quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Automutilação adolescente - Como ajudar




Mistérios da Mente Humana – 14-11-2019 – quinta-feira
Texto – O que você precisa saber para evitar a automutilação e outros males na adolescência

Bom dia, galera! Hoje é dia 14 de novembro, quinta-feira, dia de mais um vídeo!
Só que hoje eu tive que juntar várias perguntas semelhantes, vindas de todo canto, e representar por uma só, que é a seguinte:
 “Eu tenho alguns amigos que “se cortam”, dizem que querem parar, mas não conseguem! Como é que eu posso ajudá-los?”
E aí? O que dizer nesses casos?

OK, Wellingthon!

Bom dia, amigos!

Essa é uma pergunta que tenho recebido constantemente, de pais, de professores e de adolescentes de diversas regiões do país.

Já temos até um vídeo sobre o assunto, com o título: “O que toda família deveria saber sobre o Baleia Azul”

Mas, vamos lá!

Pelo desespero dos professores e dos pais e, como podemos ver pela pergunta, dos próprios colegas dos adolescentes que se mutilam, vemos que não estamos, como sociedade, preparados para as consequências das instabilidades emocionais.

O que vemos, no comportamento deles, é uma total falta de motivação para com a vida, que pode levar a coisas ainda piores.

Alguns analistas do comportamento humano colocam parte da culpa no consumismo provocado pela mídia, invertendo os verdadeiros valores humanos.

Não consegue acompanhar o ideal de consumo imposto pela mídia, a pessoa se sente derrotada e infeliz, porque ser feliz é ter o último modelo de celular, a roupa da moda, ir as festas do momento, e tudo isso que a gente sabe.

Cara! Ficar triste por não TER, é uma coisa,

Mas, SE CORTAR, é querer SOFRER!

Por que acontece isso?

É o seguinte:

O corte de parte do corpo provoca uma DOR FÍSICA que ele, às vezes de forma consciente, mas algumas vezes de forma inconsciente, faz para tentar compensar uma DOR PSÍQUICA que ele está sentindo.

Algumas dessas DORES PSÍQUICAS parecem ser tão fortes que ele prefere sentir DOR FÍSICA, para esquecer a outra.

Outra explicação é ele saber a origem da DOR FÍSICA e, talvez, poder fugir dela parando de se mutilar. Só que a automutilação acaba criando um vício, uma dependência emocional!

Vício em se cortar e sofrer?

Sim.

Isso é explicado nos estudos de psicanálise. Prazer e dor são emoções muito semelhantes. Uma teoria de Freud explanada em EROS E TANATOS.

EROS eu sei, vem de erótico, sexual, não é isso?
Mas o que é TANATOS?

TANATOS pode ser interpretado como o desejo de morrer ou o desejo de sentir prazer com o sofrimento.

Quem quiser se aprofundar, basta buscar nas obras de Freud. É muito interessante e muito real, principalmente nesse caso da automutilação.

Se o adolescente estiver frágil, emocionalmente, será mais difícil tolerar essas dores psíquicas e ele parte para compensar com a dor do corte.

Nosso foco, parar entender isso, tem que estar direcionado para a identificação dos motivos que provocam a NECESSIDADE desses adolescentes de tomar atitudes desesperadas contra seu próprio corpo, como a de criar dores físicas para compensar dores emocionais e psíquicas, no caso da automutilação e até, em muitos casos, o suicídio como desespero final.

Mas isso não pode ser consertado com tratamento psicológico?

Olhe!

Tratamento psicológico é sempre bom para todo mundo, mas nesse caso nós vamos ver que o tratamento tem que começar pelos pais desses adolescentes, e nunca por eles!

E o que vemos é as pessoas chamarem os pais e recomendarem o tratamento para o adolescente!

Ora! O profissional pode ser excelente e a terapia a mais eficaz possível, mas estamos tratando a pessoa errada!

Se o adolescente está com carência afetiva, ou uma falta de entendimento ou de aceitação de si mesmo, a origem da carência eu sempre coloco no ambiente familiar!

Vamos ser claros, então, no seguinte:

São diversas as causas individuais da fragilidade e das dores psíquicas.

Já atendi a uma infinidade de situações, todas importantes e sérias, mas cada uma com uma explicação diferente.

Ou era sentimento de ausência afetiva de algum dos pais, ou era desentendimento com os pais por problemas relacionados a amizades que os pais não aceitam, ou por orientação sexual condenada por eles, ou diversas outras causas.

Mas sempre há uma chave importante em tudo isso!

A causa intermediária!

Em todos os casos há essa causa intermediária.

Essa causa intermediária é o gargalo pelo qual todas as causas individuais, obrigatoriamente, passarão.

Se essa causa intermediária for anulada, as causas individuais começam a perder força e estaremos no caminho certo da resolução do problema.

Vamos ver, então, primeiro, ela, para em outro momento, focarmos algumas das causas individuais mais frequentes.

A intermediária está totalmente ligada ao afastamento afetivo dos pais, em relação aos filhos, e a consequente falha na imposição de limites com amor.

Você está falando de pais separados que não dão assistência aos filhos?

Esses também, mas a maior dor é quando o adolescente, ou até a própria criança, tem o pai e a mãe em casa, mas não tem nenhum dos dois afetivamente.

Estão no FACE!

Também!

Mas às vezes nem é FACE.

Basta não “ter tempo” para o filho ou compensar essa falta de forma errada.

Devido à necessidade de pai e mãe trabalharem fora, grande parte passou a ter muita dificuldade em saber garantir a educação correta dos filhos.

Muitos acreditam que devem compensar a ausência física com muito amor, mas se esquecem que a base de toda a segurança emocional do filho está na imposição de limites com afeto!

Uma educação afetiva, mas com regras e limites bem definidos, constrói uma segurança afetiva e emocional fazendo com que o filho consiga definir bem o seu papel na vida e consiga criar perspectivas de futuro.

Uma educação sem limites, mesmo que tenha amor, provoca, no filho, uma sensação de abandono, trazendo insegurança até na construção da sua identidade. E ele acha que pode tudo. No dia que descobre que não é assim, se revolta contra os que a enganaram, normalmente os próprios pais.

É o caso daquela Susana que matou os pais?

Exatamente!

Já uma educação sem amor, apenas com imposição de limites, provoca no filho um sentimento de revolta que também prejudica a sua relação com os amigos e com a sociedade.

Falta, então, essa dosagem. Educar com imposição de limites e com amor. Não pode faltar nem um nem outro.

Falta perceber o necessário momento em que o filho precisa ser ouvido pelos pais, para relatar seus sentimentos, suas dúvidas, as dificuldades de se entender etc.

Falta perceber que a formação do filho quase não vai sofrer influências externas se, em casa, ele tiver construído uma personalidade forte.

É o que eu chamo de uma verdadeira VACINA.

Na adolescência, se os filhos tiverem uma relação equilibrada de amor e limites com seus pais, e com momentos de conversas, quando possam compartilhar sentimentos e emoções, haverá segurança emocional.

Quando não existe isso eles procurarão apoio externo, incluindo as redes sociais, que é onde frequentemente surgem as péssimas influências.

Já tivemos o Baleia Azul, uma tal de uma bruxa, um vídeo ensinando a se enforcar e até um livro infantil ensinando a se matar se engasgando com uma maçã!

Um livro infantil ensinando a criança a se matar?

Sim!

De Ana Maria Machado, “O menino que espiava para dentro”

Eu duvidei que fosse verdade, até que umas professoras amigas me mandaram as fotos.

Qual a intenção do autor em um livro desses?

Essa é a minha dúvida!

Não dá para entender, mesmo!

Tem algo que as famílias deveriam fazer para evitar essas coisas?

Tem sim!

Primeiro o que as famílias NÃO devem fazer!

Não devem comentar sobre esses vídeos, jogos, sobre a automutilação, sobre drogas, ou sobre sexo, sem ter sido provocado para isso pelo próprio filho.

Comentar sobre isso só aguça a curiosidade e atrapalha mais ainda os que já estiverem fragilizados.

Agora o que devem fazer:

1º) lembrar que seus filhos existem!

2º) planejar momentos sem celular, sem TV, sem computador, para conversar sobre assuntos que seus filhos quiserem conversar

3º) todas as vezes que eles quiserem falar algo, ouvi-los com atenção, até o fim das suas frases. Isso se chama “escuta ativa”!

4º) não criticar sentimentos, relato sobre emoções, relato sobre preferências, mesmo que sejam diferentes das suas.

Se você criticar eles não terão com quem falar as suas verdades. Só falarão as verdades que vocês acham certas. E deixarão as verdadeiras verdades para conversar com amigos pelas redes sociais.

5º) esteja preparado para orientar, caso sinta que eles precisam da orientação.

6º) se não souber como orientar, peça ajuda. O importante é dar apoio ou pedir apoio de quem pode dar, para evitar que eles queiram buscar fora de casa ou nas redes sociais.

7º) crie momentos de prazer em família, ao ar livre, sem celular, sem computador, sem TV, como passeios, caminhadas, trilhas, etc.

8º) crie atividades conjuntas como, por exemplo, um novo ambiente em casa, planejarem um almoço diferente, com cada um fazendo uma comida de sua maneira, ou seja, diversão em família.

9º) imponha limites: crie o hábito de limitar o tempo de uso do celular, jogos eletrônicos, computador e TV, para um máximo de uma hora e meia, no máximo, em cada período.

10º) ainda impondo limites: crie o hábito de desligarem os celulares, tablets, computadores, bem antes de dormir e deixá-los longe do quarto.

Seguindo essas 10 dicas você vai resgatar, não só a felicidade de seus filhos, como também a sua.

Isso poderá ser uma verdadeira “tábua de salvação” para as famílias, nesse momento tão conturbado que estamos passando.

Façam isso, amigos!

É o caminho! Eu tenho certeza disso!

Recebam todos um forte abraço, e:

Sejam muito felizes juntamente com seus filhos!

Galera!
Lembrem de se inscrever no canal!
Dê também seu like, se você gostou da nossa conversa!
Qualquer dúvida, comentário, ou sugestão, mande para nós pelos endereços que estão aí no vídeo!
Tchau, tchau!














Nenhum comentário:

Postar um comentário