Olá amigos,
Mais uma vez eu alerto aos amigos professores, estudantes e
pais que o que eu vou falar não é teoria, mas sim fruto da prática diária,
tanto minha quanto de professores do nosso grupo de estudos, trocando
experiências do seu dia-a-dia educacional.
Não se espantem com as indagações sabotadoras, como:
“Isso que você está
dizendo é lindo, mas na prática não funciona”
“Você diz isso porque nunca pegou uma turma como a minha”
“É uma piada você dizer que temos que dar atenção individual
a um aluno se as turmas são coletivas”
Vamos tentar ter total discernimento e, principalmente,
muita humildade para entender uma coisa muito importante:
Nossa prática pode não estar dando o resultado esperado,
mesmo com todo esforço que dispendemos e mesmo com toda a nossa boa vontade e
mesmo com excelentes intenções.
Temos que eliminar, logo de cara, a tendência acomodada e
medíocre, de colocar a culpa nos pais, na educação equivocada dada pelas
famílias, na influência da mídia, nos maus exemplos da sociedade, na falta de
condições da escola, na falta de apoio dos dirigentes, na incompetência
governamental, ou até no próprio aluno.
E vamos, então, analisar o que fazer, na prática!
1º passo: Análise pessoal.
Analise sua forma de lidar com você mesmo.
Sim! Porque tudo começa com o amor que você deveria sentir
por você mesmo.
Analise como anda sua forma de se ver, de se cuidar, mas
cuidar do corpo, da mente e do espírito!
Reveja sua alimentação, a frequência com que bebe água, o
respeito pelo período de sono, a eliminação ou, pelo menos, a redução de
estresses desnecessários, como por exemplo o aprisionamento às redes de
relacionamento pelo smartphone...
Encontre tempo para passear pelo campo, por um parque, por
um jardim ou pela praia, apreciando a natureza.
Procure identificar e estimular suas virtudes, seus valores
e as suas qualidades.
Assim você estará criando uma verdadeira estrutura física, psíquica
e emocional para que todos os demais passos sejam perfeitos ou, pelo menos, os
mais próximos possíveis da perfeição.
2º passo: Relacionamento interpessoal
Estando bem com você mesmo, crie condições para que exista
um relacionamento interpessoal positivo e produtivo em sua família.
Estimule todos a estarem juntos em momentos como refeições,
por exemplo, sem TV ligada, sem celular na mão, para que possam criar, ou recriar,
a relação familiar afetiva.
Uma relação onde todos tenham certeza de que poderão ter
seus problemas ouvidos sem a preocupação de críticas, onde todos possam relatar
suas atividades, seus relacionamentos, suas dúvidas, seus problemas e seus
planejamentos de vida.
Desenvolva, nesse momento, a sua capacidade de ouvir, mais
do que falar, ouvir ativamente, estimulando os demais membros da família a se
estenderem em seus relatos e planos futuros.
Um ambiente criado assim é mais um elemento para fortalecer
a autoestima e a autoconfiança em todos e, principalmente, criar uma sensação
de segurança afetiva e forte equilíbrio emocional.
3º passo: Dedicação à matéria que ensina
Esse ponto é o mais crítico para professores em geral. Há
brilhantes exceções, claro! Espero que você seja uma dessas!
Embora uma das obrigações do professor seja a de estimular
seu aluno a ler, estudar, pesquisar e produzir, ele mesmo, o professor, pouco
lê, pouso estuda, pouco pesquisa e pouco produz!
Então é hora de desenvolver essas atividades como prazer
pessoal!
O prazer de estar sempre lendo alguma coisa. Leitura é uma
viagem.
O prazer de estudar assuntos que possam aumentar seu
conhecimento nas suas áreas de ensino.
O prazer de desenvolver pesquisas de campo, ou mesmo
teóricas, sobre detalhes que lhe intriguem em sua área de atuação.
O prazer de produzir, um texto que seja, sobre cada assunto
a ser lecionado naquela semana, relacionando o assunto com os acontecimentos
mundiais.
Isso significa estar se dedicando à matéria que ensina, mas
se dedicando com prazer, transformando seu trabalho e um motivo de satisfação
pessoal.
O resultado disso é o fortalecimento do conhecimento,
deixando-o preparado para estabelecer uma relação produtiva entre você e todos
os seus alunos.
4º passo: Conquistar a turma
Estar bem com você mesmo, estar bem no relacionamento
familiar e conjugal e estar entusiasmado com a matéria que ensina, são os elementos
primordiais para estabelecer um clima de empolgação pelo assunto do dia.
Essa empolgação, quanto mais natural e verdadeira ela for,
mais condições ela terá de “contaminar” os alunos e estimulá-los a acompanhar
sua aula e a produzirem conhecimentos a partir de suas provocações.
Nada pior e menos interessante do que uma aula tradicional!
Nada mais estressante e desestimulante do que um professor discursivo e
acomodado, mesmo que tenha muito conhecimento sobre qualquer assunto.
Os alunos de hoje não precisam de professores tradicionais,
mas sim professores que os estimulem a discutir, debater, encontrar outras
explicações para os mesmos fenômenos, que os ajudem a entender outras formas de
ver os mesmos assuntos.
Precisam de professores que os estimulem a produzir
conhecimento ou, pelo menos, a fazer análises individuais ou em grupo, do
conhecimento que esteja à disposição deles, encontrado nos livros, nas
revistas, nos jornais e pela internet.
Eles precisam ser estimulados a escrever, relatar suas próprias
opiniões, dar respostas a questionamentos, elaborar novas questões a respostas
já conhecidas, ou seja: precisam ser estimulados a criar.
O professor que chegar entusiasmo e empolgado tem tudo para
conseguir estimular seus alunos aos mesmos entusiasmos e empolgações.
Essa é uma das formas que entendo para se conseguir a
conquista de uma turma.
Para outras formas sugiro que assistam ao filme “Escritores
da Liberdade”.
A professora americana deu um verdadeiro show de conquista
da turma, mas utilizando outras metodologias.
Reflitam sobre o que eu disse acima, mas assista ao filme e
reflita sobre o método dela.
Todos dão resultado desde que você queira os resultados e se
disponha a trabalhar nesse sentido sem ouvir os colegas sabotadores!
5º passo: Conquista e desenvolvimento do diferente
Tudo dando certo até agora, falta a dedicação ao diferente,
aquele que não acompanha o grupo (a turma), ou por timidez, ou por ter algum
tipo de dificuldade de aprendizagem.
A turma pode ser grande, mas se conseguimos empolgá-los para
produzir em grupo, por exemplo, é nessa hora que poderemos dar toda a dedicação
possível aquele que tem dificuldades e que precisa do acompanhamento individual.
Isso que chamamos de inclusão escolar.
Mesmo que exista a figura do Professor Assistente, é
importante que você tenha sempre em mãos uma atividade específica para esse
tipo de aluno.
Basta analisar o seu nível de entendimento na sua matéria e,
mesmo que seja muito baixo, encontrar atividades que o empolgue, que mostre a
ele do que ele é capaz e que o estimule a ir adiante com entusiasmo pelo seu
desenvolvimento, por menor que seja.
Sua dedicação a esse tipo de aluno vai mostrar aos colegas
de classe que eles também podem ficar alegres ao ajudá-lo em outras
oportunidades.
Isso significa que você deu partida para mais uma conquista,
que é a transformação da sua turma de alunos em uma turma mais humanizada.
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Forte abraço.
Até nosso próximo encontro
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