afetiva, como física e sexual.

Até os onze anos de idade, antes da puberdade, o cérebro das crianças está programado para sentir repulsa às características do gênero oposto e sentir atração afetiva (fraternal) pelas características de seu próprio gênero.

Essa fase é a do desenvolvimento das características de seu gênero, fazendo com que as brincadeiras sejam só de meninos ou só de meninas.

A partir da puberdade, embora a atração afetiva pelo mesmo gênero não seja eliminada (caso contrário não haveriam amizades do mesmo gênero), surge outro tipo de atração, já programada desde o útero materno, que é a atração física e sexual.

O objetivo dessa atração é claramente a manutenção da espécie por meio da reprodução.

Essa atração inverte os objetos, já que cada cérebro desenvolve atração pelas características que, predominantemente, estarão no gênero oposto ao seu.

Nos outros animais essas características da atração são mais simples. Há os que são movidos pelas cores, os que são estimulados pelo cheiro, os que são atraídos pela luminosidade e outras características bem definidas.

E a maioria dessas espécies provoca o sexo oposto exatamente no momento em que estão no período fértil, sempre visando procriação.

Quando, entretanto, observamos o ser humano, vemos que há toda uma complexidade determinada por uma programação cerebral específica.

Por isso pessoas consideradas atraentes por umas não despertam qualquer interesse em outras.

Mas todo menino tem cérebro masculino e toda menina tem cérebro feminino?

Não!

Entre aqueles 30 a 60 dias após a fecundação, se os níveis de liberação da testosterona, junto com outros fatores, continuarem os mesmos dos primeiros 30 dias, o menino desenvolverá características masculinas em seu cérebro e a menina desenvolverá características cerebrais femininas.

Caso isso seja alterado, ou seja, redução da testosterona, no caso do menino, ou geração de testosterona, no caso da menina, o cérebro do menino poderá desenvolver características femininas e o da menina poderá desenvolver características masculinas.

Essas características são as que definirão se a orientação sexual será igual ou não à sua identidade sexual.

Isso significa que esse momento é o que vai definir por qual gênero essa criança, ao se tornar adolescente, sentirá atração física e sexual.

Se a atração for pelo gênero oposto, ela poderá vir a ter atração predominante heterossexual.

Se for pelo mesmo gênero a sua atração predominante será homossexual.

Se for indiferente, ela poderá ser considerada bissexual.

3ª fase: OPÇÃO SEXUAL

Opção sexual deve ser entendida como a interferência inteligente, de cada pessoa, na forma de interpretar seus sentimentos sexuais.

Lembro que a pessoa não opta por sentir esse ou aquele tipo de atração. A atração é biológica.

O tipo de atração, como dissemos antes, é independente da vontade consciente do sujeito. A opção é pelas atitudes a tomar em relação à atração que sente.

A opção está ligada ao raciocínio humano, à inteligência, e ao seu equilíbrio emocional.

A pessoa vai se utilizar de todo o conhecimento adquirido e levará em consideração a conveniência pessoal, cultural ou social de dar vazão, ou não, a essa atração sentida.

O sujeito, após uma análise de seus sentimentos e emoções, escolhe se assume seus impulsos ou se tenta desviar essa energia para outro tipo de objeto.

A pessoa poderá, também, assumir uma forma simbólica de exteriorizar esse sentimento caso venha a considerá-lo inconveniente, moralmente incorreto ou impossível.

Essa forma compensatória, que se chama sublimação, tenta substituir o objeto e a força de atração por alguma coisa que satisfaça o seu ego.

Se a opção for assumir o comportamento oposto ao que determina sua orientação, a pessoa estará “de bem” com a aceitação social, mas poderá criar uma neurose, prejudicando a sua felicidade.

Se a opção, entretanto, for a de assumir o impulso correspondente à orientação sexual, poderá também criar uma neurose, mas essa será proveniente da não aceitação social de sua opção.

De qualquer forma haverá sempre o perigo de uma neurose toda vez que um sujeito descobre que seus sentimentos e emoções, principalmente na área da orientação sexual, estiverem diferentes do padrão aceito pela cultura local.

Por mais que o discurso popular seja de aceitação da homossexualidade ou da bissexualidade, a realidade é diferente e as discriminações são bastante claras.

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